Tempos Da Esperança- Peeta & Katniss escrita por Luci Mellark


Capítulo 13
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Volteei, agora estou de férias e tenho tempo para escrever :) Desculpa ter sumido, mas agora vou começar a postar com mais frequência. Espero que gostem desse novo capítulo!



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P.O.V. Katniss

Dois pacificadores apareceram no quarto. Sim, pacificadores. Porém, eu posso garantir que eles não possuem o objetivo de pacificar alguma coisa sequer, mas os uniformes, a brutalidade, as armas e a frieza são exatamente iguais a dos que costumávamos a chamar por este nome - se é que aqueles que tínhamos antes da rebelião podiam pacificar algo, esses aqui com certeza são bem piores-. Mas enfim, eles garantiram que eu não causasse algum “problema” enquanto Luke novamente me conduzia por um corredor com diversas portas fechadas. Tentei contar quantas portas eu havia passado para caso eu conseguisse fugir, mas eram tantas que comecei a ficar com dor de cabeça. Eu ainda não estava totalmente recuperada.

Depois de tantas portas, Luke finalmente parou na frente de uma, onde digitou uma senha. Mais uma vez tentei prestar atenção nos números que ele digitava, mas além de ele digitar rápido demais, minha visão já começara a ficar embaralhada. Por que estou assim? Eu já devia estar recuperada da falta do ar. Meu estômago ronca como se quisesse mandar uma mensagem para mim- aparentemente perdi o contato entre meu cérebro e meu estômago já que não estou sentindo fome-, mas minha barriga ronca tão monstruosamente que faz Luke virar para me olhar.

– Vamos ver o que seus amigos estão fazendo?- Luke tem o olhar frio como gelo, mas ao mesmo tempo parece entretido.

Meu coração parece que vai saltar do peito. Meus amigos? O que ele fez com eles?, penso. Luke abre uma das portas do corredor, aparentemente aleatória, e me empurra para dentro de uma sala. A sala parece uma espécie de central de comando, está cercada de controles, monitores e há uma pessoa que parece monitorar tudo. Adiante possui uma parede de vidro, através dela consigo enxergar uma pessoa amarrada em uma camisa de força e presa a uma cadeira. A pessoa parece estar em uma espécie de transe, fios estão conectados à sua cabeça, ela se remexe em desespero e está com a boca aberta como se estivesse gritando, apesar de eu não conseguir ouvir nenhum barulho saindo de sua boca.

– Incrível, né?- Luke fala impressionado- Bestantes possuem um chip que armazena todas as informações captadas pelos seus globos oculares. Conseguimos encontrar alguns bestantes mortos no subterrâneo que estiveram com Finnick Odair um pouco antes de sua morte. Apesar de não conseguirmos encontrar o seu corpo, conseguimos um ótimo material através dos bestantes.

– O que isso tem de incrível?- falo rispidamente.

– Bem, essa não é exatamente a parte incrível, você não esperou eu concluir. – ele faz uma pausa- Conseguimos criar um sistema através de fios que ficam conectados à cabeça que consegue entrar na mente da pessoa e transmitir imagens e gravações, sem que a pessoa consiga evitar. A pessoa sentada naquela cadeira é Annie Cresta e ela está revendo a morte do seu querido Finnick repetidas vezes.

Annie? Olho atentamente para o vidro e consigo reconhecê-la. Minha expressão parece deixar Luke satisfeito. Demoro alguns segundos para digerir o que está acontecendo. Eu olho furiosamente para Luke e ameaço pular para cima dele, mas os pacificadores me seguraram antes que eu o fizesse. Sinto uma lágrima escorrer do meu rosto, então a seco rapidamente para que Luke não perceba.

Luke me direciona para outra sala do corredor que não tem fim. A sala segue o mesmo modelo da outra, com monitores, controles e uma pessoa para observar se tudo está aos conformes. A figura que aparece atrás da parede de vidro é inconfundivelmente Johanna Mason. Ela se encontrava no canto da sala encolhida quase em posição fetal, ela estava tão perturbada que por um instante pensei que talvez não fosse ela. Nada estava acontecendo a ela, mas era perceptível o quão transtornada ela estava.

– O caso de Johanna é peculiar, ela já possui um trauma com a água porque quando foi torturada por Snow era colocada na água, onde recebia eletrochoques. Nesta situação, seu físico está intocado, mas seu psíquico está completamente transtornado. Como você sabe, existem várias maneiras de torturar pessoas. - ele falou sem tirar os olhos de Johanna.

Eu me esforço para me manter indiferente, mas eu obviamente não obtenho sucesso. Mordo meu lábio o mais forte possível para tentar me concentrar somente na dor e em mais nada. Sinto o gosto de ferro na boca. Sangue.

Um pensamento me ocorre. O que fizeram com o pequeno Finn?, penso. Engulo a seco ao pensar nas maldades que poderiam fazer com uma criança. Não. Eles não fizeram nada com ele. Não são tão cruéis.

– Onde está o pequeno Finnick?- me ouço dizer.

– Quem?- Luke fica confuso por um instante, mas depois parece ter se lembrado de quem ela se referia. - O filho de Annie Cresta?

– Sim. Ele mesmo. – respondo.

– Ele ficou na casa da Presidente Paylor, estava sendo cuidado por uma das assistentes dela. Uma pena, ele seria um ótimo refém. – Luke dá uma gargalhada cruel.

– Como ousa... - um momento de distração dos pacificadores e eu consigo atingir Luke com um soco no estômago. Ele cambaleia para trás, mas consegue alcançar a arma que está presa ao seu sinto e mira ela em mim.

– Mais um movimento e eu atiro. – avisa Luke.

Meu corpo inteiro enrijece. Minhas lembranças me rementem à última vez em que estive diante de uma arma, no distrito 2.

Fico pensando em como sair desta situação em que estou. Eu preciso da arma que está nas mãos de Luke.

Luke se aproxima de mim com a arma, isso faz com que eu vá para trás e bata em um disjuntor. Genial, penso. Só preciso de um movimento rápido para conseguir desliga-lo. É arriscado, com certeza, mas preciso tentar. É minha única alternativa.

Jogo meus braços para trás e consigo desliga-lo, feito isso, eu me jogo no chão esperando que Luke atire. Ouço o som da bala atingindo o nada. Ainda no chão, agarro as pernas de Luke e consigo derrubá-lo. Jogo meu corpo contra o dele, usando meu peso para reter seus braços contra o chão. Outro tiro, dessa vez não vem de Luke. Sinto algo atingir a lateral do meu corpo e uma dor constante toma conta de mim.


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Notas finais do capítulo

Gostou? Então comente para que eu continue postando novos capítulos!

Obs.: Novo capítulo disponível sexta-feira (13/12/13) às 16:00 horas. Não esqueçam de conferir!