A Saga de Ártemis escrita por Simon Lee


Capítulo 3
A Deusa da Caça Ressurge!


Notas iniciais do capítulo

Após as recentes visitas das amazonas ao Santuário, Atena e seus cavaleiros ficam atentos à ameaça da deusa Artemis, que que renasceria na época atual, e despertando as armaduras seculares das amazonas protetoras. Uma dessas amazonas já surpreendeu à todos, quando conseguiu chegar ao Salão do Grande Mestre facilmente, ficando frente à frente com Saori. Mas algumas revelações farão com que os cavaleiros fiquem ainda mais preocupados com toda aquela situação.



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Amanhece na Grécia. Shun e June agora estão em um pronto-socorro da fundação Kido, recebendo os cuidados necessários, após terem sido atacados por Key, a amazona de Pantera Nebulosa, uma das protetora da deusa Artemis. Hyoga está com eles, observando as bolsas de sangue à pedido da enfermeira. Eles aparentam melhoras, e com o passar do tempo, ficam cada vez mais ansiosos para saírem daquele lugar.


Shun – Hyoga, como estão todos no Santuário? Soube que uma outta guerreira conseguiu chegar ao Salão do Grande Mestre! Como isso aconteceu, mesmo com os cavaleiros de ouro protegendo o Santuário?

Hyoga – Até onde sei, ela conhecia o Santuário, pois já havia treinado por lá... Felizmente não atacou Atena.

 

Shun— então nossos irmãos de bronze a impediram, certo?

 

Hyoga— pelo que sei não tocaram um dedo sequer nela. Mas, para nossa sorte, foi apenas um convite para se aliar à deusa da caça, Artemis, que veio á Terra para colocar ordem nas coisas. Foi um pedido apenas. 


Shun – como assim, ordem?

 

Hyoga – melhor descansar Shun, Milo conseguiu conter a hemorragia do corpo de vocês, mas precisam receber esse sangue para se recuperarem mais rapidamente! Acho que o Santuário precisará em breve de todos nós, logo, você precisam se recuperar totalmente.

 

June – quando sair e estiver com minha armadura... – virando-se um pouco na cama, com um pouco de dor.

 

Shun - ...não June, isso é comigo!

 

Hyoga – depois que vocês estiverem prontos pensem nisso, agora descansem! — acalmando o ambiente.

 

Shun – você tem razão Hyoga, mas o que dizia sobre os planos de Artemis? Por acaso ela e Atena não são irmãs?!


Hyoga – sim, mas acho que possuem pensamentos totalmente opostos em relação à humanidade! Artemis fala sobre acabar com a humanidade, tornar os homens seus escravos, e deixar novamente o planeta como era antigamente: apenas florestas, ar puro, sem civilizações... são propósitos que parecem bons, pena que muitos pagariam com a vida, e isso não podemos aceitar. Não há como impor o bem com o medo e a opressão.


Shun— tem razão, é uma pena a Terra estar tão conturbada! Nós a estamos destruindo aos poucos, os deuses devem realmente insatisfeitos com o que estamos fazendo!

Hyoga – mas isso não justifica o sofrimento de milhares de inocentes, acho que ainda poderemos salvar a humanidade e todos os seres da Terra com consciência e paz.

 

Shun – e como acharemos Artemis antes que aconteça algo mais grave?!

 

Hyoga – posso estar enganado, mas tenho um mau pressentimento quanto a isso. Eu não consigo sentir nenhum cosmo estranho.

June - vocês não sentem? Nunca havia sentido isso antes! — voltando sua face coberta pela máscara para a janela, enquanto o sol brilha lá fora.

 

Shun - o que foi June?

 

June— é um cosmo poderoso, como não conseguem sentir?  

 

Shun - agora que consegui sentir algo...se é o mesmo que estou sentindo bem fraco...

 

Hyoga - também sinto um cosmo estranho agora, mas não poderoso como esse que você cita, June! Foi necessário que nos avisasse para que pudéssemos notar! - se aproximando da janela, e observando o vento levando algumas folhas lá fora.

 

June - esse cosmo ao mesmo tempo que é imenso, parece também ser tão quente e chamativo!

 

Hyoga - talvez por ser uma amazona você esteja sentindo esse cosmo mais intensamente! Pode ter algo com o ressurgimento de de Artemis.

 

Shun - Artemis talvez esteja atraindo as suas amazonas com esse cosmo de alguma forma! Agora tudo faz sentido! Será que June...? Não, não pode ser! refletindo.


Naquele mesmo instante, em algum lugar longínquo na extrema Ásia, os aldeões estão assustados com o que encontram em uma das tendas do vilarejo. Há pegadas de tigres por toda a parte. E ao mesmo tempo, ocorre o desaparecimento de uma pequena jovem.

 

Aldeão –  Essa não!!! Não pode ser!!! Chandra??? Onde está Chandra? - com as mãos no rosto.

Aldeã – Minha filha!!! Aonde está minha filha? — chorando e gritando,desesperada. 

 

Todos os aldeões buscam tochas e procuram a filha do casal, e buscam rastrear as pegadas do tigres, em vão. Parece que tudo estava acabado, já que a casa tenda aonde a menina havia ficado estava vazia. 

 


Já pelos arredores do vilarejo, um pouco distante do local, estava uma menina, aparentando ter seus quinze anos, cabelos castanhos até a metade das costas, pele clara e olhos negros um pouco puxados, caminhando com um cabrito nos braços.

As vestes brancas que traja se arrastam pelo chão árido, sendo onduladas pelo bater da leve brisa. Percebe-se que há aves sobrevoando a pequena moça, e algumas serpentes atravessam seu caminho, sem lhe fazer mal algum. Há dois grandes tigre acompanhando a moça. Búfalos e cães selvagens caminham juntos, mas nada fazem contra a menina. Todos estão em harmonia, caminhando lado a lado, escoltando a pequena jovem.

 

Chandra – há quanto tempo não faço isso!— olhando para algum lugar no meio do campo, enquanto sorri. E, em um breve gesto doce, solta o cabrito após acariciar sua cabeça. Ele corre em direção à liberdade, enquanto que em sentido oposto, surge um belo cavalo selvagem, que se aproxima, abaixando a cabeça. Um antílope ajuda a menina como apoio, e ela monta no animal.

 

Chandra - vamos ver se as coisas estão no mesmo lugar de sempre. Aguardei esse momento por séculos! — fazendo um movimento doce na crina do cavalo, este começa a galopar, levando a menina até os confins de um vasto campo árido, enquanto os animais não conseguem acompanhar sua velocidade, ficando para trás.


Ao se aproximar de um local onde só parece haver areia e rochas, ela ergue a mão direita, e seus olhos brilham intensamente, e um cosmo esverdeado vai emanando do seu corpo! Do meio da areia, ergue-se um enorme castelo, a areia se dissipa com um vento repentino e surgem mananciais de águas límpidas no meio do palácio, como uma miragem.

Ela desce do cavalo, deixando-o beber a água que jorra para fora, enquanto plantas começam a crescer.

 Ela adentra pelo palácio, logo surge um trono formado por cipós, do qual ela se aproxima, e senta imponente. 


Chandra – é chegada a hora! Finalmente trajaram suas armaduras neste século, minhas novas amazonas! - virando-se e olhando para fora do palácio.


Caminhando entre os animais que já adentavam pelo pátio, surgem olhos brilhando. A imagem distorcia revela agora sete belas moças, trajando armaduras que não pertenciam a gênero algum visto! Lá estavam Key, Hérmia e mais cinco amazonas que se aproximam e fazem reverência assim que deparam com a pequena Chandra.

Key – senhorita Artemis, eu, Key de Pantera Nebulosa, fui até o santuário...e há amazonas por lá. Hérmia de Asterope havia comentado sobre isso antes, sobre os cavaleiros de ouro que protegem as doze casas zodiacais.  — fazendo reverência, assim como suas companheiras. Agora, a pequena aldeã era reconhecida como a deusa Artemis.

Artemis – sim, e o que fizeram? Já avisaram para minha irmã que eu retornaria?

Hérmia – sim, avisamos! Mas, eles não querem escutar! Há amazonas lá também, e já foram avisadas, não encontrei com todas, mas sei que saberão do recado em breve!

Artemis – muito bem, se quiserem continuar ao lado de Atena, será uma pena eliminar suas irmãs de batalhas! Mas, vocês já deixaram o aviso. Caso insistam, não teremos outra alternativa. O dia está apenas começando. O Santuário ainda pode pensar um pouco antes que eu comece a agir.

 

Key – sim, seria uma pena lutar contra as nossas irmãs! – com um pouco de ironia.

 

Artemis - e como está minha irmã? Não vai querer continuar protegendo a humanidade, certo?

Hérmia – ela me pareceu determinada a deixar que essa raça impura continue infectando o planeta.

 

Artemis – e encontraram alguma resistência? Qual o poder dos protetores de Atena?

 

Hérmia – bem, os cavaleiros que a protegem não são páreos para nós. Aliás, nem precisaremos usar todo o nosso poder.

 

Artemis – nem mesmo com os lendários cavaleiros de ouro que defendem as casas zodiacais desde as eras passadas? Você os conheceu, Key? Vejo que voltou ferida!

 

Key – tive a experiência de sentir o poder de um dos cavaleiros de ouro! Seu cosmo  realmente é diferente dos demais, mas isso não nos deterá! — olhando a mão ainda ferida pela agulha de Milo.

Artemis – acho bom que isso não seja empecilho! Vamos deixar que até amanhã decidam o que farão. Enquanto isso, vou fazer a humanidade sentir um pouco do meu poder. Vão começar a pagar pelo mal que fizeram à Terra! Esses parasitas! Nas eras mitológicas isso era um paraíso! -  elevando o cosmo serenamente.

Enquanto isso, na Grécia, Seiya está sentado nas escadarias da casa de Peixes, passando um pano em sua armadura. Por um momento, ele para, e olha para o horizonte. Parece imaginar mais uma batalha que se aproxima. Ele percebe Marin se aproximar aos poucos.

Seiya – Marin, que bom você aqui! Já sabe que está correndo perigo? Atacaram June ontem, e Shina quase teve o mesmo fim! 

Marin - Seiya, já soube disso, e sei que Shina não sofreu nenhum ataque...pois ela conhece a nossa inimiga!

 

Seiya –  isso tudo me deixou muito confuso! Ainda mais com tudo que Shina falou, e como se portou com a presença dessas amazonas no Santuário. Mas, se puder explicar melhor os fatos, seria muito bom! Pois, se ela conhece essa amazona, então, talvez você também a conheça, ou estou enganado? — erguendo-se, já que estava ajoelhado limpando a armadura

Marin – ela não te contou Seiya?

Seiya - ela não me falou nada ainda! Mas, acho que ela nem pensa em falar algo no momento! Parece muito irritada!

 

Marin - Você foi treinado por mim. Como bem sabe, todos nós aprendemos a sobreviver, e a elevar nosso cosmo com alguém. Não sei se já pensou nisso, mas, recebi um treinamento antes de você. Assim como June teve Albion como mestre, eu e Shina recebemos ajuda para ampliarmos nossas habilidades!

Seiya – eu sei que Shina de alguma forma tentou aprender algo com Aiolia, mas você nunca me contou quem foi seu mestre!

Marin – Aiolia apenas deu uma atenção para Shina, o que aconteceu foi que treinamos um pouco com os cavaleiros de ouro, e os de prata. Treinávamos por conta própria também.

Marin olha para Seiya e caminha em sua direção, passando ao seu lado. Marin sente o poder de Artemis incomodando-a ao longe de alguma forma, mas prefere não contar à Seiya. Ela olha para o céu e vê um bando de aves voando em direção noroeste.

Seiya – mas o que isso tem a ver com o que está acontecendo?

Marin – soube que a amazona que veio aqui dominou Nachi e Jabu com uma técnica parecida com a que vimos alguns anos atrás, enquanto estávamos treinando. Você também já combateu alguém que estava dominado por esta técnica, ou não lembra?

Seiya – mas o mais parecido com isso que já soube até hoje, foi quando Saga usou o SATÃ IMPERIAL para controlar Aiolia!

Marin – isso mesmo! Como sabe, os cavaleiros de ouro nos ajudaram em parte do treinamento, o problema é que Saga não queria discípulos, logo, não iria passar essa habilidade para mais ninguém...a não ser para uma pessoa, uma que seria como uma irmã para ele.

Seiya – está me dizendo que essa mulher seria a amazona que invadiu o Santuário?

Marin – Seiya... conhecemos Hérmia aqui, no santuário...ela era uma menina bem largada, também era órfã! Os pais foram mortos misteriosamente! Um certo dia, ela descobriu toda a história, e decidiu se vingar, mas não deu certo, pois os assassinos também eram cavaleiros. Você já lidou com eles. 

Seiyaos cavaleiros negros...Renegados do Santuário...já os enfrentamos faz algum tempo, e realmente não eram fracos. 

 

Marin - já os conheceu Seiya, e sabe que não deixam vivos para trás! Mas ela escapou quando foi salva da morte certa pelo Grande Mestre! Naquele tempo, não sabíamos que o Grande Mestre era, na verdade, Saga de Gêmeos!

 

Seiya - que coisa! Realmente, então Saga realmente possuía um lado bom!

 

Marin - sim, naquele tempo estávamos todos enganados! Ela revoltou-se ainda mais, mas Saga compadeceu-se de sua situação, e decidiu ajudá-la! Ela sofreu muito, passou por coisas que eu e Shina não suportaríamos, e isso chamou a admiração de Saga. Mas, como o lado maligno de Saga aflorava, ela acabou estranhando seu comportamento, não aguentou o treinamento, e buscou treinar com o jovem Shaka.

 

Seiya - que interessante! Mas Shaka não suspeitou que seus princípios eram vingativos?

 

Marin - sim, e isso foi o motivo da queda de Hérmia! Ela também não concordava com os métodos e com as meditações diárias! Shaka via algo de estranho na moça desde já...e decidiu não continuar com seu treinamento. Ele já via que aquela inquietação a levaria para o mau caminho!

 

Seiya – então, por isso Milo foi chamado por Shaka ontem, talvez para falar sobre a volta de Hérmia...Tudo faz sentido! Como Shaka a conheceu em sua juventude, já deve saber o seu ponto fraco, e até mesmo como derrotar todas elas!

Marin - talvez...mas isso é uma faca de dois gumes! Pois ainda que isso  seja verdadeiro, talvez ela tenha uma estratégia para derrotar não apenas Shaka, mas todos os cavaleiros de ouro!

 

Seiya - precisamos falar com Shaka, ele sabe mais sobre nossas inimigas!

 

Marinnão se precipite Seiya! Hérmia, como ia dizendo, se revoltou novamente por Shaka ter se recusado treiná-la. Ela voltou para Saga, que se alegrou e descobriu o potencial do ódio da amazona. Assim, decidiu lhe ensinar uns truques e treiná-la arduamente! Ele acabou se iludindo com Hérmia, passou a gostar dela, mas após lhe passar alguns ensinamentos, ela o abandonou.

 

Seiya – esse era o lado bom de Saga ainda buscando ajudar as pessoas...Por esse e outros sofrimentos agora entendo um pouco do seu lado perverso ter despertado tão forte! Não se pode deixar levar pelas mulheres mesmo! - coçando o queixo.

 

Marin – Quando Hérmia sumiu, houve a notícia de que teria morrido em um ardo treinamento quando enviada às Montanhas dos Ventos Cortantes, mas agora, ela reaparece...como achávamos que Saga era Shion, seria contra os princípios dele enviar uma amazona àquele lugar. Logo, quando soubemos disso, achamos que estivessem mentindo.

Seiya – você está dizendo então que Saga despertou seu lado maléfico e tentou matar Hérmia?

Marin – hoje eu penso assim, mas também estou dizendo que a técnica que ela usou contra os cavaleiros de bronze foi uma variação do SATÃ IMPERIAL, Seiya! Ele passou o conhecimento dessa técnica para ela! - cerrando os punhos.

 

Seiya - essa não! Então significa que ela domina o sétimo sentido?!

 

Marin - não sei como definir isso, mas há suas desvantagens! Me parece que Nanchi e Jabu não precisaram matar alguém para saírem do domínio de Hérmia... Me parece que apesar do Sétimo sentido, ela talvez não domine totalmente a técnica.

Seiya – droga Marin! Precisamos estar preparados para enfrentar oponentes com habilidades desse tipo! Tenho que avisar aos outros!

Marin – Jamais se iluda com a fragilidade de Hérmia. Lutem bravamente e sejam frios, ou cairão em suas ilusões! Mas, o quê é isso?— escutando um grande alvoroço.

 

Seiya - mas....ah, são apenas passarinhos! Olha só quantos! - olhando para o alto e sorrindo.

Eles olham para o céu após escutarem um grande turbilhão vindo do alto, e vêem dezenas de aves sobrevoando o santuário...parecem gaviões, águias, e pequenas aves de todo tipo. De repente, elas descem em alta velocidade em sua direção.

Seiya – Opa, mas o quê é isso?!

 

Marin - essa não, vamos sair daqui!

Marin segura Seiya pelo braço, e corre arrastando-o para dentro da casa de Peixes mas algumas aves continuam entrando e atacando os dois!

Marin – Seiya, não tem jeito! São muitas!

Seiya – não me resta outra escolha! METEOROS DE PÉGASOS!!!— após seu cosmo brilhar rapidamente, vários meteoros são disparados e acertam as aves, que caem agonizando no chão...

Marin – Artemis...foi esse o cosmo que senti!
— Lá fora, o bando de aves vai se dissipando e fugindo.

 

Seiya - Me perdoem! — pegando uma ave no chão e se entristecendo por vê-la morrer.

 

Na casa de Aries, Mu está detendo a passagem de ursos, alces, e outros animais com um tipo de barreira invisível...Aldebaran em Touro forma uma barreira com sua posição de braços cruzados, detendo as aves...Aiolia em Leão não quer matar nenhuma ave, e está apenas esquivando-se delas à velocidade da luz.... Shaka em Virgem está em sua posição de Lótus, e os animais que se aproximam são acalmados pelo seu cosmo sereno, e pousam ao seu redor...ou partem em retirada. Tudo isso é observado com admiração por Milo, que está ao lado do cavaleiro.

 

Milo mas, o quê está havendo? por que será que essas aves estão tão agressivas? Será que tem a ver com o estranho cosmo que estou sentindo? - refletindo.


No vilarejo do Santuário, todos estão sendo atacados por cabras, porcos, cavalos, bois e até por coelhos! Um homem corre com ratos pendurados e mordendo suas costas! Está um verdadeiro caos.

Os cavaleiros de bronze estão protegidos por Atena em seu templo. Agora, ela sente o cosmo de Artemis, e sai para o pátio, emanando um imenso cosmo.

Shiryu – parece que os animais estão sossegando e indo embora! É o cosmo de Atena! - sentindo todo o cosmo da deusa.

O cosmo cobre todo o santuário, formando uma barreira que amansa todos os seres vivos que adentram, ali, e os repele.

Na casa de Peixes, Seiya sente todo o cosmo caloroso de Atena.
Seiya – Saori! Marin, temos que ir até lá!— subindo as aescadarias para o Salão do Grande Mestre com Marin.

Logo, eles abrem os portões e adentram, chegando logo ao fundo no templo de Atena e deparando com Saori emanando seu cosmo com os braços abertos, protegida por Shiryu e os outros cavaleiros de bronze. 


Marin – não era necessário termos matado aquelas aves Seiya, isso é obra de Artemis!

Seiya se aproxima de Shiryu e Saori, enquanto os outros cavaleiros de bronze estão observando tudo de perto.

Ichi – o que foi isso?

Atena – isso com certeza é obra da deusa da Lua e da caça, minha irmã, Artemis! E acredito que não é só aqui no Santuário!!

Naquela hora, toda a Terra começava a sofrer com ataques de animais, até mesmo os que eram domésticos estão atacando seus donos, nos zoológicos os animais estão agitados, aves invadem e atacam casas, serpentes, elefantes inquietos ... animais marinhos atacam embarcações e petroleiros! É o começo do caos...

Marin – Parece que ela não cumpriu com o prazo que nos deu!

Atena – isso parece apenas uma pequena demonstração de coisas que ainda estão por piorar!

Shiryu – devemos ir atrás dela para resolvermos isso logo! Não podemos ficar aqui parados!— dando alguns passos á frente, e fechando os punhos.

 

Atena – eu ainda não sei ao certo onde encontrá-la. Temos que aguardar Shun se recuperar para que vocês possam ficar todos juntos. Espero que ele, Hyoga e June estejam bem. 

Na fundação Kido de pronto-socorro, as aves estão batendo nos vidro das janelas, algumas entraram e atacam os pacientes...

 

Hyoga – Shun, June, vocês já conseguem se levantar?

 

June – sim, estou bem! Vamos logo!— arrancando as agulhas do braço.

Shun – vamos logo, antes que alguém...

Nessa hora, surge a enfermeira desesperada!!!

Enfermeira – o que estão fazendo? Ainda não estão de alta!!— com duas andorinhas bicando sua orelha – saiam daquii!!— referindo-se aos pássaros, balançando os braços e correndo!

Hyoga – vocês escutaram, já estão de alta! Vamos embora deste lugar! — Hyoga sorri enquanto Shun e June se levantam, aproveitando a situação!

Shun – vamos ao Santuário, acho que teremos respostas lá!

Hyoga – lógico, vamos ver como conseguiremos chegar lá com esse bando de pássaros enlouquecidos nas ruas!

Eles partem, vendo o caos no hospital, mas não podiam fazer muita coisa devido à pressa! Eles são atacados também, mas conseguem esquivar-se.

No templo de Artemis, que está assentada em seu rústico e belo trono, bebendo algo parecido com um suco de uva e com alguns animais ao redor. Cipós crescem pelos corredores do palácio, embelezando o ambiente...Uma das amazonas se aproxima, e ajoelha-se próxima à deusa.

Artemis – pois não Walleria, o que você deseja, guerreira de Beluga?

 

Walleria - como a combatente que mais se identifica com as habilidades de Hérmia, gostaria de sua permissão para acompanhá-la até o Santuário...já conversamos e preferimos caçar juntas.

 

Artemis - então, enfim chegou a hora de mostrar sua força para aqueles insolentes do Santuário. Walleria, prepare-se pois vocês duas quebrarão a resistência daquele lugar!

Walleria – senhorita, estou informada de que começaram agitações pelo mundo, realmente seus desejos começaram a se realizar...mas, o que quer que façamos?

Artemis – hoje à meia-noite, quero que acompanhe Hérmia na visita ao Santuário, e tomarão aquele lugar! Não quero sangue derramado, mas sim, que vocês dominem os cavaleiros de ouro, para que possam nos servir nessa nova era!

Walleria – claro, pode contar conosco, com Hérmia as coisas ficarão mais fáceis, mesmo que enfrentemos os cavaleiros mais fortes de Atena! Vamos escravizar todos eles, como troféus!

Artemis – sim, descanse para logo mais querida!

A pequena amazona de cabelos ruivos e ondulados, com a pele clara, e sardas no rosto, fecha brevemente seus olhos azuis, e logo se retira. Ela dá um leve sorriso, enquanto cerra o punho direito, se admirando um pouco.

 

Artemis sorri, sentada em seu rústico trono, aguardando que as amazonas facilitem seu caminho para a conquista do santuário.

 

Parece que está aberta a cortina de mais uma árdua batalha!


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Notas finais do capítulo

Após o despertar de Artemis, duas amazonas caçadoras foram enviadas ao Santuário para derrotarem os cavaleiros de ouro, preparando a chegada da deusa. Qual será o real poder e conhecimento dessas amazonas para serem tão confiantes?
Atena pressente o perigo com as pertubações geradas pelo cosmo de Artemis, e percebe que mais uma cortina de batalhas será aberta em breve.
Não percam o próximo capítulo de Saint Seiya - A Saga de Artemis:

O INÍCIO DAS TRIBULAÇÕES!



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