Crossed Destinies escrita por beabea, beabea786


Capítulo 19
Vendida




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–Acordem suas ranhosas! - grita uma voz masculina abrindo a porta de madeira e acertando no primeiro colchão que estava no chão acordando assim a mulher ali deitada.

Rapidamente todas as pessoas ali naquele quarto estavam despertas, muitas delas aninhadas umas ou pé das outras. Era tudo mulheres, adolescentes e crianças, tudo do sexo feminino.

–É hoje o dia… - sussurra uma mulher perto de duas meninas que estavam abraçadas a tremer de medo.

Tentou falar baixo para não sei ouvida pelo o homem mas parece que isso não resultou visto que no segundo seguinte estava a levar um pontapé na perna e ouviu a voz rude do homem a pergunta:

–Do que falas?

–Nada, meu senhor. - responde a mulher a tremer com medo daquilo que pudesse receber de castigo.

–Mentira! - exclama o homem assustando todas as mulheres presentes ali.

Levantou o braço pronto para dar uma tapa na cara daquela mulher, mas foi impedido com uma voz feminina na entrada daquele imundo quarto:

–O que pensas que estás a fazer?

A voz era autoritária e clara, mas ao mesmo tempo irritante mas nenhuma das mulheres tinha coragem de dizer isso.

Escondida pela escuridão a mulher dá alguns passos sendo iluminada pela claridade que os buracos das persianas deixava passar. A mulher era alta, mas os saltos que usava fazia ela um pouco mais alta, a sua roupa era escura dando mais evidencia á sua pele clara e ao seu cabelo ruivo muito bem cuidado com os caracóis bem definidos. A sua boca estava pintada com um batom vermelho e os seus olhos verdes davam destaque as sardas por baixo destes.

–Ela falou. - responde simplesmente o homem como se essa resposta fosse esclarecer a dúvida da mulher.

–Guarda isso para mais tarde, temos convidados e temos que tratar as nossas mulheres bem. - declara a mulher com um sorriso frio nos lábios fazendo com que as mulheres tremessem mais.

Um silencio invadiu aquele lugar por poucos segundos, o tempo necessário para o homem ter tempo de se aproximar da ruiva na porta.

–Tu! Tu! Tu! Tu! Tu! Venham atrás de mim. - chama o homem sem dar tempo de alguma poder dizer alguma coisa.

Cinco crianças levantaram, todas elas de lugares opostos do lugares, todas elas anteriormente tinham tido tempo de dizer alguma coisa umas as outras, todas elas rezavam para não serem elas as escolhidas.

Formaram uma fila em frente do homem e da mulher como anteriormente tinham treinado, naquele momento encontravam-se num aposento diferente. Uma sala de estar com o sofá encostado á parede e uma televisão mesmo em frente deste, a sala era mais iluminada do que o quarto onde as cinco meninas estavam fazendo com que elas demorassem um pouco mais tempo habituar-se aquela luz.

–Portem-se bem e são capazes de receber um presente. - afirma a mulher continuando com o sorriso frio nos lábios.

Esperança foi aquilo que dominou o coração das cinco crianças pensando que aquela seria uma oportunidade para ficarem livres, mas para isso teriam que se portar bem e elas estavam prontas para fazerem isso todas menos uma menina loira, que estava no final da fila, que sabia muito bem o que aquela frase significava.

A porta de madeira foi aberta pelo o homem que recebeu a ordem da mulher ruiva que naquele momento estava encostada a um armário perto de uma parede, o sorriso frio tinha desaparecido do seu rosto e agora mantinha uma mascara que não conseguia passar os sentimentos que sentia de momento. A menina loira do final da fila conhecia muito bem aquela expressão, era falsa, assim como tudo o aquela mulher vestia.

Dois homens de fato atravessaram a porta e deram passagem a uma mulher alta, loira também de saltos, e com uma expressão bastante série. Os olhos da mulher eram escondidos pelos óculos escuros e o vestido verde que ela usava era justo ao seu corpo evidenciando as curvas que ela tinha.

–Estão atrasados! - exclama a ruiva olhando com o olhar frio em direção da mulher loira que olhava atentamente para as cinco meninas que estavam direitas em fila indiana.

–O transito aqui é horrível. - declara simplesmente a mulher sem desviar os olhos das crianças.

Os segundos foram passados e o silencio parecia apertar-se cada vez mais naquela sala, ouvia-se apenas as respirações dos presentes e o ponteiro dos segundos do relógio na parede de frente para as cinco crianças a trabalhar.

–Já decidi. - fala finalmente a mulher afastando-se finalmente das cinco meninas.

–Vamos falar lá dentro. - pede a ruiva apontando para a divisão ao lado daquela onde estavam, julgavam ser a cozinha ou até mesmo o banheiro.

A menina loira, do final da fila, intercalava o olhar entre a porta por onde a mulher loira e os dois homens tinham entrado e janela do seu lado direito que se mantinha aberta. Aquela poderia ser uma grande oportunidade para fugir, mas seria um grande risco. Se apanhassem ela pagaria muito caro e ela tinha prometido á sua irmã que se manteria viva, ela tinha que cumprir a sua promessa.

A linha de pensamentos da menina terminou assim que as duas mulheres voltaram a entrar no aposento, a ruiva parecia ainda mais séria do que anteriormente.

–Tu. - fala a ruiva olhando na direção da fila das cinco meninas.

–Eu? - pergunta em dúvida a morena que estava ao lado da loira.

–Não és tu, idiota. Tu. - fala novamente a ruiva desta vez apontando para a menina a que se referia.

–Eu não quero ir. - afirma a menina loira cruzando os braços e querendo-se fazer forte para não libertar as lágrimas. Tinha aguentando 4 anos naquela espelunca, naquele lugar horrível e agora que estava sozinha, agora que sabia que a sua irmã iria busca-la ela era vendida.

–Não és tu que decides! - exclama a mulher ruiva aproximando-se da menina e agarrando no braço desta puxando com grande violência para á frente.

–Foi bom negociar contigo. - declara a mulher loira enquanto depositava várias notas na mão da ruiva.

–Digo o mesmo. - responde a mulher antes de largar a menina e receber o dinheiro.

Antes da menina pudesse fazer alguma coisa foi agarrada pelo o braço uma segunda vez, desta vez por um dos homens que acompanhava a mulher loira que naquele momento saía da casa.

A menina entrou na parte de trás de uma carrinha que tinha as janelas todas tapadas com sacos de plástico preto impedindo assim que a luz solar iluminasse aquele lugar.

–Ainda não disses-te o teu nome. - fala a mulher loira olhando para trás do banco da frente.

–Primrose. - responde a menina tentando ser o mais rude possível.

–Poem-te confortável Primrose, a viajem vai ser longa. - afirma a mulher loira antes de se voltar para a frente com um sorriso frio nos lábios, estava ansiosa para que a diversão logo começasse.


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Notas finais do capítulo

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