A Comensal escrita por Cassie, Bugaboo


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas postei ♥



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Harry discutia com Lúcios e Bellatrix.

– Já está na hora de você aprender a diferença entre vida e sonho, Potter – disse Malfoy

– Harry, o Sirius não esta aqui. – falei. – Voldemort apenas projetou a visão na sua cabeça para que você viesse aqui...

– Não é verdade, Sirius esta aqui! – ele exclamou. – Não acredito em você Alexia.

– Agora me entregue à profecia, ou vamos começar a usar as varinhas.

Harry ergueu a própria varinha à altura do peito. Ao fazer isso Rony, Hermione, Neville, Gina, Luna e eu fizemos o mesmo.

Mas os Comensais da Morte não atacaram.

– Entregue a profecia e ninguém precisará se machucar — disse Malfoy tranquilamente.

Foi à vez de Harry rir.

– É, certo! Eu lhe entrego essa... Profecia é? E o senhor nos deixa ir embora para casa, não é mesmo?

Alguém gritou.

– Accio prof...

Harry gritou "Protego!" antes que ela terminasse de lançar o feitiço.

– Ah, ele sabe brincar, o bebezinho Potter — disse a mulher, seus olhos desvairados encarando-o pelas fendas do capuz. — Muito bem, então...

– EU JÁ DISSE A VOCÊ, NÃO! – berrou Lúcio Malfoy para a mulher. — Se você quebrá-la...!

“Pegue a profecia!” a voz de Voldemort ecoou pela minha cabeça. “A profecia ou vai se arrepender sua jovem insolente. Sabe o que eu faço com traidores? EU MATO!”

As palavras do Voldemort me fizeram estremecer de medo.

– ESTUPEF...

– NÃO! – berrou Malfoy que desviou o feitiço da Bellatrix, fazendo me acertar.

Eu voei alguns metros até bater as costas numa das enormes prateleiras e finalmente cair de cara no chão. Meu corpo doía e varias bolas de vidros caiam nas minhas costas, cortando toda a minha pele com seus cacos.

Passaram alguns minutos até que finalmente consegui me levantar, meu sangue escorria pelas minhas costas e pingava no chão.

Meus olhos fizeram uma pequena busca pela escuridão atrás do Harry e da profecia. Nada, apenas vozes ao longe. Caminhei na direção das vozes, uma luz brilhava no fim corredor e iam se aproximando. Apertei meus olhos para tentar enxergar quem emitia a luz.

– CORRAM! – berrou Harry passando por mim.

Apenas fiquei parada sem entender o que acontecia até que alguém me puxou para longe da luz que estava cada vez mais próxima.

– Temos que sair daqui Alex, as prateleiras estão desabando! – exclamou Neville que me puxava por um longo caminho tortuoso.

Passamos por uma porta que Hermione lacrou com um feitiço.

Meu corpo todo estava doendo e eu me sentia fraca, não conseguia ficar em pé. Todas as minhas forças foram usadas na corrida. Fechei os olhos e desabei no chão. Eu estava esperando me esborrachar no chão, mas alguém me segurou antes, abri os olhos rapidamente e vi o rosto machucado de Neville.

Voltei a fechar os olhos e me desligar do que acontecia no Ministério. Só ouvia gritos e feitiços. Algo bateu em mim e senti os braços de Neville me largando, cai no chão com força. Abri os olhos e vi a Luta entre Harry, Hermione e Neville contra os Comensais da Morte, mas Hermione desarmou todos. Estava tudo bem até que três comensais acertaram um feitiço bem no peito de Hermione.

Levantei-me e apontei minha varinha no Comensal, o Dolohov.

– PETRIFICUS TOTALUS!

– Levamos com a gente — ouvi Neville falar decidido de que levaria a Hermione. — Caeego Hermione... Você luda melhor gom eles gue eu...

– Eu ajudo! – falei.

– Você não consegue nem andar direito e vai ajuda-lo? – debochou Harry. – E quem disse que precisamos da sua ajuda?

– Harry, não temos tempo para essa discussão idiota.

Fui até a Hermione e envolvi a sua cintura com meu braço e Neville fez o mesmo. Hermione era mais pesada do que parecia, mas com a ajuda de Neville conseguiria escapar de lá.

Saímos do escritório e fomos parar numa sala negra que estava deserta. Andamos mais um pouco e a porta da sala se fechou atrás de nós. As portas começaram a girar.

Rony, Luna e Gina aparecerem. Gina estava com cara de dor e pela explicação de Luna, talvez ela tenha quebrado o tornozelo.

Começamos a andar e paramos numa sala, onde logo depois cinco Comensais apareceram e feitiços voaram. Eu peguei minha varinha com a mão livre, mas estava tão fraca que todo feitiço não funcionava nada saia da minha varinha. Olhei para um dos Comensais que mirou um feitiço e acertou bem na minha barriga, a dor me fez desabar no chão.

– Bamos Alex! – falou Neville.

– Não consigo. – sussurrei.

Um Comensal me puxou pelo braço e me agarrou pelo pescoço, eu estava ficando com falta de ar, quanto mais eu me debatia mais ele apertava meu pescoço. Eu queria parar aquilo. Destroços, feitiços e gritos invadiam a noite até que não restava mais nada. Os Comensais recorreram as Maldições Imperdoáveis.

Olhei o Harry e vi que ele estava prestes a entregar a profecia ao Lúcios.

– Harry... – tentei falar para ele não entregar, mas apenas saiu em forma de sussurro, o ar não encontrava meu pulmão.

Então, no alto, mais duas portas se escancararam e mais cinco pessoas entraram correndo na sala: Sirius, Lupin, Moody, Tonks e Quim.

Só quando Tonks acertou o Comensal que me sufocava com um feitiço na cabeça que ele finalmente me largou. Comecei a puxar e soltar o ar desesperadamente, me apoiei na parede mais próxima não aguentava ficar em pé, meus pulmões pareciam estar em pegando fogo com o contato do ar novamente.

Harry atirou a profecia no chão, ela caiu nas costas de Neville que se tacou para amortecer a queda da pequena esfera.

Corri até Neville e peguei a profecia.

“Isso, boa menina! Agora entregue para Lúcios minha jovem.” Voldemort estava na minha mente.

– Porque eu faria isso? – berrei.

Todos me encararam assustados.

“Porque se não fizer matarei sua família e amigos, o primeiro vai ser o jovem Malfoy!”Voldemort gritava na minha cabeça.

– Draco... – seu nome saiu pela minha boca o que fez Lúcios perder a cor.

Fui à direção do Lúcios, todos me olhavam decepcionados, mas ninguém entendia motivo da minha escolha.

– Boa menina. – ele disse abrindo um sorriso sombrio.

– NÃO! – berrou Harry.

Olhei para ele, seu rosto estava ensanguentado e parecia cansado. Não podia me importar agora, a vida de Draco estava em jogo.

Algo bateu em mim, Neville me acertou com um feitiço e roubou a profecia.

– Neville... Não! – exclamei. – Me da à profecia, agora!

Harry agarrou Neville pelos ombros das vestes e o ergueu até o primeiro degrau de pedra. As pernas de Neville se contorciam e sacudiam, e não suportavam seu peso. Um feitiço atingiu o degrau de pedra junto ao calcanhar de Harry, o degrau desmoronou e ele caiu no degrau abaixo. Neville afundou no chão, as pernas ainda entortando e se agitando, e ele enfiou a profecia no bolso.

— Vamos! — disse Harry ainda puxando Neville pelas vestes. — Tente empurrar com as pernas...

Comecei a segui-los.

– A profecia! – berrei sacando a varinha do bolso.

Ele deu mais um puxão descomunal e as vestes de Neville se rasgaram ao longo da costura lateral — a bolinha de vidro caiu do seu bolso e, antes que alguém pudesse pegá-la, o pé descontrolado de Neville a chutou a bolinha voou uns três metros para a direita e se espatifou no degrau abaixo.

Um vulto branco-pérola de olhos enormemente aumentados se ergueu no ar, sem ninguém reparar.

Via boca do vulto se mover, mas com todas as colisões e gritos e berros que nos rodeavam, não consegui ouvir uma só palavra da profecia. O vulto parou de falar e se evaporou. Voldemort vai matar o Draco.

– Não! Não! Não! – eu não conseguia me conformar com a profecia quebrada.

Fui até os cacos e tentei inutilmente monta-la, mas era impossível.

– Harry, sindo muido!— exclamou Neville. — Sindo, Harry não dive indenção de...

– Não faz mal! — gritou. — Tente ficar em pé, vamos dar o fora...

– Dubbledore! — disse Neville, e eu olhei assim que ele pronunciou aquele nome.

– Quê?

– DUBBLEDORE!

Dumbledore veio para luta, se não fosse ele Harry e seus amigos talvez estivessem perdidos. Uma luta começou cada um tinha seu oponente, porém a luta que chamou a minha intenção foi a de Sirius e Bellatrix. Algo naquele duelo chamou a minha atenção, Bellatrix tinha olhos carregados de ódio.

– Avada Kedavra. – berrou Bellatrix com um sorriso triunfante.

O feitiço acertou o peito de Sirius que tinha o rosto em choque. O corpo de Sirius descreveu um arco gracioso e ele mergulhou de costas no véu esfarrapado que pendia do arco.

Fui até Harry e o agarrei pelo braço, ele lutava para se desprender das minhas mãos.

– Não Harry, ele se foi. – sussurrei.

– SIRIUS! – Harry berrou. – SIRIUS!

– Harry...

– Isso é tudo sua culpa! - ele disse se soltando do meu aperto.

Ele foi até o poço. Mas quando chegou ao poço e saltou para o estrado, Lupin o agarrou pelo peito, detendo-o.

– Não há nada que você possa fazer, Harry... – disse com a voz receosa.

– Apanhá-lo, salvá-lo, ele só atravessou o véu!

–... É tarde demais, Harry. – eu pude sentir a dor de Lupin ao dizer aquilo.

Comecei a andar atrás da Bellatrix.

– Viu minha jovem, é assim que se faz! – Bellatrix disse ainda com aquele sorriso triunfante.

– Estupefaça! – exclamei.

– Como ousa? – disse se desviando do meu feitiço. – Crucio!

Meu corpo se contorcia de dor, era pior sensação da minha vida. Parecia que meus ossos estavam sendo quebrados, minha pele rasgada e meus órgãos queimados. Eu queria que aquilo parasse. Um grito de doer escapava da minha boca, não queria parecer fraca, porém meu corpo não me obedecia e mais eu gritava.

Quando finalmente o feitiço sessou senti meu corpo relaxar e minha mente parecia querer se desligar, mas antes que eu desmaiasse vi dois vultos correndo. Era Harry perseguindo Bellatrix atrás de vingança pelo assassinato do seu padrinho.

– Harry, não! - sussurrei.

Queria avisa-lo que ele não deveria fazer aquilo, ele tinha que sair. Ele não faz ideia do que Bellatrix é capaz, ela não sabia o que era compaixão, eu queria ajuda-lo, mas finalmente a minha mente cedeu assim como meu corpo e uma escuridão sem fim invadiu meus olhos, meu corpo não tinha forças para revidar então tudo a minha volta sumiu.


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