New History escrita por Erica Dragneel


Capítulo 13
Janela Afora


Notas iniciais do capítulo

De volta!
Ou não...
Pois é. Realmente não pude postar na data em que queria...
Quero que saibam que foi por falta de internet e que continuo pretendendo ao menos criar um capítulo por semana.
E, como escrevo, posto... Enfim, acesso pelo celular, n é possível que eu responda aos comentários de vocês, sua divas. *-^ Mas saibam que leio todos e admiro cada ameaça que me fazem pela demora de meus caps.
Boa leitura!



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Eu andava sem rumo por entre as sombras daquelas grandes árvores. Eu ainda não tinha entendido o que havia acontecido, nem o que eu pretendia fazer - à respeito ou não do que acontecera.

Eu continuava a afagar aquela estranha maciez em minhas costas. Seriam asas? Forçando meu pescoço ao virar minha cabeça para trás, vi suas pontas cheias de exóticas penas brancas sujas de lama e folhas. Desde quando eu as tinha? Eram um pacote surpresa dos poderes de dragão? Imediatamente - e surpreendentemente - me veio à mente a lembrança da vez em que toquei nas asas de Julian. Elas eram totalmente diferentes dessas. Eram lisas e macias - apesar de duras -, estas eram empenadas e fofas. Acabei por decidir voltar ao castelo.

[...]

– Isso tudo é muito estranho... Como assim Julian lhe atenta à morte... e você tem asas!? Ainda mais... assim... - "Papai" me olhava como se eu fosse uma aberração. O que eu esperava estar parecendo mesmo. Ainda não tinha tomado banho, tinho ido direto ao escritório de meu pai, e, como o Sol já ia levantando preguiçoso por trás das montanhas, a lama já estava seca por todo o meu corpo, fazendo eu me sentir uma verdadeira porca. - ... Isso não faz o menor sentido... - Ele continuava a devanear, enquanto eu olhava, sem prestar real atenção, os cadarços imundos de meu tênis. - Eu preciso fazer algo... Isso é horrível! Temos de tirar isso de você! - Levantei a cabeça rápido, até ouvi um estalo de meu pescoço, e o olhei assustada - Ninguém mais pode a ver assim. Vão considerá-la um monstro...! - Ele estava falando de minhas asas?

– D-Do que o senhor está falando, papai? - Sentia meu peito ficar cada vez mais apertado, o pavor me tirando a voz.

– Você ficará bem, queridinha. Apenas me espere aqui. Tirarei isso de você. E então, você voltará a ser como nós...! - Teve algo no olhar dele... Ele parecia muito feliz... Mas eu já não sabia se queria saber o porquê disso.

– P-Pa-pai... Vo-cê n-não... - Comecei a soluçar, sentindo minha visão embaçar.

– Não doerá muito, filhinha. Me espere aqui. - Ele não seria mesmo capaz de me tirar aquelas asas... só porque não as achava ideal à um dragão...! Certo...?

– Pai... - sussurrei baixinho, já sem esperanças de entender aquela repentina e louca conversa.

Ele saiu porta a fora sem nem me olhar nos olhos. Aliás, nos últimos minutos - desde que aquele estranho brilho invadiu seus olhos, ele só encarara aquelas malditas asas. Por um mísero segundo, senti ódio daquelas asas, mas logo me voltou o medo que sentia do olhar de meu "pai".

Uma leve brisa visitou a sala, fazendo as cortinas entrarem numa dança delicada e as páginas dos livros abertos sobre a mesa principal serem folheadas. Já chorando baixinho, fui até a mesa de meu pai e sentei em sua poltrona. Continuava chorando, mas permite-me pôr a mão direita sobre um livro, o qual ainda era folheado pelas mãos invisíveis daquela brisa. As páginas continuaram a folhear-se, então abri o livro na página em que tinha deixado a mão. Estava tudo muito borrado(por eu chorar), tanto que eu mal enxergava meus cabelos voando frente a meu rosto, como que querendo serem levados pelo vento.

Fechei meus olhos fortemente, como que querendo acordar de um pesadelo, fazendo boa parte das lágrimas descessem por minhas bochechas, deixando meus olhos. Levantei a cabeça e procurei as gigantescas janelas com os olhos, esperando o vento que por elas entravam no cômodo secarem meus olhos.

Nervosa, tentei ler a página marcada, distraindo-me. Falava sobre uma magia antiga que permitia que o indivíduo criasse portais dimensionais.

– Será que... Seria aquele portal pelo qual passei para vir para cá com Acnologia? - Pensei.

Li e reli várias vezes o encanto, já sabendo o que faria. Ouvi passos no corredor. Seria meu pai? Levantei depressa de sua cadeira e voltei ao sofá. Esperei ele entrar pela porta com aquele sorriso medonho de antes, mas nada. Não era meu pai.

Então ouvi um grito longo e alto. Tão, mas tão alto, que pensei ter ficado surda após seu término. "Oh, não...", pensei de imediato. "Igneel".

Fui até a mesa central, peguei o livro de meu pai, o coloquei em minha mochila e fui até a porta. Já tinha colocado a mão na maçaneta quando pensei na idiotice que estava fazendo. Se saísse pelos corredores, ia acabar me perdendo e Igneel acabaria me encontrando. Fui então até uma janela. A sala do escritório de meu pai era no terceiro andar, mas acho q não morreria.

Ouvi novamente passos no corredor. Mas esses eram diferentes.Eram passos frenéticos e pesados. Eram os passos de Igneel. Parei de pensar e, num salto, me joguei pra fora da janela. As paisagens borraram-se, tudo saiu de foco. Lembrei de flexionar os joelhos, e, quando senti terra firme abaixo de meus pés, rapidamente me joguei para a frente, numa cambalhota desajeitada que me levou para trás de um arbusto cheio de galhos secos e pontudos que espetaram minhas costas. E ali, em meio a insetos coloridos, galhos pontudos e folhas cabeludas, vomitei. Minha cabeça girava e eu não sabia se era por ter me lembrado da queda daquela manhã mais cedo ou apenas pelas imagens distorcidas seguidas pela cambalhota que me levou direto para uma moita cheia de insetos que gosmentavam e folhas que grudavam em meus cabelos, já imundos.

– LUCYYYYYY!!! - Gritava Igneel. Não estava pronta para o ver, acho. Por entre as folhas, via flagelos cada vez mais crescentes de fogo. Me vi sendo cortada em mil pedacinhos e minha carne sendo colocada em espetos, e Igneel a assando. Ele sem dúvida alguma sentiria meu cheiro e me acharia. E logo, logo... "Espetinho de Lucy"!

O lugar estava cada vez mais quente. Era sua raiva cada vez maior. Tentei não tremer muito e fiquei na esperança de que toda aquela sujeira acobertasse meu cheiro.

Minutos após, percebi que a quentura havia parado. Ele teria ido embora? Lentamente, pus minha cabeça do lado de fora. Olhei para a direita... Nada. Esquerda... Nada. Então saí - Yay! - do arbusto - e das coisas que grudam.

Comecei, então, a entrar na floresta, ainda procurando a presença do ruivo. Até que parei. Meu peito ficou apertado. Ele estava atrás de mim.


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Notas finais do capítulo

Capítulo pequeeeno... Mas foi o que deu.
Ando tendo mais preguiça que o normal. Talvez seja o amor. :3 Acho que isso deveria me deixar mais inspirada a escrever... mas não. -.-

Bjs com trilha sonora da sua música atualmente preferida. *3*
Jyaa ^^



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