Hankei no Gifuto - 半径のギフト escrita por Fred A


Capítulo 3
O desconhecido é atraído por minha insegurança ?


Notas iniciais do capítulo

AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH QUE RAIVAAAAAAAAAAA ! Dei o meu melhor nesse capítulo e quando fui postar constou que meu tempo de acesso tinha se esgotado. Resumindo : PERDI TUDO !
Então, vamos ao que interessa o/



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Enquanto Kotatsu observava o comportamento de Nekomura, houve um acontecimento inesperado:

- Alunos da escola Midorikawa ! Aqui quem fala é o diretor Kazegawa. Estamos passando por uma violenta tormenta. Peço que se dirijam até suas casas para melhor se protegerem. A construção é antiga, mas qualquer abalo é considerado risco !

Nem repararam que enquanto estavam pensativos, um rastro do furacão da cidade vizinha passava na cidade.

- Se cuide Nekomura ! Pode ser somente vento, mas agora qualquer coisa que o vente possa carregar é considerado perigoso.

- Estou ciente disso, Kotatsu, tchaaaau.

- Até amanhã !

Enquanto o vento e os relâmpagos rasgavam o céu, Nekomura se via enfrentando o vento, que parecia desafiá-lo. Punha o braço na frente dos olhos para se proteger da areia, mas assim era muito difícil enxergar a movimentação na rua.

De forma violenta, ele gritou consigo mesmo:

- Maldita sorte que tenho ! O outono é sempre o mesmo sofrimento com o clima !

Se dirigia relutante até a sua casa, aonde morava de uma grande distância da escola.

De repente um raio vinha para encontrá - lo. Por sorte, ele optou cair na árvore, mas aquele raio foi tão forte que os ouvidos de Nekomura ficaram tampados por algum momento, o fazendo perder totalmente o senso de equilíbrio.

Em seus passos tortos, mas ainda firmes, tentava chegar em casa antes que o pior da tempestade chegasse.

Para seu azar, e para o azar de sua audição, mais um raio corta com fulgor o céu. Agora o raio parecia mais próximo, próximo o suficiente para piorar o estado de Nekomura.

Nekomura observava o lugar aonde o raio caiu, todo chamuscado e encoberto por fumaça e gritou :

- Era eu quem deveria estar torrado, não é mesmo ?!

Com seu último gesto de energia, Nekomura sentiu suas pernas desligarem, e sua cabeça girar em efeito dos seus ouvidos, fartos de qualquer som.

Por um momento, Nekomura se atira ao chão por ter se desgastado tanto em sua rota. Sua cabeça não tinha mais sustento enquanto seus olhos relutavam para olhar em frente. Paralisado de medo, ele se sentiu abandonado.

- Me entrego ao futuro incerto ? Me entrego ao raio que cairá provavelmente em minha cabeça  ?

Com seu último rastro de energia, Nekomura se levanta e continua seu trajeto.

Passos embriagados, pernas trêmulas, olhar fixo no horizonte, mãos que naquele instante pesavam como chumbo, mas não como sua cabeça, que dava a impressão de carregar uma âncora no pescoço.

Passou até o lugar em que o raio caiu e percebeu que um caderninho estava ali, abandonado por alguém, de certo.

Era um bloco de notas, tinha seu arame que sustentava as folhas na posição horizontal, com um gesto de abrir de cima para baixo.

- Um estudante deve ter perdido mais um caderno nessa tempestade. - pensou Nekomura.

Agora ele estava convicto que não aguentaria mais caminhar. O cansaço o dominara.

Encontrou o antigo farol desativado que ele brincava e foi lá para se abrigar, descansar um pouco e reestabelecer o equilíbrio.

Subiu a escada de metal enferrujado, e entrou numa salinha, algo bem abandonado, pelo estado em que estava, uns 7 anos.

Acomodando - se em meio à poeira, achou uma flanela para limpar a janela e iluminar aquele lugar tão reluzente que era no passado, para pelo menos conseguir ler aquele bloco de anotações estranho.

Os raios do sol invadiam a sala como podiam, já que a tempestade o ofuscava um tanto.

No momento em que ele pegou o bloco, um estalo indicava que a chuva chegava, e logo os salpicos alvejavam a telha e escorriam pela janela.

Ele pensou em se dedicar à leitura daquele caderno. Percebeu que era de capa dura, azul escura, páginas simples sem nenhum enfeite típico de adolescente.

O caderninho não tinha nome, então isso o intrigava muito.

- Quem é o imbecil que não coloca nome nem contato no caderno ? - disse Nekomura enquanto abria o caderno.

Logo na primeira página, viu um texto dizendo:

" O intuito desse caderno não é para ser endereçado a qualquer um. O fardo que carrego aqui é o maior que ninguém jamais carregou. Considero-o um peso em minhas costas, um flagelo para minha alma, uma praga indescritível que não desejo a ninguém. Ele não é para ser lido por ninguém exceto por mim, que aceitei carregar esse peso. Se alguém além de mim, querer souber do que esse caderno se trata, estará aderindo sua alma ao desgosto e sofrimento eterno de um futuro que muitos julgam incerto. O seu futuro nunca mais será incerto depois dessa palavras escritas aqui. "

Nekomura encontrou a resposta ao seu clamor, infelizmente.

Em um ato súbito, a chuva parou, o mar congelou - se, os raios ficaram estagnados no céu, o vento descansou e as gotas de água que percorriam a janela pararam. Tudo havia parado no tempo.

O som não existia mais ali. O silêncio dominava o interior e o exterior daquele farol.

Nekomura viu todas as suas lembranças passarem em sua mente. A época em que brincava com Kotatsu e Mira. A sua primeira briga. A sua conversa com Mira quando ia à escola. O momento em que ele caiu no asfalto, rendido ao incerto.  Tudo parecia tão curto, tão limitado comparado ao que estava por vir.

A normalidade havia voltado. A tempestade continuava, as gotas desfilavam pelo vidro imundo das janelas, o mar ganhara seu balanço novamente. Exceto Nekomura.

Ele observava ali naquele caderno, o motivo de seu pavor, de sua reflexão súbita. Não sabia explicar como um simples caderno surtiria um efeito tão arrebatador sendo que ele nem passara pela segunda página ...

Seus olhos secos e vidrados rodeavam aquela frase que o chocou como um raio em sua consciência.

" Passo a ti minha maldição, pois futuro você jamais terá. "


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Notas finais do capítulo

Aeeee consegui finalmente reescrever todo o capítulo, óbvio que não está exatamente igual, deve ter mais ou menos detalhes que antes.

Agradeço cordialmente à minha colega de leitura A Sonhadora por participar comigo me corrigindo na acentuação haushaushaus e dando sua opinião.
Peço que você me dê um exemplo de acentuação em uma frase da fanfic, pois não entendi ao certo o que você tentou explicar, era sobre os espaços entre os acentos, não é ? >,

Então é isso.
Ja nee o/