Dramione - Nosso Reencontro escrita por karistiel


Capítulo 3
3. Mais que um jantar


Notas iniciais do capítulo

Oi galera!!!
Desculpem pela demora, mas estava difícil de escrever essa semana...
Esse capítulo foi escrito meio a meio... Espero que gostem!

*Ah, a música que é postada no capítulo é Ayo Technology. A letra não tem muito a ver, é mais o ritmo mesmo. Pra quem quiser ler o trecho do capítulo com a música, vai ficar bem melhor: http://www.youtube.com/watch?v=n93HrRfw4lg



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Terminava de me arrumar quando ouvi a campainha tocar. Corri até a porta e encontrei Malfoy encostado no batente de um jeito que só poderia ser descrito como sexy. Sorri involuntariamente e abri espaço para ele entrar.

— Entre. Estou terminando de me arrumar. – Falei e ele assentiu. – Sinta-se em casa... – Apontei para a sala e ele se sentou em um sofá.

— Fica tranquila, Hermione. – Ele soltou um risinho. – Te espero aqui... E a propósito, você esta muito bonita!

Senti minha pele corar. Agradeci e voltei a caminhar em direção ao quarto. Estava toda de preto. Um vestido justo até a cintura onde se soltava levemente e dava um ar mais rodado à saia. Um salto alto preto e prendi todo meu cabelo de um jeito bagunçado. Fiz uma maquiagem e peguei minha bolsa. Joguei uma jaqueta por cima e coloquei brincos, um colar com pingente de estrela e alguns pequenos anéis.

Voltei para a sala e encontrei Draco contemplando alguns porta-retratos meus em cima da mesinha que tinha no canto da sala ao lado de um abajur grande.

— Belas fotos! – Draco falou pegando uma foto em que estou sozinha e sorrindo.

Instantaneamente me lembrei do dia em que essa foto foi tirada. Rony tinha acabado de me pedir em namoro em uma festa na casa dos Weasley e eu estava extremamente feliz.

— Nesse dia eu e Rony começamos a namorar. – Falei ainda me lembrando dos detalhes.

Draco riu.

— Você estava mesmo feliz. – Ele falou olhando para a foto e eu fiz uma careta, dando de ombros em seguida.

— Vamos? – Perguntei, por fim.

— Claro! – Malfoy colocou o porta-retrato de volta na mesinha e segurou em meu braço para que pudéssemos aparatar.

Aparatei em um beco escuro, para que ninguém nos visse surgindo do nada, perto do restaurante aonde iríamos. O restaurante era de comida italiana e ficava na esquina da rua em que estávamos. Era meu preferido em toda Londres.

— Já veio ao mundo trouxa? – Perguntei a Malfoy enquanto caminhávamos em direção ao restaurante.

— Nunca. Meus pais nunca me encorajaram. – Ele riu. – Gostei daqui, é bem diferente do mundo bruxo. – Draco deu uma olhada em volta e eu sorri com sua conclusão.

Entramos no restaurante e logo nos levaram até a nossa mesa, que ficava no canto mais afastado, perto de um enorme quadro de um grande vaso de flores. Todo o lugar era em tons pastéis, o que dava uma gostosa sensação de paz no local.

Me sentei de frente para Draco para que não ficássemos parecendo um casal e logo uma garçonete veio nos atender. Pedimos macarrão a bolonhesa e o melhor vinho tinto que eles tinham para acompanhar.

— Pansy não implicou em você ter vindo? – Perguntei curiosa para ele.

— Bem... Um pouco. Ela é ciumenta. – Concordei compreensiva. – Mas o Weasley deve ter ficado uma fera...

— Na verdade... – Eu ri. – Ele não respondeu minha carta, o que quer dizer que, sim... Ele ficou mesmo uma fera! – Falei e Malfoy riu.

A garçonete trouxe o vinho e nós brindamos.

— A nós! – Malfoy falou.

— A nós! – Repeti.

Durante todo o resto do jantar ficamos conversando sobre coisas desnecessárias e dando risada ao lembrar da época do colégio, das nossas brigas e praticamente tudo o que já vivemos juntos.

Depois de quase brigarmos porque eu também queria pagar a conta, Malfoy pagou tudo e eu fechei a cara. Então ele começou a fazer gracinha e não teve como ficar brava com ele. Tinha me esquecido que Draco sabe mesmo como me tirar do sério.

Saímos do restaurante era bem depois da meia-noite, no fim, fiquei tão absorta em nossa conversa que acabei perdendo a hora.

Quando estávamos voltando para o beco escuro para podermos aparatar, nos deparamos com uma fila enorme para entrar em uma boate do outro lado da rua.

— O que está acontecendo ali? – Draco perguntou sem entender o que era aquilo; não tínhamos boates no mundo bruxo.

— É uma boate. – Ele me olhou confuso. – As pessoas vão lá para beber, dançar... Essas coisas.

— Vamos? – Ele perguntou excitado. – Não sei quando voltarei aqui e agora fiquei curioso para ver como é... – Draco fez cara de cachorro que caiu da mudança e eu realmente não consegui dizer um “não”.

— Bem, pode ser divertido! – Falei pensando nas possibilidades de nos divertirmos lá. Estive algumas vezes em algumas boates e sempre me diverti bastante, talvez Draco goste e passe a aceitar o mundo trouxa como um lugar divertido e não praticamente proibido.

Nós começamos a andar lado a lado em direção a fila e assumimos nosso lugar por último, logo, mais uma porção de pessoas estava atrás de nós esperando para comprar o ingresso de entrada.

Em pouco tempo já estávamos dentro da boate. As pessoas se apertavam por todos os lados. As luzes estavam por todos os cantos do salão e, no centro, pessoas dançavam e se agarravam enquanto a música alta praticamente me ensurdecia.

— Vamos buscar alguma coisa pra beber? – Perguntei. – Quero dançar, mas no momento preciso de álcool pra isso. – Gritei para Draco ouvir-me sobre a música.

— Também quero! – Ele gritou de volta.

Fomos até o bar que ficava no canto esquerdo da boate e entramos na pequena fila que tinha ali; depois de alguns instantes a fila se dissipou e chegou a nossa vez.

— Duas doses de tequila, por favor. - Pedi ao barman.

Ele acenou e alguns minutos depois voltou com dois copos pequenos e cheios até a boca.

— O que é isso? - Draco perguntou.

— Uma bebida alcoólica trouxa. Me observe. - Pedi enquanto despejava um pouco de sal nas costas da minha mão. Lambi o sal, bebi a tequila e fazendo uma enorme careta, chupei um pouco do limão. Tudo isso sob o olhar atento de Draco.

Draco pegou o copo e repetiu tudo que eu havia feito. Ri descontroladamente quando ele fez uma enorme careta.

— Isso é muito... Forte. - Ele disse em meio a tossidas.

— Você que é muito fraco. - Caçoei. 

Bebemos uma, duas, três doses de tequila. Eu já nem sabia mais onde estava, muito menos meu nome. Digamos que eu era um pouco fraca demais para bebidas e ficava afetada rapidamente.

— Hermi... one... Acho melhor pararmos por aqui. - Draco falou aos risos e eu ignorei, apenas ria também.

Uma música conhecida aos meus ouvidos começou a tocar e eu senti uma vontade imensa de dançar. Dei mais um gole na bebida e agarrei Draco pela mão e o puxei para a pista de dança.


She she, she want it, I want to give it to her 
She know that, it's right here for her
I want to, see you break it down
I'm ballin', throw'n money around

Paramos no canto da pista de dança, um de frente para o outro e começamos a dançar. Não, corrigindo: eu comecei a dançar. Draco apenas me observava.


She work it girl, she work the pole
She break it down, she take it low
She fine as hell, she about the dough
She doing her thing out on the floor
Her money money, she makin' makin'
Look at the way she shakin' shakin'
Make you want to touch it, make you want to taste it
Have you lustin' for her, go crazy face it
Now don't stop, get it, get it

Eu já estava completamente fora de mim, a bebida me fazendo desinibida e excitada. O empurrei no sofá que tinha ali perto e comecei a rebolar e descer até o chão no ritmo da música.


The way she shakin' make you want to hit it
Think she double jointed from the way she splitted
Got you're head fucked up from the way she did it
She's so much more than you're used to
She know's just how to move to seduce you
She gone do the right thing and touch the right spot
Dance in you're lap till you're ready to pop

Eu estava bêbada o suficiente para não ter um pingo de vergonha do que estava fazendo. Passava as mãos pelo meu corpo, rebolava e descia até o chão sem perder nem por um segundo o contato visual com Draco.


Let me talk to ya
Baby you're so new age, you like my new craze
Let's get together maybe we can start a new phase
The smokes got the club all hazy, spotlights don't do you justice baby
Why don't you come over here, you got me saying..

Draco não tirava os olhos de mim. Eu simplesmente não conseguia parar de dançar, a música era contagiante demais. Me aproximei devagar dele e o puxei pelo colarinho da blusa fazendo ele levantar e nossos corpos grudarem um no outro.


Your hips, your thighs, they got me hypnotized, let me tell you

Suas mãos fixaram-se na minha cintura e começamos a dançar juntos no ritmo da música.


What should I do, one thing on all fours
Now that that shit should be against the law
From side to side, let the ride, break it down (down down)
You know I like, when you hike and you throw it all around

Eu, Hermione Granger, estava fazendo uma dancinha particular para Draco Malfoy. Isso era inacreditável. E era provável que eu não me lembrasse de nada no dia seguinte. Me virei de costas para ele e desci até o chão só para levantar lentamente. Ele estava hipnotizado e eu estava adorando isso, me sentia poderosa.


Baby you're so new age, you like my new craze
Let's get together maybe we can start a new phase
The smokes got the club all hazy, spotlights don't do you justice baby...

Ele me forçou a virar de frente para ele de novo e para minha surpresa, colou nossos lábios de modo selvagem e urgente. Eu correspondi de imediato, totalmente inebriada pelo seu perfume. O beijo era desesperado e agressivo, como se a muito tempo quiséssemos fazer isso, como se todos aqueles anos de inimizade e ódio estivessem sendo despejados naquele beijo. Suas mãos passeavam por toda a extensão da minha coluna e as minhas bagunçavam seu cabelo e arranhavam seu pescoço.

Nos separamos ofegantes e atônitos.

— Vamos sair daqui? - Perguntou Draco.

Sem pestanejar, respondi que sim.


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Notas finais do capítulo

Digam tudo o que acharam... Beijos