Traps Of Destiny escrita por Anne Black


Capítulo 2
O café


Notas iniciais do capítulo

Alguem ainda lê fanfic?



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Por volta das 3:30h Quill preenchia seu ponto depois de um turno agitado de trabalho e memórias do passado. Havia tanto para processar, em uma madrugada salvou seu melhor amigo da faculdade e reviu os doces olhos castanhos que assombrou todos seus pensamentos nesses últimos anos. Tanto e tão pouco tempo, sua cabeça lateja, mas não podia culpar os últimos acontecimentos por isso, esta dor era constante no fim de cada dia de trabalho.

 Apesar de viver seu sonho, a medicina parecia ser também o inferno particular do loiro, sentia que a cada paciente que não conseguia salvar e cada lagrima que via alguem derramar era lhe dado uma pontada mais forte na cabeça, sabia que em uns anos provavelmente enlouqueceria.

A fim de mudar sua atenção daquela dor para algo melhor ele dispôs seu jaleco de qualquer jeito sobre a cadeira e caminhou ate porta carregando somente as chaves e uma pasta com os registro do estado de Jacob, ele pretendia estudar o caso depois de tomar um banho relaxante e dormir algumas poucas horas, já não possuía tanto o habito de dormir desde que começou com os turnos a noite.

Em passos lentos, caminha pelo corredor ate a sala de espera e cumprimenta uma jovem enfermeira que passava no caminho oposto ao seu, com um leve balançar de cabeça e pode observar as bochechas da moça corar um pouco, algo freqüentemente cômico para ele.

Passando pela sala de espera com pressa quando chegar logo ao seu carro, perto da porta repara grandes olhos questionadores lhe observando ao canto.

— Ola, Doutor Altera

— Apenas Quill, para você Nessie – um sorriso fraco que não chegava aos olhos tomou forma do rosto da moça.

 - Pensei que já tivesse ido, é tão tarde. – Balançando a cabeça negativamente o loiro finge uma cara de bravo e ganha uma arquear de sobrancelha vindo de Renesmee, que parece pronta para falar algo quando é interrompida.

— Digo o mesmo, Jake esta bem você deveria ir pra casa descansar. – a cara de bravo parece não combinar bem com a face serena de Quill que logo volta a ter seu comum sorriso.

— Não posso – ela parece se atrapalhar e mais para se própria do que respondendo a pergunta sussurra – Não consigo. - e continua - Fico muito aflita de pensar que algo possa acontecer enquanto descanso. – um sorriso torto e nada feliz surge ao fim da sentença.

Era possível ver tanta dor através daqueles olhos, sua postura e expressão pareciam exaustas, Quill já vira centenas de expressões tristes e cansadas no hospital nos últimos anos, mas ali na mulher a sua frente existia algo alem de apenas preocupação com Jake, existia dor profunda e um cansaço maior do que apenas uma noite na cadeira da sala de espera de um hospital.

Pondo fim a seus devaneios, em que se perdeu por breves segundos, ele observa que talvez tenha um lugar melhor para estar do que em casa fingindo que dormir não lhe causa um sentimento de impotência – O que acha de tomar um café?.

— Contanto que não saiamos daqui um café seria ótimo. – ela observa o loiro confirmar com cabeça.

Enquanto caminham em direção da cantina do hospital, Quill decide quebrar o silencio. – Dizem que comida de hospital é ruim espere ate experimentar o chá gelado.

Confusa com o cenho franzido – Pensei que íamos tomar café. – O loiro sorri com uma piada que parece ser o único a entender.

— Sim café, desculpe você também vai se confundir quando provar. A cafeteira quebrada realmente se reforça o gosto ruim, corte de custos - ele faz nota mental que um dia doará uma nova.

—Eu gosto de chá, de qualquer forma – Ela sorri pela primeira vez naturalmente desde que chegou ali.

— Adoro os otimistas – Completa Quill indo a caminho da cafeteira. Vira-se lentamente ao perceber que é observado por uma Nessie pensativa com os cotovelos dispostos sobre a mesa sustentando o peso de sua cabeça apoiada nas mãos. Alguns minutos depois com o bipe da maquina ambos parecem despertar do silencio que se alastrou. – Servida, Senhora Black? – Caminha em passos largos ate a mesa onde se senta de frente para os olhos tristes da moça.

— É tão bobo - fala em tom baixo enquanto sopra a xícara de café já em suas mãos.

— Eu? – Supõe o sorridente medico – Você me conheceu com 20 anos, isso não deveria te surpreender.  – completa com a sobrancelha arqueada.

— Não, Quill. -  Sorri – Te ouvir falando Senhora Black, é bobo. – bebericando o café – Horrível!

— Não sabia que odiava tanto ser uma senhora, não queria parecer tão horrível – Corrige-se com um sorriso amarelo.

Renesmee solta uma risada um pouco mais alta e encara um confuso Quill – O café! É horrível, você não me ofendeu apenas acho bobo considerando que você nunca me chamava por algo alem do meu apelido há uns anos.

— Isso me deixa aliviado. – deixando o café de lado, continua – Seria louca se tivesse gostado, Nessie. – pronuncia o apelido com ternura sem deixar claro sobre o que realmente falava.

A cantina começou a ficar cheia tirando os dois de conversa que tiveram por quase 3 horas. Enquanto caminhavam novamente para a sala de espera Quill resolveu fazer a única pergunta que não teve coragem antes.

— Por que não pode sair daqui? Além de preocupação com Jake sei que tem algo mais. – perguntou e parou de caminhar ficando frente a frente com sua amiga.

— Sarah... – Sua voz perdeu força quando pode ser audível o estridente barulho de um salto batendo sobre o mármore do chão.

— Bom dia Dr. Altera, não pude esperar mais estou muito preocupada com meu filho. – A mulher sorria para o loiro que observou seu duro olhar em direção a Renesmee que como um filhote em perigo encostou-se no canto da parede quase como se sua vida dependesse disso.


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Notas finais do capítulo

que tal?



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