Dramione - Nosso Reencontro escrita por karistiel


Capítulo 9
9. Saudade


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo pra vocês!!! Hehe' surpresas nesse aqui... U.U
Esse capítulo foi escrito pela Srta Malfoy... Espero que gostem!



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Maldita distância! Maldito namoro! Tanta gente nesse mundo e eu tinha que gostar logo do Draco? Esses pensamentos martelavam fortemente minha cabeça.

   Estava sentada em nosso sofá com uma xícara de chá em minhas mãos. Meus pensamentos voavam toda hora em direção ao loiro. Seus olhos, seus lábios, a sensação de sua pele contra a minha... Soltei um pesado suspiro e lágrimas solitárias escorreram por meus olhos.  Pus minha mão sobre o ventre que ainda não apresentava a menor saliência de gravidez. Agradeci mentalmente por isso.

   - É bebê... Acho que seremos somente nós... – Falei calmamente. – Eu e você, você e eu. – Suspirei pesadamente e logo uma idéia veio a minha mente.

   Coloquei a xícara na cozinha e fui até um quarto vago que eu tinha em casa, bem ao lado do meu. Abri sua porta e seu interior estava completamente vazio. Observei todos os mínimos detalhes. O quarto possuía somente uma janela, uma grande janela com bay-window.

   - Você é menino... Ou menina, hein? – Perguntei inutilmente.

   Conjurei um balde de tinta branca e Nude. Até certa altura das paredes, era tudo de madeira, com pequenos detalhes que me pareciam flores nas bordas. Era perfeito e tinha um ar leve. O piso de madeira clara estava reluzente e as janelas brancas, com vidraça me mostravam a lua cheia brilhando lá fora.

   Conjurei rolos e pincéis e aos poucos comecei a pintar partes da parede de nude, onde não havia madeira. Minha pintura até que era boa, queria deixar o ambiente claro e leve, perfeito para um quarto de bebê.

   A campainha soou calmamente pelo apartamento. Soltei um leve suspiro e saí do quarto apagando suas luzes e fechando sua porta, eu não poderia nem sonhar em deixá-lo desconfiar de alguma coisa. Eu realmente não estava a fim de ver Ron com seu ar carrancudo, mas também tinha que ser educada e atender a porta. 

   De má vontade, fui até a entrada da casa e quando abri a porta meu coração falhou uma batida. Ele estava ali, com seus cabelos loiros platinados e seus sedutores olhos cinza. O olhei por um segundo e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, Draco me puxou para dentro e trancou a porta com um feitiço.

   - O que... – Ia falar, mas ele colocou um dedo sobre meus lábios.

   Draco colou seus lábios aos meus, ficamos estáticos por um momento, então ele pediu passagem e eu cedi. O loiro enlaçou minha cintura enquanto aprofundava cada vez mais nosso beijo e eu lancei meus braços em seu pescoço e comecei a brincar com seus cabelinhos da nuca. Ar parecia não nos faltar, tamanho desejo e saudade entre nós dois. Nos separamos com um supetão e ofegantes colamos nossas testas.

   - Estava com saudades... – Ele falou sorrindo.

   Olhei profundamente em seus olhos e me perdi por um momento em seus olhos. Com Draco assim tão perto, comecei a notar cada ponto seu. Descolei nossas testas e ainda abraçados eu o encarei maravilhada... Eu estava apaixonada...

   Esses pensamentos fluíram como jatos dentro de mim. A cada instante que eu olhava para ele, parecia que cada célula de meu corpo correspondia. Segurei sua mão e comecei a puxá-lo em direção ao quarto do bebê. Abri a porta e ele olhou o interior.

   - Aqui... Vai ser o quarto. – Sorri.

   Draco soltou um risinho.

   - É perfeito! – Ele olhou para as tintas e depois olhou para mim. – Esteve pintando? – Assenti com a cabeça.

   Antes que eu pudesse me mover, o loiro conjurou mais uma lata de tinta rosa bebê e foi até ela.

   - Espera... E se for um menino? – Perguntei na dúvida.

   - Vai ser uma menina! – Draco parecia muito confiante. Ele abriu a lata e começou a pintar a parede onde se encontrava o Bay-Window.

   Como ele decifrava meus pensamentos? Era a parede perfeita para o contraste. Soltei um risinho.

   - Achei que era a mãe que sempre soube antes o sexo do bebê! – Soltei rindo.

   - Talvez eu tenha um ar materno! – Ele se virou para mim e olhou profundamente em meus olhos. – Eu já a amo...- Sua voz saiu fraca.

   Quando essas palavras saíram de sua boca, todo o autocontrole que eu vinha juntando há dias se foi. Corri para seus braços e colei nossos lábios em outro profundo beijo. Draco não estava beijando somente em comando a seus instintos. Eu podia sentir todo o amor, o desejo e os sentimentos que ele parecia irradiar naquele momento. Nos separamos e ele disse as palavras que fizeram meu mundo parar e minhas pernas tremerem.

   - Eu amo você! – Dessa vez sua voz saiu alta e clara. – Talvez seja cedo demais para dizer, mas... – O calei com um selinho.

   - Eu amo você também! – Falei com a mais pura certeza que já tive sobre alguma coisa.

   Lágrimas inevitáveis escorreram por minhas bochechas e ele as limpou com os dedos.

   - Ei... – Seus olhos estavam preocupados. – Porque esta chorando?

   - Por mais que nos amemos, Draco... Não podemos ficar juntos! – Suspirei e saí de seus braços. – Todos iriam enlouquecer. – Mais lágrimas.

   - Não podemos esconder isso por muito tempo... Não podemos simplesmente fingir que eu não sou o pai. – Ele falou. – Imagina... Quando a criança nascesse loira, com os traços dos Malfoy? – Olhei para Draco e ele estava sorrindo.

   A imagem de uma garotinha loira apareceu em minha mente loira, com os cabelos ondulados como os meus, seus olhos grandes e cinzentos como os do pai, meu nariz, sua boca... Ela era perfeita.

   Ele me abraçou.

   - Vai ficar tudo bem! – Suas palavras me confortaram. – Não precisa ter medo... Eu vou estar aqui. Do seu lado, junto de você e da bebê!

   Nos soltamos e Draco voltou a pintar a parede decididamente, fiz mais um chá para nós dois e entreguei a xícara para ele que tomou um gole e a pousou no chão. Nós fizemos um bom trabalho, pintamos bastante e o cheiro da tinta já começava a me afetar.

   - Acho bom pararmos por hoje... O cheiro pode afetar você e a bebê... – Sua preocupação me fazia pular de alegria.

   Draco abriu a janela para que o cheiro fosse embora e juntos fomos para a sala, sentamos em nosso sofá e eu liguei a TV. Draco já estava se acostumando com ela, ele até que gostava. O clima estava leve e gostoso quando o som da campainha soou novamente.

   - Esta esperando alguém? – Ele perguntou. Neguei e Draco se levantou. – Eu atendo. – Docemente ele pousou seus lábios sobre os meus e foi até a porta.

   “O que faz aqui?” – Essa frase gelou todo meu corpo, não pelo o que ela dizia, mas por quem a dizia. Me levantei em um pulo e quando cheguei a porta, Draco e Ron estavam se encarando.

   - Ron... Entra. – Puxei um pouco Draco para que ele desse espaço para Ron e fomos todos para a sala.

   - Não sabia que frequentava a casa da Hermione, Draco. – A voz de Rony estava com um pesado tom desconfiado.

   - Passei aqui para ver se ela estava bem. – O loiro respondeu calmo. – Hermione andou passando mal, você não percebeu? – Senti a provocação.

   - É claro que percebi! – O ruivo respondeu rapidamente. – Até me ofereci para levá-la a um medi-bruxo, mas ela não quis.

   Draco me lançou um olhar preocupado e eu desviei.

   - É melhor eu ir, esta ficando tarde... – Draco se levantou e eu o acompanhei até a porta. Ele se virou para mim e fez um carinho em minha bochecha. – Se cuida... – Sua voz saiu baixinha, quase como um sussurro.

   - Pode deixar... Te vejo amanhã! – Falei e me estiquei para dar um beijo em sua bochecha direita.

   Observei o loiro sair pela noite e aparatar em algum ponto.

   Assim que ele se foi, o clima pareceu pesar completamente. Voltei para sala e vi Rony soltando fogos pelos olhos.

   - Eu já não te disse que não queria que você fosse amiga dele?! – Percebi que ele estava contendo a raiva.

   - Não vou deixar de ser amiga de Draco pra satisfazer seus luxos Rony! – Quem ele pensa que é para querer mandar assim em mim?

   - Não me interessa Hermione! – Rony gritou. – Você não vai mais andar com ele e ponto!

   Fiquei um pouco assustada, pois nunca o tinha visto tão bravo assim, sua pele branca já estava vermelha e seus olhos pareciam pular para fora de seu rosto.

   - Acalme-se! – Gritei também.

   - Me acalmar?  Como você quer que eu me acalme se eu chego à casa da minha namorada e encontro outro cara com ela? – Sua desconfiança e a tensão eram palpáveis.

   - Não estávamos fazendo nada de mais! – Justifiquei com um pouco de culpa.

   - Eu não acredito! – Em um gesto rápido, Rony chegou até mim e pegou meu braço com força. – Há dias você vem desviando de mim, me evitando... Nós nem transamos mais! Ai eu chego aqui e te encontro com ele. O que você quer que eu pense?

   - Me solta. Você esta me machucando! – Tentei manter a calma, mas ficava cada vez mais difícil.

   - Não! Eu não vou manter a calma! – Rony colou nossos lábios, mas eu simplesmente não conseguia corresponder. Tentei o empurrar de todas as formas e quando ele desistiu de me beijar, agarrou meu cabelo. – Vádia! – Ele gritou e essa foi à gota d’água. Com a mão livre agarrei minha varinha.

   - Estupefaça. – Rony foi jogado para longe de mim. – Sai daqui Ronald! Posso fazer muito pior! – Gritei.

   Ele se levantou meio tonto e saiu batendo a porta com força. Caí sobre o sofá no mesmo instante. As lágrimas teimavam em rolar e eu já não tentava conte-las mais. O cheiro de Draco ainda estava impregnado no sofá e isso me acalmou um pouco. Aspirei profundamente e deixei seu cheiro invadir minas narinas.

   O que Rony fez foi grave, ele quase me agrediu. Quando ele se tornou essa pessoa? Onde esta meu melhor amigo de Hogwarts? Nossas lembranças invadiram minha mente. Ele jogando xadrez para que Harry pudesse chegar à Pedra Filosofal, como ele era engraçado e como suas magias davam errado... O modo como ele me protegeu durante a Guerra... Parece que ele e Draco trocaram completamente de personalidade. 


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam???? Beeijos