New History escrita por Erica Dragneel


Capítulo 14
Ao Som das Estrelas


Notas iniciais do capítulo

Tive a idéia do título realmente soh ao fim do capítulo - capítulo esse q me causou inúmeras dores de cabeça, tanto por eu não conseguir escrever em meio a essa bagunça de famílias e confusões até em poros de bebê -. -.-"
Enfim, o capitulo ficou meio que minúsculo, mas resolvi o cortar pra postar logo.
Boa leitura, Pocoyoas! *-^



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Esperei os arrepios, causados pelos calafrios, diminuírem para, enfim, raciocinar algo. Ele me mataria? Ele seria mesmo capaz disso?

Eu queria correr. Eu queria muito correr, e correr muito. Mas o medo me paralisava as pernas. Mas, afinal, o que eu devia temer? Talvez eu o temesse exatamente por não saber o quão eu devia temê-lo. Surpresas me assustam.

Ouvi seus passos atrás de mim. Ele se aproximava. Ele ficou parado ao meu lado, olhando as árvores. Girei meu pescoço em sua direção e senti uma dor aguda abaixo da nuca, mas não desisti de olhá-lo. Ele estava calmo, nem um pouco parecido com o Igneel de 5 minutos atrás. Ele me olhou também e ficamos nos encarando. Então ele abriu a boca, como se fosse dizer algo, mas logo a fechou. Indaguei-me em pensamento sobre o que ele iria dizer. Pensei também em lhe perguntar o que ele não chegou a dizer, mas ele já não me olhava mais. Ele prestava atenção no vôo de alguns pássaros ao longe. Mas a atenção que ele dava àquelas aves me parecia muito forçada, como se ele estivesse querendo me evitar, ou evitar que eu falasse algo. Não sei... mas acho que também preferia o silêncio.

Eu não sentia mais a raiva... a repulsa de mais cedo. E acho que ele também não. Eu SENTIA isso. O perdão de ambos.

Hesitante, ainda o olhando nos olhos, sorri. Busquei seu olhar, ele ainda olhava o Céu. Então ele olhou-me de soslaio, como que também hesitante a qualquer ação. Ele, por fim, acabou retribuindo o sorriso e virando-se de frente para mim.

– Amigos, então? - Consegui, finalmente, dizer algo sem parecer lá mais patética que realmente era. O ruivo, ainda sorrindo, pegou minha mão destra com sua mesma, num aperto de mão formal.

– Amigos.

[...]

– Ainda não acho que ele seria capaz disso.

– Eu também não. Um lado meu... o de filha, diz que isso é loucura e que eu deveria voltar para perto dele. Que perto dele devo me sentir segura. Como uma filha se sente sob as asas de seu pai. Mas... Não sei. Não consigo mais ter certeza de nada. Sei apenas que ele... o seu olhar... me deu medo. Muito medo. E acho que minha segurança está--

– Mas ele é seu pai! - Interrompia-me Igneel, com seus grandes olhos ainda maiores em meio aos meus devaneios com compartilhados. - Realmente é loucura só por uma idéia louca de que você sente medo de seu "pai", você querer se afastar dele.

– Pode mesmo ser bobagem... mas não estou lhe pedindo para vir comigo. Nem ao menos sei para quê contei a você essas besteir--

– Hey, hey, hey! - Interrompeu-me novamente - Eu apenas concordei sobre ser muito louca a ideia. Não disse nada também sobre não ir contigo, mesmo que não queira.

– Mas... Então você virá comigo?

– Contigo eu iria até... Desculpe. Não direi mais esse tipo de coisa. - Disse ele, em meio a risinhos bobos, talvez por ter percebido minha ruborização.

– Tudo bem. - Disse de supetão, pensando em algo para dizer e mudar por completo o assunto conversado. - Sabe... Voltaremos para Fiore. Você já pensou se...

– Já. Eu sempre penso nisso, na verdade. Reencontrar meu filho é como... um objetivo, ainda. Um sonho, posso dizer.

– Sabe... Reencontrar o Natsu também é um sonho, pra mim. Eu quero o ver, olhar nos olhos dele. Eu quero saber se já o esqueci, e sei que terei certeza disso apenas quando estiver em sua presença. - Ficamos em silêncio por algum tempo, sentados em pedras imensas, apenas observando as ondas miúdas que o vento criava no rio.

– E então? Vamos? - Assustei-me por perceber que ele estava de pé, ao meu lado. Meus reflexos estavam muito mal exercitados. Ele então estendeu sua mão destra a mim, aceitei sua ajuda para levantar e logo estávamos nos encarando novamente.

Me senti estranha, mas logo quebrei o silêncio, respondendo:

– Vamos.

[...]

Acabamos por decidir que o lugar ideal para abrir o portal seria onde outrora ambos quase morreram.

Conseguimos encontrar o local - o que não deveria ter sido, na verdade, muito difícil, afinal, aquela cratera era imensa - e logo nos apressamos a reler a magia.

[...]

Ao sairmos do portal, logo deparamo-nos com um mar de águas e, prestando atenção no nosso extremo sul, distinguia-se lá, na margem contrária, a guilda Fairy Tail.

[...]

Igneel e eu havíamos nos hospedado em uma pequena pensão. Teríamos de dormir no mesmo quarto - Em camas separadas, claro -, mas eu estava tensa demais por estar de volta a Magnólia para pensar nesse detalhe. E então...? Eu iria visitar a guilda amanhã? Mas... E se todos estiverem em missões? E se nem me perceberem em meio a bagunça - Duvido muito que a guilda tenha mudado nisso -? E se no momento em que eu chegar estiver havendo alguma daquelas "guerras" de "aminimigos" entre o Natsu e o Gray? E se eu ver o Natsu com a Lissana e não suportar? E se... E se não me reconhecerem? E se... não me quiserem mais?

– Hey! - Pulei da cama de susto. Era o Igneel. Provavelmente por ter percebido minha viagem em histeria mental.

Ele fez um movimento estranho com o queixo, como que segurando um riso - talvez eu tenha feito uma cara de susto estranha -. "É - pensei -, nada além do esperado para uma estranha como eu". E comecei a rir das caras e bocas que ele fazia para conter seu provável ataque de risos, e ele parou com a feições. O ruivo apenas abriu a boca, formando um perfeito O, e da mesma saiu a gargalhada mais estridente, rouca, e estranha que eu já tinha ouvido. Então caí no chão de pernas cruzadas e mãos na barriga, que já doía por tanto eu rir. Ele então sentou ao meu lado, diminuindo a intensidade da gargalhada para uma pequena risada - talvez por ter ficado desconfortável no chão frio -.

Virei para trás, ficando deitada na madeira empoeirada. Eu olharia as estrelas dali pela eternidade - pena que amanheceria e as estrelas, em meio a poluição solar, sumiria -.

– Do que estávamos rindo, mesmo? - Disse o dragão - em sua forma humana - enquanto deitava-se ao meu lado.

– Não lembro. - E eu realmente não lembrava.

Minha barriga parecia doer até mais que a cabeça.

– Você não é muito normal...

– Mas o quê? Como assim? - Encarei-o fingindo estar brava.

– Você deve conhecer mais porquês que eu. - Respondeu, meio brincalhão, arqueando as sobrancelhas.

Seus braços estavam atrás de sua cabeça, o fazendo parecer ainda mais humano. Ele parecia pensar em algo, algo de real importância. Então, relutante, desisti de o perguntar o que era, pensando que uma hora ele mesmo diria. Mas ele não disse, e ficamos silenciosos ao passar das horas noturnas, ao som das estrelas.


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Notas finais do capítulo

E então? *..*
Bem, lah em cima eu disse ter cortado, então o cap. 15 jah estah sendo escrito, editado, excluído e sendo reescrito. c:
Kissus sabor clavículas! :3 *-^