Save Me escrita por Effy


Capítulo 23
Hot friends from California


Notas iniciais do capítulo

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POV Megan

Cheguei em casa desesperada. Abri a porta e vi Dexter e Dylan agachados no chão e Mandy sentada no chão chorando, com as costas na parede.

– O que aconteceu? – perguntei estática na porta

– Liam tava drogado na escola, deu a louca e arrumou briga com o Danny. Mandy tava saindo com o carro, e não viu a rodinha da briga e acabou atropelando o Liam, ele ta no hospital. Danny não quis ir – Dexter disse enquanto levantada, me deixando ver Danny deitado no chão, com hematomas.

Uma onde de raiva se alastrou pelo meu corpo, sentia fogo corroer minhas veias e vias respiratórias. Cerrei o punho, xingando com todos os nomes feios que eu conheço mentalmente o desgraçado do Liam.

– Danny ta bem? – perguntei controlando a raiva na voz

– Sim, já fizemos os curativos e demos remédio pra dor. – Dylan disse. Pisquei fundo

– Cê ta bem? – perguntei pra Mandy que chorava descontroladamente na parede

– To – ela disse fraca – Ma-ma-mas se o Liam morrer ou acontecer alguma coisa com ele.... – ela disse temerosa

– Não foi culpa sua – falei calma. Ainda estava parada na porta, com a bolsa em mãos – Não se torture desse jeito

– E de que outro jeito existe, Megan? Não sei como mas tudo tá desmoronando! – ela dizia em lágrimas – Tá tudo bagunçado

– Eu sei, Mandy. Mas ficar chorando por isso não adianta. Eu chorei por semanas, e não adiantou porcaria nenhuma. – falei rouca. Fechei a porta atrás de mim e subi pro meu quarto.

Entrei no meu banheiro e lavei o rosto com água gelada, me encarei no espelho. Balancei a cabeça pra tirar os pensamentos ruins, sem sucesso. Desci escutando o som do meu salto ecoar nos degraus. Dylan e Dexter deitaram Danny no sofá, Danny agora dormia.

Mandy ainda estava sentada estática encostada na parede, como se no segundo que levantasse, o mundo desmoronaria ao seu redor. Encarei essa situação. Isso tem que acabar.

Me encostei na lateral da escadaria, de frente pro sofá e na diagonal de Mandy. A cena que meus olhos presenciavam era a pior possível. A campainha me acordou de meus pensamentos. Num solavanco me despreguei de onde estava encostada e me dirigi até a porta. Quando a abri desejei ter um taco de hóquei pra espancar Liam.

Ele tava com um curativo na cabeça, e esparadrapos espalhados pelo braço

– Megan, meu anjo – ele disse dando um passo pra frente, entrando na casa. Dei um passo pra trás

– Li-Liam? – Mandy se desgrudou da parede – Tá tudo bem? Me desculpe por ter te atropelado – ela parecia desesperada. Completamente diferente da Mandy decidida que me dava medo. Dei um olhar cínico pra ela, do tipo “mas que porra cê ta fazendo?! A culpa não é tua!”

– To bem, Mandy – ele disse rouco – Vim ver minha deusa – ele olhou pra mim

– Vai embora, Liam – falei seca

– Não fale assim – ele disse completamente doentio.

– Qual é o seu problema? Não entende o que eu digo? Vai embora! Não volta aqui em casa e nem chegue perto deles! Quer que eu desenhe? Soletre? Você não tem direito de vir aqui em casa falando isso. Você precisa de ajuda Liam, ta com problema, precisa se tratar – falei séria

– Megan – ele disse em súplica

– Melhor você ir agora enquanto eu ainda to com paciência, porque quando ela acabar, não responderei pelos meus atos. – falei olhando fixamente para os olhos verdes que um dia eu já amei. Ele olhou pra mim como se não acreditasse no que eu dizia, permaneci firme. Ele saiu pela porta que já estava aberta. Eu a fechei rapidamente, me escorando com as costas nela.

Fechei meus olhos na falsa esperança de que estaria sonhando. Quando os abri, a cena continuava a mesma. Dexter levantou do chão e veio em minha direção

– Megan – ele disse rouco. Balancei a cabeça negativamente

– Agora não, Dexter. – falei seca. Me sentia sufocada com toda essa situação.

Em um disparo, subi as escadas com medo de cair por causa do salto e da rapidez dos meus passos. Me tranquei no meu quarto, como se ele fosse uma espécie de santuário que me protegeria das catástrofes que tavam acontecendo na minha vida.

Fiquei deitada na cama por muito tempo, muito tempo mesmo, acho que até dormi. Acordei sem noção tem tempo e espaço, olhei pro meu celular na mesinha do lado, marcava nove e meia da noite. Levantei absorta e tomei banho, sequei o cabelo com calma e paciência fazendo leves ondulações.

Deu vontade de sair, ir pra uma festa, pro bar, pra qualquer lugar desde de que eu não tenha que ficar nessa casa. Depois de quase uma hora secando e arrumando o cabelo, troquei de roupa.

Quando terminei de me arrumar, desci sorrateiramente, a sala estava vazia. Os meninos deviam ter levado Danny pro quarto dele. Nenhum sinal de Mandy na sala ou na cozinha. Peguei a chave do meu carro que tava na bancada. Saí de casa, fechei a porta e caminhei até meu carro.

Decidi passar primeiro no bar, depois iria achar uma boate ou coisa do tipo. Entrei no bar, que estava bem cheio, mas tava tudo de boas. Vi Harry sentado em uma mesa do fundo com dois garotos, achei melhor não ir lá, mas como se ele tivesse sentido minha presença, olhou pro balcão, onde eu tava escorada. Sorriu e fez sinal com a mão pra eu ir lá.

Caminhei até a mesa, meio nervosa.

– Megan! – ele disse sorrindo, se levantou da mesa e me abraçou – Esses aqui são meus amigos que chegaram da Califórnia, vão passar uma semana aqui comigo. Mike e Rob, essa é a Megan, dona do bar e filha do meu chefe – falou sorrindo, sorri pros meninos. Mike era loiro dos olhos azuis, Rob era ruivo como eu.

– Oi – falei timidamente

– Cê vai sair ou vem toda arrumada assim pro bar? – disse Harry se sentando e indicando uma cadeira ao seu lado pra eu sentar

– Ah – falei rindo – Vou pra aquela boate nova, Prime, que inaugurou. Só resolvi passar no bar pra ver se tava tudo certo. O clima lá de casa não tá dos melhores – falei meio baixo

– Mas ta tudo certo? – ele perguntou preocupado, Mike e Rob me encaravam

– Tudo certo na medida do possível – falei sendo vaga – Vou indo, a gente se vê por aí – falei sorrindo e levantando da mesa

– Tente não se meter em perigo sem minha presença por perto – ele disse sorrindo

– Pode deixar, Super-Homem. – falei sorrindo

– Megan! – Mike falou sorrindo – Que tal todo mundo ir pra essa boate?! Rob e eu queremos ver se Seattle tem boate boa como as da Califórnia. – ele disse com um olhar travesso

– Por mim tudo bem – falei sorrindo.

– Então formou – Harry disse sorrindo

Saí do bar acompanhada de três caras gatos. Falei pra Harry deixar a moto dele lá no bar, a gente ia junto no meu carro e na volta passava no bar pra pegar a moto. Rob e Mike tinham chegado do aeroporto direto pro bar, pegaram um taxi, depois da festa Harry levaria eles pro hotel no meu carro e depois passava no bar pra pegar a moto.

Deixei Harry ir dirigindo, sentei no banco do passageiro. Como se fosse instintivo, Harry ligou o carro e foi apertar o botão pra ligar o som, assim como eu. Nossas mãos se encontraram, seu toque era morno e macio.


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Notas finais do capítulo

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