A Comensal escrita por Cassie, Bugaboo


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

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Era sábado de manhã, hoje teríamos a saída para Hogsmeade e eu iria com a Pansy e Lauren.
Depois de arrumadas fomos em direção ao Cabeça de Javali, era afastado de todos e não tinha a barulheira toda do Três Vassouras. Chegando ao Cabeça de Javali, nos sentamos numa mesa ao fundo.
Estava vazio, tinha um casal sentado a três mesas de distância e a mesa do lado que estavam quatro bruxas pouco mais velhas que eu.
– O que vão querer? – um homem barbudo veio anotar nosso pedido.
– Três cervejas amanteigadas, por favor. – Lauren pediu.
– É para já! – exclamou o homem.
Eu e Lauren ficamos ouvindo Pansy falando que logo ela teria Draco aos seus pés, mas pude ver pelo os olhares que Lauren me mandava que ela não acha isso possível. Todos sabem que Malfoy só se preocupa com ele mesmo.
O barulho do sininho tocou e quatro pessoas entraram. Três meninos e uma menina agarrada a um dos ruivos, eu reconheci o Lino e os gêmeos Weasley, percebi que um dos gêmeos estava abraçado à capitã do time de Quadribol.
– Traidores de sangue, sempre infestando os lugares com seus germes nojentos. – falou Pansy.
– Cale-se Pansy deixa para lá. – retruquei.
– Pior de tudo é que eles andam com esses sangues-ruins como se fosse algo bom, olha só a namoradinha de um deles! Como um puro sangue tem coragem de namorar aquilo?! – ela exclamou.
Agora eles estavam sentados, a menina estava no colo de um dos gêmeos, ele ficava beijando a sua bochecha. O outro gêmeo cutucou o que estava se agarrando com a namorada e apontou para mim, ele sorriu e piscou o olho, virei à cara e senti minhas bochechas corarem.
– Aqui meninas. – era o homem barbudo trazendo nossas bebidas.
Bebíamos e riamos atoa, até que Pansy falou.
– Olha Alex, um dos seus amigos esta vindo falar com você. – Pansy disse ironicamente.
– Quem?
Ela apontou para a mesa onde os gêmeos estavam e vi que um deles vinha em nossa direção. Senti minha bochecha corar mais que o normal.
– Olá Alex. – ele parou e sorriu.
– Que foi? – disse séria.
– Só queria saber se você vai querer um Kit?
Minha risada foi gélida, até eu me arrepiei, nunca imaginei que tinha uma risada assim.
– Eu comprar aquele seu Kitzinho idiota que você e seu irmão traidor de sangue estão fazendo? Nunca!
Ele ficou parado.
– Saía daqui. – disse Pansy.
– Se for só isso você já pode se retirar. – minha voz estava fria.
Ele se virou e voltou a sua mesa onde aquela idiota ficava o agarrando.
Já entendemos que são um casal, agora poderiam ser mais discretos, por favor?
Virei a cerveja amanteigada goela adentro e me levantei para ir embora, porém Pansy segurou meu braço.
– Já esta indo? Ficou com ciúmes de ver seu traidor de sangue com aquelazinha? – Pansy sorriu cinicamente.
– Você é louca! Estou indo embora porque Blásio esta me esperando, vamos nos encontrar na Zonko’s, então se me permite. – admito que falei para todos ouvirem a parte do Blásio.
Livrei-me das mãos da Pansy e fui embora, eu podia sentir os olhares de Fred em mim quando passei pela mesa dele.
Quando cheguei à Zonko’s, Blásio ainda não tinha chegado. Claro que não, eu cheguei uma hora mais cedo que o combinado, mas para meu espanto Potter e seus amiguinhos estavam lá.
Comecei a mexer numa chave que aos poucos foi se diminuindo.
– Han... Oi. – me virei e vi o Potter parado me encarando sem graça.
– Er... Oi. – falei sem graça também.
– Queria me desculpar por ter sido grosso com você.
– Tudo bem! – exclamei. – E afinal, sua mão melhorou?
– Sim, bem melhor e sinto muito. – ele corou. – Fui um tremendo idiota.
Botei minha mão no seu ombro, ele estremeceu com o meu toque e eu fiz o mesmo.
– Harry, vamos! – uma menina vinha em nossa direção, era a sangue ruim da Hermione. – Fred, Jorge, Lino e Angelina estão nos esperando.
Angelina, esse era o nome da namorada de Fred.
Quando ela me viu deve ter me reconhecido, pois torceu o nariz com desgosto. Eu me virei e voltei a mexer nos brinquedos que tinham na estante.
– Tchau. – disse o Harry.
Eu apenas dei de ombros e acenei para ele e voltei a mexer na estante até que vi um frasco rosa no fundo.
O frasco tinha um liquido rosa claro e exalava um cheiro de pólvora misturado com ferrugem e grama cortada, o cheiro era gostoso apesar de tudo.
– Um poção do amor, se fosse você eu levaria. – uma voz masculina disse as minhas costas.
Virei-me e fiquei surpresa ao ver o Fred sorrindo.
– Não que você precise... – ele estava envergonhado, seu rosto todo corou.
– Como assim? – levantei a sobrancelha.
– Er... É que... Bom... – ele se enrolava nas palavras.
– Não pretendo levar nada. – o interrompi e lhe mandei um sorriso forçado.
– Então o que faz aqui? Afinal é uma loja para quem quer diversão. – ele me cutucou com um longo instrumento metálico de aspecto letal.
– Isso é um cotonete?
Ele assentiu com a cabeça.
– O que vai fazer depois do encontro com o Blásio? – ele me perguntou curioso.
– Han? – ele me pegou distraída.
– É que eu queria saber se gostaria de tomar um chá depois. – quando abri a boca pra falar ele me interrompeu. – Relaxa eu conheço um lugar onde ninguém conhecido vai! Sua imagem estaria segura. – ele ficou me olhando por um tempo até que perguntou. – Então, topa?
– E sua namorada?
– Ela não vai saber, afinal é apenas um café entre conhecidos que mal tem nisso?
– Esta bem. – disse por fim.
– Te espero às 16 horas aqui em frente!
Ele se foi e me deixou lá, mas logo depois Blásio chegou. Ele me levou para o Três Vassouras onde ficamos conversando e comendo um pedaço de bolo, mas logo encerrei tudo. Eu e Blásio não tínhamos mais o relacionamento de antes agora eu me sentia até desconfortável perto dele, o que era estranho antes eu me sentia solta, alegre, em paz e eu podia ser eu mesma que nem quando ficava a sós com o Fred.
Fui até a entrada da Zonko’s onde vi Fred esperando dentro do beco, ele estava tão ocupado encarando algo que nem notou quando me aproximei.
– Vai ficar só olhando? – perguntei, ele estava encarando a janela de um pequeno barzinho.
– Vamos! – ele exclamou e me puxou para dentro.
O bar era pequeno, só tinha oito mesas na qual apenas uma estava sendo utilizada por Ana Abbott e seu namorado, um garoto da Lufa-Lufa eu já o vi em Hogwarts, mas não era importante o suficiente para ter seu nome lembrado.
Sentamo-nos no lado oposto deles. Encima da mesa tinha dois cardápios com vários tipos de chás e sorvetes que iam sumindo depois que lidos.
– O que vão querer? – uma garçonete magrela e ruiva veio nos atender.
Fred me olhou e eu dei de ombros.
– Dois chás e uma Banana Split com duas colheres!
A garçonete anotou e aparatou.
– Então... – eu batucava meus dedos na mesa.
– O que? – ele levantou a sobrancelha.
– Até que aqui é um bom lugar. – vi Ana me encarar incrédula.
– Aqui meninos. – a garçonete tinha aparatado e colocado os chás na mesa junto com uma travessa que continha uma banana e sorvete que eram afogados por calda quente de chocolate.
Achei aquilo era estranho, Fred notou.
– Nunca comeu? – ele perguntou rindo.
– Nunca! – respondi com vergonha, não gostava que rissem da minha pessoa.
Com a colher ele pegou um pedaço enorme e levou até a minha boca, eu abri e comi. Era delicioso, nunca tinha comido nada igual.
Fred caiu na gargalhada.
– Que foi? – perguntei sem entender.
– Você! É tão pressinha no seu mundo que nunca experimentou Banana Split! – ele caiu na gargalhada. – Tinha que ser da Sonserina! Sorte que é bonita.
– O que quer dizer com isso?
– Bom... Você tem sorte de ser bonita porque que homem vai gostar de alguém tão mimada, má, sem senso de humor e que nunca comeu banana Split?
– Olha só eu não sou mimada e eu tenho senso de humor sim! – exclamei.
A conversa esta tão boa que só demos conta de que horas eram quando acabamos com a segunda travessa de Banana Split, eram mais de sete da noite e eu precisava voltar para o castelo. Mas eu não queria, estava tão bom ouvir as piadas e histórias de Fred, com ele eu realmente me divertia. Sentia-me bem. Com Fred eu me sentia eu mesma.
– Temos que ir. – avisei.
Peguei o dinheiro e coloquei encima de mesa, fui até a porta e Fred me seguiu.
– Alex, espere! – ele me puxou e eu virei para encara-lo.
Nossos corpos estavam próximos e nossos lábios estavam a poucos milímetros de distância. Seu lábio roçou no meu. Sentia meus olhos se fechando e minha cabeça se aproximando, mas antes que aquilo ficasse pior eu me afastei e corri até chegar ao castelo.


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