Traps Of Destiny escrita por Anne Black


Capítulo 6
Fantasmas do passado


Notas iniciais do capítulo

Ola babys



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Dois meses e meio que minha vida tinha parada completamente; Casa, trabalho e por fim o motivo de todas as minhas dores de cabeça as visitas constantes ao hospital.

Estava exausta todos ao redor de Jacob também estavam, seus amigos da empresa já não visitavam tanto quanto na primeira semana, as enfermeiras já não brigavam para cuidar do paciente bonitão e Sarah ate me tratava como um ser humano normal, estamos exaustas demais ate para brigar.

Os poucos avanços de Jacob foram apenas suficientes para ser descartada possibilidade de morte cerebral, um alivio, mas ainda sim uma eterna duvida; Ele estava vivo, mas quando acordaria? Como acordaria? Como uma forma de tortura utilizava meu tempo livre para pesquisar sobre casos de coma ao redor do mundo e surpreendente foi perceber que havia esposas esperando seus maridos acordarem a mais de cinco anos, essa possibilidade me dava calafrios por quanto tempo seu corpo iria resistir a todos aqueles medicamentos, tubos e riscos de um hospital pode oferecer.

Minha única distração eram meus alunos, utilizei toda a dor e as noites que não conseguia dormir pensando em Jacob para aprimorar as atividades e eventos extracurriculares, assim passava mais tempo na escola cuidando de tudo e segundo alguns boatos o alto desempenho dos meus alunos estava me rendendo ótimos elogios dos pais.

Tudo isso era muito gratificante, mas alguns momentos me pegava pensando como era egoísta, estava recendo elogios e me destacando no meu trabalho enquanto Jacob ficava preso a uma cama com toda sua vida congelada em um momento enquanto todo o resto do mundo girava.

O engarrafamento estava horrível percebi que não chegaria antes do evento começar e ainda tinham muitas coisas para fazer – bufei frustrada – o taxista me olhava pelo retrovisor, sabia que ele estava fazendo o melhor que podia para chegar a tempo, a culpa era inteiramente minha que insiste nessa idéia de passar no hospital hoje mais cedo.

Estávamos a uma quadra do parque onde ocorreria o evento – consigo caminhar mais rápido do que esse carro vai andar nesse transito – pensei e tirei o dinheiro da bolsa pagando a corrida e saindo do carro levando minha caixa de maneira desajeitada, o taxista me olhava como se fosse uma louca.

Estava parecendo uma mesmo, carregando uma caixa cheia de faixas e enfeites alem de vestir calça jeans e tênis com os cabelos bagunçados em um coque correndo pela avenida, também tenho certeza que a minha expressão é de alguém mais preocupada do que deveria com uma quermesse beneficente da oitava serie.  

Graças a minha agilidade absurda de passar entre as pessoas e o fato de ter escolhido um tênis hoje consegui chegar rápido ao local e agora me concentrava em finalizar alguns detalhes nas barracas e orientar os alunos de como deveriam exercer seus postos.

— Minha tia vem, ela é uma atleta– falou Vitoria uma das minhas melhores alunas, apenas sorri em resposta raramente via os pais dela, vieram em uma reunião apenas desde que me lembro – Por isso quis ficar no martelo, quero mostrar a ela como sou forte.

— Tenho certeza que ela sabe disso querida – Coloquei um broche de florzinha na sua blusa – Isso significa que você é uma das minhas ajudantes hoje então se acontecer algo você pode orientar os mais novos, certo? E cuidado com o martelo - Não era um martelo de verdade, mas podia machucar considerando que apesar de divertido o brinquedo que ela tomava conta exigia certo esforço para bater no sino.

Olhei ao redor e as pessoas já começavam a chegar, estava muito feliz de ver o resultado de tanto esforço alem de que arrecadaríamos parte do dinheiro para construir uma área extra na escola que seria exclusiva para crianças carentes, era um sonho pessoal meu conseguir dar a chance a crianças pobres, como eu fui um dia, de estudar em um colégio bom e lhes permitir ter uma visão de futuro mais ampla.

— Algumas famosas costumam leiloar um jantar romântico para causas beneficentes – Ouço o tom divertido de um ruivo que esses últimos meses voltou a ser um amigo muito bom.

— Você tem o telefone da Beyonce? – Pergunto fingindo expectativa.

— Sim, fiz o parto dos filhos dela – fala serio e por um momento chego a acreditar, mas ele percebe e solta uma gargalhada – Mil dólares – fala levantando a mão.

— Você esta enlouquecendo de vez?

— Pensei que já havia começado os lances, então ate que apareça outro maior você janta comigo hoje por mil dólares – Em um tom brincalhão me fazendo revirar os olhos com sua brincadeira.

— Dois mil e ainda prometo que não terá que ouvir piadas ruins – A voz desconhecida vinha das minhas costas, minha mente levou algum tempo para associar a pessoa, mas antes que minha cabeça chegasse a uma conclusão final a dona da voz caminhou ate ficar entre mim e Quill me dando agora uma visão perfeita de seu sorriso e seus cabelos negros curtos que eram novidade pra mim.

—Le-Lele? – Perguntou um Quill meio em choque não consegui entender se foi por vê-la depois de tanto tempo ou só embasbacado devido à tamanha beleza que ela aparentava para alguém que simplesmente usava regata, shorts e tinha os cabelos ainda úmidos.

— Poxa gente, não sou um fantasma. – Ela não tinha parado de sorrir ainda parecia se divertir com a cara que nos fazíamos. – Faz o que um ano?

— três anos e quatro meses – falei pela primeira vez, sabia a data exata, pois Leah sumiu seis meses depois do meu casamento.

— E ate agora vocês não me deram um abraço se quer – Ela diz seria, mas ainda de um jeito simpático, senti o choque passando um pouco e consegui sorrir e retribuir o abraço que ela me dava agora.

—Você apareceu simplesmente do nada. – Ela recebeu um abraço de Quill mais continuou me olhando demonstrando atenção – Realmente pareceu um fantasma

— Gosto de grandes entradas – Ela olhava em volta ate virar novamente pra gente – Mas vim ver minha sobrinha e acabei ouvindo esse babacão ai falando besteira não podia perder a chance de interromper e te salvar.

— Fico agradecida por isso, mas como assim sobrinha? Sou a professora deles, todos. – Ela fica surpresa, todas suas expressões parecem tão verdadeiras como me lembrava.

— Você realmente tornou sua mania de corrigir a todos mais que um hobby, isso não me surpreende. – ela olhou para Quill que agora estava mexendo no celular – E você palhaço?

— Preciso ir uma emergência no hospital. – Ele fala olhando para gente de um jeito apressado com a feição meio contorcida – Vejo você amanhã Ness, e Lele... uau é muito louco te rever assim do nada por favor não suma de novo antes de conversarmos. Tome meu cartão me ligue quando puder.

— Não pretendo sumir por enquanto – fala pegando o cartão de sua mão – Por essa noite na verdade tenho certeza que não, paguei 2 mil dólares em um jantar não vou fugir.

— Se cuidem – Ele nos beija rapidamente no rosto e sai correndo em direção ao estacionamento.

—Er... É muito bom te rever Leah, mas preciso dar uma geral e ver se os garotos estão bem. – Falei sentindo que o clima ali parecia meio estranho, Leah era uma pessoa boa sempre nos demos bem, mas agora estava casada com seu ex noivo do qual ela fugiu sem qualquer explicação. Não estava no clima para uma conversa com fantasmas do passado.

— Vou checar a Vitoria, mas preciso falar com você – ela disse e seus olhos eram enigmáticos.

— Só vou poder sair quando todos os garotos organizarem tudo talvez  demore – falo a verdade.

—Tudo bem, não tenho nada para fazer na verdade, faz muito tempo que esse país não tem muito a oferecer para mim – fala pensativa, eu sabia muito bem qual era o assunto.

O resto da tarde foi estranho, meus pensamentos estavam passando em uma velocidade fora do normal minha vida tinha decidido que iria dar uma volta  muito louco e isso incluía Jacob a beira da morte e Leah reaparecendo como se o ultimo ano que nos vimos nunca tivesse acontecido.


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Notas finais do capítulo

Leah esta apresentada viu, próximos capítulos serão flashback.



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