Give Your Heart A Break escrita por iMessageRobsten


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

"I know you're scared, it's wrong
Like you might make a mistake[...] "



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/350495/chapter/4

Acordo com Taylor me sacudindo fortemente, quando abro os olhos vejo ele, com a expressão super preocupado. Ele me abraçou, beijou o topo de minha cabeça e disse:

-Calma! Fica calma! – ele acariciou meus cabelos – Foi só um pesadelo, ta Tudo bem agora...

 Como eu queria que o que ele havia dito fosse verdade, como queria que isso realmente não tivesse chance de acontecer. Tudo parecia real naquele pesadelo... André esfaqueando Taylor... ele dizendo que me amava e morrendo, sem ao menos poder ajudar. Essa visão me provocou calafrios extremos, Taylor percebeu que eu estava tremendo e me abraçou mais forte. A ideia de perder ele era horrível pra mim, eu precisava dele quanto ele precisava de mim, eu não deixaria que nada de mal acontecesse a ele.  Pra variar, eu estava chorando de novo, e entre soluços consegui dizer:

-Você estava... – solucei e mais lágrimas caíram de novo – Morto! Você estava deitado, sagrando sem parar, ele te matou...ele matou você! – caí em prantos de novo, aquela imagem me assustava realmente, e muito.

-Ele quem, Clary? – não consegui responder, não poderia revelar que era André, não agora. Taylor me afastou de seus braços olhou pra mim e falou:

-Olha bem no fundo dos meus olhos! – assenti – Eu estou aqui! Eu estou vivo! Nada vai me separar de você... “Juntos?” “Sempre!” Lembra, Clary?

-Sim, me desculpe. Desculpa por eu ser tão dramática, me desculpe por chorar por tudo, me desculpe por ser um fracasso, me desculpe por ser uma grande Idiota! Desculpe-me por...

-Ei! –ele me interrompeu – você não precisa se desculpar por chorar, não se preocupe, vou estar sempre aqui do seu lado, te apoiando no que quer que seja, viu? – eu assenti. Ele me puxou para outro abraço e nele sussurrou: -Você pode ser uma idiota, mesmo... Mais é a idiota que eu amo! – Sorri, e dei-lhe um beijo no rosto, me afastei e disse:

-Eu também te amo...Daniel- falei em um tom irônico, porque sabia que ele odiava quando lhe chamassem assim. Ele levantou a cabeça e falou:

-Ah não! Já não basta minha mãe me chamar assim, ainda vem você! – eu comecei a rir, eu adorava quando ele ficava bravo, então provoquei-o:

-Ok, desculpa, DANIEL! – ele me olhou e fez uma cara malvada.

-Você quer guerra de novo, não é? Ah, agora você vai ver! – ele veio correndo até mim, e eu disse:

-Não! – e ele começou a fazer cócegas de novo, então sai correndo e ele veio atrás colado na minha cintura, praticamente. Quando chegamos a cozinha rindo igual a dois loucos, paralisamos. MERDA! Tínhamos esquecido completamente que Deborah, Mãe dele, estava ali! Ela se virou e sorriu:

-Bom dia, Crianças! – ela havia preparado uma mesa de café da manhã, e estava acabando de passar o café. Taylor foi até ela e disse:

-Mãe! Não era pra você ter feito café, você tem que descansar!

-Ah me poupe, Daniel.- eu ri, e ele olhou pra mim e mostrou a língua- Já estou me sentindo bem melhor! E além do mais, você tem trabalho hoje, não é mocinho? – ela deu um tapa de leve com a toalha na bunda dele. Ele ficou sem graça e se sentou á mesa, Fiz o mesmo. Olhei para o relógio, eram ¨6:20, não poderia demorar muito, infelizmente eu tinha que ir pra clínica. Tomei um pouco de café e comi alguns biscoitos, logo me levantei beijei o rosto de Deborah agradecendo-a pelo café me arranquei para o quarto. Tomei um banho, coloquei minha camisete de manga curta branca bem básica, meu jeans e meu salto fechado branco. Arrumei meu cabelo porque realmente estava uma bagunça. Fui até a sala, coloquei minha bolsa nos ombros, peguei meu celular e me despedi deles:

-Taylor, vocês podem ficar aqui, sem problemas, ok? Mas se saírem tranquem a porta não se esqueçam –entreguei-lhe a cópia das chaves do meu apartamento, ele assentiu, dei-lhe um abraço e fui saindo, mas voltei rapidinho e falei só pra provoca-lo:

-ei! Comporte-se e obedeça sua mãe Daniel! – ele me olhou furiosamente, e depois riu.

 Cheguei a clínica e Kelly já estava me esperando na porta, fui em direção á ela, abracei-a. comecei a contar a ela o que havia acontecido sobre a mãe de Taylor, e ela só assentia. Kelly nunca mais foi a mesma depois que começou a namorar Dean, e eu não entendia porque. Antes ela era extrovertida, animada e sempre sorrindo. Agora ela só dava aquele leve sorriso, e já não era tão irônica como foi um dia.

  Abri a clínica, e arrumamos para que tudo ficasse ajeitado até os pacientes chegarem.

                                                          ~#~

 Já era o fim do dia, eu e Kelly estávamos exaustas, não só nós, como também os outros médicos que trabalhavam ali. O desanimo veio mesmo quando me lembrei de que ainda havia academia para ir. Ela e eu fomos ao banheiro, ela foi retocar seu batom, e mandou que eu segurasse seu casaco. Me assustei ao ver seu braço e uma parte de seu pescoço roxas, e então me aproximei dela e perguntei:

-O que é isso no seu braço Kelly? – toquei o machucado, e ela recuou rapidamente.

-Nada! – ela arrancou o casaco da minha mão rapidamente

-Como nada? Seu braço esta machucado... Deixo ver! –peguei seu braço, e ela puxou-o furiosamente e falou:

-Não! Já falei que não foi nada, caralho! Tenho que ir... – Kelly virou-se e saiu sem nem ao menos se despedir direito e saiu. Ela infelizmente não conseguiu me convencer de que aquilo era nada, o machucado estava muito roxo, e parecia ter feito recentemente. Sai correndo atrás dela e falei antes que ela saísse pela porta da clínica:

-Onde você fez esse machucado, Kelly? – ela olhou e hesitou a responder, levou alguns segundos para pensar até que disse:

-Eu caí na escada do apartamento, só isso.

-isso não me parece machucado de quem caiu.

-FODA-SE O QUE PARECE OU NÃO PRA VOCÊ!

 Kelly gritou comigo, e eu realmente não esperava essa reação dela. Ela estava muito nervosa pra quem só perguntou o que havia acontecido. E aquilo realmente não eram roxos de quem havia caído, pareciam marcas de dedos, será que ela havia se metido em briga? Não, Kelly não era muito de se meter em confusão apesar de que quando se metia... CUIDADO!

 Fui até o estacionamento, entrei no carro e fui direto para a academia, eu havia deixado minha bolsa com minhas roupas no porta-malas então seria mais rápido. Quando chego á academia, vejo que havia um aviso na porta.

“ EM MANUTENÇÃO!”

O Texto abaixo do aviso dizia que alguns aparelhos estavam com problemas e eles iriam reformar alguns lugares. Então fui para casa.

 Cheguei em casa e havia um bilhete em cima do sofá, pela letra, acho que era de Taylor:

                                         

                                             Clary...

Já levei minha mãe para casa, e esta tudo bem. Para me desculpar pelo transtorno, quero te convidar para festa de meu amigo, para saber mais informações... Como eu moro muuuito longe rsrs é só me ligar ;D beijos...

                                                                                    Sempre seu...

                                                                                             Daniel

Eu sorri ao ler o bilhete. Então quer dizer que ele queria me levar á uma festa? É eu realmente estava precisando curtir um pouquinho a vida, mas... sei lá. Escuto um barulho indicando uma mensagem... é chato esse Taylor né?

[Taylor] Heey, já leu o bilhete?

Resolvi lhe fazer uma surpresa, deixei minhas coisas em cima do sofá, tranquei a porta e peguei o elevador até o 5º andar. Bati na porta duas vezes, ele atendeu... e... POR QUE ELE FAZ ISSO COMIGO? Ele tinha acabado de sair do banho e estava só de toalha. É, eu acho que vou ter o conhecido Heart Attack!

-SURPRESA! – falei sorrindo meio sem graça. Taylor sorriu, e pela sua cara estava super feliz de me ver.  Abracei-o e ele me puxou para dentro do seu apartamento, pelo visto ele era bem organizado. Taylor sentou-me em seu sofá e disse:

-Me espera um pouco aí, eu vou lá me vestir e já volto, ta bom? – assenti e ele entrou em seu corredor em direção ao seu quarto. Levantei-me e fui até uma mesa do lado da TV, onde havia alguns porta-retratos dele e sua família. Observei lentamente cada foto, até que vejo ele com uma garota que aparentava ter 16 á 18 anos, ela era um pouco morena, e seus cabelos castanho-escuros vinham até abaixo do ombro. Taylor me abraça por trás e dá uma fungada no meu pescoço, ele sabia que odiava quando ele fazia isso, eu ficava arrepiada da cabeça aos pés. Ele riu ao perceber;

-Mas você é chato, né? – falei ironicamente.

-É por isso que você me ama, Doutora! –EU ODIAVA QUANDO UM AMIGO FALAVA ISSO PARA MIM. Olhei para ele com uma cara estranha;

-ah não! Kelly sempre fazia isso pra me provocar. – ele riu e disse:

-Isso que dá ficar me chamando de Daniel! – eu ri.

-então ta, DANIEL!

-DOUTORA! – nós caímos a rir igual a dois retardados. Mostrei-lhe o porta retrato dele com aquela garota e perguntei quem era, ele abaixou a cabeça e pude ver que sua cara não era uma das melhores.

-É minha irmã – Taylor disse.

-Aconteceu alguma coisa com ela? – ele abaixou a cabeça e ficou quieto por alguns minutos recusando-se a responder, mas por fim Taylor disse:

-Ela sumiu no mundo... Ficou revoltada, casou-se com um cara que nem ao menos conhecia direito e sumiu. – sentei ao seu lado no sofá e passei uma das minhas mãos em seu ombro, acariciando sua nuca. Ele parecia muito decepcionado e triste pela irmã.

-Minha mãe ficou procurando-a por vários meses, mas nunca achou. O ruim é que minha mãe sofre por causa dela até hoje...

-Sinto muito – disse por fim. Resolvi mudar de assunto, levantei-me e convidei-o para jantar em meu apartamento, ele logo aceitou.

 Preparei qualquer coisa, pois não estávamos com muita fome, afinal. Coloquei o prato de macarrão na mesa e começamos a comer, alguns segundos depois a campainha toca.

-Esta esperando alguém Clary? –pergunta Taylor.

-Não – Ele levantou da mesa e foi atender a porta. Ouvi a voz de Taylor falando com alguém, mas não consegui identificar a voz da outra pessoa. Logo Taylor entra na sala de jantar e quem vem atrás... era... Não... André!

-Oi Clary! – André veio em minha direção e beijou meu rosto. Ele me entregou uma garrafa de vinho e sorriu. Consegui recuperar minha voz e apenas falei:

-O que você esta fazendo aqui? – ele sorri e já foi sentando em minha frente.

-Ah Clary! Vamos relembrar nossa juventude, como nos velhos tempos. Vamos jantar? – André disse olhando para Taylor com uma cara super feliz como se fossemos uma família perfeita. Taylor sentou ao meu lado e não percebeu que eu estava me sentindo super mal. André encostou suas costas na cadeira e começou a encarar nós dois. Ele disse:

-Sabe que vocês fazem um casal perfeito? – me engasguei com a comida e comecei a tossir sem parar. Taylor me ofereceu um pouco de água e André continuou:

-Estão namorando a quanto tempo? – Olhei para Taylor e ele parecia rígido, parecia incomodado com André ali, então ele se remexeu na cadeira parecendo um pouco irritado e respondeu:

-A quatro meses! Por quê? Algum problema?

-A gente não esta namorando – interrompi-o. Senti seu joelho cutucar no meu, como se quisesse que eu calasse a boca, mas eu não podia, pelo menos se André soubesse que éramos apenas amigos haveria grande chance de ele parar de me perseguir.

-Nós somos apenas amigos! – falei a verdade olhando para Taylor, e ele olhou para mim recusando:

-Clary!

-Taylor! – Escutei a risada de André, ele parecia se divertir com aquela situação e me irritava cada vez mais, se não fosse Taylor ali eu juro que eu já havia pulado no pescoço dele. Levantei-me irritada com a situação e comecei a recolher os pratos e fui levando até a cozinha. Lavei a louça em silencio, pude ouvir André e Taylor conversando sobre diversos assuntos e logo já estavam meio que amigos, digamos. Deixo um copo cair, e quando vou juntar os cacos acabo cortando a mão sem querer. A ferida foi grande e sangrava muito. Levanto-me e rapidamente e vejo André vindo em minha direção, ele me jogou contra a parede e colocou sua boca bem no meu ouvido:

-Então esta namorando a quatro meses vadia! – ele segurava meus braços tão forte que eles já estavam doendo, lágrimas de raiva começaram a sair do meu rosto, gritei:

-Taylor! – André apertou mais ainda meus braços e praticamente falou cuspindo no meu rosto:

-CALA A BOCA! Ele não ta aqui, ele foi levar o lixo lá pra baixo. – Me desesperei. André apertou a ferida em minha mão, fazendo a doer e sangrar cada vez mais, eu chorava de dor. Mas não só a dor física, por que essa dor não doía tanto quanto a dor emocional. Eu tinha que reagir, cuspi no seu rosto e falei:

-Eu Odeio você! Eu tenho nojo de você! – Ele virou seu rosto de volta para minha direção e riu, e dessa vez sua expressão era cada vez mais aterrorizante.

-Você vai sofrer MUITO na minha mão! MUITO! – comecei a chorar mais ainda – Se prepara vadiazinha, porque esse é só o começo do seu inferno!

 Ele me largou e eu caí no chão, minha mão inteira já estava ensanguentada e o corte havia abrido muito, minha blusa estava toda suja. Ele olhou para mim e disse:

-Está avisada!

-Avisada do que? – interrompeu Taylor chegando a cozinha. André virou mudando sua expressão, e explicou a Taylor que havia me avisado para tomar mais cuidado da próxima vez com a louça, e logo saiu. Quando escuto o estrondo da porta, solto lágrimas e mais lágrimas, e Taylor cai desesperadamente ao meu lado com a tentativa insana de me consolar. Mas naquele momento nada iria me fazer bem, nada. O meu mundo caiu, tudo já era. Estava com medo, mais não de André, o medo de perder mais uma pessoa que amo. Já não aguentei a perda de meus pais e se perdesse mais Taylor eu iria viver com mais uma culpa. Afastei-me de Taylor e fui até o banheiro e lavei o corte, sangue e mais sangue se misturava junto com a água. Abri meu kit de primeiro socorros, Havia remédios, curativos e uma tesoura. Encarei o objeto lentamente, e comecei a me lembrar de tudo que ouviu desde o começo com André, desde os “Eu Te amo” e “Você é tudo para mim” até os xingamentos que ele havia me dito hoje na cozinha. Lembrei-me da sua voz me chamando por cada nome com gosto, como se ele me odiasse por ter feito algo a ele.

::::: “IDIOTA” “OTÁRIA” “BURRA” “ESTÚPIDA” “RETARDADA” “VACA” “FRACA” “VADIA”:::::

 A raiva que eu estava sentindo naquele momento não me deixou pensar mais em nada a não ser me cortar. Aí você vai ficar se perguntando, “mais você tem 20 anos, não é mais uma garotinha de 16 anos depressiva, por que fazer isso?” Eu estava cansada, cansada de André, cansada de sentir culpa pela morte dos meus pais, cansada de ser uma mulher frágil que chora por tudo e não sabe lidar com os próprios sentimentos, cansada de colocar uma pessoa que amo em perigo, cansada de viver minha “vidinha medíocre” segundo André, cansada de ser uma pura Idiota, cansada de esbarrar em tudo que chega perto, cansada de ser... Apenas Eu.

 Cortei tanto os meu braços que eles já estavam ardendo e sangrando de mais. Mas esse era o preço que eu deveria pagar por ser assim, esse deveria ser o preço por colocar Taylor em perigo. Cortei com mais ferocidade o outro braço.

-O QUE VOCÊ ESTA FAZENDO? 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Give Your Heart A Break" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.