A Comensal escrita por Cassie, Bugaboo
A luz do sol batia em minhas pálpebras, me fazendo acordar. Eu estava sozinha no sofá da Grifinória, olhei em volta e vi três primeiranistas me encarando.
– Oi. – falei e me levantei do sofá.
Eu fui ao banheiro tentar melhorar a minha aparência. Meus cabelos estavam desgrenhados, meus olhos tinham enormes olheiras e minha roupa estava amassada.
“Preciso das minhas coisas, Fred não pode me ver desse jeito.”
Sai do banheiro e seguia meu caminho para o dormitório da Sonserina até que ouvi a voz de Fred e Jorge.
– Achei bastante divertido – era a voz de Fred, tinha um tom de deboche.
Fui até onde eles estavam e me deparei com uma Dolores vermelha de raiva.
Filch me empurrou para abrir caminho para se aproximar de Umbridge, quase chorando de felicidade.
– Apanhei o documento, diretora — disse rouco, acenando um pergaminho velho. – Tenho o documento e tenho as chibatas prontas... Ah... Me deixe fazer isso agora...
– Muito bem, Argo. Vocês dois — continuou ela, olhando para Fred e Jorge —, vocês vão aprender o que acontece com malfeitores na minha escola.
– A senhora sabe de uma coisa? — disse Fred. — Acho que não vamos não.
Ele se virou para o irmão.
– Jorge, acho que já passamos da idade de receber educação em tempo integral.
– É, tenho sentido isso também – comentou Jorge alegremente.
– Está na hora de testarmos os nossos talentos no mundo real, você não acha?
– Decididamente.
E, antes que Umbridge dissesse uma palavra, eles ergueram as varinhas e falaram juntos:
– Accio vassouras!
As vassouras de Fred e Jorge voaram velozes ao encontro dos gêmeos, viraram à esquerda e pararam bruscamente diante dos gêmeos, a corrente batendo com estrépito no chão lajeado.
– Não a veremos mais — disse Fred à Profª Umbridge, passando a perna por cima da vassoura.
– É, e não precisa mandar notícias — disse Jorge, montando a própria vassoura.
Fred correu o olhar pelos estudantes reunidos, para a multidão que assistia silenciosa à cena e me viu, ele lançou um sorriso travesso, mas seus olhos estavam carregados de tristeza.
– Se alguém tiver vontade de comprar um Pântano Portátil, conforme demonstramos lá em cima, pode nos procurar no Beco Diagonal, número noventa e três: Gemialidades Weasley — Fred disse em voz alta ainda me encarando. — Nossas novas instalações.
– Descontos especiais para os alunos de Hogwarts que jurarem que vão usar os nossos produtos para se livrar dessa morcega velha — acrescentou Jorge, apontando para a Profª Umbridge.
– IMPEÇA-OS! — gritou Umbridge, mas tarde demais. Quando a Brigada Inquisitorial se aproximou, Fred e Jorge deram impulso no chão e se projetaram quase cinco metros no ar, o gancho de ferro balançando perigosamente embaixo.
Fred olhou para o poltergeist que flutuava do outro lado do saguão no mesmo nível que os gêmeos acima da multidão.
– A infernize por nós, Pirraça.
E Pirraça, que nunca obedeceu à ordem de nenhum estudante antes, tirou o chapéu em forma de sino que usava e saudou os garotos, ao mesmo tempo em que Fred e Jorge faziam a volta sob os aplausos dos estudantes e saíam em alta velocidade pelas portas de entrada abertas para um glorioso pôr-do-sol, enquanto eu fiquei em pé encarando incrédula o Fred que partiu sem nem dar um aviso prévio a minha pessoa.
Senti uma pontada no coração, então era isso? Ele vai embora e nem me avisa ou se despede? Por quê?
Corri até o Salão Comunal da Sonserina, tentava o máximo possível não chorar, mas cada vez as lágrimas pesavam mais.
Faltava pouco para eu chegar ao Salão Comunal, mas acabei esbarrando em algo e eu caí de bunda no chão o que causou risos para todos os lados e comentários desnecessários. As lágrimas rolaram e pude ouvir a voz de Malfoy.
– Olhe por onde anda sua traidorazinha. – sua voz estava carregada de sarcasmo. – Chorando? O que foi? O seu namoradinho foi embora e não te avisou, não é?
– Cala boca! – exclamei.
– Humilhante isso! – ele gritou e todos se calaram. – Uma sangue-puro chorando por um traidor de sangue que a abandonou! Isso é extremamente patético, se tivesse ficado do nosso lado ele é quem estaria chorando por você.
Engoli o choro e fitei seus olhos.
– Mas você preferiu a Grifinória a nós da sua própria casa. – todos ao nosso redor ouviam atentamente. – Você pertence a nós Alexia Chermont. - seus olhos cinzentos não paravam de me encarar- Daremos outra chance a Alexia? – ele gritou e pude ouvir vivas e gritos de reprovação. – Você quer outra chance?
Malfoy estendeu a mão e eu a peguei, ele me ajudou a levantar.
– Prometo não decepciona-los. – falei.
– Bem-vinda de volta Alexia. – ele sorriu malicioso.
Fred iria sofrer as consequências por me abandonar, a verdade é que fui enganada por todo esse tempo. Eles apenas me usaram para saber sobre os movimentos da Sonserina e saírem impune, Fred nunca gostou de mim apenas me usou e quando cansou me deixou sem nada. Os Weasley’s e o Potter iriam ver o que sou capaz.
– Eu quero vingança. - falei rispidamente.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!