Dar Um Nome!- Parte 2 escrita por Ana Mandaloufas


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Feriados normalmente me fazem atrasar a postagem, desculpem-me, desta vez preferi postar depois do feriado por causa do mistério.^^
=Ana



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  _Pode deixar que eu tomarei conta do seu celular agora.

Disse-me Edu vindo em minha direção e arrancando o celular de minha mão.

  _Por quê?

  _Acho que seu amiguinho já lhe respondeu isso.

  _Meu amigo...como é que você sabe que eu estava falando com um amigo? Você ouviu minha conversa?

  _Sabe Sammy, eu sei me esconder muito bem; também sei ficar em silêncio por muitas horas, foi fácil até de mais ouvir sua conversa.

  _Que falta de educação.

  _Desculpe a indelicadeza, mas eu tinha que ficar de olho em você antes que o efeito do seu “suco” comece.

  _Efeito do meu suco?

  _Você vai entender daqui a pouco.

  Eu precisava fugir dali, precisava bolar um plano para sair; a porta estava a poucas distâncias de mim, ele não poderia ser muito mais rápido que eu, e tinha um punhado de gente do lado de fora, só precisava gritar.

  De repente minha visão começou a ficar estranha; tudo parecia uma pintura que eu observava, mas uma pintura abstrata. Por que eu estava olhando pra porta?Algo me dizia que eu precisava fugir...mas fugir de que?

  _Sammy, você está bem?

  Pelo menos algo estava claro pra mim, era a voz do Edu.

  _Não, eu quero ir embora.

  _Tudo bem, vamos.

  Algo me dizia que eu não devia ir com ele; mas algo também me dizia que o nome dele era Romião, e esse não é o nome dele e eu sabia que não era. Então eu fui junto com o Edu, minha mãe ia me matar por ter comido...O que eu tinha comido mesmo? Tanto faz ela vai brigar assim mesmo.

  _Sammy, se quiser tentar dormir enquanto estamos a caminho de casa tudo bem; vai que melhora até lá.

  _Boa idéia.

  Eu tive um sonho muito louco: estávamos andando de carro por uma estrada de terra que eu nunca tinha visto (será que se pode sonhar com algo que nunca viu?); de repente paramos perto de uma casinha, eu desci e o Edu me guiou até um quartinho e me deixou lá enquanto usava meu celular pra ligar para alguém.

  Da conversa eu só lembro disso:

  _Eu consegui a garota, mas parece que o amigo dela já sabe do plano todo...não, não vou voltar e me arriscar...vocês vão ter que mandar suprimentos, eu só tenho pra uma semana...ok, eu volto a ligar pra dar informações.

  Depois disso eu não lembro de mais nada do sonho.

  O problema foi quando eu acordei...acho que não era um sonho.

  Era um quarto bem pequeno e escuro, tinha um colchão e uma bandeja com pão e um copo da água. Algo me dizia que eu já tinha visto essa bandeja com as mesmas coisas antes.Melhor dizendo, algo me dizia que eu tinha sido seqüestrada...por quê que não fugi?!

  _Vejo que a senhorita acordou.

  _Edu?...Quer dizer, Romião?

  _Quer parar de me chamar assim? Me chame de Edu mesmo, é melhor que Romião.

Disse ele fazendo careta, ao ouvir seu verdadeiro nome.

  _Tá. Onde agente está?

  _Não faça perguntas.

  _Ok. Só uma: Por que e como você me seqüestrou?

  _Foram duas, mas eu dou uma de bônus.Basicamente eu te seqüestrei por causa do seu pai; não só pelo dinheiro dele, mas por vingança por ter me posto na cadeia por 3 anos.

  _Meu pai te pôs na cadeia?!?

  _Eu não vou responder a pergunta bônus.

  _Pode responder, eu fico quieta.

  _Foi muito fácil, eu pus um Boa Noite Cinderela no seu suco aí você perdeu um pouco de sua capacidade de raciocínio e fazia tudo o que eu mandava.

  _Eu estava dormindo mesmo?

  _Não todo o tempo, mas você dormiu bastante; alias, toma a sua água logo vai te fazer bem.

  _Você é um bandido bonzinho?_Perguntei estranhando o comportamento gentil dele.

  _Não, mas eu não gosto de danificar a mercadoria.Agora chega de perguntas.

  Eu não estava com medo do Edu,ele não ia me machucar; mas cá entre nós não é nada agradável saber que só tem pão e água pra se alimentar. Isso com certeza estava deixando o Edu doido, eu sei disso por que ele ligou para um cara pedindo que mandassem comida ou alguém pra ficar comigo enquanto ele comprava algo.

  Mandaram um tal de Jaques pra tomar conta de mim, ele tinha uma cicatriz enorme na cara e dentes faltando; totalmente diferente do “Edu” que era bem ajeitadinho. Ele era meio grosso e não gostava de mim, a primeira vez que o “Edu” saiu pra comprar comida ele me trancou no quartinho escuro e não respondia quando eu chamava. Eu fiquei com medo dele ter me deixado lá sozinha, de terem me abandonado; foi ai que eu achei meu livro jogado num canto com minha mochila. Eles tinham tirado todas as coisas que pudessem facilitar minha fuga, só tinha meu agasalho, meu livro e meu lápis dentro dela.

  Foi um alivio ter achado meu livro, eu estava com muito medo de ficar lá pra sempre; então comecei a escrever:

Primeira nota:  

NÃO SEI A QUANTO TEMPO EU ESTOU AQUI, MAS GOSTARIA QUE MEU PAI PAGASSE LOGO O RESGATE E ME DEIXASSE IR EMBORA!

Segunda nota:

  AQUI É TÃO ESCURO E FRIO; ACHO QUE ELES ME DEIXARAM SOZINHA. ESTOU FICANDO COM MEDO, ONTEM EU OUVI O EDU DIZER QUE TINHA VISTO UMA COBRA DO LADO DE FORA DA CASA.

Terceira nota:

  JÁ FAZ UNS QUATRO DIAS QUE EU ACORDEI, OU MELHOR , QUE O EFEITO DA DROGA PASSOU; A COMIDA É BEM ESCASSA E EU FICO COM SEDE O TEMPO TODO, JÁ DEIXEI DE COMER O PÃO COM MORTADELA DE HOJE PORQUE ELE ESTAVA MUITO SALGADO E EU ESTAVA COM MUITA SEDE.

Quarta nota:

HOJE EU NÃO CONSEGUI LEVANTAR, TODA VEZ QUE EU TENTAVA MINHA VISÃO ESCURECIA. O JAQUES GRITOU COMIGO ME MANDANDO PARAR DE SER MOLENGA E LEVANTAR LOGO, MAS O EDU DISSE QUE EU SÓ PRECISAVA COMER ALGO; ACHO QUE NÃO ADIANTOU MUITO, EU AINDA ESTOU MUITO FRACA.

Quinta nota:

  EU ESTOU COMEÇANDO A SUAR FRIO, QUE SERÁ QUE EU TENHO? NÃO ME AGUENTO EM PÉ MAIS; DURMO MAIS DO QUE FICO ACORDADA . OUTRO DIA EU ACHEI TER VISTO O JACK DO MEU LADO, ELE ESTAVA COM UMA JARRA DE ÁGUA NA MÃO.

Sexta nota:

 EU VOU TER QUE PARAR D ESCREVER POR ENQUANTO, NÃO ESTOU CONSEGUINDO NEM SEGURAR O LÁPIS DIREITO.

  Foi nesse instante que eu parei de escrever; acho que tinham se passado sete dias que eu estava ali...bem, que eu me lembrava de estar, eu fiquei alguns dias desacordada, mas não sei quantos foram.

  A minha boca ficava constantemente seca, nesse ponto eu parei de comer e só bebia água. Foi por ai que o Edu teve que sair de novo pra comprar mais coisas; só que ele não voltou.

  O Jaques ficou muito irritado de ter que ficar me pajeando, mas o Edu disse que eu precisava ficar viva e INTEIRA (não sei por que ele frisou tanto essa palavra).

  Eu ficava trancada no quarto o dia inteiro, até que de uma hora pra outra eu não lembro de mais nada; a não ser de ver um negocio branco sobre mim.


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Notas finais do capítulo

Espero que o capitulo tenha compensado a demora.
=Ana



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