Starlight escrita por Stardust


Capítulo 10
There's not a lot to say


Notas iniciais do capítulo

Outro capítulo. Sei que está péssimo )= mas... kkk



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Me senti ficar tonta, e percebi que não era por causa do barco que balançava. Eu estava nervosa, mais do que quando ele tinha me pedido em namoro. Isso era estranho, mas um "eu te amo" valia mais do que um simples pedido de namoro. 

Fechei os olhos, percebendo que Matt tinha escolhido o momento certo para dizer isso. Matt sorria e pude ver em seus perfeitos olhos verdes que ele dizia a verdade. 

- Eu também te amo, Matt. - disse rindo de nervosismo. 

Matt riu também. Seus músculos tensos haviam relaxado e ele parecia bem mais tranquilo por ouvir minhas palavras. Pouco a pouco Matt se aproximou colocando suas mãos na minha nuca e passando ela por meu cabelo. Aproximou seu rosto perto do meu como e como se fosse nosso primeiro beijo, selou nossos lábios. Eu sentia o toque lento de sua língua na minha. 

- Venha, vamos lá fora. - disse olhando no relógio e me puxando pelo braço até surgir no píer. Observei seu dedo apontar para o céu. - Nada melhor do que apreciar o céu junto de quem a gente ama. - ele sorria.

Me sentei na beirada do píer, encostando minha cabeça em seu peito. 

- Pequena Jessica. - ouvi-o sussurrar, sabendo que havia se lembrado dos velhos tempos.

Matt começou a cantar Champagne Supernova baixo. A voz dele me acalmava e eu me sentia completa.

Talvez aquela noite tenha sido uma das mais bonitas da minha vida. Ficar ali, com a pessoa que eu amava, observando a coisa mais magnífica do mundo e escutando-o cantar uma das minhas músicas preferidas. Eu não podia querer mais nada, a não ser que aquela noite nunca acabasse.

*

Não pudemos ficar por muito tempo fora de casa, pois no dia seguinte teria aula, mas a notícia da grave que a faculdade faria tinha me deixado feliz. Eu teria mais tempo de ficar ao lado dele, mesmo atrasando meus estudos. 

Eu andava pelo meu apartamento de um lado por outro. Estava tão feliz, que não conseguia pegar no sono. 

Abri meu livro e peguei as fotos da minha infância. Eu queria tanto que meus pais estivessem vivos, queria contá-los como eu me sentia e queria que participassem de minha felicidade. Limpei as lágrimas que desciam pelo meu rosto timidamente. 

Estava prestes a me deitar quando avistei um embrulho em cima da minha mesa e acabei me lembrando que havia comprado ele para Matt na última vez que havia passado por aquela loja de rock. Era um CD da banda Oasis e eu sabia que ele iria gostar. 

Peguei o embrulho quadrado e saí do meu apartamento. Não importava a hora, não importava se teria aula no dia seguinte. Na verdade era só uma desculpa pra vê-lo. Parei na frente da porta e abri-a, mas instintivamente, dei um pulo ao ver que uma garota passava pelo corredor. 

- Oi. Você conhece seu vizinho do lado? O Matt... - me perguntou ao ver eu abrir a porta, pude perceber que seus cabelos eram loiros. Usava roupas curtíssimas.

- Matt? - eu podia sentir minha mão gelar. - Conheço. 

- Tem notícias dele? Ele mudou para cá a poucos dias, e não consigo nem ligar e nem achar ele no apartamento. 

- Ah, sim. Ele mora no apartamento ao lado. Mas... quem é você? - eu estava confusa.

- Digamos que... sou a namorada de Matt. 

Naquele momento, mil coisas passaram por minha cabeça. Eu não sabia muito bem o que fazer, como reagir e o que pensar. Matt tinha uma namorada e escondeu isso de mim todo esse tempo? Eu não conseguia acreditar nisso. 

- Namorada? - quase gritei. 

Não sei ao certo se Matt estava acordado ou se o meu quase grito conseguiu acordá-lo, mas só sei que ele apareceu na porta, de bermuda e sem camisa. 

- O que aconteceu? - ele parecia preocupado comigo, mas sua reação mudou ao vez a tal loira parada do meu lado. 

- Oi, Matt. - sua voz fina tomou conta do nosso silêncio. Observei-a caminhar até chegar perto dele. Matt olhou fixamente pra mim, eu não conseguia ler seu olhar.

- Um namorada, Matt? Então é isso que eu acabo sabendo depois desses dias incríveis? Não consigo acreditar. - as lágrimas desciam rapidamente pelo meu rosto e logo me vi em soluços. 

- Jess, não é isso que você está pensando. - o vi vir em minha direção correndo. 

- Você é como os outros! - gritei tacando o CD no chão. - Como todos os outros!

A loira ficou parada, tentando entender. Pude jurar ver um sorriso brotar em seu rosto. 

Mais rápida que Matt, corri e entrei no elevador. Precisava ficar sozinha, eu não acreditava no que ele tinha feito e nada do que ele falasse ia fazer diferença agora. 

Eu andava pela rua aos prantos. O vento frio cortava minha pele, mas não doía tanto como o que havia descoberto agora. 


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Notas finais do capítulo

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