Dar Um Nome!- Parte 2 escrita por Ana Mandaloufas


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Capitulo narrado pelo Jack, afinal a Sammy passou muito tempo desacordada.^^
Quem melhor do que ele para narrar como foram as buscas pela Sammy?
Lembrando que as falas entre <> são os pensamentos da Sammy que o Jack lê.
Espero que gostem.
=Ana



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Como a Sammy não participou de toda a ação, pois estava presa naquele quarto estupido, ela pediu que eu colocasse os fatos que não presenciou aqui.

_Jack, você sabe que está acusando o meu noivo de sequestrar minha filha, não sabe?

Foi muito complicado ter de convencer a mãe de Sammy do ocorrido, eu tinha provas, mas ela parecia não compreender a gravidade do que lhe dizia.Também, quem acreditaria num garoto que, do nada, chega lhe dizendo que sua filha foi sequestrada pelo seu noivo?

  _Eu tenho plena consciência disso D. Ângela; mas é verdade olha estas pesquisas que eu fiz: segundo isso seu noivo não existe, e eu achei umas fotos de um sequestrador que se parece com ele.

  _Isso não o incrimina.

  _Então, por que ele não voltou para ajudar a achar a Sammy; ou melhor, por que ele não deu queixa?

  _Não sei, Jack.

  _Ângela, fui eu que botei esse cara na cadeia!

Enfim alguém com juízo aparece! Se não fosse o pai da Sammy não sei mais que argumentos poderia utilizar; D. Angêla nunca acreditaria que sua filha foi sequestrada antes que pedissem o resgate.

  _O quê? Augusto você tem certeza?

  _Tenho, eu até achei ele bem parecido com o Edu, mas eu não tinha o porquê ligar as duas pessoas.

  _Mas como podemos ter certeza?

Não tem como...se eu não contar eles nunca vão acreditar...vão ficar fazendo suposições e não chegaram a lugar nenhum.

  _D. Ângela, eu preciso te contar uma coisa.

  _Fala, Jack.

  _Eu leio mentes.

  _Jack? O quê?!?

Sim, ela estava me olhando com cara de "Jack, não é hora para brincadeiras!"

  _É verdade, eu leio mentes; pode me testar se a senhora não acredita.

  _E como você pretende me provar uma coisas dessas?Jack, não é hora para...

  _O computador da Sammy!

  _O quê?

  _Ela escreveu tudo; eu sei onde está o arquivo. Por favor, acredite em mim: a Sammy foi sequestrada e o cara que fez isso foi seu noivo.

  TRIM-TRIM-TRIM

  _Alô?

  _Senhora Ângela?

  _Sim, quem deseja?

  _Não interessa, o importante é você saber que estamos com sua filha e queremos 300 mil reais por ela.

  _Como?

  TUUUUUUUUUUU

Eu já sabia que ela ia ficar em choque...eu sabia que sua cabeça ia ficar a mil, quando chegasse a conclusão de que eu tinha falado a verdade.

  _Jack, você sabia?

  _Eu tentei avisar, mas já era tarde.

  _Oh, minha filha.

  Ok, eu sou péssimo nisso; mas como fui eu que vi, lá vamos nós: A mãe da Sammy começou a chorar desesperadamente junto com a irmã e a madrasta dela. O pai Dela preferiu vir falar comigo.

  _Você pode localizar a Sammy pelos pensamentos?

  _Eu não, mas o Zê pode; ele vivia fazendo isso com minha família.

  _E do que ele precisa?

  _De alguém que tenha visto a Sammy no parque.

  _Mas nós não sabemos de ninguém.

  _Eu devia ter ido com ela, sei que ela ia querer me convidar; mas eu tinha aula.

  _Não é sua culpa.

  _Mas eu podia ter impedido, ou no mínimo ser útil numa hora dessas.

  _Agora temos de nos concentrar em salvá-la, Jack.

Foi então que lembrei:

  _Temos que achar o Edu, ou seja lá que nome que aquele desgraçado tenha.

  _Prefiro chamá-lo de Edu.

Qualquer pessoa que soubesse o nome dele de verdade iria preferir.

  _Acho que temos de chamar a policia, Senhor Augusto.

  Nós informamos a policia, e eles rastrearam o sinal do celular da Sammy; eles sabiam em que região eles se encontravam só faltava achar o Edu.

  O delegado disse que eles iriam cobrir todos os mercados e barracas de suprimentos, já que uma hora ou outra alguém teria que comprar comida. Eu só estava rezando para que fosse o Edu.

  Passamos uma semana e meia esperando algum sinal suspeito, até que recebemos um telefonema de um comerciante que disse ter atendido um homem estranho na semana anterior e que este mesmo homem havia voltado somente agora. Disse também que ele não comprava coisas que precisassem ser cozinhadas e que só levava alimentos não perecíveis.

  A policia foi averiguar. Eu não pude ir lá pra ver, então não sei os detalhes da prisão; acho que já deu pra sacar que prenderam o Edu.

  No interrogatório ele contou uma história muito estranha sobre ter sido sequestrado junto com a Sammy, e que tinham jogado ele pra fora de um carro no meio da mata. Ainda bem que inventaram aquele negócio de impressão digital, ai ele se ferrou.

  Mesmo assim ele não queria confessar, bancou o durão até o ultimo instante; ou seja, até colocarem o Zê pra fazer o interrogatório.

  _Você não parece policial.

  _E não sou.

  _Então por que está aqui?

  _Consegui convencer o sargento.

  Ele leu a mente do delegado e o coitado quase teve um treco.

  _O que você quer?

  _Só quero saber onde está a Sammy.

  _Eu já disse que não sei.

  _Hum...como eu faço pra chegar até essa casa?

  _Casa?

  _É, aquela que você pensou faz uns cinco segundos; aquela que tinha uma cobra do lado de fora e que te deixou com medo.

  _Eu não tenho medo de cobra.

  _Não era medo da cobra te picar, era de picar a menina; que na minha opinião era a Sammy.

  _Como...?!?

  _Isso não te interessa. Eu quero que você me leve até ela agora.

  _Por que eu faria isso?

  _Você sabe que seu parceiro não é confiável, não é? O que ele pode ter feito com a Sammy?

  _Eu falei pra ele cuidar dela.

  _Eu sei, mas a comida estava acabando e a Sammy já estava mais pra lá do que pra cá a ultima vez que você a viu.

  _O que você quer dizer com isso?

  _Você usou o Boa Noite Cinderela, essa droga pode causar morte por desidratação; e eu acho que a Sammy está com desidratação.

  _Isso é grave?

  _Eu disse que pode matar, o que você acha? Eu acho que você se apegou a Sammy, ela realmente é uma boa garota e não merece morrer desse jeito.

  _O que foi que eu fiz?!?

O Zê é muito bom em fazer as pessoas se sentirem culpadas utilizando os pensamentos delas mesmas.

  _Se você ajudar pode ser que sua pena seja reduzida, você já conversou sobre isso com delegado.

  _Já sim, eu vou levar vocês até ela; mas por favor peça desculpas a Ângela por mim.

  _Pode deixar.

  Nós ficamos apreensivos enquanto a policia preparava as coisas para partirmos; o Zê conseguiu que eu, o Mateus e o pai da Sammy fossemos junto com eles. O pai da Sammy preferiu não ir pra lá e sim correr para um hospital e preparar as coisa pra os primeiros socorros da Sammy.

  A trilha para a casinha era muito tortuosa e de difícil acesso, demoramos mais ou menos meia hora pra chegar lá. Eu estava muito preocupado, por mais que eu forçasse a mente eu não consegui rastrear a Sammy; o Zê me garantiu que ela emanava sinais vitais pela mente, por mais confusos que fossem, mas eu ainda não conseguia senti-los.

  A policia cercou a casinha e começaram a render o tal do colega do Edu. Pelo que disseram os policias ele se rendeu rapidamente, mas pra mim pareceram horas intermináveis; horas que talvez a Sammy não tivesse.

  Quando eles entraram na casinha eu quis ir junto, mas não me deixaram. Eles acabaram achando a Sammy desacordada num dos cômodos da casa; ela estava agarrada ao livro que eu tinha lhe dado, eu sabia que ela tinha escrito algo nele enquanto estava trancada.

  Colocaram ela com a gente na ambulância, ela estava suando frio e começou a ter uns delírios no caminho do hospital. Isso estava começando a me assustar, ela não conseguia recobrar a consciência e a boca dela estava muito ressecada e com a cor tendendo para o roxo.

  No hospital eles levaram ela direto para o pronto socorro, e de lá ela foi direto para a UTI.

  Eu não podia visitá-la, mas seu pai me disse que ela estava recebendo soro e tendo a respiração controlada por um aparelho, e que ainda estava com a mente um pouco confusa.

  Eu somente pude revê-la quando ela voltou pra casa; nós fizemos uma festinha de boas vindas, mas ela não estava com pique para esse tipo de coisa.Eu ia visita-lá sempre, mas apesar de clinicamente rápido, ela estava se recuperando aos poucos.

 


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Notas finais do capítulo

Lembrando que o Jack não gosta de escrever, por isso ele é meio direto e reto nas descrições.
=Ana



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