Digimon - Crônicas - Paulo E Beelzebumon escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 2
Viagem no Cruzeiro - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas muito bem. Mais um capítulo legal (não muito grande) das aventuras de Paulo e Beelzebumon. Espero que gostem e desculpem se demorei. Acho que só atualizarei de duas em duas semanas.



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CAPÍTULO 073

Em Tóquio, um memorial foi levantado em forma de uma estátua onde os corpos de mais de mil pessoas foram encontrados. As autoridades não entenderam bem o que ocorrera, pensando ter sido um terremoto devastador que derrubou a torre e o prédio. Cinco meses se passaram e a reconstrução da torre se iniciou, além de um novo prédio no lugar.

— Hum... isso faz cócegas.

— Para de resmungar. Deixa eu terminar a massagem corretamente — Falou Márcia sobre Ray que estava de bruços na cama.

Lucas sentiu um pouco de febre e resolveu se sentar no corredor da casa. Sentiu o seu coração palpitar. Ficou por um momento assim até a dor parar. Levantou-se, mas foi surpreendido por Ray que o abraçou por trás.

— Ahh, que susto.

— Estava nos espiando por trás da porta?

— Não!! Não é isso. É que me senti cansado e fiquei sentado aqui por um momento. Já estou de saída.

— Que é isso, Lucas. Depois de todos esses anos ainda não tivemos uma conversa decente — O homem pegou o menino e colocou em seu ombro.

— Ah, o que está fazendo?

Raymond não escutou o garoto e levou para o sofá da sala. Praticamente o jogou ali e voltou para o quarto. Logo depois retornou com algo na mão.

— O que foi aquilo, Ray? Eu não preciso que me carregue no colo.

— Calma, Lucas — sentou ao lado dele. — Tome, é para você. Nao é algo de tão valioso, mas eu comprei uma versão para colecionadores.

O presente era um livro que Lucas quis tanto ler, mas que estava em falta no oriente. A capa era dura e com detalhes dourados. Seus olhos brilharam, porque dentro do livro havia imagens como ilustração da história.

— Por que isso? Esse presente agora?

— Lucas, você tem no seu corpo o meu dna. Isso quer dizer que oficialmente você é como se fosse um filho meu — Ray fez carinho nos cabelos do garoto. — Temos muita coisa em comum. Além do dna em si, passamos por momentos horríveis e já fomos maus no passado. Além disso, você lutou para salvar o mundo assim como eu.

— Obrigado, Ray. Não precisava.

Ambos se abraçaram pela primeira vez desde que moraram juntos. A cena deixou Márcia derretida enquanto espiava. 

— Qualquer coisa que sentir é só nos avisar. Não nos esconda, principalmente a mim. Tudo bem?

— Tudo.

A verdade era que Ray ficou muito preocupado com Lucemon depois da sua luta contra Daemon. O seu conhecimento sobre os digimons ainda era suficiente para fazê-lo entender que algo havia errado. Normalmente um digimon possuía um núcleo central que dava estabilidade a esses seres, mas algo de anormal acontecia no núcleo de Lucemon, e não era algo bom.

...

— Ah que legal vocês se tratam com tanto carinho e respeito. Eu nunca vi isso em todo esse tempo. Realmente é muito legal essa convivência de vocês — disse Gennai.

— É. Sabe eu fico meio envergonhado, porque ele não tem modos. Olha só como ele come. Mas enfim pra onde nós iremos dessa vez?

— Paulo, que tal uma passagem em um cruzeiro totalmente grátis com tudo pago? — o homem retirou duas passagens do seu bolso — Pois então eu darei pra vocês estas passagens. Ädolphus não pode viajar para este continente, portanto vocês irão para o outro. Para que isso ocorra precisam viajar pelo oceano. Agora precisam ser discretos, pois eu temo que existam inimigos querendo roubar esse chip.

— Se temos inimigos então é melhor que chamemos os outros escolhidos...

— Paulo, não. Essa missão é secreta e cabe apenas para você cumpri-la. Quanto menos pessoas souberem disso, melhor. Não se esqueça que o navio zarpa em quatro horas no porto mais próximo daqui. Siga ao sul e vocês chegarão numa cidade portuária. Agora eu preciso ir, não posso atrasá-los. Boa sorte na missão de vocês — disse ele saindo do restaurante.

— Ah estou satisfeito. Puxa vida eu tava com fome pacas. Então como nós saberemos quem é esse tal de Ädolphus? — perguntou Beelzebumon acabando de comer.

— Ele disse que o tal Ädolphus faria contato conosco. Então como hoje é sexta-feira dá pra eu ficar mais dois dias aqui. É melhor nos apressarmos.

— Não vai comer o seu?

— É claro que vou, deixa de ser guloso!

O Etemon continuava falando com uma outra pessoa do outro lado da linha. Era uma pessoa muito misteriosa por sinal.

— Esse chip já está nas mãos deles. Muito bem então que se inicie o teste que faremos — disse a voz por trás da linha.

— Então eu faço o que daqui pra frente? — perguntou o Etemon.

— Siga-os. Não os perca de vista. No momento certo tente roubar o chip deles. Eu não preciso repetir o que você deve fazer, pois já sabe muito bem o que fazer. Se quiser chamar aquele seu coleguinha para trabalhar junto contigo pode. Até mais — desligou.

— Com certeza essa vai ser dureza. Não será nada fácil driblar aquele digimon na forma extrema — disse ele enquanto olhava os dois a mesa.

Paulo e Beelzebumon terminaram de comer, pagaram a conta e saíram do restaurante. Beelzebumon chamou a sua Behemoth que logo veio quase no mesmo instante. Ele subiu e logo em seguida Paulo. Ambos foram pela estrada até a próxima cidade portuária.

— Será que chegaremos a tempo? Será que vamos chegar nessa cidade antes das quatro horas?

— É claro que sim, Paulo. A Behemoth aqui nunca me decepciona. Chegaremos em pouco tempo e ainda vai sobrar tempo pra passearmos na cidade.

— O que será que tem nesse chip de tão importante que ele quer que a gente entregue para esse homem? E será que mesmo depois da derrota do Daemon ainda pode surgir outro inimigo?

— Não sabemos, mas é melhor não ficar longe de mim em nenhum momento. Eu lutarei contra esse suposto inimigo e completaremos a nossa missão.

— Eu queria saber mesmo o que há dentro desse chip que é tão ultra secreto assim. Sabe que eu sou muito curioso.

Enquanto eles iam de moto, Etemon e seu parceiro iam de caminhão. Era um pequeno caminhão branco. O colega de Etemon era um Monmon, um macaquinho verde que usava luvas e um estilingue de madeira que sempre carregava com ele. Os dois estavam no encalço dos escolhidos.

— E então, Etemon, quais são os planos? — perguntou o pequeno.

— Nós vamos segui-los e no momento certo pegamos o chip deles e daremos ao nosso chefe — respondeu o maior.

— Esse plano parece interessante. Agora o que tem nesse tal chip?

— E eu que sei? O chefe apenas disse pra pegarmos ele e dá-lo a ele. Enfim vamos continuar com a nossa missão que é muito melhor do que ficarmos especulando sobre o que há no conteúdo do chip — Etemon sabia mais algumas coisas, mas não falou nada pra Monmon.

Depois de duas horas de viagem, Beelzebumon e Paulo chegaram na cidade portuária. Era uma pequena cidade, contudo com muitos habitantes que andavam para lá e para cá. Havia um tipo de feira nessa cidade e também muitos comerciantes. O garoto e seu pai foram aproveitar a feira pra comprar algumas coisas interessantes. Eles compraram equipamentos como corda, lanterna etc. Para, caso, se percam numa caverna. Tinham que se prevenir.

— Olha ali o navio — disse Beelzebumon.

O navio era um transatlântico enorme com vários andares. Parecia a forma mais atualizada e moderna do Titanic. Eles embarcaram e entregaram o convite. Infelizmente a Behemoth teve que ficar, pois não dava para ir naquele navio. Ao entrarem no convés se depararam com a imensidão do navio. Era muito grande tanto por fora como por dentro. Havia uma grande piscina na parte da frente e várias cadeiras de praia. Também havia um grande número de digimons ali, eram viajantes de várias partes.

— Puxa vida, que legal. Eu quero saber onde fica os nossos quartos — disse o garoto correndo.

— Espera, Paulo, não se afaste de mim pode ser perigoso — disse Beelzebumon indo logo atrás.

Etemon e Monmon entraram também no navio. Eles foram até a parte das cabines e ficaram lá armando um bom plano para pegarem o tal chip.

— E então qual será o plano para pegarmos esse chip de uma vez por todas, Etemon?

— Tive uma ideia genial. Vamos nos disfarçar de algumas coisas bem interessantes. Por exemplo eu trouxe aqui comigo esta mala com alguns disfarces — ele retirou o disfarce que trouxe — este aqui é o seu.

— Humph mas por que o meu disfarce é desse jeito?

— Hum além de tampinha é cheio de querer. Não Monmon, não adianta chorar dessa vez. Você terá que se vestir com essa roupa sim. É pela missão e pelo teste que faremos. Hoje a noite será muito divertida.

Paulo visitava cada canto do luxuoso navio. Nas partes mais altas localizavam os quartos mais chiques e eles ficariam ali. Havia dois elevadores que serviam para locomover os passageiros para outros lugares como o salão de festa. Também havia um tipo de restaurante muito chique e bem maior do que o restaurante em que eles estavam há algumas horas. Também existiam um shopping dentro do navio que ficava na parte de baixo do mesmo. Voltando para os quartos havia o serviço de pedidos iguais num hotel comum em que o hóspede pede algo. Eram bem espaçosos e confortáveis.

— Realmente é muito maior do que o apartamento que nós morávamos lá no Brasil — disse o garoto — Olha essa cama. Tem duas camas bem grandes para nós.

— Engraçado até parece que foram feitas para nós. Olha só o tamanho das camas. Essa maior deve ser pra mim e essa menor pra você. Como eles saberiam que seríamos nós os passageiros?

— Não sei. Só sei que eu vou tomar banho nessa banheiro enorme e com uma banheira gigante — disse logo o menino entrando no banheiro.

— Vê se não custa muito. Eu também quero tomar banho — Beelzebumon decidiu voltar para a forma Impmon e esperar seu parceiro sair.

Paulo aproveitou e tomou o melhor banho da sua vida. A banheira era grande o suficiente para ele mergulhar e até mesmo nadar um pouco. Impmon ficou esperando quando escuta alguém batendo na porta.

— Quem está batendo aí? — perguntou o pequeno roxo.

— Serviço de quarto — disse a voz do outro lado da porta.

Impmon abriu a porta e viu o garçom trazendo uma mesa com algumas bandejas trazendo os alimentos que eles pediram. Depois, ao perceber que o garçom, que era um Gazimon, esperava pela gorjeta ele foi até a mochila do garoto e deu o dinheiro.

— Só isso?

— Só, obrigado pelo serviço. Tchau — Impmon levou a mesa com as bandejas e deixou ali enquanto esperava Paulo terminar o banho.

Após algum longo tempo o menino sai do banheiro vestido num roupão.

— Quase você não sai mais daí — disse Impmon.

— Assim fica difícil de te associar como alguém responsável. Ficando assim menor do que eu — disse o garoto.

— Eu to cansado. Sabia que é cansativo ficar na forma extrema só pra fazer seus gostos? Agora sai daí pra eu poder tomar meu banho. Ei não vai comer tudo, deixa pra mim.

— Eu não sou guloso que nem você. Hum o que temos aqui, é tudo chique isso aqui. Eu nunca na minha vida comi isso.

De repente o navio começa a zarpar. Paulo, ao perceber isso, foi até a varanda do quarto e viu muitos digimons no porto dando adeus para os que estavam no navio. Era a primeira vez em que ele viajava de navio com todas as mordomias. É claro que ele havia viajado com os outros digiescolhidos ao sair da ilha arquivo, mas não se compara com a viagem que fazia agora.

— O que será isso? — entre as bandejas havia um convite para um show noturno de mágica que aconteceria no salão de festas. Eles haviam sido convidados — Quem foi que nos convidou? Enfim eu irei do mesmo jeito. Sempre tive curiosidade de assistir um show de mágica ao vivo.

Após algum tempo eles vão para o salão de festas. Coincidentemente tinham duas cadeiras reservadas para eles na primeira fileira bem na frente. Era claro que dali era uma visão privilegiada. Os dois se sentaram e esperaram o show começar. O salão estava cheio com os digimons espectadores. Passava das onze horas da noite quando as cortinas subiram revelando o mágico e sua assistente de palco. Por incrível que pareça o mágico era Etemon que agora se chamava Mister Etemon e a assistente era o Monmon que foi praticamente obrigado a vestir um vestidinho e usar batom e maquiagens para disfarçar.

— Buenas Noches, buenas noches — disse Mister Etemon com um castelhano podre. A plateia começou a aplaudir.

— Buenas noches — repetiu Monmon disfarçando com uma voz fina.

— Faremos agora una magiquita para ustedes avistarem com mucha atención.

— Ustedes avistarem com mucha atencion...

— Muy bien, muy bien vamos começar com a magiquita das mãozitas. Por favor, precisamos de convidados. Usted pode vir — uma Floramon se levantou e ficou de frente pra ele — Nombre, nombre.

— Floramon. Eu sou conhecida assim.

— Escolha una carta deste baralho e esconda de mim.

— Una carta deste baralho...

— Muito bem eu vou escolher esta aqui — ela escondeu um cinco de paus.

— Com o poder de minha mente yo adivinharei. São cinco de paus?

— Sim são cinco de paus. Incrível.

Todos começaram a aplaudir inclusive Paulo. Impmon estava um pouco incomodado porque estava apertado para ir ao banheiro.

— Paulo, eu só vou fazer xixi um pouco ali depois eu volto. Não sai daí, por favor.

— Sim, eu não sairei. As mágicas são demais. Pode ir e ficar sossegado.

— Una pausita de cinco minutitos — disse Mister Etemon.

— Una pausita de cinco xilitos... — disse Monmon errando.

Enquanto isso, Impmon foi ao banheiro masculino e foi fazer a sua necessidade. Monmon o seguiu e logo que o viu entrar trancou a porta do banheiro.

O show do mágico continuou e agora ele faria um número de hipnose e escolheu Paulo para ser assistente no número. Colocou uma cadeira no palco e ele se sentou.

— Não vejo a hora para participar de um show de hipnose. Não vai fazer eu comer uma cebola pensando em maçã não, viu?

— Paulito, Paulito vamos fazer um truque de hipnose...

— Um truque de psicose...

— Vamos fazer usted dormir com lo poder del la palavra. Então é melhor se preparar para o truquito de hipnose.

— Truquito de hipnose...

Continua...


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam dessa confusão toda? Paulo está numa enrascada agora que ficou sozinho com esses dois aí. Bom espero que deixem suas opiniões de como está a fic. Até um próximo capítulo.