Quédate con el Cambio escrita por ReBeec


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá, meu caro leitor ou leitora.
Se você já está com bastante vontade de prosseguir sua leitura, vá em frente, não deixe que essa nota inicial te atrapalhe quanto à isso.
Agora, se você ainda está em dúvida, permita-me lhe apresentar uma resenha que possa te dar o empurrãozinho necessário, a tal feita mestra do fandom de Amor Doce, Nami Otohime:
http://sweetamoriscafe.blogspot.com.br/2013/05/falando-sobre-fanfic-quedate-con-el.html

Ok, perdoe-me essa por toda essa introdução.
Senhores e senhores, com vocês, o começo:



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Não chore. Não chore. Não chore. Faça o que fizer, não chore.

Os pensamentos de Alice corriam soltos enquanto ela tentava controlar as mãos trêmulas em seu colo.

– Desculpe, princesa – seu pai, Diego, continuou a explicação. – É o mejor para todos...

Cada palavra até o instante a fizera se achar minúscula como nunca se sentira antes; nem mesmo quando pequenina na infância, em que todo mundo parecia tão alto e poderoso aos seus olhos infantis.

– Sei que será difícil... – continuou homem. – Díos Mio, como eu sei. Contudo, é uma decorrência. Você deve seguir a correnteza agora, hija.

A garota arriscou erguer a cabeça para ver o dono da voz carregada sentado na poltrona à sua frente.

Foi quase um erro. Encontrar os olhos escuros do pai a mirando com tamanha tristeza mal escondida foi ainda pior do que imaginara. Foi como olhar um animal machucado e abandonado na rua sem poder ajudá-lo. Sufoca, corrói; é doloroso.

Mas não tão doloroso como quando ele desviou o olhar.

Alice deu um suspiro decepcionado e voltou a encarar as próprias mãos. Ela já sabia que ele não conseguia mais olhar por muito tempo seus olhos, os olhos dela.

– Tenho... – ele disse, e a cabeça retornou para a direção da filha. – Tenho assuntos a resolver em casa, querida.

– Sua casa é aqui – ela disse num fio de voz.

Sí, sí, é claro. Pero, entenda, seus avôs estão precisando de mim. Seu priminho acabou de nascer e meu irmão não pode mais ajudar nossos pais todo o tempo.

Alice voltou a olhá-lo, com uma súbita irritação que a deu a coragem que precisava para falar.

– Então você decidiu voltar a morar na Espanha de repente, por um motivo tão bobo? – perguntou. – Nem vai me dizer o verdadeiro problema, mesmo sendo tão óbvio?

– Acalme-se, querida. No voy morar lá, ficarei só algumas semanas. Estarei de volta.

– Então por que não me deixa ficar com a tia Emily? – ela manteve os olhos semicerrados, lutando para que nenhuma lágrima fosse derramada. – Por que não?

– Alice... – Diego segurou a mão da filha. – Sua tia não assumiria tal responsabilidade, a vida dela é agitada, mal para em casa, como conseguiria cuidar de ti?

– Tenho quase dezoito anos, droga!, não preciso de cuidados! – exaltou-se. - Tem alguma coisa que queira me dizer? Ainda desconfia de mim? Nada aconteceu naquela noite, o senhor sabe bem disso, o senhor sabe. – Ela encolheu um pouco os ombros; sua respiração estava pesada. - Por favor papa, eu não tenho que me mudar daqui, está piorando tudo! Estou onde eu amo e onde pertenço. Seattle é minha verdadeira casa e sempre será assim.

No. No – ele balançou a cabeça. – No diga isso novamente. No cometa esse erro que eu cometi, princesa. Lembre-se, sua verdadeira casa é onde tu verdadeiramente deve estar, com as pessoas que ama. Veja, su irmão virá e-

– E é aqui onde devo estar – ela o interrompeu, a voz já engasgada pelo choro que começara. - Meus amigos estão aqui papa, minha vida está aqui!

E sua respiração vacilou no momento seguinte em que ela falou o que não deveria:

Mamãe está aqui.

Diego soltou as mãos da filha em imediato. Sua postura se tornou tensa e ele desviou o olhar de Alice. Passou uma mão na cabeça rala de forma desconfortável, e respirou fundo.

– Jonathan vem te buscar amanhã à noite. Malas prontas até lá – ele encerrou a conversa já se levantando. Caminhou então em passos largos para sair da sala, e não voltou a olhar a filha.

Alice continuou sentada no sofá. Observou com seus olhos muito azuis – e no momento, frustrados - a saída do pai, e depois, mudou seu foco para a larga janela da parede ao seu lado esquerdo. A janela que dava acesso à visão de sua cidade amada, com as centenas de pontos de luz que iluminavam os diversos outros apartamentos e o Space Needle se destacando no fundo do céu noturno.

Seus amigos, sua música, sua vida, todo seu passado estava ali. O passado.

Assim como seus amigos.

Seu amigo.

E assim como sua mãe.

Alice não viu mais necessidade de se segurar. Abraçou a si mesma e permitiu que os soluços saíssem e as lágrimas molhassem todo seu rosto.


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Notas finais do capítulo

Então? *carinha de expectativa*



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