A Casa Dos Sonhos escrita por Ane Bradley


Capítulo 4
Capítulo 4 - Surpresas




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Dando de ombros, ela voltou os olhos pela sala e começou a vasculhar algumas estantes e cômodas de mogno de estilo antigo encostadas nas paredes. Tinha papéis velhos, fotos amareladas, canetas bic sem tinta, farelos de pão e todos os tipos de porcaria, até mesmo um ninho de baratas voadoras super crescidas, que assustaram Ellen mais que qualquer coisa nessa casa. Em uma delas, ela encontrou um pequeno toca fitas amarelo, da Sony, daqueles que faziam sucesso nos anos 90. Ela apertou o play, mas o walkman estava sem pilhas. Ellen tirou as pilhas da lanterna, colocou no toca fitas e apertou o play. Estava bem no refrão da Highway to Hell, do AC/DC, o que ela achou bem colocado na sua atual situação. Talvez depois de sair dali ela poderia baixar a discografia do AC/DC no seu iPod.

Colocando as pilhas de volta na lanterna, Ellen saiu do cômodo, guardou o terço, respirou profundamente umas cinco vezes, e seguiu em frente. Com passos cuidadosos, Ellen se aproximou da terceira porta, mas colocando o terço na maçaneta, a mesma desapareceu, fazendo-o cair no chão.

Ellen reparou que todas as portas do corredor ficavam à sua esquerda, mas não havia nenhuma à direita, possivelmente porque aquela parede era externa da casa, onde deveriam estar as janelas. Olhando com mais cuidado, ela viu que as janelas haviam sido fechadas com painéis finos de material compensado e pintados da mesma cor das paredes. Ela então retirou um painel com cuidado, e expôs uma janela pequena, por onde se via sem nenhuma surpresa a floresta escura de pinheiros.

Ela resolveu que iria pensar nesse assunto depois, e seguiu em frente. Foi quando ela segurou a respiração ao ver que havia algo no teto. Morcegos grandes, com pernas e braços humanos, estavam pendurados de cabeça para baixo no teto e olhavam para ela famintos. Ellen surtou e correu como nunca, sem tempo de checar mais nenhuma porta, enquanto as criaturas caiam no chão e começavam a persegui-la. Uma daquelas coisas caiu bem a sua frente, e sem pensar ela enterrou com força o canivete no olho esquerdo do morcego humanóide, que começou a chiar um som agudo de perfurar os tímpanos.

Sem pensar em mais nada, Ellen corre até o final do corredor, e o único caminho existente é uma escada em L de três andares. Após o primeiro lance de escadas, ela vê uma porta entreaberta e entra, fechando a porta e a bloqueando com seu próprio peso. As criaturas pareciam ter desistido de tentar devorá-la.

Antes que ela pudesse suspirar de alívio, ouviu um som parecido com pedras rolando. Virando o corpo para ver o cômodo em que estava, ela viu apenas um pequeno monte de pedras. Ellen respirou profundamente de alívio, mas esse durou pouco quando ela viu as pedras se mexerem e formarem a figura de uma mulher. Ellen quase nem teve tempo de se desviar do punho de pedra que vinha em sua direção. Não seria tão fácil assim derrubar aquela criatura, como a menina da chave.


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