A Comensal escrita por Cassie, Bugaboo


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Então a fic ta quase acabando, falta pouco.
O que acham de ter dias para postar capitulo, duas vezes na semana? Sugestão de dias bons para postar.



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Acordei com algo pontudo cutucando a minha mão. Abri os olhos e vi Dobby com uma faca na mão, dei um pulo.

– Ei ei ei... Quer me matar? – disse apontando para a faca.

– Não, Dobby queria apenas alerta a senhorita Chermont que esta na hora da aula. – ele disse timidamente.

Eu comecei a levantar até que algo prendeu entre os meus pés me fazendo tropeçar. Era um cobertor lilás, não me lembro de ter o usado.

– Que isso? – disse apontando para o cobertor enquanto me levantava.

– Isso é um cobertor senhorita Chermont, Dobby achou que a senhorita ficaria com frio. – ele disse baixando a cabeça. – Então Dobby resolveu cobri-la.

– Obrigada Dobby. – disse sorridente.

Sai da cozinha e fui em direção ao Salão Comunal da Sonserina que estava vazio, todos deviam estar tomando café da manhã pela hora. Entrei no dormitório e peguei uma muda de roupas para o banho. Sentir aquela água quente batendo no meu corpo fez meus músculos relaxarem e todo o peso que estava nas minhas costas diminuírem.

Assim que terminei de me arrumar fui direto para a aula de História da Magia que era com o a Grifinória. Meu estomago doía de fome, mas não tinha tempo para comer, teria que deixar para o almoço. No momento que entrei na sala todos me olharam e eu ignorei, me sentei ao lado de Lauren que me deu meio sorriso.

– Onde você passou a noite? – ela perguntou.

– Dormi na cozinha. – sussurrei e me estomago roncou alto o que me fez corar.

– Seu estomago parece não ter aproveitado a noite. – ela sussurrou rindo.

Soltei um sorriso torto e procurei por Potter, ele me lançou um olhar carregado de ódio. Abaixei a cabeça e apenas fui seguindo o rumo da aula, quando finalmente acabou todos seguiram para o Grande Salão, estava na hora do almoço e meu estomago não parava de roncar só que eu sempre fui lerda e ainda mais agora que deixava todos os alunos saírem na frente.

Só quando o ultimo aluno tinha sumido da minha vista que eu fui em direção ao almoço passei por um quadro de aviso e algo atraiu a minha atenção.

POR ORDEM DO MINISTÉRIO DA MAGIA

Dobres Joana Umbridge (Alta Inquisidora) substituiu

Alvo Dumbledore na diretoria da

Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

A ordem acima está de acordo com o Decreto Educacional Número Vinte e Oito Assinado:

Cornélio Oswaldo Fudge, Ministro da Magia.

– Ah, tenho certeza de que ela realmente se imaginou sentada lá em cima na sala do diretor — ouvi a voz de Hermione, estava carregada de raiva. – Reinando sobre todos os professores, aquela velha burra, presunçosa e ávida de poder que é...

Fui onde sua voz estava vindo, queria falar com ela e o Potter. Precisava pedir desculpas e explicar toda a situação, assim que cheguei encontrei a fuinha.

– Ora, você realmente quer terminar essa frase, Granger? - Draco Malfoy saíra de trás de uma porta, seguido por Crabbe e Goyle. Seu rosto pálido e fino iluminava-se de malícia.

Escondi-me atrás de uma armadura e fiquei ouvindo a discussão se desenrolar, não que queria encarar Malfoy novamente. Ao final da discussão Fred e Jorge apareceram e logo sumiram juntos com outros alunos que desciam a escadaria para almoçar. Eu sai do meu esconderijo e fui atrás dos gêmeos.

Quando finalmente os alcancei eles estavam parados num corredor vazio com uma enorme caixa de madeira na mão.

Jorge colocou a caixa no chão e Fred lançou um feitiço nela, eles estavam se afastando, porém eu agarrei o braço de Fred o que o fez parar de andar.

– Fred! – eu disse com os olhos lacrimejando e apertando mais o braço dele. – Me deixe explicar...

– Alex você esta louca? – ele me olhou assustado e depois lançou seu olhar para algo atrás de mim. – Sai daqui! Agora!

– Fred! Não vou a lugar algum! – disse sentindo as lágrimas rolarem. – Eu não dedurei vocês... Eu não sou da Brigada...

– Alexia some daqui, agora! – ele gritou e tirou a minha mão do seu braço.

Fiquei parada com os olhos escorrendo lágrimas enquanto Fred tinha seu olhar distante.

– Alexia qual seu problema? Porque você não some?

– Por que... Eu te amo Fred! – me assustei com as palavras que me escaparam e pelo jeito Fred também se assustou. – Desculpe se errei, mas eu não sou uma traidora.

Ele me puxou para perto e me abraçou de uma forma estranha, parecia que estava com medo de algo acontecer. Olhei para onde ele estava olhando e o vi chutar a caixa para longe.

BUUM!

A caixa explodiu causando um barulho ensurdecedor. Então era por isso que Fred estava me mandando sair dali, era para a minha proteção. Eu o abracei forte, mas ele me afastou com um olhar sério.

– Não Alex, você mentiu para mim! – ele disse se afastando de mim.

Dragões formados inteiramente por faíscas verdes e douradas voavam para cima e para baixo pelo corredor, produzindo explosões e labaredas por todos os cantos. Rodas rosa-choque de mais de um metro de diâmetro zumbiam letalmente pelo ar como discos voadores, foguetes com longas caudas de estrelas de prata cintilantes ricocheteavam pelas paredes. Centelhas escreviam palavrões no ar sem ninguém acioná-las, rojões explodiam como minas para todo lado que eu olhava e, em vez de se queimarem e desaparecerem de vista ou pararem crepitando, quanto mais eu olhava essas maravilhas pirotécnicas mais elas pareciam aumentar em energia e ímpeto.

Eu esta estonteada com tanta beleza que só sai do meu transe quando ouvi um rugido, era o enorme dragão. Ele vinha na minha direção a todo vapor, eu não sabia o que fazer. Fiquei encarando o dragão que a cada segundo se aproximava mais.

Algo me puxou para longe do dragão, bati em algo duro e cai. Era o Harry, eu tinha caído encima de Harry Potter.

– Levanta. – ele falou

Eu me levantei e estendi a mão para ajuda-lo, mas ele ignorou.

– Obrigada. – sussurrei enquanto ele ia embora.

Vi uma massa de alunos correndo aproveitei e me infiltrei no meio deles, para longe daqueles fogos.

Os fogos continuaram a queimar e a se espalhar pela escola toda durante a tarde. Embora causassem muitos estragos, particularmente os rojões, os outros professores não pareceram se importar muito com isso.

Fred e Jorge viraram lenda, o Salão Comunal da Grifinória estava entulhado de gente, o quadro não conseguia nem fechar de tantas pessoas que queriam parabenizar os gêmeos, mas mesmo assim eu fui com tudo e entrei no meio abrindo caminho até chegar ao meu alvo. Fred e Jorge estavam no meio de um circulo formado por alunos que lhes davam parabéns e tapas de leve nas costas como agradecimento. No momento que cheguei no campo de visão dos gêmeos a gritaria parou e um clima sério caiu entre todos.

– O que vocês estão olhando? – Jorge gritou. – Vão todos para seus dormitórios!

A aglomeração de alunos foi se desfazendo aos poucos até que sobrou eu e os gêmeos.

– Vou indo irmão. – disse Jorge dando um tapinha nas costas do irmão. – Boa sorte. – ele sussurrou para mim.

– Obrigada. – sussurrei de volta.

– O que você quer? – Fred perguntou ríspido.

– Vim explicar tudo. – disse com a voz falhando.

– Explique... Vai me explica porque nos dedurou e por faz parte dessa merda de Brigada Inquisitorial! – ele exclamou cheio de raiva.

– Bom... – tomei ar e soltei o tudo sem hesitar. – Fred eu não dedurei ninguém, apenas estava no lugar errado na hora errada...

– Então porque o distintivo? Harry contou.

– Eu fui chamada para a Brigada Inquisitorial e tive que aceitar para que ninguém desconfiasse... Mas eu ia aproveitar para despista-los de vocês, juro. – meus olhos estavam se enchendo de lágrimas novamente. – E eu só entrei porque o idiota do Malfoy me recomendou para Umbridge em momento nenhum menti ou fiz algo que pudesse quebrar a confiança de qualquer um de vocês, principalmente a sua.

Ele veio na minha direção e me abraçou forte.

– Me desculpa, fui um idiota. – ele sussurrou.

– Desculpo se você me desculpar. – sussurrei.

BANGUE!

Um estrondo fez os vidros das janelas chacoalharem. Jorge desceu correndo as escadarias gritando algo como:

– Acho que uma daquelas rodas bateu em um rojão, e os dois cruzaram, venha ver Fred! Tem fogo por todo lad.. – Jorge parou na escada nos encarando. – Não precisa vir não, é bem chato Fred, você não esta perdendo nada... Desculpe-me pombinhos. – Jorge voltou correndo para o dormitório, suas bochechas estavam coradas o que nos fez rir.

– Você pode ser expulso pelo o que fez. – disse afundando meu rosto em seu peito. – Se for expulso não te verei mais.

– Seja expulsa comigo, então. – ele disse sério beijando a minha testa.

Passamos o resto da noite sentados no sofá admirando o fogo da lareira, ele me contava sobre a destruição que seus fogos de artificio causaram pela escola. Fred ficou com raiva de Malfoy após eu contar que ele me expulsou do Salão Comunal da Sonserina e que eu tive que dormir na cozinha. Estava com tanto sono que dormi ali mesmo, no sofá da Grifinória usando o casaco de Fred como cobertor e sua perna como travesseiro.

Era impressionante que depois que conheci o Fred todos os meus valores, pensamentos e atitudes mudaram. Agora eu não era mais aquela menina metida presa no mundinho perfeito onde só entreva sangue-puro e com renome na sociedade bruxa. Não, agora eu sabia o que era se importar e ser leal, aprendi a fazer o que eu achava certo e não o que os outros queriam. Eu iria enfrentar meu pai, protegeria Fred e sua família e não ajudaria Voldemort em seu plano psicótico de matar o Potter, mas eu ajudaria o Harry a matar o Voldemort.

Finalmente eu tinha escolhido um lado, escolhi pelo o que eu quero e acho certo e não porque meu pai mandou. Eu lutaria com Harry e os outros contra o Voldemort, esse era o verdadeiro lado campeão.


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Notas finais do capítulo

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