Tempos Da Esperança- Peeta & Katniss escrita por Luci Mellark


Capítulo 14
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Oiee, mais uma capítulo para vocês! Espero que gostem!



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P.O.V. Peeta

Tudo ficou um caos depois que ficou constatado que Katniss, Johanna e Annie haviam desaparecido não só da casa de Paylor como também do distrito 8. Começaram as buscas pelos outros distritos, mas até agora não se obtém nenhum resultado. Eu estava começando a ficar nervoso porque não me permitiam fazer parte das buscas, eu estava utilizando todos meus argumentos para conseguir persuadir Paylor de me deixar participar.

– É muito arriscado, tenho quase certeza de que seja lá quem foi que sequestrou as meninas, estava com o objetivo de levar todos os vitoriosos. A primeira pessoa que levariam caso voltassem seria você. – diz Paylor toda vez que pergunto sobre isso, eu já estava cansado de ser tratado como um animal indefeso.

– As probabilidades de eles voltarem para me buscar são poucas, já faz dois dias que não temos nenhuma notícia sobre elas. Eu simplesmente vou explodir se ficar mais um dia trancado em um quarto cercado de seguranças enquanto eu podia estar ajudando nas buscas. - despejo tudo o que estava guardado dentro de mim desde que tudo isso começou.

– Peeta... você sabe que os riscos...

– Eu já estou cansado das pessoas me dizendo o que eu devo fazer e me escondendo fatos porque eu “não poderia suportar”.- eu dou um suspiro longo- Eu não sou uma criança, posso fazer as minhas escolhas sozinho!

O meu cansaço é perceptível. Eu não consigo dormir, nem ao menos cochilar, sem que pesadelos me atinjam, todos eles com Katniss - como sempre-, mas agora ela não está perto para que seus olhos cinzentos me reconfortem. Ela pode estar em qualquer lugar, com qualquer pessoa e, a quantidade de coisas que poderiam estar acontecendo com ela são infinitas, como se qualquer pesadelo meu pudesse ser uma premonição. Esses pensamentos estão me atormentando e me fazendo suar frio, mas não consigo afastá-los.

– Tudo bem, Peeta. Vou mandar que te incluam na reunião sobre novos locais de busca que vai ter hoje às oito da noite, não se atrase, porque você não terá outra chance.- conclui Paylor, aparentemente tentando dar um fim à conversa, pois deve ter outras coisas para fazer.

– Muito obrigado, eu nem sei como agradecer. - eu não consigo esconder a empolgação na minha voz.

– Apenas não se atrase. - e então ela se retira.

São sete e quarenta e cinco agora. Tenho quinze minutos para a reunião.

P.O.V. Katniss

Tento ignorar a dor que lateja na lateral do meu corpo e dou outro soco em Luke, só que dessa vez na sua cara. Pego a arma da mão dele e a coloco contra sua cabeça. Puxo ele pela camiseta e levanto-o junto comigo. Empurro Luke para onde está o disjuntor e faço com que ele ligue-o novamente. Me olhar percorre pela sala agora iluminada. Os pacificadores estão com armas apontadas para mim, eu estou com a arma apontada para Luke.

– Abaixem as armas! Se não eu atiro! – falo do jeito mais firme que consigo, tentando me manter calma, eu estou suando.

Os pacificadores olham para Luke em busca de suporte e depois colocam as armas deles próximas a mim no chão.

– Agora preciso que vocês dois soltem Johanna e Annie. – os pacificadores se entreolham. – Agora!- grito.

Os dois fazem exatamente o que mando. Enquanto isso resolvo esclarecer algumas coisas com Luke.

– Onde estamos? O que está acontecendo aqui?- pergunto.

– Estamos em uma sala. – ele zomba.

– Não estou para seus joguinhos. – respondo com a raiva subindo à cabeça. Pressiono a arma mais forte contra a sua cabeça, relembrando-o que posso mata-lo em um instante.

– Tudo bem... Estamos em um submarino no distrito 4, há vários destes espalhados pelos mares do distrito.

– E o que é tudo isso? Qual o propósito?

– Somos uma organização contra a nova política de governo. Muitas pessoas que antes pertenciam à Capital se juntaram a nós, pois sentem falta do luxo que tinham acesso antes da rebelião. Há outras pessoas, é claro, de vários distritos que também estão insatisfeitos. Nós temos o objetivo de derrubar este governo e voltar com o que era antes, com os Jogos Vorazes. Mas nesses jogos não serão todas as crianças de 12 aos 18 anos que participarão, obviamente, só as crianças que não pertencem a uma família que faz parte da nossa organização.

– Você por acaso tem noção do que está fazendo? Isso é loucura! Voltar para onde tudo começou... - digo sentindo o gosto amargo que essas palavras deixam na minha boca.

– Nós precisamos amedrontar as pessoas para conseguir controla-las e impedir que cometam erros. Não podemos viver em um lugar que as pessoas podem fazer o que bem entendem, isso vai ficar um completo caos.

– Não. Vai ficar um caos agora por causa de você e sua organização homicida. Quantas pessoas inocentes precisam morrer para que percebam o quão cruel isso é? – lembro-me de Rue, lembro-me de Prim, lembro-me de Finnick, de todos que morreram por causa da nossa antiga política de governo. Meus olhos se enchem de lágrimas, algumas delas escorrem sem minha permissão, mas estou suando tanto que é possível confundi-las com gotas de suor.

– Você acha que eu me importo?- ele solta um gargalhada fria e maléfica.

O que eu estava pensando? Que ele se derreteria com as minhas palavras e sentiria pena? Com certeza não. Ele não se importa. Assim como Snow não se importava e tantos outros também não.

Meus pensamentos se dissiparam assim que Annie e Johanna entram na sala, acompanhadas pelos pacificadores. Elas parecem um pouco confusas e um tanto em choque não só por causa da situação como também porque acabaram de sair de suas salas de tortura.

– O que exatamente está acontecendo aqui?- Johanna balbucia.

– É uma longa história... Preciso que vocês me ajudem, peguem as armas- aponto com a cabeça para o chão onde estão as armas- e vamos dar um jeito de sair daqui - falo isso em um tom mais baixo para que os pacificadores não ouçam.

Johanna pega a sua arma com segurança e alcança a outra para Annie. As mãos de Annie começam a tremer assim que ela pega a arma.

– Eu nunca...- Annie gagueja.

– Eu lamento muito, querida, mas vai ter que aprender agora. – Johanna fala com um pouco de preocupação na voz, ela adquiriu um aspecto sério, diferente da Johanna que estou acostumada.

Annie fecha os olhos e respira fundo, aos poucos a tremedeira começa a diminuir.

– Pronta?- pergunto.

– Sim. - Annie responde.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Então mandem comentários para que eu continue postando!
Caso você tenha alguma dúvida que queira esclarecer sobre a fanfic é só me mandar uma mensagem privada que eu prometo que respondo o quanto antes possível :)
Obs.: Ansiosos para saber o que vai acontecer? O próximo capítulo vai ser disponibilizado na próxima sexta-feira (20/12) às 16:00, não percam!