A Escolhida escrita por Nuri Takarai
Notas iniciais do capítulo
eu sei ke vcs amam meus caps então escrevi mais um pra vcs o/
Eu estava até me saindo bem nas minhas lições de princesa, a coroação seria logo e eu tinha que estar apta para não passar vexame. A pior parte com certeza era andar de salto, eles me machucavam e manter o equilíbrio era bem difícil.
– Sam você consegue, equilibrar livros requer mais concentração que isso.
– Pelo menos os livros não machucam a minha cabeça.
– Com o tempo os sapatos amaciam e você para de sentir dor.
– Eu não deveria estar nem sentido pra começo de conversa.
– Se você não aprender a usar como vai ficar elegante perante seus súditos?
– Um vestido longo e um sapato baixo, ninguém vai reparar no meu pé.
– Acredite eles reparam até se nasceu uma pinta nova no seu rosto.
– Quanta falta do que fazer.
Eu estava dando meu melhor para atravessar o salão sem problemas, mas a dor estava me matando, ela era tanta que acabei desequilibrando e cai no chão sentada.
– Sam! Está tudo bem? Machucou-se?
– Mais do que eu já to, não. Eu to bem.
Fiz tirando aqueles sapatos e vendo o estrago que tinha nos meus pés.
– Vou chamar a Fleur temos que dar um jeito nestes cortes.
Não demorou muito até que Fleur apareceu com uma caixa de primeiros socorros juntamente de Anne.
– Está trabalhando duro ein alteza.
– Essas coisas não nada fáceis.
– Eu sei que não. Levou-me um bom tempo para aprender também.
Ela lavava meus pés com água e sabão antes de aplicar o remédio e as bandagens.
– Ai!
– Isso é para que não infeccione. Sua pele é bem mais sensível que a minha.
Agora ela aplicava o remédio.
– Ta ardendooo!
Minha expressão deveria estar engraçada por que Anne estava se contendo para não rir.
Fleur soprava o meu pé enquanto aplicava o remédio e até que melhorava um pouco. Ela era muito jeitosa e cuidadosa. Enfaixaram meus pés com bandagens e ficou mais fácil de caminhar.
– Obrigada Fleur.
– Sempre as ordens Sam.
– Então teremos que trocar de lição amanhã. O que você acha de estudar a árvore genealógica da família real?
– Eu gosto.
– O que andou acontecendo por aqui?
– Alteza.
Todas se curvaram para o príncipe. Acho que ele transitava pelos salões que eu tinha aula de propósito só para ver se eu estava indo bem.
– Ossos do oficio alteza. Parece que eu não estou me dando muito bem com os sapatos.
– Eu percebo. Não se esforce demais se não vai acabar nem conseguindo andar.
– Claro alteza não farei muito esforço.
– Muito bem.
Então foi que eu percebi o Ethan olhando em direção da Fleur. Ele era bem discreto, mas eu notei seu olhar interessado.
– Alteza se importa se eu tomar o Ethan emprestado por alguns momentos?
– Não, na verdade acho ótimo vocês se conhecerem melhor.
– Obrigada.
Então ele saiu do salão e Ethan ficou. Anne e Fleur também tinham saído, pois perceberam que eu queria privacidade na conversa.
– Acho que é a primeira vez que nos falamos realmente né?
– Sim alteza.
– Eu ainda não sou alteza e nem quando eu for gostaria que me chamasse assim. Eu prefiro Sam. Pelo menos enquanto estivermos sozinhos.
– Como desejar Sam.
– Bem melhor. Então Ethan como você virou braço direto do príncipe?
– Eu fui criado junto da família real. Perdi meus pais muito novo quando o reino vizinho nos atacou, então o rei e a rainha resolveram me criar como filho deles. Meu pai trabalhava como secretário do rei e eles eram bem amigos.
– Então você é praticamente irmão do príncipe.
– Pode se dizer que sim.
– Oi futuro cunhado é muito bom te conhecer. Eu ri.
E por uma dádiva divina eu consegui o fazer rir também.
– Tem um sorriso bonito Ethan, mesmo que você seja bem tímido e discreto.
– Obrigado alteza, quer dizer Sam.
– Isso ai nada de alteza entre a gente. Então tem algo do príncipe que eu precise saber? Por que a impressão dele lá fora é péssima sabe.
– Ele adora girassóis. Ele os cultiva secretamente na estufa do palácio.
– Sério? Um príncipe que gosta de flores? Tem certeza que ele não é gay?
– De forma alguma. Eu acredito que Adam seja apenas mais sensível e romântico que os outros homens.
– Certo. E você Ethan é o que?
– Eu? Bom eu sou um cara que aprecia um bom café e um viciado doente em chocolates.
– Eu vi o seu olhar para a Fleur hoje. Nem tente negar eu reparei.
– É uma jovem muito bonita, assim como você Sam.
– Aham. E eu já li livros de romance demais para saber que não olhou ela apenas por que a achou bonita.
– Ora Sam, ter algum interesse pelas damas da corte ou pela princesa é contra as regras do palácio.
– Então o amor por aqui é proibido? Sentir atração por alguém e flertar com ela é mal visto?
– Olha é complicado, ela está numa posição diferente da minha.
– Ela é minha dama de companhia, logo meu braço direito e você é braço direito do príncipe, cadê a diferença?
– Aos poucos você vai aprendendo como as coisas funcionam por aqui.
– Para quê complicar se podemos simplificar? Olhe para mim Ethan, eu sou uma plebeia que ganhou na loteria. O motivo da seleção não é exatamente mostrar que qualquer uma pode ser uma princesa não importando a classe?
– Por esse lado você tem razão.
– Invista, não tenha medo de ser feliz. Você me tem como sua aliada e mais importante como amiga.
– Obrigado Sam. Pode contar comigo também.
– Existe algum truque para que eu use esses saltos sem trucidar meu pé?
– Palmilhas. Se você colocar as certas você não vai matar seu pé. E eu sei disso por que a rainha também tem problemas com saltos.
– A rainha? Sério? Ela não parece.
– Anos de prática. Eu mando uma de suas criadas te entregar as palmilhas.
– Obrigada.
Se eu teria que conviver com o príncipe pelo resto da vida, então era melhor conviver bem. Talvez ele não fosse tão ruim quanto os jornais o faziam parecer, mas isso eu só descobria com o tempo.
– Sam o que houve com seus pés?
Lucy parecia preocupada quando cheguei no quarto no fim da tarde.
– Acidente de trabalho. Estou bem.
– Eu sabia que o treinamento era puxado, mas não sabia que era tanto.
Jenny falava enquanto ajeitava minha cama.
– Chegou isso para você. Ethan que mandou.
– Obrigada Mary.
Falei pegando a caixa da mão dela.
– Como que você vai jantar com o Duque de Melwake nesse estado?
– Eu vou jantar com um duque?
– Vai. Ele é primo do príncipe e veio visitá-lo para conhecer a futura princesa. Ele é bem bonito também.
– Me mostrem que não é nessa família.
– Bom à parte da família dos Leperchains.
Lucy sempre foi a maia estudiosa das três.
– Ótimo eu vou jantar com um duque que veio me conhecer enfaixada nos dois pés. Primeira impressão divina.
– Não precisa se preocupar. Ele já foi informado sobre seu acidente hoje a tarde e acha sua persistência admirável.
Fleur dizia entrando no quarto com uma caixa.
– Agora ele já sabe que eu estou enfaixada que ótimo.
– Já disse para não se preocupar, o Duque de Melwake é bem amável. Isso é para você, presente do príncipe.
Peguei a caixa e logo abri. Eram os sapatos mais lindos que eu já tinha visto na vida. E claro tinha salto.
– Ele disse para você usar quando tiver totalmente boa.
– Eles são totalmente lindos. Espero que eu consiga usar los sem matar meus pés.
– Você vai conseguir tenha fé.
– Então o que usarei hoje?
– Nós preparamos um vestido lindo preto e branco para você Sam, espero que goste.
– Nada de saltos né?
– Não, você acha que somos loucas? Ainda mais com o seu pé nesse estado.
Jenny falava com convicção.
– Que bom. Eu quero distância deles por um tempo.
Hoje eu precisei da ajuda das minhas criadas para me vestir. Talvez eu até precise da Fleur para me ajudar a andar até o salão de jantar por que ta difícil de apoiar os pés no chão.
– Sam querida o que aconteceu com você?
A rainha parecia preocupada quando me viu chegando no salão apoiada na Fleur.
– Treinamento para me tornar uma princesa digna majestade.
– Anne está te tratando muito severamente minha querida?
– Não, pelo contrário ela me trata super bem, sou eu que tenho a pele muito sensível e não estou habituada a usar saltos.
– Eu entendo. Eu tive problemas também quando mais nova.
– Sorte que eu sou homem e não passo por isso.
Hoje o rei estava presente. Fazia muito tempo que eu não o via.
– Eu adoraria ver você usando um salto um dia desses querido. Ela ri.
– Passo longe obrigado. Deixo este cargo a vocês mulheres.
– Adam deve chegar logo com Noah, ele está tão ansioso para ver lá querida. Espero que goste dele.
– Eu também majestade.
Estávamos conversando sobre literatura quando Adam e o primo chegaram.
– Noah! Quanto tempo não o vejo. Sabe que se ficar muito tempo sem aparecer eu sinto falta.
– Bom ver la também Beatriz. Você está ótima como sempre.
Noah me parecia bem jovem e elegante, tinha um sotaque bem típico da Britannia, os cabelos compridos castanhos avermelhados que eu acredito que fossem até a nuca, mas como estavam presos eu não tinha certeza e olhos pretos como a noite. Ele era mais alto que o príncipe.
– Noah esta é a Samantha de que tanto falamos.
– Então você é a famosa Samantha que deixa meu primo louco, encantado.
Então ele beija a minha mão e eu coro. Ainda não me acostumei com esses cumprimentos.
– Gostaria de estar em melhores condições para receber lo, mas fico feliz em conhecer lo também. Eu sorri.
– Fiquei sabendo que você foi atacada pelos sapatos de salto, uma arma perigosa.
– E como. Eu ri.
– Está bonita hoje Samantha.
– Obrigada alteza.
– Então por que não nos juntamos todos a mesa e finalmente jantamos?
Richard parecia faminto e ansioso para poder finalmente devorar o peru assado.
– Sim pai estamos indo.
Acabei me sentado de frente para Noah e o príncipe. Senti-me desconfortável? Imagina.
– Então Samantha eu fiquei sabendo que seus pais são donos de uma padaria é verdade? Você deve ser uma exímia cozinheira por conta disso.
– Pode me chamar de Sam se quiser, até a rainha chama. E sim eles são, mas eu só sei fazer pão de batata, meu pai tinha medo que eu me machucasse na cozinha.
– Super protetor seu pai, claro ele quer o melhor para filha.
– Mas eu vou aprender algumas receitas nas minhas lições de princesa.
– Melhor aprender massa de pizza, é a comida favorita do Adam.
Adam então dá uma cotovelada em Noah como se quisesse que ele calasse a boca.
– Ai! Qual é só to contando a verdade. Se a sua futura esposa não souber sua comida favorita o que ela vai saber?
Eu ri, Noah era um cara bem divertido de fato.
– Bom eu tenho como comida favorita bolo de chocolate.
– Combina com você Sam. Eu já prefiro um bom e velho tiramissu.
– Desculpe a minha falta de conhecimento, mas o que seria isso?
– Você nunca comeu tiramissu? Beatriz o que você anda servindo como sobremesa por aqui?
– Vou pedir a cozinha que prepare para que seja a sobremesa de hoje.
– Oba! Você vai adorar Sam tenho certeza.
– Se você diz.
– Adam você deveria conversar mais com a Sam. Ela é uma pessoa muito simpática.
– Temos conversado bastante quando sobra me tempo.
– Ah é? Então qual a cor favorita dela? Eu mal cheguei e já posso adivinhar qual seja.
– Não cheguei a perguntar coisas intimas assim ainda.
– Então falaram sobre o que? Não me diga que foi sobre o clima.
– Literatura.
– Eu gosto muito de ler sabe Noah, e vossa alteza descobriu meu fraco e sempre me recomenda livros bacanas.
– E a sua cor favorita é branco estou certo?
– Sim, como você acertou?
– Por que por mais que as suas criadas tenham escolhido as suas roupas de hoje, elas não escolheriam uma cor que você não gostasse. E seus acessórios também tem algo branco neles.
– Estou realmente impressionada com a sua perspicácia.
– Noah sempre foi muito inteligente e perspicaz, sei que vai ser um excelente médico.
– Eu espero majestade. Gostaria de continuar o legado de meu pai com excelência.
Adam parecia emburrado por tanto que seus pais falavam das ótimas qualidades de seu primo.
– Então Sam você sabe alguma coisa do Adam? Não vale o que os jornais postam.
– Na verdade sim eu sei, mas acho que ele vai ficar incomodado que eu revele.
– Algum segredo sórdido talvez?
– Longe disso não fique tão animado.
– Droga, achei que o perfeito Adam tinha cometido algum deslize.
– Eu sei que ele gosta muito de girassóis.
Adam agora parecia bem surpreso com a informação. Eu o vi olhando pelo salão todo pelo canto do olho a procura de Ethan. Acho que alguém vai perder o pescoço mais tarde.
– É uma flor muito bonita, boa escolha primo.
– Obrigado.
Então a sobremesa finalmente chegou e eu estava muito curiosa para provar.
– Vamos Sam prove e depois me diga se gostou.
Então eu o fiz e nossa como era gostoso. Nossa padaria poderia investir nela também, seria um sucesso absoluto de vendas.
– É delicioso.
– Eu sei, não é a toa que eu gosto tanto.
– Eu acho meio amargo por conta do café no meio.
– Adam você sempre amou tudo muito doce, se você fosse apaixonado por tiramissu eu assustaria.
Então ele fechou a cara e se concentrou na sua sobremesa. Eu até acharia que ele ficou com ciúmes do Noah se ele gostasse de mim.
– Então Sam já te deixaram comunicável por aqui?
– Comunicável você diz como?
– Já te deram um telefone ou algo assim?
– Não ainda, mas eu não faço questão também.
– Então meu presente será bem vindo. É como eles dizem você nunca deve visitar uma casa sem levar um presente a pessoa que está indo ver.
Então um dos criados me entrega uma caixa pequena.
– Para mim? Sério?
Nesse tempo eu já estava rasgando o papel verde de presente e vendo a caixa do telefone.
– Peça a sua dama de companhia ou alguém que saiba para te ensinar a usar se não souber.
– Nossa obrigada Noah! Nem sei como te agradecer. Pode deixar que vou pedir a Fleur para me ensinar.
– Deixei meu número anotado no cartão dentro da caixa, quando aprender a usar adicione meu número e me ligue ok?
– Claro pode deixar.
– E acho que acertei na cor dele.
Depois do jantar os meninos se dirigiram junto ao rei a sua sala privativa, talvez para uma conversa entre homens ou algo assim, a rainha subiu para seus aposentos e eu e a Fleur fomos para os meus para ela me ensinar tudo sobre como usar meu telefone novo.
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Deem muito amor ao Noah msm ke a participação dele seja pequena ♥
Roupa Sam: http://www.polyvore.com/sam_meeting/set?id=86183605