A Comensal escrita por Cassie, Bugaboo


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Outro capitulo, obrigada pelos reviews. ♥
Ainda não tive tempo de responde-los.
Maluco, que raiva de TVD - se algumas de vocês tiverem assistido o episodio vão me enteder - eles estão avacalhando o Klaus o único que prestava! ç.ç



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As aulas finalmente tinham acabado e assim que o jantar terminasse eu iria para a reunião da AD. O único lugar que me fazia sentir segura era a Armada, mesmo sendo clandestina e dentro de uma sala escura que quase ninguém podia entrar e pelo fato de que era contra as leis do colégio e quem fosse pego sofreria uma grave punição, ainda assim me fazia bem ficar lá.

– Não vai comer nada? – Lauren perguntou.

– Pois não? – perguntei sem entender o que ela quis dizer.

– Perguntei se não vai comer nada, você esta há uns quinze minutos brincando com a comida.

Olhei para meu prato e vi que a comida tinha virado uma pasta de um tom estranho de tanto que eu havia a misturado. Peguei uma garfada e experimentei, não estava tão ruim quanto parecia.

– Pronto comi. – respondi me retirando da mesa e indo em direção ao corredor.

– Espera Alex. – Lauren estava me seguindo.

– Que foi? - falei me virando de frente para ela. – Veio fazer piadinha ou algo do gênero?

Ela em vez de responder apenas me abraçou.

– Estou com saudades da minha irmãzinha.

Eu e Lauren nos conhecemos desde que vim para a Inglaterra com cinco anos, desde então viramos melhores amigas e prometemos nunca abandonar uma a outra só que com os acontecimentos recentes ficamos sem nos falar, ela não aguentava a ideia de interação com os sangues-ruins. Porém eu era à exceção da regra, então é verdade sobre amizade de infância nunca morre.

– Também estou com saudades Lau. – disse retribuindo o abraço.

– Se as meninas terminaram de se reconciliarem podemos começar a vasculhar? – Draco estava nos encarando.

– Brigada Inquisitorial? Já? – perguntei me afastando da Lauren.

– Sim, vamos. – ele disse indo em direção as escadas e eu e Lauren o seguimos.

Estávamos já em frente a parede da Sala Precisa e nada da porta surgir, isso foi um alivio para a minha pessoa.

– Se espalhem... Lauren você vem comigo. – ele disse sumindo no corredor com Lauren atrás dele.

Todos começaram a andar até que eu fiquei sozinha em frente à Sala Precisa. Ouvi passos vindos de um corredor mais distante, a AD já sabia que estavam sendo caçados.

Um vulto preto esbarrou em mim. Era o Potter.

– Alex o que esta fazendo aqui? Temos que fugir. – ele se levantou e me puxou com ele, começamos a correr até que percebi que esse era o corredor onde Malfoy tinha sumido.

– Harry, espera! – disse arrancando suas mãos do meu pulso.

Assim que ele me soltou algo o apanhou pelo o tornozelo e o fez escorregar dois metros até parar.

– Azaração do Tropeço, Potter! Eh, Professora... PROFESSORA! Peguei um! – Malfoy disse saindo de trás de um vaso feio de dragão. – Obrigada pela ajuda Chermont, eu falei que você era uma boa menina para Dolores e pelo jeito estava certo.

Umbridge surgiu depressa em uma extremidade, ofegante, mas sorrindo satisfeita.

– É ele! — exclamou sorridente ao ver Harry no chão. — Excelente, Draco, excelente, ah, muito bom, cinquenta pontos para Sonserina! – ela se virou para mim e disse. - Eu me encarrego dele a partir daqui... Levante-se, Potter!

– Mas o que? Você sabia disso o tempo todo, não era? – Harry disse se contorcendo no chão. – Você é uma... Traidora! Eu confiei em você Alex... – ele gritou.

Harry se pôs de pé, olhando para nós três. Nunca vi Umbridge tão feliz. Ela imobilizou seu braço e se virou toda sorridente, para Malfoy.

– Vá andando e veja se consegue apanhar mais algum, Draco. Diga aos outros para procurar na biblioteca alguém que esteja ofegando, verifiquem os banheiros. A Srta. Chermont pode examinar os banheiros das meninas, vamos, vá andando, e você — ela acrescentou com a voz mais suave e mais perigosa, enquanto Malfoy se afastava —, você vai comigo à sala do diretor, Potter!

Quando todos tinham sumido Lauren apareceu e veio me abraçar, eu me afastei e fiquei encarando o nada. Meu coração estava acelerado e o medo invadia o meu corpo. Será que tinha pegado o Fred?

– Desculpa Alex, eu não sabia que você fazia parte disso...

Comecei a andar até a sala do Dumbledore, chegando lá disse a senha entrei sem bater. Todos me olhavam incrédulos.

A sala estava entulhada de gente. Dolores, Dumbledore, McGonagall, Potter, Percy, Fudge, Quim e Marieta.

– Pois não minha jovem? – Fudge perguntou.

– A Armada é ideia minha. – disse ofegante. – Não culpem o Potter, eu quem o induzi a começar com isso.

– É verdade isso? – Dolores se virou para o Potter.

– É... Tudo ideia minha. – falei interrompendo qualquer resposta que Potter pudesse dar.

Tirei o distintivo da Brigada e taquei na lareira. Olhei em volta e vi Marieta, seu rosto estava terrivelmente desfigurado por uma quantidade de pústulas roxas muito juntas que cobriam seu nariz e suas faces formando a palavra "DEDO-DURO".

– É mentira dela! – Harry exclamou. – É apenas uma mentirosa, traidora que esta sentindo culpada!

– Cala boca Harry! – exclamei.

Senti algo me segurar pelo os ombros e me arrastar para fora da sala, era o Quim. Ele me empurrou para fora da sala e fechou a porta me deixando sozinha do lado de fora. Tentei abrir a porta, mas não adiantou ele trancou a porta para que eu não entrasse.

Botei o ouvido encostado na porta e ouvi uma séria discussão entre Fudge e Dumbledore, logo depois um estrondo encheu a sala.

– E melhor você levar esses dois para a cama – disse Fudge.

A professora McGonagall não respondeu.

Eu ouvi a voz de Fineus Nigellus:

– Sabe ministro, discordo de Dumbledore em muita coisa... Mas não se pode negar que ele tem classe...

Afastei-me da porta no momento que McGonagall passou arrastando Harry e Marieta. Todos me encararam com um olhar frio.

- Já esta na hora da senhorita ir para seu dormitório, não? – McGonagall falou.

Assenti com a cabeça e fui até o Salão Comunal da Sonserina. Chegando lá vi Malfoy e seus dois gorilas rindo a todo pulmão para um grupinho de alunos.

- Chermont! – Malfoy exclamou assim que me viu.

– Vá se danar fuinha. – respondi.

Ele se levantou e me puxou até o grupinho onde ele estava.

– Eu estava contando a todos, como nós pegamos o Potter e como isso não seria possível sem você. – ele disse em meio a gargalhadas. – Quem diria que seria fiel a casa... Até que você não é tão decepcionante assim, trai o namorado por causa da casa...

Aquelas palavras me fizeram perder a cabeça, não sabia o que tinha acontecido só sei que Malfoy estava no chão urrando de dor e com um olho roxo e minha mão estava levantada em forma de punho.

– Como ousa? – Pansy se levantou e apontou a varinha para mim.

– Abaixe a varinha Pansy. – eu disse serenamente. – Eu não vou dizer que não quero te machucar porque isso seria mentira, a verdade eu quero só que não agora.

Ela apontou a varinha para o meu rosto, estava com um sorriso malicioso estampado naquele rosto de buldogue. Eu soquei sua barriga e ela se agachou de dor, todos começaram a se levantar e vir na minha direção. Eu corri porta fora do Salão Comunal, assim que saí ouvi berros de vivas.

– Nunca mais volte aqui! – era a voz do Draco berrando da entrada do Salão Comunal.

Subi as escadas e fui até ao retrato da Mulher Gorda. Ela estava dormindo, por isso peguei a varinha e cutuquei a sua mão. Ela acordou e me encarou, pelo jeito se assustou.

– O que você quer? – disse olhando o brasão na minha camisa.

– Quero falar com o Harry Potter! – exclamei.

– Quem é você?

– Alexia... – disse baixo.

– Chermont?

Assenti com a cabeça.

– Espero um minuto. – ela falou e sumiu.

Dez minutos se passaram até que ela voltou.

– Ele não quer falar com a senhorita. – ela disse rispidamente.

Virei-me e fui em direção à masmorra, eu estava morrendo de sono e não tinha onde ficar. Parei em frente a um quadro e fiz cócegas na pêra, que virou uma maçaneta. Virei à maçaneta e entrei na cozinha a essa hora da noite estava vazia então aproveitei e me deitei no enorme banco de madeira de uma das mesas, não era nenhuma cama, porém era o único lugar me sobrou.

Todos da minha casa querem me matar, meus amigos me acham uma traidora, meu pai não liga como estou só para se eu conseguirei completar a missão e meu namorado deve estar me odiando agora... É... Esse ano esta sendo sem duvida nenhuma o pior.

No que eu fui me meter?

Essa pergunta martelou a minha cabeça até eu pegar no sono ali mesmo no meio da cozinha fria e vazia de Hogwarts.


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