A Comensal escrita por Cassie, Bugaboo


Capítulo 7
Capítulo 7




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Estava um sol lindo brilhando no céu e eu estava presa na aula de adivinhação. Odiava aquela aula, e tinha ficado pior com a presença de Umbridge nela. Afinal o que aquele sapo fazia ali?

- Agora — perguntou Umbridge, erguendo os olhos para Trelawney —, exatamente há quanto tempo você vem ocupando este cargo?

- Quase dezesseis anos. – respondeu confusa.

- Um bom tempo — comentou Umbridge, fazendo outra anotação na prancheta. — Então foi o professor Dumbledore que a nomeou?

- Correto — respondeu secamente.

Umbridge fez mais uma anotação.

- E você é tetraneta da famosa vidente Cassandra Trelawney?

- Sou — ela confirmou erguendo um pouco mais a cabeça.

Mais uma anotação.

- Mas acho... Corrija-me se eu estiver enganada... Que você é a primeira em sua família desde Cassandra Trelawney a ser dotada de Segunda Visão?

- Esses dons muitas vezes saltam... Hum... Três gerações — Trelawney comentou.

Umbridge tinha um sorriso de deboche.

— Naturalmente — Umbridge disse falsamente. – Bem, então será que poderia profetizar alguma coisa para mim? — e ergueu os olhos com ar indagador, ainda sorridente.

A professora Trelawney ficou tensa, como se não conseguisse acreditar no que ouvia.

— Não estou entendendo — disse agarrando convulsivamente o xale em torno do pescoço magro.

— Gostaria que você fizesse uma profecia para mim — disse Umbridge muito claramente, como se explicasse algo a uma criança.

- O Olho Interior não vê quando recebe ordem! – Trelawney exclamou.

- Entendo... — respondeu Umbridge.

Aquela mulher me irritava seriamente.

- Eu... Mas... Mas... Espere! — disse Trelawney de repente, tentando falar no seu tom habitualmente etéreo, embora o efeito místico ficasse um tanto arruinado pelo modo com que tremia de raiva. — Eu... Eu acho que estou vendo alguma coisa... Alguma coisa que diz respeito a você... Uma coisa escura... Um grave perigo... Receio... Receio que você esteja correndo um grave perigo! — Trelawney era muito dramática.

- Espero que seja verdade. – Lauren sussurrou no meu ouvido.

- Vai ser um bem para a humanidade se ela sumisse. – respondi a Lauren.

Houve uma pausa. As sobrancelhas de Umbridge continuaram erguidas.

- Certo — disse com suavidade. — Bom, se isto é realmente o melhor que consegue fazer...

Umbridge anotou mais um pouco em sua estupida prancheta e foi embora.

Todos encararam em silêncio. Provavelmente em choque com a situação.

- Algo me diz que Trelawney não vai ficar por muito tempo. – sussurrei no ouvido de Lauren.

Ela assentiu e vi que seus olhos estavam arregalados.

A aula tinha acabado, mas era difícil de esquecê-la afinal todos só sabiam comentar sobre ela.

Eu estava indo para a biblioteca quando senti algo me puxando. Não aguentava mais essa mania de Fred.

- Que foi? – falei trincando os dentes e me virando para encara-lo.

Porém fui surpreendida ao perceber que era o Potter.

- Eu... Eu vim pedir desculpas por ontem. – ele gaguejou.

- Não precisa, foi um erro ter pensado que estaria tudo bem entrar nesse seu grupinho! – exclamei.

- Não, não foi. – ele deu um sorriso tímido. – Se quiser ainda fazer parte é só aparecer por lá.

Ele me entregou a moeda e foi embora.

A semana se passou e Neville tinha deixado claro que não teria reunião aquela semana por causa de Angelina e sua insistência em fazer o time de Quadribol treinar. Quando finalmente o dia do jogo chegou todos estavam animados.

Corri em direção ao grande salão até que senti alguém me puxar, dessa vez era o Fred.

- O que você quer Weasley?

Ele não respondeu apenas me segurou pela cintura e colou nossos corpos, sua boca estava a milímetros de distância da minha. Sabia o que ele iria fazer, queria parar aquilo, mas meu corpo era teimoso e foi aproximando mais os nossos lábios. Eu tinha que impedir a passagem da sua língua, mas meu corpo não obedecia. Parecia que não me pertencia mais. O certo seria me afastar e dá-lhe um tapa no rosto, porém eu me aproximava mais e ainda retribuía o beijo. Levei uma mão até seu pescoço e a outra foi de encontro aos seus cabelos ruivos.

Quando o beijo acabou, ele se afastou e ficou me encarando com o sorriso mais lindo que já vi no rosto, eu retribui o sorriso e ele gargalhou.

- O que foi? – meu sorriso foi embora e senti todos os músculos do meu corpo endurecerem.

Porque ele tinha gargalhado?

- Você! – ele continuava rindo. – Você está toda vermelha e o mais estranho é que você sorriu para mim!

Ele estava rindo porque minhas bochechas estavam coradas e eu sorri?

Abri a boca para falar, mas ele interrompeu.

- E que sorriso lindo você tem! – Fred exclamou.

Aquilo só me fez corar mais. Ouvi passos vindo na nossa direção, o que me fez me afastar e tirar suas mãos da minha cintura.

- Fred finalmente eu te achei! – era Angelina seguida por Gina. – O jogo vai começar, vamos!

- Tchau. – ele disse, e Angelina pegou sua mão e começou a puxa-lo.

- Boa sorte... Eu acho. – gritei.

Fui até o campo de Quadribol, estava tudo uma gritaria por causa da disputa de Sonserina contra Grifinória. O pior é que não sabia para quem torcer. Sonserina por ser minha casa ou por Grifinória por causa do Fred.

Fred. O que eu estou fazendo me preocupando com o Fred? Fred Weasley!

- Weasley é o nosso rei! Toda a Sonserina gritava.

Sentei-me ao lado de Lauren no lado da Sonserina, estávamos tão perto do campo que eu pude ver o Ron, ele estava pálido e com cara de assustado, ao lado dele estavam Harry, Gina, Angelina e Fred.

Aquele uniforme vermelho e amarelo realçava seu cabelo ruivo.

A partida começou e todos montaram em suas vassouras e levantaram voo. Meus olhos estavam fixos no Fred, mas por quê? Eu apaixonada por um Grifinório? Nunca!

Harry continuou subindo, desviou de um balaço, e começou a voar pelo o campo à procura do Pomo de Ouro do outro lado do estádio, Draco Malfoy fazia exatamente a mesma coisa.

 - Weasley não pega nada Não bloqueia aro algum Ei, Ei, Ei, Ei, Weasley é o nosso rei. Weasley nasceu no lixo Sempre deixa a bola entrar A vitória já é nossa. Weasley é o nosso rei. - a Sonserina cantava.

-... É o primeiro teste do novo goleiro da Grifinória, Weasley, irmão dos batedores Fred e Jorge... É um talento que promete... Vamos garoto! – Lino comentou, acho que foi mais para animar Ron do que sendo sincero.

A Sonserina gritou de felicidade, uma goles passou por Ron marcando mais um ponto para minha casa.

- Alex, você esta bem? – Lauren perguntou?

- Sim, por quê?

- Você esta séria, não comemorou nenhum gol e nem esta cantando com a gente! – ela gritava para que eu pudesse ouvi-la em meio a tanta barulheira.

Pude ouvir o chapéu de leão de Luna rugir no meio dos vivas da

Grifinória. Sonserina estava na frente por trinta pontos de diferença. Harry evitou um balaço que Crabbe disparara em sua direção e retomou a varredura frenética do campo em busca do pomo, vigiando, caso Malfoy desse indicação de que o localizara, mas Malfoy, como ele, continuava a voar à volta do estádio, procurando sem sucesso.

Harry mergulhou com a vassoura até o campo da Sonserina e logo Malfoy estava ao seu lado, todos se calaram para ver qual dos dois iria pegar o Pomo de Ouro primeiro. O pomo contornou a base de uma das balizas e saiu para o outro lado das arquibancadas, sua mudança de direção beneficiou Malfoy, que estava mais próximo. Harry inverteu o rumo da sua Firebolt, e ele e Malfoy estavam agora emparelhados.

Tudo terminou em questão de segundos, Harry finalmente agarrou a bolinha dourada fazendo com que a torcida da Grifinória pulasse de felicidade. 

O estranho foi que com a vitória da Grifinória meu coração se aliviou.

Harry tinha sido atingindo por um balaço e caiu da vassoura, mas Angelina o ajudou a levantar. Agora todos estavam no chão e iam até seus vestuários.

Desci as arquibancadas e entrei na parte interna do campo, caminhei até a entrada do vestiário da Grifinória.

Quando cheguei ouvi a voz de Angelina, ela estava irritada.

- Inveja mata — disse Angelina, lançando a Malfoy um olhar enojado.

-... Também não conseguimos encaixar "fracassado inútil"... Para o pai dele, sabe... – Malfoy debochou.

Fred e Jorge perceberam o que Malfoy estava dizendo e se viraram para encara-lo.

- Deixa para lá! – disse Angelina na mesma hora, segurando o braço de Fred.

- Deixa para lá, Fred, o deixa gritar, ele só está frustrado porque perdeu o metido... – Jorge disse.

-... Mas você gosta dos Weasley, não é Potter? — continuou Malfoy, caçoando. — Passa as férias lá e tudo, não é? Não sei como você aguenta o fedor, mas suponho que para alguém criado por trouxas, até o pardieiro dos Weasley cheira bem...

Harry agarrou Jorge. Eram necessários os esforços conjuntos de Angelina, Alicia e Cátia para impedir Fred e Jorge de matarem o Malfoy, que ria abertamente. Draco percebeu que eu estava ali, foi o único a reparar isso pelo que vi.

- Alexia...

- Não enche Malfoy. – o interrompi e fui até o Fred.

- Ou vai ver — disse Malfoy, recuando com um sorriso debochado – você se lembra como a casa da sua mãe fedia, Potter, e o chiqueiro dos Weasley faz lembrar dela...

Agarrei o braço de Fred com força, ele puxava com todas as suas forças. Porém o problema foi o momento que Harry largou o Jorge e os dois partiram para cima de Malfoy.

- Harry! Jorge! – gritei.

Uma multidão se aproximou e tiraram o Potter e o Weasley de cima do Malfoy que estava caído no chão urrando de dor.

            Harry e Jorge foram mandados para sala de McGonagall. Já eu e Angelina ficamos encarregadas de tirar Fred dali antes que ele matasse o Malfoy. Nós três andamos até o lago negro, quando chegamos Fred mandou Angelina ver se Jorge estava bem, assim que ela saiu, ele se virou para mim e disse.

            - Obrigado.

            - Por? – perguntei.

            - Não entrar na brincadeira de Malfoy.

            - Porque eu entraria numa coisa estupida dessa? – perguntei irritada.

            - Você sabe... – ele fez uma pausa. – Pessoal da Sonserina odeiam os Weasley, se fosse outro teria ajudado o Malfoy...

            - Olha só Fred, não é só porque somos da mesma casa que eu aprove o que Malfoy faz! E se você acha que todos os Sonserinos são maus, tenho o prazer em lhe informar que você esta errado... – o interrompi e comecei a andar em direção ao castelo.

            Ele me puxou e me deu outro beijo demorado. Afastamo-nos.

            - Sabe que isso nunca vai dar certo? – eu disse. – Se alguém descobrir vai dar problemas para nós dois, ninguém aprovaria e irão querer nos fazer terminar...

            - É só ninguém descobrir.

Fred falou e quando abri a boca para contraria-lo, ele me calou com outro beijo.


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