Infinity Is Not Far Away escrita por bunnerfics


Capítulo 3
Morta, mas ainda respirando


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é triste, pois é, eu adoro um drama na história, fica mais emocionante xD



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Era uma noite fria, chuvosa, e eu em casa, tocando meu violão, sozinha, olhando para meu pôster do Bill enquanto trovejava lá fora. Minha mãe? Dormindo. Meu irmão? Tava numa festa, com os amigos, ele sempre pegava carona com algum amigo porque acabava bebendo e tinha medo de dirigir de volta. Já eram 5 da manhã e meu irmão ainda não havia chegado. Ele nunca chegava tarde. Eu não conseguia dormir enquanto meu irmão não chegasse, era mais preocupada que minha própria mãe, como se ela fosse preocupada com isso. Começou a me dar um nervoso, um pressentimento ruim, como se algo tivesse acontecido. Eu não sei porque. Nunca tinha acontecido isso, mas sei lá, eu senti que precisava fazer alguma coisa. Mas eu resolvi esperar mais um pouco. Acabei pegando no sono com meu violão na mão. De repente, ouço barulhos, olho pela janela... o que a polícia uma ambulância ta fazendo na frente da minha casa? Será que houve algum acidente com o vizinho? O sol já havia nascido, eram 9 horas da manhã. Fui acordar meu irmão, que provavelmente estaria dormindo como uma pedra por causa da festa, mas ele não estava no quarto. O quarto dele tava arrumado, exatamente como tava antes de ele sair pra ir pra festa. Estranhei. Será que meu irmão passou a noite fora? Aquela dor no coração voltou, eu não tava entendo nada. Desci as escadas correndo, e, como uma boa descoordenada, quase escorreguei. Minha mãe estava sentada no degrau na frente de casa, parecia que tava em outro mundo, quando percebi que a polícia e a ambulância eram daqui de casa mesmo. Ainda de pé, olhei pra minha mãe, que estava com a cabeça virada pro lado, parecia que ela tava chorando.
   
- Mãe, o que houve? Cadê o Dudu?
   
Ela olhava fixamente pro chão, eu não entendia nada, ou não queria entender. Foi aí que um policial se aproximou de nós.
   
- Senhora, pode, por favor, assinar esse papel? É para certificar de que a senhora está ciente do ocorrido com seu filho. Entramos em contato com a funerária para a senhora, não se preocupe.

[Música de fundo: Evanescence - My Immortal]

Quando eu olhei pra trás, vi os médicos retirando uma maca com um pano branco em cima de dentro da ambulância e a colocando numa camionete com o símbolo de uma funerária. Eu senti minha respiração parar, meu estômago embrulhar, minha cabeça girar, eu senti tudo o que uma pessoa pode sentir, eu senti naquele momento, ao mesmo tempo. Minha reação, depois de ficar uns 2 minutos lutando contra mim mesma pra não cair dura no chão, foi entrar correndo pra dentro do meu quarto, arrancar todos os meus pôsteres do Bill e do TH, meus DVDs e CDs, algumas roupas minhas, escovas de dentes, uma foto de meu irmão e socar dentro de uma mala. Lágrimas não paravam de escorrer, minha maquiagem borrava e escorria pelo rosto, não conseguia respirar, a única coisa que eu tinha na minha cabeça naquele momento, era o sorriso do Bill, que era o único motivo para que eu não tivesse caído ali mesmo, e parado de respirar. Eu não agüentei, comecei a tremer e caí por cima das malas, acho que adomerci. [/fim da música].

De repente, acordei, já era noite. Quando abri os olhos, me decepcionei por eu não ter morrido, pois era minha única vontade. Eu desci as escadas na esperança de que meu irmão estivesse lá em baixo jogando videogame e comendo cupnoodles, e que aquilo tudo tivesse sido apenas um pesadelo. Mas não era. Até porque meus pesadelos sempre acabavam em não-pesadelos (?), pois o Bill sempre aparecia para alegrar. Minha mãe, sentada no sofá, silenciosa, só se ouvia o “tictac” do relógio da sala. Eu não comia mais, não ia pra escola, e sempre que eu ia, eu dava um jeito de fugir, pegar um ônibus e ficar andando por aí, como quem não quer nada. Voltava só as 10 da noite, e minha mãe nem tinha chegado ainda. Passaram-se 5 dias. Eu não agüentava mais. Minha vida perdeu o sentido completamente. Mas eu sei que ainda existia uma luz no fim do túnel, e essa luz se chamava Bill Kaulitz. Eu perdi a pessoa mais importante pra mim, meu irmão. A pessoa mais importante não, a única que eu tinha. Agora, só existia um único motivo para eu ainda respirar: Bill Kaulitz. Mas acho que se depender disso minha vida já acabou. Bill Kaulitz? Vocalista da banda alemã Tokio Hotel. Enquanto eu to aqui no Brasil, há milhares de km de distância dele. Minha vontade era jogar tudo pro alto e ir atrás. Atrás de uma das pessoas que eu mais amava no mundo, e agora, a única que ainda está viva. Mas, o que eu tenho a perder? Depois do que eu passei, correr qualquer risco não me faz nem cócegas. Meu irmão sempre me ensinou a correr atrás dos meus objetivos, correr atrás daquele que eu amo, daquele por qual eu respiro ou até deixaria de respirar se fosse preciso, só por ele. Bill Kaulitz.


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