Digimon - Crônicas - Paulo E Beelzebumon escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 1
Recebendo uma nova missão.


Notas iniciais do capítulo

Yo Galera que legal. Olhem só o meu novo projeto para o digimon. Será uma breve continuação do Digimon Adventure 3.0: Luz vs Trevas. E realmente essa ideia eu tive desde sempre. Uma fanfic só do Paulo e do Beelzebumon. Espero que gostem.



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CAPÍTULO 072

O rosto demoníaco de Daemon apareceu num pesadelo de Lucas. O monstro atacava Lúcia com as suas chamas infernais durante a batalha em Tóquio. O menino acordou completamente atônito e suado. Percebeu que era apenas um sonho ruim, porém não era a primeira vez que sonhava com aquilo. Uma sequela que ficou da luta em que quase o matou meses atrás.

Depois de alguns meses morando no Japão, ele legalmente foi adotado por Márcia e agora era o seu filho adotivo. Ray, porém, não quis adotá-lo por motivos pessoais, mas o sustenta como se fosse. Não era uma vida ruim para quem estava prestes a ser destruído naquele fatídico dia.

Levantou-se e foi para a cozinha. Viu Aiko conversando com Agumon bem cedo.

— Ainda são cinco da manhã e hoje é domingo. Não devia estar dormindo como todos os outros? — indagou o japonês.

— Ainda tenho pesadelos com a minha luta. E por incrível que pareça sinto que estou queimando com as chamas daquele monstro.

— Não faço ideia de quão doloroso para você ter enfrentado Daemon — disse Agumon enquanto comia uma torta.

De fato a dor foi tanta que só de lembrar voltava a doer. Mesmo meses recuperado das sequelas, o loiro sentia que havia algo dentro de si que fora alterado pelas chamas de Daemon. Algo ruim que a qualquer momento poderia se libertar.

— Ninguém dorme nessa casa? — disse Márcia já com uma certa saliência na barriga e de camisola. — Filho... já sei, voltou com aqueles pesadelos outra vez.

— Não é nada demais...

— O Paulo e o Impmon já voltaram? — os três negaram. — Estou preocupada, porque o tempo nesse Digimundo é igual o daqui e assim passar vários dias fora e perder a escola não é uma opção. Falarei com o meu filho sobre isso, aliás.

...

Digimundo

O digimundo está se recuperando aos poucos do estrago que as trevas fizera no passado. Em várias áreas, as vidas dos seus habitantes estão se chegando à normalidade. Até mesmo em lugares mais distantes ou remotos, os seres digitais estão passando por uma mudança significativa cinco meses após a derrota de Lilithmon e Daemon.

Ora, Gennai e seus associados — que fazem parte do sistema operacional — estão reunidos na Planície de Green Land. Tal Planície faz parte de outro continente além do Server e muitos outros digimons bem diferentes vivem nesta área plana toda verde. Enfim, ele e seus colegas sempre se reuniam, contudo apenas Gennai se apresentava de fato aos escolhidos. Bom, neste exato momento eles se reúnem numa torre digital flutuante. Tal torre era toda feita de espelho e havia uma escada que dava acesso até a entrada. A construção ficava a mais de cem metros do chão, por isso a escada — que era rolante. Dentro dela havia uma sala branca com uma grande mesa de vidro e poltronas brancas. Havia um monitor de LED gigante adiante para mostrar um mapa ou se comunicar com alguém ou até mesmo ver alguém.

— Meus companheiros, nós estamos nos reunindo hoje para decidirmos o que faremos de agora em diante com este mundo — falou Gennai presidindo a reunião.

— A questão em pauta me agrada muito. Depois que Daemon e seus associados foram dizimados de uma vez por todas, este mundo agora está livre para ser atualizado. A questão é o que poderíamos atualizar? — disse W-Weiz-W. Com um novo visual: loiro, cabelos abaixo dos ombros, mas amarrados por uma trança única. Ele vestia uma roupa prateada idêntica a de Gennai.

— Sim. É muito agradável falar sobre mudanças numa época favorável. Agora diga o que tem em mente, meu amigo — disse Linx. Ela era uma mulher com cabelo curtos e pretos, parecidos com cabelos de homem mesmo, era morena com olhos castanhos e usava um brinco na orelha esquerda. Usava o mesmo tipo de uniforme. Ela era bem crítica nas reuniões do sistema operacional.

— Eu tenho em mente muitas mudanças para com este mundo digital. É certo que muitas coisas melhoraram com um tempo pra cá, todavia não foi o suficiente para resguardar o mundo das ameaças anteriores. Eu proponho para todos aqui uma mudança quase que radical.

— Gennai, seja específico. Mudanças sim foram feitas, mas você deve sentir que o digimundo está desatualizado — disse Ädolphus. O mais velho dos cinco. Era um senhor que tinha cabelos brancos lisos que iam até a cintura, era branco com olhos negros e além do uniforme ele portava uma espada.

— Ädolphus, é isso mesmo. Aqui está muito desatualizado.

— O que você pretende fazer, colega? — perguntou LinK. Era um homem de estatura mediana, branco pálido, olhos verdes claros, cabelos negros repicados. Era o mais jovem de todos e o único que possuía uma forma digimon.

— Uma coisa em que eu quero mudar é nos digivices dos novos escolhidos e fazê-los como pontes para abrir portais em qualquer lugar. Não precisaria mais de um computador ligado a internet para ultrapassar.

— Ninguém nunca fez algo assim antes. Nem mesmo os antigos escolhidos que já existiram tiveram este privilégio. Tem certeza que fará isso?

— É claro que sim Linx. E tenho ainda que construir um novo digivice para a digiescolhida da luz. Por mais que Lucemon seja livre, ainda sim eu sinto que precisaremos daqueles dois no futuro.

— Gennai, meu amigo eu gostei da sua ideia. Realmente foi bem interessante essa questão dos aparelhos digitais de cada escolhido novo mudar. Na minha humilde opinião deveria ter feito isso há muito tempo — disse Ädolphus.

— Qual é a sua outra ideia? — perguntou W-Weiz-W.

— Seria bem maior, mais trabalhosa de se executar, contudo se der tudo certo o mundo será bem melhor e mais organizado. A ideia é a seguinte, separar o continente Server por áreas. Sim, por regiões ou áreas específicas para organizarmos tudo isso.

— Área de que tipo?

— LinK, eu ainda não sei. Ainda não pensei em como organizar tudo isso. Entretanto sem as trevas será bem mais fácil. Podemos explorar até mesmo os continentes na face oculta do Digimundo, apesar dos perigos por lá.

— Tive uma ideia vinda agora na minha mente. Escutem. Na época em que os Lordes das Trevas dominavam, eles dividiam o continente Server por áreas naturais ao habitat natural deles. Floresta, Mares, Cidade, Deserto entre outros. Podemos pegar essa ordem e aplica-la para essa sua ideia — disse Linx.

— Sim é ótimo. Poderemos fazer em grande escala. A questão a tratar é recuperar primeiro as partes do digimundo que foram destruídas pelas trevas. Cidades inteiras foram destruídas pelos Lordes, pelo Shadowlord, por Lilithmon. Além de cidades, temos aldeias, vilarejos, vilas etc. — afirmou Ädolphus.

— Com certeza eu pedirei ajuda aos escolhidos. Agora não, porque eles precisam de um tempo para resolver as vidas deles ao lado de seus parceiros. Depois eu me comunico com eles.

— Gennai, para mudarmos isso precisamos fazer uma mudança significativa no sistema. Não será algo da noite para o dia. Vai levar meses. Agora precisamos resolver aquele assunto muito importante — disse Weiz.

— Ah sim, sobre aquele chip de poder localizado na parte sul do digimundo.

— Mas do que vocês estão falando? Que chip é esse?

— LinK, desculpa. Você é novo nesse sistema operacional, portanto eu te explicarei tudo — respondeu Gennai ao jovem.

Assim ele explicou e ainda conversou um pouco mais sobre suas novas ideias. Estas que futuramente beneficiarão os jovens escolhidos.

...

Paulo e Beelzebumon estavam de viagem pelo digimundo afora. O garoto, agora com 12 anos, e seu parceiro, que ele faz questão de chamar de irmãozão, resolveu arrumar a bagunça feita por seus antigos inimigos. Na realidade, Paulo era o único escolhido que ia frequentemente ao mundo digital. Como era o líder era seu dever periciar cada lugar com mais frequência. Depois de meses, o digimundo ainda não estava arrumado do estrago.

Enfim ambos estavam numa vila e chovia muito, muito mesmo. Na verdade era uma tempestade torrencial. E eles ficaram protegidos numa casa de uma Lilamon que tomava conta dos outros moradores. Paulo, que estava um pouco diferente com seus cabelos pretos maiores e costumeiramente vestia roupas escuras, e Beelzebumon que permanecia sentado na sala da casa, pois era muito alto e batia no teto da residência. A Behemoth se encontrava do lado de fora.

— Muito obrigado pelo abrigo. Nós estamos agradecidos. É que essa tempestade nos pegou de surpresa — disse o garoto enquanto bebia um chá feito pela Digimon.

— Não precisam agradecer. Eu faço isso com gosto e é uma honra ter os escolhidos heróis que salvaram o nosso mundo das mãos dos inimigos aqui na minha humilde casa — respondeu Lilamon.

— Tirando a parte em que esta casa não é muito espaçosa pra mim, eu desde já agradeço — disse Beelzebumon também tomando um chá numa vasilha maior.

— Até parece um sonho que nós estamos livres definitivamente das trevas. Nunca imaginei que eu poderia caminhar livre por esta região. Na verdade ela foi uma das mais devastadas principalmente por Lotusmon. Aquela megera não respeitava a linda floresta que temos. Existe uma cidade há poucos quilômetros daqui e parece que ainda está destruída. Os moradores ainda não conseguiram ajeitar nada. Escombros por cima de escombros.

— Nós iremos pra lá assim que essa chuva passar. Vamos ajudar os moradores na reconstrução das casas. Garanto que deixaremos tudo pronto, não é parceiro?

— Sim, Paulo, mas q-quem vai fazer o serviço braçal?

— Você. Você é maior, mais forte e bem mais resistente.

— Ah não, eu to com preguiça de fazer o serviço pesado de novo. Já não basta aquelas outras cidades em que ajudamos, ainda aparece esta — resmungou Beelzebumon.

— Para de preguiça. Você consegue fazer as coisas na maior moleza. Precisamos ajudar a todos não se esqueça.

— Tudo bem, eu vou ajudar mesmo sem querer.

— Legal. Vejo que os dois possuem uma excelente sintonia. Com certeza são muito apegados um com o outro — disse a digimon.

— Sim, nós somos. Depois que ele me salvou das mãos do ChaosDukemon eu nunca mais vou me separar dele. Eu o considero como meu pai que eu perdi no passado. Agora nós estamos viajando por este mundo afora para ajudarmos os locais destruídos pelas trevas — disse o garoto bem baixinho para Lilamon.

A tempestade passou e os dois pegaram a estrada novamente. Paulo olhava a paisagem contrastante. Olhou para um lado e viu uma floresta, olhou para o outro e viu um deserto. A estrada ficava bem no meio dessa divisão.

— Nosso destino é a cidade mais próxima daqui. Segundo a Lilamon está completamente destruída. Devemos ajudar os moradores — disse Paulo logo atrás do seu parceiro.

— Sim. Não me parece ser muito longe daqui. Em vinte minutos chegaremos lá — disse Beelzebumon enquanto guiava a Behemoth.

A cidade ficava próxima da floresta. As casas estavam completamente em escombros. Algumas ainda ficaram intactas, porém era a minoria. Os moradores, a grande maioria deles, ainda na fase de treinamento, tentavam consertar pelo menos partes de suas antigas moradias.

Um pouco depois, Paulo e Beelzebumon chegam assustando a todos que estavam ali. Os digimons se esconderam com medo, contudo ao verem que se tratava de um escolhido eles tomaram confiança e saíram.

— Nossa, como isso aqui está destruído — disse o garoto muito impressionado com o estado critico do lugar.

— Todos nós estamos há meses tentando reconstruir tudo, mas não podemos muita coisa. Não somos altos, nem fortes o suficiente — disse um Kiwimon.

— Estou vendo. Mas agora não se preocupem, pois chegamos aqui para ajudar-lhes.

— Ai, estou vendo que o pesado será pra mim — resmungou Beelzebumon.

— Eu também vou pegar no pesado e concertaremos isso aqui — disse o garoto.

Assim eles ficaram ajudando na construção das casas. Em alguns dias eles iam para o digimundo somente pra trabalhar na construção dessa cidade. Passaram-se dias e mais dias até que finalmente a cidade foi reinaugurada novinha em folha. Todas as residências foram levantadas. É claro que para isso eles tiveram a ajuda de outros digimons ajudantes que se ofereceram para o trabalho.

A noite chegou e agora neste exato momento o garoto e seu parceiro seguem caminho para um restaurante. Depois de trabalharem muito estavam famintos.

— Paulo, chegamos.

O restaurante era bem maior que o do senhor Digitamamon e mais moderno. Havia jogo de luzes na entrada e um letreiro bem grande e luminoso na frente. Ao entrarem viram um Terriermon que servia como recepcionista. Logo em seguida eles foram até as mesas e sentaram numa. Beelzebumon pediu outra cadeira maior, para se sentar. Pegaram os cardápios e pediram seus devidos pedidos.

— Garçom, por favor, venha aqui — chamou o rapaz.

— O que vocês desejam? — perguntou um Shakkoumon com uma caderneta e uma caneta na mão.

— Eu quero um prato com arroz branco com um pouco de molho de carne, bife mal passado com macarrão. Também inclua aí salada de verduras como alface e repolho. Adoro repolho. Depois com batata cozida e um pouco de feijão branco. Acho que só isso — disse Paulo entregando o cardápio.

— Eu quero macarronada com muito molho de tomate, carne moída e queijo ralado. Na verdade é só isso, mas multiplicado em cinco vezes, ou seja, quero uns cinco pratos assim pra eu saciar a minha fome — disse o parceiro do garoto. Paulo não acreditou no que estava ouvindo, como ele era guloso.

— Beel, você tem certeza que vai comer tudo aquilo?

— É claro. Eu sou guloso por natureza. Deixe de besteira, Paulo, eu comerei tudo aquilo. Até porque eu amo macarronada. É uma delicia.

— Tudo bem.

Minutos depois o Shakkoumon e mais outros garçons trazem os pratos com os alimentos. Paulo agradeceu e pegou seus talheres para fazer a sua alimentação. Beelzebumon pegou um garfo e começou a devorar a macarronada numa velocidade sem tamanho. O garoto ficou apenas olhando os atos do outro. Era um pouco vergonhoso, pois alguns clientes ficaram olhando para os dois.

O restaurante tinha um tipo de palco à frente das mesas em que se apresentava um Etemon roqueiro muito doido. E também havia uma banda de digimons que compunham a banda de rock Digimon.

Logo um homem que estava numa mesa um pouco distante se levantou e caminhou na direção do garoto e do parceiro. O homem retirou o capuz e era o Gennai. O próprio estava ali coincidentemente, ou não.

— Olá, escolhidos, como vão?

— Senhor Gennai? É uma grande coincidência nos vermos aqui neste lugar — falou Paulo um pouco impressionado.

— Na verdade eu os localizei propositalmente para pedir uma pequena ajuda. Fiquem calmos que será apenas uma ajuda mesmo. Um favor.

— Esta bem. Do que se trata?

Enquanto isso o Etemon roqueiro ficava só de olho na conversa dos três. Ele cantava a musica, mas ficava atento.

Beelzebumon comia sem parar enquanto Paulo ouvia Gennai.

— Eu quero que você leve este chip — Ele retirou uma caixa preta do seu bolso, abriu a mesma e mostrou um pequeno chip dentro — Preciso que entreguem este chip para um homem chamado Ädolphus. Ele saberá o que fazer.

— Onde nós o encontraremos?

— Ele logo fará contato. O importante é que entreguem isto na data certa para ele. Vocês poderiam fazer este favor a mim?

— É claro que sim. Beelzebumon e eu faremos isso. Não é, parceiro?

— Hum... o que? — disse Beelzebumon ainda engolindo o alimento e com a boca toda manchada de molho.

Após o show, o Etemon saiu do palco e foi aos fundos do mesmo. Pegou um tipo de celular e ligou para alguém que estava do outro lado da linha.

— Pronto ele já entregou o chip para o garoto.

— Ótimo. Com isso o plano se iniciará. Enfim que comece o teste — disse a voz.


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Notas finais do capítulo

E aí galera o que acharam da fic? Está boa? Preciso melhorar em algo? Deixem seus reviews fazendo isso. Uma coisa que eu gostei é dessa paz que o mundo digital está passando. Também gostei das aventuras do Paulo e do Beelzebumon. Bom, já vimos que eles terão algo de interessante pra fazer. Até breve com outro capítulo.



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