Digimon - Crônicas - Paulo E Beelzebumon escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 3
Viagem no Cruzeiro - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Postando mais um capítulo. Não foi muito longo, mas tem mais cenas. Resolvi separar temporariamente Paulo do Beelzebumon. Vejo vocês nas notas finais...



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CAPÍTULO 074

— Não vejo a hora para participar de um show de hipnose. Não vai fazer eu comer uma cebola pensando em maçã não, viu?

— Paulito, Paulito vamos fazer um truque de hipnose...

— Um truque de psicose...

— Vamos fazer usted dormir com lo poder del la palavra. Então é melhor se preparar para o truquito de hipnose.

— Truquito de hipnose...

— Usted está preparadito para o truquizito? — perguntou o mágico sacana e pseudo-espanhol.

— Muito preparado. Já podem começar — disse Paulo sem hesitar.

Mister Etemon pegou um relógio de bolso e começou a balançar diante do garoto. Era evidente de que tudo aquilo era uma bela duma armação e que a qualquer momento o menino iria cair feito pato nas mãos desses dois. Se pelo menos Impmon tivesse ali. Enfim Paulo dormiu mesmo assim. Era tão fácil roubar o chip dele como se roubasse doce de uma criança.

— Uiuiui agora o menino dormiu — ele foi aplaudido pelos digimons.

Monmon, vestido de assistente foi tentar pegar o chip no bolso do rapaz, mas se espantou ao ver Impmon sentado na primeira fileira assistindo ao truque como se nada tivesse acontecido. O pequeno roxo estava ali vendo seu parceiro servir como assistente dos truques de mister Etemon.

Mister Etemon quase vira pedra do tremendo susto que levou. Olhou para o pequeno macaco verde com um olhar de morte. Como poderia estar ali se pediu para que trancafiasse ele?

Ao perceber que não teria jeito, pois Impmon sabia ficar na fase extrema, Etemon encerrou o truque e acordou o garoto. Finalizou-se assim a mágica do Mister Etemon.

Algum tempo depois na cabine dos dois digimaus...

— Como assim ele fugiu? Eu não te pedi para que o trancasse por alguns minutos? Hein, seu anão idiota?

— Sim eu fiz isso, Etemon. Assim que ele entrou no banheiro eu fechei a porta e trancafiei lá dentro. Não sei o que houve depois disso então. Não faço a mínima ideia de como ele saiu de lá.

Etemon o largou.

— Preciso pensar num bom plano. Precisamos roubar aquele chip de qualquer maneira, certo? Amanhã eu penso em algo — se deitou na cama e foi dormir. Monmon pulou sobre ele querendo dormir junto dele. Deu um cascudo no pequeno pra aprender a respeitar.

Paulo estava com muito sono. Fez sua higiene pessoal no luxuoso banheiro e foi se deitar na luxuosa cama onde se encontrava Impmon sentado olhando pra ele.

— Ah não, cara, sermão numa hora dessas não. Eu to com muito sono — acreditem o Impmon dá sermão pra ele.

— Eu só queria falar uma coisa. Será que posso? — o digimon fez uma cara de sério. Se não fosse pequeno dava até medo.

— Tudo bem, pode dizer. O que você tem pra falar comigo?

— Paulo, eu senti que você estava em perigo.

— Como assim? — ele despertou.

— Sabe quando a minha intuição diz que algo está errado? Senti isso naquela hora em que estávamos assistindo ao mágico. Ele me pareceu estranho. Daí fui até o banheiro e quando tentei sair a porta estava trancada. Ainda bem que não precisei arrombá-la. Um funcionário passou bem na hora que pedi ajuda. Ele destrancou e saí.

— Que coisa, hein. Muito estranho mesmo. Mas aconteceu nada demais. Ocorreu tudo normalmente no hipnotismo daquele cara. E se por acaso ele viesse querer roubar o chip não conseguiria, pois eu não o levei. Tava todo o tempo aqui na minha mochila. Agora, por favor, vai se deitar e me deixa dormir.

— Tudo bem, Paulo — ele se deitou na outra cama — boa noite.

Paulo pode então descansar depois de um dia totalmente puxado. Nada melhor que o próprio descanso para renovar as energias.

A manhã chegou e o navio ainda se aproximava do outro continente. O cruzeiro era rápido. Duraria apenas um dia. Enfim algo maravilhoso com todas as mordomias duraria pouco.

Paulo aos poucos abria os olhos e viu grandes olhos verdes bem pertinho do rosto dele. O susto foi tão grande que o menino de um pulo e caiu no chão. Impmon começou a gargalhar.

— Droga! O que tem de engraçado nisso? Por que estava daquele jeito?

— Isso que nasceu no seu rosto bem no seu queixo. O que é isso? — ele se referia a espinha que nasceu no rosto do jovem.

— Droga. Eu nunca tive espinhas na minha vida. Deixa eu ver melhor isso — ele foi até o banheiro se olhar no espelho — Ah não! Que horrível, cara!

— Já são oito da manhã e já estou com fome. Vou pedir o serviço de quarto...

— Infelizmente não vai dar. O serviço só funcionava até ontem. Hoje chegaremos ao nosso destino, portanto não vai dar tempo. O que eu quero fazer é passear por aqui enquanto não chegamos. Você vem comigo?

— Não. Eu vou me virar por aí então — o pequeno fez uma cara de sapeca.

Minutos depois Paulo estava no convés da frente onde tinha cadeiras de praia e uma grande piscina. Vários digimons se encontravam ali.

— Eu vou me sentar aqui e descansar um pouco enquanto faço os meus deveres — ele pegou a mochila e retirou seu material escolar e foi fazer seus afazeres.

— Quer um drink, senhor? — perguntou um garçom trazendo uma bandeja com um copo de suco.

— Claro que quero. Obrigado, valeu.

O Garçom na verdade era Monmon que estava se certificando de que o garoto ficara só. Ele saiu dali e foi se encontrar com Etemon.

— E aí, ele tá sozinho?

— Com certeza que sim.

— Ótimo. Daremos o nosso bote e pegaremos o chip.

— O que há de tão importante nesse chip?

— Não queira saber, Monmon. Não queira nem saber. Deixe de curiosidade — repreendeu Etemon — quando chegar o momento certo, eu o pegarei.

Impmon foi ver o que tinha pra comer na cozinha do restaurante. Era um local bem grande com vários funcionários trabalhando. Havia o chef que era um Elecmon e vários outros cozinheiros como Gekomons e Gizamons.

Elecmon além de ser o chef era o supervisor de tudo. Surpreendeu-se ao ver Impmon olhando um belo bolo de chocolate sobre um balcão.

— Ei, quem é você? Quem te autorizou a entrar aqui?

— Ninguém precisa me autorizar. Eu mesmo entro onde eu quero. Não preciso da autorização de seu Zé Ninguém.

— Por favor saia daqui senão eu chamo a segurança para te tirar à força. Ah, não quer sair, né? — Elecmon se virou e foi chamar os seguranças, mas assim que voltou viu o Impmon fugir com o bolo.

— Fiquem aí seus babacas hahahaha.

— Não fuja. Seu idiota, traga logo esse bolo!

Impmon correu pelos corredores do navio. Além de Elecmon tinha um Apemon que era o segurança. Eles corriam atrás do pequeno roxo. Este conseguiu dobrar num outro corredor à direita.

— Ei você! Viu um digimon roxo, pequeno, com um lenço vermelho no pescoço e uma carinha amarela na barriga por aí? — perguntou Elecmon.

— Vi sim, claro. Ele foi direto. Parece que ele estava carregando um bolo inteiro — disse Beelzebumon.

— Tudo bem. Vamos à procura desse ladrão de meia tigela — eles continuaram a correr... em vão.

— Boa sorte aí pra vocês — ele pegou o bolo que havia escondido num armário e saiu comendo e caminhando como se nada tivesse acontecido.

Paulo terminou de fazer o dever e saiu dali. Estava ficando chato. Já estava na hora de conhecer o navio melhor. Levantou-se e foi embora. Resolveu ir para o shopping incluso no navio. Foi até a praça de alimentação.

— Nossa, como isso aqui é tudo grandioso — claro um navio que tem até shopping não seria uma canoa qualquer.

Pegou o chip do seu bolso e ficou vendo. Não entendia como um objeto daquele tamanho minúsculo teria tanta importância assim. Será que Gennai estaria exagerando? Não. Gennai chegava a ser imprevisível demais para exagerar. O objeto do tamanho de um chip de celular com certeza teria muito importância sim.

— Preciso encontrar Impmon. Aonde foi que ele se meteu?

Paulo novamente foi andar. Enquanto fazia isso olhava as lojas e vitrines. Era tudo muito estranho, pois havia manequim com roupas para humanos. Ora, no digimundo não vai humanos exceto os escolhidos. Pelo menos foi isso que o Gennai ensinou a eles.

— Olá garotinho, tudo bem? Que tal comprar umas roupas aqui na minha loja? — disse Etemon disfarçado de vendedora duma loja.

— Não, eu não quero, obrigado.

— Olha só, nós te damos cinquenta por cento de desconto por qualquer peça que você comprar de nós. Venha, pode entrar, seu pirralho.

— O que?!

— Quer entrar ou não?

— Não. Eu to atrás do meu parceiro. Com licença, moça. Isso já tá ficando chato demais — saiu.

— Argh menino mais nojento é esse. Dá vontade de dar uns cascudos pra aprender a respeitar os outros.

Etemon retirou o disfarce e foi embora dali antes que alguém desconfiasse.

Beelzebumon comeu o bolo — pasmem — inteiro. Não deixou nenhum farelo para trás. Ingeriu tudo. Pois bem, ele agora sentia sede e precisava beber nem que seja refrigerante. Ao andar por um dos corredores viu uma máquina de bebidas. Como não tinha moeda seria na marra mesmo que ele pegaria uma latinha.

— Droga de máquinas que pedem moedinhas. E eu tenho cara de cofrinho pra ter moedas? — olhou de um lado para outro, fechou o punho direito e começou a bater de leve na máquina na tentativa de retirar uma latinha — Ah não vai brincar assim comigo. Vamos logo antes que apareça alguém.

"O que eu to fazendo? Eu preciso agir logo aff"— pensou ele.

Um dos seguranças foi passar no corredor e viu a máquina arrancada do lugar e toda destruída com várias latinhas no chão.

Beelzebumon caminhou calmamente bebendo refrigerante diet que ele tanto gostava. Ele não gostava de refrigerantes comuns, pois tinha mais calorias do que o diet. Vê se pode.

— Tenho que parar de beber refrigerante e tomar só suco natural — disse o folgado.

Etemon e Monmon resolveram subir até a cabine do capitão. Ele era Captain Hookmon um digimon capitão na forma perfeita.

 ...

— Olá, capitão, como vai?

— Olá, marujos, como vão. Estão gostando do cruzeiro?

— Sim, mas viemos por outro motivo — Etemon dá uma paulada na cabeça do capitão que desmaia em seguida. Ele começou a se caracterizar de capitão.

Os dois esconderam o capitão dentro de um armário onde se guarda vassouras e outros objetos. É claro que ele tava amordaçado e desmaiado, por isso sem problemas para eles.

Paulo voltou para o quarto, mas não encontrou seu parceiro.

— Para onde ele foi afinal? Quem sabe se eu der uma passadinha lá no capitão. Pode ser que ele esteja lá ou alguém poderá me ajudar a encontrá-lo. Ahhh Impmon tomara que não esteja aprontando por aí.

Academia para digimons.

Era nesse lugar que Beelzebumon estava. O lorde entrou para se exercitar. Vê se pode. Como era de graça não havia impedimento algum. Primeiro ele foi para a esteira. Colocou num nível pequeno para apenas ele andar. Depois foi aumentando o ritmo até começar a correr.

— Nossa, eu preciso sair dessa rotina e começar a me exercitar. Isso sim.

O próximo aparelho foi a bicicleta ergométrica. Ele começou de leve, porém começou a pedalar mais intensamente. Resultado: pedalou tão rápido e com tanta força que o aparelho começou a sair fumaça. Sentiu vergonha e saiu. Foi levantar peso, só que como era tão forte levantou quinhentos quilos só com uma mão impressionando alguns outros digimons que estavam ali.

— É melhor eu sair daqui antes que eu faça alguma burrada ainda maior. Preciso encontrar o Paulo.

Beelzebumon voltou para o quarto, no entanto não encontrou ninguém.

— Ué, aonde foi que ele se enfiou? Não devia ter deixado sozinho ele pode estar em perigo.

Com certeza. Beelzebumon acertou em cheio. Paulo estava em perigo ou pelo menos estará em perigo. O garoto resolveu ir até a cabine do capitão. O andar mais alto do transatlântico. O menino pegou a maçaneta e começou a abrir vagarosamente a porta. Viu a silhueta do capitão logo a frente segurando o timão.

— Com licença, capitão. Eu posso entrar?

— É claro meu rapaz. Pode entrar e ficar à vontade.

E agora o que acontecerá com Paulo? Etemon vai finalmente roubar o tal chip?

Continua...


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Notas finais do capítulo

Bom pessoal o que achou do capítulo de hoje? Sejam sinceros com os seus comentários hehe Gente eu particularmente gostei de escrever este capítulo, pois mostrei um lado do Beelzebumon que nem eu mesmo sabia. Ele gosta de fazer exercícios. Claro ninguém gostaria de ser sedentário ou meio sedentário. Agora que ele é folgado é kkkk
O Etemon não se cansa e é incrível como ele engana direitinho. Pode se vestir do que for que ele engana. Tadinho do Monmon kkk

Bom espero que não tenha custado muito pra ter postado. Na verdade essa é uma das fics que pretendo finalizar antes de agosto. Será que eu consigo? Confio no meu taco. hehe


Até o próximo capítulo.

"... e se o verdadeiro inimigo não ser um digimon?" Em Julho ^^