A Comensal escrita por Cassie, Bugaboo


Capítulo 15
Capítulo 15




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/349236/chapter/15


Querida Alexia,
Sei que eu errei em abandona-la sem lhe avisar, mas fugir do colégio sempre foi um pensamento que rondava minha cabeça e com a ditadura que a Umbridge criou foi o que me fez ter certeza de que era a minha hora de partir de Hogwarts. Sei que deve estar com raiva, mas você tem que acreditar que partiu meu coração te deixar e cada minuto que passa meu coração se encolhe cada vez mais de tristeza por não poder te ver todo dia e por ter a machucado.
Sinto falta do seu carinho, dos seus olhos cor de mel, de bagunçar seus belos cachos castanhos e sinto falta principalmente do seu lindo sorriso. Desculpe-me se a magoei, mas precisamos conversar então quando receber essa carta me responda.
Eu a amo Alexia, você um dia irá conseguir me perdoar?
Do ruivo que te ama muito, beijos.
Fred
Amassei a carta e a taquei na lixeira do Salão Comunal, era a primeira carta que eu tinha recebido de Fred depois de dias desde a ida dele.
Aquela carta me desmoronou, ele estava triste... Não Alexia, não caia nessa mentira dele. Ele esta fazendo isso para te machucar mais uma vez. Quer passar dias sem comer e sem dormir pela dor de perdê-lo mais uma vez? Não! Você é superior, ele fez você chorar e agora é a hora de ele pagar na mesma moeda, vai comer na sua mão e sofrerá que nem você sofreu!
– Vamos Alex? – Malfoy perguntou.
Olhei para ele com cara de desentendida.
– As provas vão começar, precisamos ir logo. – ele disse.
Eu assenti o segui até o Salão Principal, onde me sentei e fiquei encarando o nada enquanto esperava a sala encher para começar a prova.
Minerva entregou os testes logo depois de passar o aviso de que qualquer cola vai zerar sua nota e que as penas usadas serão as que a escola nos disponibilizou, penas pretas e velhas que foram colocadas uma em cada mesa.
Não conseguia me concentrar mesmo depois de passar dias na biblioteca estudando, mas tudo que vinha à minha cabeça era a carta Fred que Fred me mandou hoje de manhã. Suas palavras que carregavam um ar de tristeza misturada com sinceridade. Será que tinha algo de sincero naquela carta?
Questões mais simples eu conseguia fazer, já aquelas que exigiam mais esforço da minha cabeça e dos meus conhecimentos profundos nas matérias, simplesmente fugiam da minha mente. Eu comecei a me desesperar, precisava passar.
Fechei os olhos e relaxei meu corpo. Fui diminuindo o ritmo da minha respiração até meu coração fazer o mesmo. Quando meu corpo ficou em paz voltei a fazer a prova.
A parte escrita foi com complicada, minha sorte que a parte prática era meu ponto forte.
– Muito bem Srta. Chermont. – falou a mulher de cabelos grisalhos que me examinava. – Surpreendente como domina a magia, esta liberada. – disse dando um sorriso amarelo.
Assenti com a cabeça e devolvendo a taça o seu formato original, um rato branco de olhos vermelhos e o colocando na gaiola de onde a mulher tinha o tirado.
A semana se passava assim, cheio de exames práticos e teóricos. Não me preocupei com nenhuma a não ser Adivinhação. Aquela matéria nunca foi boa, isso é claro que ninguém normal era bom em Adivinhação.
As outras matérias eu tinha me saído muito bem, mas foi no exame prático de Astronomia que a coisa aconteceu. Todos os alunos se afastaram dos telescópios para espionarem os vultos escuros que locomoviam até a cabana do guarda caças. Eram cinco vultos, aquilo não era sinal de coisa boa. Eu sentia cheiro de Comensais no ar, esse pensamento me fez estremecer.
Latidos ecoaram pelas paredes do castelo e foi impossível me conter, cheguei ao lado de Potter e lancei um olhar desesperado na direção dos vultos.
– O que é aquilo? – sussurrei.
– Eu não sei, mas preciso descobrir. – sussurrou Harry.
– Tentem se concentrar, vamos, garotos. – disse Profª Marchbanks, mas eu não tinha mais cabeça para o exame. – Hã-hã... Faltam apenas vinte minutos.
Todos voltaram para seus telescópios. E eu comecei a desenhar qualquer coisa no meu mapa, precisava saber o que estava acontecendo. Comensais em Hogwarts?
Hermione se assustou e voltou imediatamente para sua carta estelar, Harry olhou para a dele e curvou-se para escrever algo.
Ouviu-se um estampido forte vindo dos jardins. Várias pessoas gritaram "Ai!", ao espetarem o rosto nas pontas dos telescópios, no afã de ver o que estava acontecendo lá embaixo.
A porta de Hagrid se escancarou com violência e, à luz que saía da cabana, eles o viram claramente, uma figura maciça urrando e brandindo os punhos, cercado por cinco pessoas, todas, a julgar pelos finos fios de luz vermelha lançados em sua direção, aparentemente tentando estuporá-lo.
— Não! — exclamou Hermione.
— Minha nossa! – disse o Prof. Tofty em tom escandalizado. – Estamos em um exame!
Ninguém parecia se importar, todos estavam concentrados no duelo que ocorria no jardim.
Entreguei meu mapa para Tofty e me retirei da sala dando um aceno de cabeça para os dois professores.
Corri até o Salão Comunal da Sonserina até que ouvi passos atrás de mim e o me fez parar. Olhei para trás e vi Malfoy correndo.
– Você esqueceu sua bolsa. – ele disse me entregando a bolsa. – Porque tanta pressa Chermont?
– Eu... Eu... Eu vou me deitar Malfoy, estou com enxaqueca depois de toda aquela barulheira que aquele urso imundo causou. – disse rispidamente.
– Que doideira é aquela? Tomara que ele ganhe o que merece, maldito guarda-caça imundo. – ele disse com um sorriso sinistro no rosto o que fez minha alma se revirar de medo.
Eu bocejei.
– Vamos. – Malfoy passou a minha bolsa pelo o ombro direito e com a mão esquerda segurou a minha. – Também estou cansado depois de tanta prova.
– Olhe o lado bom já esta acabando Malfoy.
Ele riu, mas do nada seu rosto ficou sério e com um ar sombrio.
– Eu vi a carta de Fred. – Malfoy disse me fazendo dar um pulo quando pronunciou o nome de Fred. – Você a respondeu?
Comecei a caminhar até o Salão Comunal ainda segurando a do Malfoy, baixei a cabeça com a pergunta.
– Alexia, você respondeu?
Neguei com a cabeça.
Paramos enfrente a entrada do Salão Comunal.
Malfoy pegou meu rosto e o levantou me fazendo encarar seus belhos olhos cinzentos.
– Melhor mesmo Alexia, você é superior, merece algo melhor. – disse. – Algo que não a abandone e que nunca a machuque.
– Obrigada fuinha. - disse forçando um sorriso.
Eu o abracei rapidamente e ele beijou minha bochecha.
Aquele beijo me fez corar, minha pele formigou com o toque dos lábios macios e frios e todos os pelos do meu corpo se arrepiaram. Como um beijo um simples beijo de Malfoy na minha bochecha conseguiu fazer meu coração ir de zero a cem em questão de segundos?
Ele abriu um sorriso malicioso e entrou no Salão Comunal, me deixando parada que nem uma estatua do lado de fora.
Quando meu corpo finalmente me obedeceu eu corri para dentro do Salão Comunal. Precisava de uma longa noite de sono, os acontecimentos dessa noite era sinal de que minha vida estava prestes a mudar.
 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Comensal" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.