Crossed Destinies escrita por beabea, beabea786


Capítulo 18
Episodio Doloroso


Notas iniciais do capítulo

Pois é pessoal eu voltei, mas não foi porque vocês bateram a meta porque isso não aconteceu e eu estou muito triste por isso, eu voltei porque a querida e doce Mytii Freiire recomendou a fic e eu não poderia estar mais feliz. Muito, muito obrigada! Este capitulo é dedicado todo a você minha flor.
Agora falemos do capitulo, o capitulo partirá do ponto onde paramos no capitulo do Peeta e da Annie, neste capitulo iremos ver uma faceta muito diferente da nossa Annie que deixara todos os leitores com sérias dúvidas.
Aquilo que está dentro de aspas e em italico é uma lembrança do Peeta.
Espero que gostem.
Kiss, bea



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LEIAM AS NOTAS INICIAIS!!!!

***

–Onde vamos? - pergunta Annie olhando a paisagem que passava por eles.

Annie não saía da clinica desde que foi internada, e com tudo isso já tinha passado mais de um ano. Annie perdera a noção da realidade e já não conseguia perceber as coisas que tinham mudado com a sua ausência.

–Um lugar que eu acredito que tenhas saudades. - responde simplesmente Peeta com um pequeno sorriso nos lábios.

Annie manteve-se o resto do caminho em silencio e quando Peeta finalmente parou o carro, Annie foi capaz de olhar toda a paisagem á sua frente com atenção.

As ondas batiam com alguma violência nas rochas que estavam perto da costa fazendo com que a água tocasse lentamente na areia. Eram poucas as pessoas que se encontravam na praia naquela altura tudo por culpa do frio que fazia. Via-se alguns surfistas por ali e alguns casais de namorados que de mãos dadas passeavam pela praia.

Com alguma ajuda do Peeta, Annie consegue descer do carro deste.

–Estamos mesmo na praia? - pergunta Annie não conseguindo desviar o olhar das ondas.

–Sim. - responde Peeta sabendo o quanto Annie gostava da praia.

–Podemos ir? - pergunta Annie olhando em duvida para Peeta.

–Eu trouxe-te aqui para irmos á praia e não ficarmos dentro do carro. - declara Peeta.

Annie parecia uma criança de 5 anos no dia de Natal enquanto abria as suas prendas, Peeta não conseguia evitar ao perceber o quanto também ele sentia saudades de vir á praia.

Annie tinha retirado os seus sapatos fazendo com os seus pés tocassem finalmente na areia fria, com os olhos fechados ela levantou a cabeça olhando assim para o céu daquela tarde e suspirou de alegria.

–Sentia tantas saudades disto. - declara Annie sendo escutada por Peeta despertando assim atenção deste que olhava para as ondas do mar.

–Eu também. - afirma Peeta.

–Quando foi a última vez que tiveste aqui? - pergunta Annie abrindo finalmente os olhos e olhando para Peeta.

–Quando viemos os três. - responde Peeta referindo-se a ele, á Annie e o William, o filho de Peeta.

–Sinto muito. - fala Annie olhando para os seus pés que brincavam involuntariamente com areia.

–Tu não tiveste culpa disso, Annie. - declara Peeta aproximando-se de Annie um pouco mais.

–Na realidade tive, foste meu amigo. O meu melhor amigo e eu abusei, quis que fosses algo mais e quando percebi que tu nunca poderias ser isso eu passei-me. Eu magoei o Will da pior maneira. Eu não me consigo esquecer desse dia, eu nunca me irei conseguir perdoar e sei que tu também nunca me irás perdoar. - declara Annie falando com bastante calma mas mostrando a Peeta o quão irritada estava consigo mesma.

Peeta suspirou sabendo que Annie tinha razão, Peeta poderia estar a fazer tudo aquilo com as melhores intenções mas ele nunca iria conseguir perdoar Annie pelo aquilo que ela fez. As coisas que ela se submeteu a fazer não têm perdão e colocando o William no meio é quase suicídio.

“-Annie o que é que tu fizes-te? - pergunta Peeta nervoso ao perceber que Annie já não estava acompanhado por William como á uma hora atrás isso acontecia.

–Ele agora já não nos pode atrapalhar. - fala simplesmente Annie com um sorriso doce e aproximando-se de Peeta com a intenção de o beija-lo.

–O que é que fizes-te? Responde! - grita Peeta agarrando nos ombros de Annie e abanando-a á espera que adquire-se alguma resposta assim.

A morena olhou para Peeta durante alguns segundos para logo de seguida se começar a rir como se Peeta tivesse acabado de contar a melhor piada de sempre.

–Ele já não pode voltar. - responde Annie continuando com aquele sorriso.

Desesperado, Peeta solta finalmente Annie afastando-se desta como se ela fosse algo bem nojento. Peeta passava as mãos pelo seu cabelo num ato de nervosismo não conseguindo acreditar que Annie pudesse ter mesmo feito aquilo que ele pensava. Tentava controlar o acesso de raiva que tinha e as lágrimas que queria soltar. Ele olhou para Annie não conseguindo reconhecer a mulher á sua frente.

–Onde é que vais? - pergunta Annie quando Peeta passa por ela e pega nas chaves do seu velho táxi.

Peeta respirou fundo e olhou para Annie não conseguindo acreditar que estava a fazer aquilo:

–Preciso de ir ter com o Finnick para dar a boa noticia, não saías daqui por favor.

–Irei-te esperar sempre. - declara Annie com um sorriso e sentando-se na poltrona perto do sofá grande sobressaindo assim aquilo que dizia.

Peeta sem dizer mais nada saí da sua casa e pega no seu táxi já não conseguindo controlar o acesso de raiva. Sabendo que se não saísse o mais depressa dali ele faria alguma loucura, Peeta ligou o carro e arrancou antes que Annie pudesse aparecer na porta.

Guiando sem destino por minutos, talvez por horas, Peeta não sabia o que fazer, estava nervoso e não conseguia aguentar mais as lágrimas que escapavam se permissão dos seus olhos. Não conseguia pensar em nenhum lugar que Annie poderia ter deixado Will, não conseguia lembrar-se de nenhum lugar que era de confiança para Annie a não ser a praia. E o cenário que Peeta imaginava na sua cabeça não era nada bonito.

Decidido a querer arrancar as respostas de Annie, Peeta guiou para casa.

–Chegas-te, pensei que demorasses um pouco mais de tempo. - declarava Annie ao ouvir a porta da casa a ser aberta e Peeta a entrar por esta.

–O que é que lhe fizes-te? - pergunta Peeta num acesso de raiva, precisa de resposta antes que fosse tarde demais.

–Ainda a clicar na mesma tecla? - pergunta Annie pousando o copo que tinha não mão na mesa de madeira ao lado da poltrona.

–Diz-me! Eu mereço saber! - exclama Peeta controlando-se para não levantar a mão á Annie.

–Se te ajuda, nesta altura ele já estará junto da sua mãezinha. - responde Annie consultando o seu relógio e dizendo aquilo com bastante tranquilidade.

Ao ouvir aquela resposta, Peeta não aguentou e foi com os joelhos ao chão chorando cada vez mais e soltando os soluços que a sua garganta prendia.

–Ei pronto, eu estou aqui. Irei cuidar de ti. - afirma Annie abaixando-se á frente de Peeta podendo tocar no braço deste.

–Tu não tinhas o direito. Ele era meu filho! - exclama Peeta olhando para Annie e tentando passar todo o ódio que sentia naquele momento.

–Ele era o único que impedia que tu ficasses comigo! - exclama em resposta Annie.

Peeta olha para Annie conseguindo notar a loucura no seu olhar, respira fundo para assim controlar-se para não agarrar Annie e abana-la até cada membro do seu corpo se soltar do tronco.

–Eu tenho o direito de ver o seu corpo. Só assim poderei soltar-me dele. - declara Peeta não sabendo onde tinha ido buscar tudo aquilo, seria aquela situação que o estava a deixar assim?

Annie sorriu finalmente e levantou-se estendendo a mão em direção a Peeta para este agarra-la e quando o loiro olhou para ela estranhamente Annie esclareceu:

–Irei mostrar-te o caminho.

Seguiram o caminho todo de carro em silencio, Peeta tentava concentrar-se em outra coisa a não ser a presença de Annie que cantarolava baixinho como se estivesse realmente feliz.

–É aqui. - fala Annie quando Peeta passa pela praia que os dois tinham estado á umas semanas atrás.

Peeta percebeu que o cenário que ele tinha passado á vários minutos atrás era o mesmo cenário que estava a concretizar-se naquele momento. Peeta desceu do carro com a Annie e passou os olhos pela praia á procura de alguma coisa que pudesse chamar a sua atenção, e quando estava quase pronto para perguntar á Annie onde ele estaria viu um brilho metálico vindo de uma parte da praia onde as ondas batiam violentamente nas rochas. Seria o casaco do seu filho? Peeta bem desejava que fosse.

Sem esperar por algo que pudesse ser dito por Annie, Peeta corre em direção aquela zona onde ele tinha visto o brilho e apenas parou quando estava bem próximo vendo assim finalmente aquilo que poderia ser.

Deitado, com o rosto a tocar na areia gelada encontrava-se William com os olhos fechados como se estivesse a dormir. As suas roupas estavam todas molhadas e as calças completamente sujas de areia, as mãos de William estava fechadas em punho ao lado do seu corpo inconsciente mostrando assim que ele dera luta. Aquilo que provocara o brilho tinha sido um bocado de vidro que estava um pouco sujo de sangue que Peeta suspeitava que fosse de William visto que a mão que agarrava o vidro tinha sangue seco.

Ajoelhado ao pé do corpo do William, Peeta foi capaz de puxar o corpo do filho para perto do seu abraçando este fortemente como se ele pudesse fazer alguma coisa para ressuscitar o seu filho. As lágrimas caiam pelo o rosto de Peeta e este não se importava agarrando-se cada vez mais forte o pequeno corpo do Will que continuava sem respirar.

–O que é que tu fizes-te? - pergunta Peeta com a voz embragada por culpa do choro olhando para Annie que olhava para aquela imagem á sua frente como se algo de errado estivesse ali.

–Eu… - tenta falar Annie.

–Tu matas-te! - exclama Peeta não aguentando os soluços que se queriam libertar da sua garganta.

–O que é que fiz? O meu deus, Peeta! - exclama Annie agarrando nos seus cabelos como se percebesse finalmente o que tinha acontecido.

Peeta chorava abraçado a William não sabendo aquilo que poderia fazer enquanto ouvia o clamores de Annie como se esta só se apercebesse do que tinha feito naquele momento.

–Se calhar ainda o poderemos salvar, se calhar ele ainda pode sobreviver. - fala Annie ajoelhando-se na areia mas não tendo coragem para se aproximar muito mais.

–Como? - pergunta Peeta quando têm a sua respiração controlada.

–Ele está á pouco tempo sem oxigénio no cérebro se tentarmos respiração boca a boca e massagem cardíaca se calhar poderá resultar. - informa Annie tentando concertar o erro que tinha feito.

Pousando com alguma dificuldade o corpo de William na areia, Peeta baixou-se perto do rosto do seu filho e sem ter qualquer repulsa junto os seus lábios aos pequenos lábios de William apertando o nariz deste fazendo com que a boca de William se abrisse um pouco e fizesse finalmente respiração boca a boca.

Segundos depois, Peeta afastou-se á espera de algum resultado mas nada. Tentou agora a massagem cardíaca juntando as suas mãos e colocando no peito de William fazendo força para baixo tentando assim fazer com que o coração de William bombeasse.

Minutos ficaram assim e Peeta começava a ficar desesperado ao perceber que não conseguia obter nenhuma resposta por parte do filho.

–Vamos lá, Will. Por favor, tens que voltar. - implora Peeta tentando mais uma vez a respiração boca a boca.

Quando se afastou, Peeta estava pronto para fazer um pouco mas da massagem cardíaca mas não foi necessário, pois William começou a tossir mostrando que ele tinha voltado e que estava a respirar. Cuspindo a água que tinha engolido, Will foi capaz de abrir os olhos dando de caras com o rosto de Peeta que chorava de felicidade ao perceber que William estava vivo.

–Pai? O que aconteceu? - pergunta Will não se lembrando de nada.

Não se aguentando, Peeta puxou o filho para cima abraçando fortemente e não ligando as resmungos de dores que William soltava de vez em quando.

William tinha voltado, estava a respirar e Peeta não poderia estar mais feliz do que nunca.”

–Peeta está tudo bem? - pergunta Annie olhando para Peeta que parecia desfocado alguns minutos.

Peeta voltou a se focar continuando a olhar para o mar que começava a ficar cada vez calmo, ele nunca se iria conseguir esquecer daquele dia, do dia em que ele quase perdeu o seu tesouro mais preciso. O seu filho!

–Temos que voltar, Annie. - fala Peeta quando voltou ao normal.

Annie suspirou e olhou uma última vez para o mar que começava a ficar calmo.

–Achas que um dia irei voltar aqui? - pergunta Annie continuando a olhar para o mar.

–Tenho a certeza. - responde Peeta.

***

LEIAM AS NOTAS FINAIS!!!!


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Notas finais do capítulo

Que acharam do capitulo? William quase morreu, que acharam disso? As lágrimas vieram aos olhos? É porque a mim veio e eu este é o meu capitulo favorito, amei escrever este capitulo e preparem-se porque muitos capitulos que estão para vir pela frente teram o mesmo grau sentimental que este. Por isso preparem os lenços.
Que acharam deste lado da Annie? Que acharam do Peeta neste capitulo? Será que a Annie mudou mesmo? Será que algum dia Peeta irá perdoar aquilo que Annie fez?
Preciso de comentarios para continuar, esta semana sem meta, mas irei postar o proximo capitulo apenas quando eu quiser. Estou já avisar.
Kiss, bea