-Olá – Thalia falou em voz baixa vindo na nossa direção.

-Ah, olá. – Nico falou. – fico feliz que tenha vindo. Vamos começar?

-É... Vamos... E-eu estou pronta.

-Bianca?

-Sim – falei confiante.

Nico começou a cantar e grego. Logo sombras azuladas surgiram no bosque, se aproximando.

-Afastem elas! – Nico falou. – só a mais brilhante, Luke, deve vir e beber!

Eu e Thalia afastamos os fantasmas, até que apareceu um que ela falou:

-É ele. Pode deixar passar.

Não perguntei como ela sabia que era Luke, mas o halo azul logo tomou forma de um jovem de cabelos arrepiados, uma cicatriz irregular no lado esquerdo do rosto e olhos azul-céu, e tinha feições de elfo. Thalia mordeu o lábio e falou:

-Seu idiota...

Luke abaixou os olhos e sorriu. Lágrimas se acumularam no canto dos olhos de Thalia. Luke olhou pra cima e falou:

-Bem, acho que te devo algumas desculpas.

-Algumas?! Com tudo o que você fez?

-É que... Você sabe, foi... Cronos me usou. Ele usou seu nome. Me disse que eu poderia trazer você de volta a vida, caso me juntasse ele. Eu acreditei. Me desculpe. Eu adoraria voltar ao tempo em que andávamos com Annie. Nossa famíia.

-O que adianta se o pai está morto? – ela gritou. – Annabeth sempre te considerou um pai, e você a traiu!

-Foi duro pra ela. Assim como ver a mãe se sacrificando e virando um pinheiro. Você era a mãe, Thalia. Mas você está bem. É o que importa agora, pra mim, pra ela.

Thalia olhou pro chão e esfregou os olhos:

-O que adianta se eu não tenho meu melhor amigo aqui?

-Thalia, eu não te considerava só uma melhor amiga. Eu te amava. Mais do que você imagina.

-Eu te amei tanto que me sacrifiquei por você e por Annie. Eu queria ter continuado no Eliseo.

Luke sorriu carinhosamente e falou:

-Thalia, eu te amo. Sempre te amei, sempre vou te amar.

Thalia corou e falou sorrindo, com algumas lágrimas rolando:

-Seu idiota... Meu idiota...

-Minha cara de pinheiro.

Thalia sorriu de novo e falou.

-Nos vemos. Algum dia. Agora é vez de você conversar com Bianca. Eu... Vou pra Casa Grande.

-Tudo bem – então ele se virou pra mim e traçou um círculo em volta de mim. Ele olhou mais de perto e falou:

-Você parece tanto com a sua mãe... Parece tanto comigo... Você me pegou de surpresa, hein. Simplesmente, eu não esperava ter uma filha, ainda mais com os poderes de Cronos. Bem, como está indo no Acampamento?

-Todos não gostam de mim. Todos sabem da história da guerra contra o exercito de Cronos. Eles me odeiam. – falei.

-Ei, nem todos, certo? Eu estou te vigiando o tempo todo. Eu vejo tudo que você faz. Rose, ela gosta de você. E o garoto, o Leon. Ele é legal com você não é? E Nico, o mais recente, bem, ele não tem medo de você.

-Como se eu fosse ter medo dela – ele murmurou.

Luke riu:

-Claro você não tem medo de nada – ele falou – Okay. Acho que eu também te devo desculpas Bianca. Bem, então desculpe.

Abaixei a cabeça:

-Eu te desculpo.

Um vento forte e sulfuroso soprou na nossa direção.

-Bem, esse é o meu chamado. Adeus Nico, adeus Bianca. Vejo vocês por ai.

Com isso seu corpo quase-sólido se desfez. Estávamos sozinhos com um buraco cheio de coca e batatas-fritas. Nico respirou fundo e falou.

-É isso Bianca. É isso. Bem, voltamos pra Casa Grande?

-Sim, vamos falei. – fomos pra lá e Quiron estava nos esperando. Thalia estava sentada com uma xícara saindo fumaça e falou:

-Então é isso. Achocolatado? – ela ofereceu outra xícara.

-Não, obrigado. – falei. Logo Ártemis apareceu, e Talhia fez uma mesura formla, ainda com a xícara de chocolate na mão e falou:

-Minha senhora. Estamos saindo, lady?

-Amanhã antes de o sol nascer. Por enquanto durma, minha caçadora. – Ártemis tocou na testa de Thalia e pegou a xícara da mão dela. Thalia caiu dormindo no sofá, ressonando tranquilamente, com um semblante feliz.

-Ela o viu? – Ártemis perguntou. – se falaram?

-Sim senhora – falei – ela está muito feliz com isso.

Ártemis se limitou a sorrir e falou:

-Eu detesto homens, mas o amor dela é tão puro que não há como odiar. Ela sofreu muito. Ela merece ser deixada em paz por continuar apaixonada mesmo depois da morte dele. – Ártemis a pegou no colo e saiu, levando-a para o chalé das caçadoras.

Eu suspirei e falei para Quiron:

-Todos me odeiam nesse acampamento. Sou filha do traidor que abrigou Cronos. Tem como não me odiar?

-Eu gosto de você. Você é minha irmã, e eu vou te tornar uma ótima heroína. As pessoas só têm medo que você siga o exemplo de Luke, e isso seria ruim. Perdemos muitas pessoas importantes na guerra contra ele. Foi muito complicado, quase perdemos. Precisamos de toda a ajuda disponível. Passamos por alguns sufocos... Perdi muito dos meus primos, Mas em compensação... Ganhamos.

-Eu queria ter a coragem de Percy. Ou a de Thalia. A inteligência da Annie, ou a habilidade de cuidar das pessoas que o Leon tem. Mas eu só tenho uma foice e pessoas que querem me matar. A Clarisse... Ela quis me matar já um monte de vezes.

-Ela perdeu a melhor amiga na guerra. – ele falou –Era uma traidora. Espiã de Cronos.

-Percy não queria que eu ficasse perto dele.

-El era chegado nos que se morreram na guerra. Annie quase morreu na guerra.

Eu suspirei:

-Quiron, qualquer coisa que eu fizer não vai mudar o que eles acham. Vai ser difícil. Eu luto be. Eu ajudo as pessoas. Eu sou legal, mas nããão, por causa do meu pai eu tenho que ser odiada. - Coloquei  a mão na cara. – desculpe. Crise de Ninguém me ama.

-Tudo bem – Quiron falou. – ele pegou algo na gaveta. – chocolate?

Peguei a barra e falei:

-Obrigado.

Acabamos a barra juntos conversamos mais um pouco até que Percy desceu as escadas tropeçando em si mesmo, com um pijama esfarrapado e chegou na frente de Quiron e falou:

-Quiron... A Annie... A Annie está tendo…  - ele abanou um pouco o rosto, respirando com dificuldade, tossiu um pouco e falou – Annie está tendo o bebê.

-Traga ela pra enfermaria – ele falou com uma calma inimaginável – Bianca, chame Leon.