A Comensal escrita por Cassie, Bugaboo


Capítulo 1
Capítulo 1




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Eu tinha noção do que estava acontecendo, não queria aquilo, porém era o preço que eu tinha que pagar pelo erro cometido.
Teria que servi-lo. Estendi o meu braço esquerdo para Voldemort, estava com medo. Ele levantou a manga da minha camisa e roçou sua varinha no meu antebraço e com um toque da varinha me marcou com aquela terrível caveira com uma cobra saindo, era sua marca, a marca negra. Olhei atentamente a marca se formando em meu antebraço, enquanto ardia como se tivesse pegando fogo.
Meu pai que esteve o tempo todo apenas assistindo de longe, se aproximou aos poucos. Ele pegou meu braço e começou analisar a marca, e com um sorriso no lábio disse.
– É uma honra ter mais uma geração de Chermont ao seu dispor! – exclamou meu pai.
– Acredito que sim. – replicou Voldemort, de forma irônica – Espero que sua filha seja melhor que você.
A raiva se espalhou pelo meu corpo, mesmo que meu pai fosse um idiota que vendeu minha alma para o Diabo, ele continuava sendo o meu pai.
Meu pai se encolheu diante de Voldemort e eu senti meu braço esquerdo queimar, isso me fez estremecer de dor.
– Seja uma boa menina e cumpra sua missão, não seja mais uma inútil e será muito bem recompensada. – sussurrou Voldemort, com aquelas fendas vermelhas me encarando.
– Sim, milorde. – respondi.
Vesti a capa sob as vestes de Hogwarts e meu pai levou meu malão até mim, segurei sua mão e aparatarmos.
Meu pai tinha medo do Lord das Trevas e deixava isso claro, no entanto eu ergui a cabeça e fingi que nada aconteceu, não deixaria isso me abalar.
Eu tinha virado uma Comensal da Morte, seria leal, mostraria que mereço confiança e que sou digna de sua marca.
Aparatamos na estação King’s Cross e eu logo fui para dentro do enorme trem vermelho, o expresso Hogwarts.
Entrei na primeira cabine vazia que tinha achado, fiquei sentada quieta lá, apenas lembrando o ocorrido de mais cedo. Agora eu era uma Comensal da Morte, servia a Voldemort, tinha que cumprir minha missão.
Tinha que levar Potter até o Voldemort. Mas como?
Minha cabeça estava encostada no vidro frio e meus olhos estavam fechados, não via a hora de chegar a Hogwarts.
Ouvi a porta da cabine se abrir.
– Tem uma menina aqui! – uma voz masculina exclamou.
Pulei do assento e me virei para encarar o infeliz que me tirou do momento de paz. Retorci o nariz quando o vi.
Vestes de segunda mão, alto, ruivo e sardento. Era um Weasley.
Ele entrou na minha cabine e para meu desgosto outro ruivo apareceu. Legal, agora são dois traidores de sangue.
– Se importa se dividirmos a cabine? O resto está lotado. – o ruivo que chegou depois falou com um sorriso no rosto.
– Claro que me importo!
Um menino mais baixo chegou, reconhecia-o, era o Lino Jordan e os outros dois eram Fred e Jorge.
– Gente, temos um problema... Olhem! – ele apontou para meu brasão. – É da Sonserina.
– Mas só vamos nos sentar, não iremos conversar com você. – um dos gêmeos disse.
– Não ligo se vocês vão fingir que não existo, porém eu me recuso a dividir a cabine com traidores de sangue. – disse com os dentes trincados de raiva.
Quando eu me retirava da cabine um dos gêmeos me puxou.
– Calma nervosinha...
– Fred larga ela, não queremos confusões com ninguém. – disse Lino ao menino que me segurava.
Ele deve ter notado que minha mão estava se fechando e que logo viraria um soco, mas assim que ele me soltou , relaxei e fui até o vagão onde estavam Draco e Pansy. Fiquei sentada ouvindo o Malfoy reclamar doSanto Pottere vendo Pansy babar em Draco. Quando ela ia entender que ele era perda de tempo?
Blásio estava deitado no banco, com sua cabeça apoiada em minhas coxas, porém quando o trem parou ele deu um pulo e pegou seu malão, e os outros fizeram o mesmo.
– Cadê suas coisas Chermont? – Malfoy disse ironicamente.
– Deixei no outro vagão, eu vou pegar, não esperem por mim. – falei e sai da cabine.
Fui até onde os gêmeos Weasley e Lino estavam, mas quando cheguei só tinha um deles por lá. Entrei sem nem me da ao trabalho de cumprimenta-lo, ele estava arrumando sua mala e nem percebeu minha entrada.
Fiquei na ponta dos pés e comecei a tentar puxar meu malão, mas era perder tempo estava muito no fundo, então comecei a apalpar minhas vestes em busca da minha varinha.
– Deixa que eu pego. – o menino se levantou e pegou meu malão. – Afinal sou o Fred.
– Não mandei você pegar nada e não quero saber seu nome! – exclamei.
Virei-me e fui embora arrastando meu malão.
– De nada! – ele gritou.
– Não agradeci! – gritei de volta enquanto caminhava. – E nem vou.
Pude ouvi-lo gargalhar as minhas costas.


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