A Comensal escrita por Cassie, Bugaboo


Capítulo 2
Capítulo 2




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Eu estava morta de fome, porém o velho caduco não calava a boca, eu não estava nem me dando o trabalho de ouvi-lo, apenas fiquei encarando o nada.
Senti alguém me cutucar e virei para o lado e vi Pansy.
– Que foi? – rosnei.
– Porque fica encarando o Potter? – ela me olhou curiosa.
– Não estou o encarando, porque perderia olhando aquele ser imundo? 
– Ai! Calma nervosinha era brincadeira...
Ela se calou quando uma mulher com cara de Sapo começou a falar.
– Bem, devo dizer que é um prazer voltar a Hogwarts! — A mulher cara de sapo sorriu revelando dentes muito pontiagudos. — E ver rostinhos tão felizes voltados para mim!
Eu olhei em volta e vi que o Potter fazia o mesmo, nossos olhares se cruzaram por uma fração de minutos e podia concluir que chegamos à mesma conclusão. Não tinha nenhum rostinho feliz no salão.
– Estou muito ansiosa para conhecer todos vocês, e tenho certeza de que seremos bons amigos! – ouvimos vários cochichos vindos dos alunos, então ela continuou. — O ministro da Magia sempre considerou a educação dos jovens bruxos de vital importância. Os dons raros com que vocês nasceram talvez não frutifiquem se não forem nutridos e aprimorados por cuidadosa instrução. As habilidades antigas, um privilégio da comunidade bruxa, devem ser transmitidas às novas gerações ou se perderão para sempre. O tesouro oculto de conhecimentos mágicos acumula dos pelos nossos antepassados deve ser preservado, suplementado e polido por aqueles que foram chamados à nobre missão de ensinar.
Pansy se aproximou para falar algo em meu ouvido, mas eu lhe dei uma cotovelada e ela entendeu que era para esperar, a mulher sapo estava nos encarando.
– Todo diretor e diretora de Hogwarts trouxe algo novo à pesada tarefa de dirigir esta escola histórica, e assim deve ser, pois sem progresso haverá estagnação e decadência. Por outro lado, o progresso pelo progresso não deve ser estimulado, pois as nossas tradições com provadas raramente exigem remendos. Então um equilíbrio entre o velho e o novo, entre a permanência e a mudança, entre a tradição e a inovação... – ela pronunciava as palavras com seus olhos fixo em mim e depois em Potter. —... Porque algumas mudanças serão para melhor, enquanto outras virão, na plenitude do tempo, a ser reconhecidas como erros de julgamento. Entrementes, alguns velhos hábitos serão conservados, e muito acertadamente, enquanto outros, antigos e desgastados, precisarão ser abandonados. Vamos caminhar para frente, então, para uma nova era de abertura, eficiência e responsabilidade, visando a preservar o que deve ser preservado, aperfeiçoando o que precisa ser aperfeiçoado e cortando, sempre que encontrarmos, práticas que devem ser proibidas.
– O que isso significa? – Pansy sussurrou.
– Significa que teremos que tomar mais cuidado com o que faremos daqui para frente. – engoli em seco.
Dumbledore falou algo sobre os testes para o time de Quadribol e logo depois o banquete apareceu.
Já era hora, eu estava faminta! Comia como se tivesse passando fome a meses, quando finalmente terminei foi a hora que notei a cara de horror da Pansy.
– Nossa Alexia... Quanta fome. – ela disse se virando para mim.
– Não encha Pansy! – exclamei e me retirei da mesa.
Eu e um aglomerado de outros alunos íamos em direção a porta do salão. Odiava alunos menores, eles eram tão chatos.
– Olá! – alguém disse as minhas costas.
Virei-me e deparei com um dos gêmeos Weasley, retorci o nariz e voltei ao meu trajeto até salão comunal da Sonserina.
– Ei! Espera! – ele vinha atrás de mim, mas eu continuava ignorando.
Ele me puxou pela mão.
– O que você quer? – perguntei ríspida.
– Quero saber seu nome!
– Pra que? – exclamei.
– Só por saber, vai fale menina, qual seu nome?
Olhei em volta para ver se ninguém vinha àquela cena estranha, não queria ser pega conversando com um traidor de sangue.
– Alex... – olhei em volta. – Alexia...
– Alexia de que? – ele levantou uma sobrancelha.
– Alexia Chermont. – cruzei os braços. – Posso ir agora?
– Alexia Chermont... Como posso saber que não mentiu para mim? – ele estava desconfiado.
– Não saberá...
Ele sorriu e eu dei as costas, voltei para o meu caminho até o salão comunal.
Cheguei ao dormitório e troquei de roupa, estava tão cansada que cai na cama e fui rapidamente sugada para sonho.


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