Starlight escrita por Stardust


Capítulo 11
Swerve out of control


Notas iniciais do capítulo

Outro capítulo ♥ Boa leitura.



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Naquela noite, não voltei para o apartamento. Apenas entrei no estacionamento do prédio para pegar meu carro e dirigi até a cidade de minha avó.

Cheguei e bati na porta. Sua expressão de preocupação me deixou com o coração partido, não queria ter assustá-la com meus olhos inchados e vermelhos, mas foi inevitável. 

Entrei e sentei-me ao seu lado no sofá. Contei toda a história. Contei como conheci Matt, como fiquei sabendo que ele era meu amor de infância e contei sobre a namorada que ele tinha me escondido. Minha avó escutava tudo calada. Hora ou outra colocava a mão na minha perna pra me dizer: "Não chore, querida.". 

Talvez eu estivesse realmente precisando de um apoio familiar e ela era a melhor pessoa para isso. Pensei em ligar para Hanna, mas não queria incomodá-la. 

Minha vó me olhava chorar no canto do sofá. E daquele jeito, fiquei até realmente pegar no sono. 

*

- Querida, acorde. - minha avó me sacudia. 

- Oi vó. - disse me lembrando da noite passada. - Eu devia ter ido na faculdade. 

Tentei me levantar, mas minha cabeça doía. 

- Falte hoje... e quer saber, já que vocês vão ficar de greve, porque não podia ir para a França? Hanna me disse que te chamou para ir. 

Pensei um pouco, talvez ela estivesse certa, e era daquilo que eu precisava. 

- Não sei se é a hora certa. 

- Só alguns dias. Vai te ajudar a colocar a cabeça no lugar depois de tantas coisas que aconteceram. 

- Vou pensar nisso. - disse inclinando a cabeça no sofá. 

Eu custava aguentar a dor de cabeça, e custava também aceitar o que ouvi na noite passada. Talvez tenha sido errado eu ter agido por impulso, mas eu não havia conseguido pensar em mais nada. Não queria aceitar o fato de ter que ouvir a voz de Matt tentando me explicar a situação e muito menos ver a cara de satisfação de sua namorada em ver nós dois brigando. Irônico. Eu era sua namorada. E no mesmo dia que ouvi-o dizer que me amava, descobri que eu era a "outra". Não, eu não podia ter aceitado isso. 

*

Já era noite. Minha avó tinha se despedido de mim e ido dormir. Eu não tinha aparecido na faculdade e muito menos no apartamento. Não queria ouvir nada, não queria saber de nada. Andei pela sala antiga e parei em frente a enorme janela. Abri-a e olhei para cima. E uma vontade enorme de ir deitar no quintal me veio na cabeça. Não hesitei, apenas abri a porta dos fundos e saí. 

Sentei na grama ao mesmo tempo que meu celular começava a vibrar no meu bolso. Olhei na tela. "14 ligações perdidas". Não iria atendê-lo. Já não importava mais. 

Inclinei minha cabeça para trás no intuito de observar o céu. No vizinho do lado, ouvi tocarem a música Stop Crying Your Heart Out e no mesmo momento, um filme passou na minha cabeça dos poucos dias que havia ficado com Matt. Como aquilo estava acontecendo comigo? Não era justo. 

*

Logo, o dia amanheceu. Acordei cedo e me despedi de minha vó. Não podia ficar longe de tudo por tanto tempo, mas mesmo assim, não queria ver Matt. 

Sem passar no apartamento, fui direto na faculdade. Andava pelos corredores vazios, ainda estava um pouco cedo. Senti uma mão tocar meu ombro e quase desmaiei de susto. 

- Jess. - era Alex. Sua voz seca me deu arrepios. 

- Oi. - continuei andando.

- Você parece péssima. - jurava ter visto um sorriso começar a se formar. 

- E estou. 

- Onde está seu namorado? 

Estava com vontade de bater nele e mandar ir embora pra longe de mim. Alex conseguia me tirar do sério toda vez que me parava pra conversar.

- Não tenho namorado. - dessa vez andei mais rápido, tentando me afastar, mas Alex me segurou pelo braço. 

- Então, podemos sair hoje? 

- Não. - dei arranco para me soltar dele. - E para de me perseguir. - gritei. 

Tive vontade de chorar, mas segurei as lágrimas. Já havia chorado muito noite passada, a ponto de chegar na faculdade com os olhos inchados e ter preocupado dois professores que insistiam em perguntar se eu estava realmente bem. 

Talvez, a verdade era que tudo aconteceu muito rápido, e agora, tudo o que eu precisava, era ficar bem longe de tudo que me deixava confusa. 


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Notas finais do capítulo

Comentários? Me digam o que estão achando.



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