A Comensal escrita por Cassie, Bugaboo


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

CAPITULO FINAL!!
Isso mesmo galerinha, ultimo capitulo dessa fic, mas ela volta no dia 01/07 com nova temporada! Porém se tiver mais de 7 reviews eu posto dia 21/06!



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Minhas pálpebras foram banhadas por uma luz forte, isso me fez despertar. Eu estava deitada numa maca, olhei pela enorme sala cheia de macas e percebi que esta na enfermaria.

– Finalmente! – uma voz masculina exclamou.

Se ninguém tivesse falado eu nem teria notado que tinha gente ali.

– Há quanto tempo estou desacordada? – perguntei o dono da voz.

Era o Draco. Assim que vi seus olhos cinzentos me lembrei do Voldemort ameaçando mata-lo, essa lembrança me fez estremecer.

– Você esta com frio? Quer que eu pegue outra coberta para você? – ele perguntou preocupado.

– Não precisa, eu estou bem, juro. – disse sorrindo. – Mas enfim... Quanto tempo eu estou aqui?

– Uns quatro dias.

Meus olhos saltaram com a quantidade de dias que se passaram enquanto eu estava desacordada, então quer dizer que hoje seria meu último dia em Hogwarts, as férias finalmente chegaram.

– Qua... Quatro dias?

– Sim.

– E você esta aqui esse tempo todo?

– Não.

Arrependi-me de ter perguntado.

– Harry e sua gangue ficaram acampando aqui nos dois primeiros dias, só consegui vir para cá quando eles foram embora.

– Quem esteve aqui? – meu coração disparou com a possibilidade de Fred ter vindo me visitar.

– Harry, Rony, Hermione e outras pessoas da Grifinória. – ele deu de ombros. – Mas acho que você quer saber se Fred esteve aqui, não é?

Draco parecia me conhecer bem, mas eu nunca admitiria na frente dele que queria saber de Fred, por isso só dei de ombros.

– Ele não veio aqui Alex... Mas ele nem deve saber do ocorrido. – ele disse triste.

– É... Deve ser isso. – eu duvidava muito disso, afinal Harry e seus amigos devem estar se gabando daquela trágica noite. – Malfoy se você não se importa vou descansar.

Virei-me para encarar a porta e cobri o rosto com o cobertor. Só quando ouvi o ranger da porta avisando que Malfoy tinha ido embora.

Joguei o cobertor longe e pulei da cama, comecei a correr até a porta quando alguém me chamou. Virei-me e vi Dumbledore sentado duas macas de distância da minha.

– Senhor, eu não sabia que estava ai. – disse rapidamente.

– Aonde pensa que vai minha jovem? – ele arqueou a sobrancelha.

– Para meu dormitório.

– Vai andar pelo colégio assim?

Olhei para o que eu estava vestindo e percebi que minhas roupas rasgadas e sujas de sangue foram trocadas por um pijama branco com listras verdes. Corei assim que percebi.

– Eu... Eu não tinha notado senhor. – gaguejei.

– Entendo minha jovem, já fiz isso algumas vezes quando tinha sua idade... Sabe... Não era um bom aluno. – ele piscou para mim.

– O que aconteceu naquela noite?

– Voldemort apareceu e agora todos sabem que nada que foi dito era mentira, mas isso não significa que estamos a salvo. – ele falou apreensivo. – A senhorita deu muita sorte, teve machucados seríssimos só que com os cuidados da Madame Pomfrey logo você vai estar em perfeito estado.

– Assim espero senhor, mas se você não se importa gostaria de arrumar minhas coisas e volta para minha vida normal.

– A jovem Lauren já arrumou suas coisas, uma ótima menina ela! – ele disse a ultima parte mais para si do que para a minha pessoa. – E já que tocou nesse assunto sobre vida normal, a senhorita onde vai ficar?

– Como assim? – perguntei perdida.

– A minha querida, você pretende voltar para casa?

– Na verdade eu não tinha pensado nisso... – onde moraria?

–Lupin abriu suas portas para você, disse que tomaria conta de você...

– Lupin o antigo professor? Porque ele faria isso?

– Ele mesmo, pelo jeito ele gostou de você ter ido atrás da Bellatrix para vingar a morte de Sirius. – Dumbledore tinha em seus olhos a tristeza pela morte do padrinho do Harry. – E lhe garanto que não existe lugar mais seguro que a casa de alguém da ordem, deveria pensar no assunto.

– Prometo pensar no assunto, mas agora quero tomar meu banho e ter meu ultimo jantar com meus amigos antes de ir embora amanhã cedo.

– Acho que você precisa da permissão da Madame Pomfrey para isso... Mas tenho certeza que ela vai entender minha jovem. – ele disse se levantando e se aproximando da porta.

– Obrigada senhor.

– Espero que tenha se decidido Alex, você tem que saber em quem vai ajudar... Mas faça o certo e não o que é mandado minha jovem.

– Pode deixar. – eu respondi com o sorriso mais forçado da minha vida e ele foi embora.

Voltei para minha maca e troquei o pijama por uniformes limpos que estavam colocados na cômoda ao lado da maca. Sai da enfermaria e corri para o Grande Salão onde estavam servindo o último banquete.

Achei a cabeça loira quase branca sentada numa mesa cheia de pessoas com um emblema verde e prata no peito, me sentei ao seu lado.

– Alex! – Malfoy exclamou. – Foi liberada?

– Não! Eu fugi... Shiu... – sussurrei no seu ouvido.

– Você esta doente, volte para lá! – ordenou.

– Ei, é o nosso último dia. – falei rindo. – Me deixe aproveitar fuinha velha.

Malfoy não gostou muito da ideia, porém ele resolveu não discutir por isso.

Eu nunca tinha comi tanto como nessa noite, Draco estava espantado com meu prato que transbordava de comida. Ao final do jantar fui até ao meu dormitório ignorando todos os boatos e perguntas que me faziam, eu não tinha que explicar nada daquela noite a ninguém.

– Alexia! – Harry me chamou no corredor perto das masmorras.

– Pois não? – perguntei o mais séria que pude.

– Só quero saber como você esta...

– Estou bem, obrigada Harry e vo... – a morte de Sirius apareceu na minha mente. – Quer dizer... Sinto muito pelo seu padrinho, juro que não queria que ninguém tivesse se machucado.

– Eu sei Alexia e fico grato por você ter ido atrás da Bellatrix e sinto muito pelo o que ela fez com você. – seu olhar era triste. – Dumbledore me contou que esta sem casa... Se você quiser o Largo Grimmauld está vazio e você pode usa-lo...

- Não Harry, muito obrigada mesmo assim.

Ele me abraçou e depois foi embora.

Assim que cheguei ao dormitório cai na cama e só acordei quando Lauren me acordou quase me batendo.

– Vamos! Finalmente férias! – ela estava radiante.

– Ta bom, só espera eu me trocar.

Fui ao banheiro e me arrumei, assim que voltei peguei meu malão e a minha coruja.

Após um café da manhã reforçado fomos para a estação esperar o Expresso Hogwarts onde eu e Lauren procuramos a cabine mais vazia e a ocupamos. E pensar que em menos de um ano atrás eu estava sentada numa cabine igual a essa e os gêmeos a ocuparam contra minha vontade.

O sorriso de Fred me torturava, aquele maldito sorriso travesso não saia da minha cabeça. Eu me perdi nos meus pensamentos e na lembrança da noite no Ministério e só voltei para a terra quando o trem parou fazendo com que eu me estatelasse no chão.

– É tão desastrada que cai até quando ta sentada.

– Comediante você, não? – rebati o comentário de Lauren.

Pegamos nossas coisas e fomos para a plataforma nove e três quartos onde todos se despediam como se fosse o último dia de suas vidas.

– Não se esqueça de mandar cartas! – Lauren exclamou enquanto ia atravessando a pilastra.

– Pode deixar. – ela atravessou a pilastra e eu fui atrás dela. – E você não esqueça de responde-las!

Ela me deu um abraço apertado e foi embora.

Eu arrastei meu malão até a entrada da estação trem, assim que cheguei à enorme porta de saída um ônibus roxo parou na minha frente.

– Bem-vinda ao Nôitibus Andante, o transporte de emergência para bruxos e bruxas perdidos. Basta esticar a mão da varinha, subir a bordo e podemos levá-lo aonde quiser. Meu nome é Stanislau Shunpike, Lalau, e serei seu condutor, aonde você quer ir?
Eu já tinha me decidido, sabia muito bem onde ficaria.
– Beco Diagonal.


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