A Comensal escrita por Cassie, Bugaboo
Notas iniciais do capítulo
Outro capitulo, obrigada pelos reviews. ♥
Ainda não tive tempo de responde-los.
Maluco, que raiva de TVD - se algumas de vocês tiverem assistido o episodio vão me enteder - eles estão avacalhando o Klaus o único que prestava! ç.ç
As aulas finalmente tinham acabado e assim que o jantar terminasse eu iria para a reunião da AD. O único lugar que me fazia sentir segura era a Armada, mesmo sendo clandestina e dentro de uma sala escura que quase ninguém podia entrar e pelo fato de que era contra as leis do colégio e quem fosse pego sofreria uma grave punição, ainda assim me fazia bem ficar lá.
– Não vai comer nada? – Lauren perguntou.
– Pois não? – perguntei sem entender o que ela quis dizer.
– Perguntei se não vai comer nada, você esta há uns quinze minutos brincando com a comida.
Olhei para meu prato e vi que a comida tinha virado uma pasta de um tom estranho de tanto que eu havia a misturado. Peguei uma garfada e experimentei, não estava tão ruim quanto parecia.
– Pronto comi. – respondi me retirando da mesa e indo em direção ao corredor.
– Espera Alex. – Lauren estava me seguindo.
– Que foi? - falei me virando de frente para ela. – Veio fazer piadinha ou algo do gênero?
Ela em vez de responder apenas me abraçou.
– Estou com saudades da minha irmãzinha.
Eu e Lauren nos conhecemos desde que vim para a Inglaterra com cinco anos, desde então viramos melhores amigas e prometemos nunca abandonar uma a outra só que com os acontecimentos recentes ficamos sem nos falar, ela não aguentava a ideia de interação com os sangues-ruins. Porém eu era à exceção da regra, então é verdade sobre amizade de infância nunca morre.
– Também estou com saudades Lau. – disse retribuindo o abraço.
– Se as meninas terminaram de se reconciliarem podemos começar a vasculhar? – Draco estava nos encarando.
– Brigada Inquisitorial? Já? – perguntei me afastando da Lauren.
– Sim, vamos. – ele disse indo em direção as escadas e eu e Lauren o seguimos.
Estávamos já em frente a parede da Sala Precisa e nada da porta surgir, isso foi um alivio para a minha pessoa.
– Se espalhem... Lauren você vem comigo. – ele disse sumindo no corredor com Lauren atrás dele.
Todos começaram a andar até que eu fiquei sozinha em frente à Sala Precisa. Ouvi passos vindos de um corredor mais distante, a AD já sabia que estavam sendo caçados.
Um vulto preto esbarrou em mim. Era o Potter.
– Alex o que esta fazendo aqui? Temos que fugir. – ele se levantou e me puxou com ele, começamos a correr até que percebi que esse era o corredor onde Malfoy tinha sumido.
– Harry, espera! – disse arrancando suas mãos do meu pulso.
Assim que ele me soltou algo o apanhou pelo o tornozelo e o fez escorregar dois metros até parar.
– Azaração do Tropeço, Potter! Eh, Professora... PROFESSORA! Peguei um! – Malfoy disse saindo de trás de um vaso feio de dragão. – Obrigada pela ajuda Chermont, eu falei que você era uma boa menina para Dolores e pelo jeito estava certo.
Umbridge surgiu depressa em uma extremidade, ofegante, mas sorrindo satisfeita.
– É ele! — exclamou sorridente ao ver Harry no chão. — Excelente, Draco, excelente, ah, muito bom, cinquenta pontos para Sonserina! – ela se virou para mim e disse. - Eu me encarrego dele a partir daqui... Levante-se, Potter!
– Mas o que? Você sabia disso o tempo todo, não era? – Harry disse se contorcendo no chão. – Você é uma... Traidora! Eu confiei em você Alex... – ele gritou.
Harry se pôs de pé, olhando para nós três. Nunca vi Umbridge tão feliz. Ela imobilizou seu braço e se virou toda sorridente, para Malfoy.
– Vá andando e veja se consegue apanhar mais algum, Draco. Diga aos outros para procurar na biblioteca alguém que esteja ofegando, verifiquem os banheiros. A Srta. Chermont pode examinar os banheiros das meninas, vamos, vá andando, e você — ela acrescentou com a voz mais suave e mais perigosa, enquanto Malfoy se afastava —, você vai comigo à sala do diretor, Potter!
Quando todos tinham sumido Lauren apareceu e veio me abraçar, eu me afastei e fiquei encarando o nada. Meu coração estava acelerado e o medo invadia o meu corpo. Será que tinha pegado o Fred?
– Desculpa Alex, eu não sabia que você fazia parte disso...
Comecei a andar até a sala do Dumbledore, chegando lá disse a senha entrei sem bater. Todos me olhavam incrédulos.
A sala estava entulhada de gente. Dolores, Dumbledore, McGonagall, Potter, Percy, Fudge, Quim e Marieta.
– Pois não minha jovem? – Fudge perguntou.
– A Armada é ideia minha. – disse ofegante. – Não culpem o Potter, eu quem o induzi a começar com isso.
– É verdade isso? – Dolores se virou para o Potter.
– É... Tudo ideia minha. – falei interrompendo qualquer resposta que Potter pudesse dar.
Tirei o distintivo da Brigada e taquei na lareira. Olhei em volta e vi Marieta, seu rosto estava terrivelmente desfigurado por uma quantidade de pústulas roxas muito juntas que cobriam seu nariz e suas faces formando a palavra "DEDO-DURO".
– É mentira dela! – Harry exclamou. – É apenas uma mentirosa, traidora que esta sentindo culpada!
– Cala boca Harry! – exclamei.
Senti algo me segurar pelo os ombros e me arrastar para fora da sala, era o Quim. Ele me empurrou para fora da sala e fechou a porta me deixando sozinha do lado de fora. Tentei abrir a porta, mas não adiantou ele trancou a porta para que eu não entrasse.
Botei o ouvido encostado na porta e ouvi uma séria discussão entre Fudge e Dumbledore, logo depois um estrondo encheu a sala.
– E melhor você levar esses dois para a cama – disse Fudge.
A professora McGonagall não respondeu.
Eu ouvi a voz de Fineus Nigellus:
– Sabe ministro, discordo de Dumbledore em muita coisa... Mas não se pode negar que ele tem classe...
Afastei-me da porta no momento que McGonagall passou arrastando Harry e Marieta. Todos me encararam com um olhar frio.
- Já esta na hora da senhorita ir para seu dormitório, não? – McGonagall falou.
Assenti com a cabeça e fui até o Salão Comunal da Sonserina. Chegando lá vi Malfoy e seus dois gorilas rindo a todo pulmão para um grupinho de alunos.
- Chermont! – Malfoy exclamou assim que me viu.
– Vá se danar fuinha. – respondi.
Ele se levantou e me puxou até o grupinho onde ele estava.
– Eu estava contando a todos, como nós pegamos o Potter e como isso não seria possível sem você. – ele disse em meio a gargalhadas. – Quem diria que seria fiel a casa... Até que você não é tão decepcionante assim, trai o namorado por causa da casa...
Aquelas palavras me fizeram perder a cabeça, não sabia o que tinha acontecido só sei que Malfoy estava no chão urrando de dor e com um olho roxo e minha mão estava levantada em forma de punho.
– Como ousa? – Pansy se levantou e apontou a varinha para mim.
– Abaixe a varinha Pansy. – eu disse serenamente. – Eu não vou dizer que não quero te machucar porque isso seria mentira, a verdade eu quero só que não agora.
Ela apontou a varinha para o meu rosto, estava com um sorriso malicioso estampado naquele rosto de buldogue. Eu soquei sua barriga e ela se agachou de dor, todos começaram a se levantar e vir na minha direção. Eu corri porta fora do Salão Comunal, assim que saí ouvi berros de vivas.
– Nunca mais volte aqui! – era a voz do Draco berrando da entrada do Salão Comunal.
Subi as escadas e fui até ao retrato da Mulher Gorda. Ela estava dormindo, por isso peguei a varinha e cutuquei a sua mão. Ela acordou e me encarou, pelo jeito se assustou.
– O que você quer? – disse olhando o brasão na minha camisa.
– Quero falar com o Harry Potter! – exclamei.
– Quem é você?
– Alexia... – disse baixo.
– Chermont?
Assenti com a cabeça.
– Espero um minuto. – ela falou e sumiu.
Dez minutos se passaram até que ela voltou.
– Ele não quer falar com a senhorita. – ela disse rispidamente.
Virei-me e fui em direção à masmorra, eu estava morrendo de sono e não tinha onde ficar. Parei em frente a um quadro e fiz cócegas na pêra, que virou uma maçaneta. Virei à maçaneta e entrei na cozinha a essa hora da noite estava vazia então aproveitei e me deitei no enorme banco de madeira de uma das mesas, não era nenhuma cama, porém era o único lugar me sobrou.
Todos da minha casa querem me matar, meus amigos me acham uma traidora, meu pai não liga como estou só para se eu conseguirei completar a missão e meu namorado deve estar me odiando agora... É... Esse ano esta sendo sem duvida nenhuma o pior.
No que eu fui me meter?
Essa pergunta martelou a minha cabeça até eu pegar no sono ali mesmo no meio da cozinha fria e vazia de Hogwarts.
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