Save Me escrita por Effy


Capítulo 22
It’s a small world


Notas iniciais do capítulo

Hello pessoinhas! Boa leitura e comentem! ♥ XX



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POV Megan

Minha garganta ficou seca, minhas mãos começaram a suar e as minhas pernas a bambear. Não sabia se falava ou alguma coisa, mas o silencio excessivo estava me torturando. Engoli a seco e olhei pra ela, ela olhava vaziamente pra mim

- Oi Ellen – falei rouca

- Finalmente deu sinal de vida, né Megan?! – ela disse andando vagarosamente até a bancada, ao lado de Harry.

- Meu celular tava desligado – falei tentando não vacilar no tom de voz

- Tentei te ligar feito louca, daí resolvi dirigir até aqui. – ela disse levantando a bancada, parando ao meu lado – Preciso ir no escritório, já volto pra gente conversar – eu permaneci parada e calada, fria como o gelo.

Tornei meu olhar pro Harry, ele estava tão confuso quanto eu.

- Preciso ir pro escritório, quando sair de lá passo aqui no bar, ok? – ele disse olhando pra mim com zelo

- Ok – falei rouca, ele se inclinou pra frente e seus lábios entraram em contato com a minha bochecha

- Mais tarde a gente se fala. Tente não se meter em apuros – ele disse sorrindo, com a chave da moto em mãos. Sorri fraco.

Irônico ele falar de perigo com Ellen aqui no bar, muito irônico.

Ela voltou do escritório e olhou pra mim como se eu tivesse acabado de matar o gato dela.

- O que aconteceu? – falei fraco

- Como assim ‘o que aconteceu?’! Eu que pergunto! Mark decide se mudar pra cá e bancar o papaizinho e você nem me avisa? Como se eu não fosse me importar! Muito cara de pau a sua, Megan! – ela falava comigo desse jeito, e eu não pude evitar de rir. Caí na gargalhada – Agora tá debochando da minha cara, tá de sacaganem?! – ela tava puta de raiva

- Claro que não, Ellen! – falei entre risos – Mas é que sinceramente, é ridículo o motivo porque você ta com raiva e toda puta comigo! – falei rindo – Isso não é novela mexicana! – falei me apoiando no armário de copos – Mas sacanagem mesmo é você vir aqui e falar isso pra mim, logo a mulher que fugiu com o meu irmão pra deus sabe onde e só fala comigo quando quer. Não me venha falando que eu to errada por não te avisar que Mark ta morando aqui e que estamos muito feliz como uma família, porque eu não devo isso a você, não é da sua conta o que eu to fazendo, já que partiu pra bem longe de mim – a risada sumiu de minha voz, fiquei séria e determinada – Antes de apontar meus erros, concerte os teus. – falei entrando no escritório, deixando Ellen sozinha na bancada.

Joguei meu celular com raiva dentro da bolsa. Apoiei minhas mãos na minha mesa, como se o chão fosse vacilar sob meus pés. Não conseguia mais ficar no mesmo ambiente que Ellen, doía. Peguei minha bolsa e saí do escritório. Ellen tava sentada na banqueta, do outro lado da bancada, como se fosse uma cliente normal. Ignorei-a.

- Manda um beijo pro Nick. Diz que final de semana que vem eu busco ele pra gente sair. – falei com autoridade. Ela olhou pra mim como se a mãe fosse eu. – Você tem que se resolver, Ellen. Antes de arrastar Nick pra sua bagunça, não faça com ele o que você fez comigo – falei quase que dócil.

- Mas como? – ela parecia perdida, diferente da Ellen que entrou no bar parecendo um furacão

- Não sei, mas não o arraste pros seus problemas. Crie Nick. Seja uma mãe. Diferentemente do que você foi pra mim – falei séria e seca

- Porque você fala desse jeito, Megan? – ela olhou pra mim, seus olhos azuis escuros, estavam quase cinza, seu rosto parecia cansado

- Não aprendi a falar de outro jeito com você. Sinto muito. – falei encarando seus olhos, podia sentir seu reflexo nos meus próprios olhos – E não apareça aqui novamente pra fazer isso que você fez hoje. – falei indiferente e saí de trás da bancada

- Volto daqui a pouco – falei pra Claude. Ele fez que sim com a cabeça, saí do bar e entrei no carro.

Nem liguei o carro, mas decidi que precisava falar sobre isso com alguém antes de fazer besteira. Liguei pro meu pai

- Mark? – falei meio rouca

- Fala, filha – ele disse simpático

- Podemos conversar? Briguei com Ellen, ela apareceu aqui no bar, só preciso falar com alguém antes que eu faça alguma besteira – falei rápido

- Claro! Passa aqui no escritório, te mando mensagem com o endereço. – Desliguei.

Em dez minutos já tava no escritório, que pela placa descobri que era sobre arquitetura. Não fazia idéia de que Mark era arquiteto.

Entrei no prédio e a secretária falou que já tava chamando o Mark. Sentei no sofá de couro vermelho escuro que tinha na recepção. Incrível como Mark montou tudo isso em tão pouco tempo. Ele deveria ser um arquiteto incrível.

Não demorou muito e Mark apareceu, parecendo um adolescente. Ri fraco. Ele me conduziu até sua sala. A sala era de vidro com uma porta de aço, sei lá o que é isso, com uma enorme mesa de madeira branca em forma de L, que tinha um computador, um monte de papel, canetas, e coisas de arquiteto. Tinha alguns quadros pendurados na parede do fundo, que era a parede da janela, a única que não era de vidro. Tinha duas cadeiras de frente pra mesa, uma poltrona encostada na parede de vidro, de frente pra poltrona tinha uma estante de livros. Com uma luminária ao lado.

Mark sentou na cadeira atrás da mesa. Eu sentei em uma das duas cadeiras de frente pra mesa.

- Ellen apareceu no The Peach? – ele perguntou meio confuso

- Sim – falei rouca – ela tava puta da vida porque eu não avisei pra ela que você tá morando aqui, como se isso fosse da conta dela, porque primeiro ela da a louca e foge de casa com meu irmão, depois me dá lição de moral falando que eu não sou boa influencia pro Nick, agora quer dar uma de Madre Teresa achando que a errada sou eu, se ela quisesse mesmo saber se você tava aqui, não deveria ter partido em primeiro lugar – falei rápido, despejando as palavras em Mark, que ouvia com atenção.

- Nossa, quanta coisa – ele falou pensativo, eu estava arfando. Ele riu fraco – O negocio com Ellen, é que ela gosta de atenção. Quer que tudo seja sobre ela e por ela. – ele disse, refleti, percebi que era verdade.

- Verdade – falei rouca

- Mas não se preocupe, tenho a plena certeza de que vocês vão se acertar... – Mark ia falando alguma coisa a mais quando sua secretaria bateu na porta

- Chefe, telefone pro senhor. É da decoradora – ela disse com os óculos pendurados na ponta do nariz. Mark se levantou pra ir atender o telefonema

Fiquei olhando a sala, toda organizada. Achei vários desenhos de Mark em cima da mesa, fiquei observando-os. Mark era um desenhista incrível. Alguém entrou na sala falando alguma coisa, como se fosse pra Mark, não prestando atenção em mim

- Chefe, acabei de receber a planta do projeto, quer dar uma olhada agora ou repassar mais tarde – no meio da frase, eu virei pra ver quem era. Meus olhos se arregalaram

- Harry?! – Falei absorta, ele tirou os olhos do papel e me encarou

- Megan?! O que cê ta fazendo aqui?! – ele parecia muito surpreso, levantei da minha cadeira e deixei a bolsa na cadeira do lado

- Esse é o escritório do meu pai, resolvi passar aqui depois de discutir com Ellen, mas Mark saiu pra atender um telefonema – tentei por ordem nas palavras

- Mark é seu pai?! – ele falou como se fosse o mistério do universo

- É! – falei sorrindo. Mark entrou na sala atrás de Harry

- Ah, Harry! Essa é a minha filha Megan – ele disse sorrindo

- A gente já se conhece, pai – falei monótona, Mark ficou tão surpreso quanto eu

- Sério?! Puxa, mas que cidade pequena – ele disse indo se sentar na cadeira. – A planta do projeto já chegou, Harry? – Mark pareceu sério

- Ah, ta aqui chefe. – ele disse entregando o papel pro Mark

- Mas que mundinho pequeno – eu falei baixinho

- Vou voltar pra minha sala, qualquer  coisa é só chamar chefe, e assim que o empreiteiro ligar te aviso – Harry disse passando a mão nos cabelos bagunçados, meu deus, como eu amo quando ele faz isso – Te vejo mais tarde, Megan – ele disse sorrindo, sorri de volta. Sem falar nada.

- Uau – Mark disse – Quem diria que meu estagiário já te achou – ele disse analisando o papel – Quer continuar a conversa? – perguntou com um sorriso no rosto

- Não precisa mais – falei sorrindo e pegando minha bolsa – Vou voltar pro bar, mais tarde te ligo pai. – falei olhando pra ele – Tchau. – sorri

- Tchau Meg – falou sorrindo

Saí do escritório rindo feito uma idiota. Mas que mundo pequeno! Entrei no carro e quando coloquei a chave na ignição, mas meu celular tocou. Mensagem da Mandy

“Corre pra casa, agora!”   

Pqp! Mas o que aconteceu agora?!


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Notas finais do capítulo

Comentem amores! ♥ XX