O Retorno de Érebo escrita por Kureiji


Capítulo 4
Anatole e Annelise


Notas iniciais do capítulo

Bem...Eu fiz logo, estava querendo lançar, como não lançar com tantos comentários bons desse jeito? Agradeço a todos desde já, espero que gostem



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Anatole

O acampamento era lindo, pulamos o riacho e todos ficaram nos olhando, eu disse:

-Bem...É melhor irmos falar com comandante do acampamento.

Ficamos vagando até finalmente alguém ir falar conosco, uma garota de magra de corpo escultural, tinha pele alva e olhos azuis elétricos, seus cabelos ruivos levemente ondulados estavam balançado ao vendo.

-Vocês devem ser os irmãos Montini não é? Meu nome é Skyller Meester, mas pode me chamar de Sky. Vou leva-los a principia, onde Reyna ira falar tudo a vocês.

-Tudo bem. – Estou querendo logo saber o que vamos fazer aqui, e porque Artémis nos acordou agora.

Estávamos escondidos em pleno sono, mas se ela nos acordou não só quer dizer que esta mais seguro, como vão precisar de nós e se vão precisar de nós, quer dizer que é perigoso, então não é seguro. Mas o mundo nunca foi seguro e acho que nunca vai, mas pelo menos agora posso ser tratado como uma pessoa normal.

O meu irmão pensa que fomos acordados porque é “ Hora da festa”. Sky nos direcionou a diretoria e Alfio estava olhando para ela com cortejo, quando chegamos estava Reyna, com dois cães ,um de prata e o outro de ouro.

-Muito bem, vocês com toda certeza são Alfio e Montini, afinal não se vê gêmeos de cabelos brancos todo dia. Apesar de sempre serem chamados juntos vocês podem acabar indo em missões diferentes, seus relatórios serão separados – Graças aos deuses! – e castigos também. Nós temos um regulamento rígido no acampamento e castigos severos.

- Morte por decapitação? – Perguntei

-O que? Não! – A antiga Roma era assim, acho que as coisas mudaram muito – Continuando, vocês serão direcionados a terceira coorte, mas antes daqui uma hora vamos ver quem vai querer ser seus padrinhos!

Saímos da sala e fomos para o Spa,  ficamos descansando da longa viagem por uma hora.

Quando finalmente chegou a hora, do apadrinhamento todos nos olhavam, não sabiam se sentia medo ou orgulho, dava para ver em seus olhos que tinham dúvidas, principalmente de Alfio que estava tentando pegar uma Mariposa.

Finalmente alguém disse:

-Eu apadrinho Alfio Montini.

Disse uma garota de cabelos rosas? Que genética é essa? Sei que estou  no futuro, mas isso é meio que impossível. Tinha uma pele bem pálida e curvas delicadas sendo até bonita, um rosto angelical e lábios rosados, seus olhos eram azuis claro. 

-Certo, disse Reyna, Annelise McMiller da terceira coorte, filha de Baco foi agora é madrinha de Alfio Montini e será responsável por seus atos.

Uma estranha apadrinhou outro estranho, normal.

-Você tem cabelos rosas? – Ele perguntou

-E você tem cabelos brancos? –Ela respondeu com outra pergunta

-Sim, longa história, envolve seu pai, Artémis e lobos.

-Depois pergunto o que ele aprontou. Meus cabelos? Filho do deus da festa e vinho, posso ficar com essa coloração festiva.

Ela criou vinho e taças, e os dois ficaram bebendo. Finalmente alguém falou.

-Eu apadrinho Anatole Montini. – Disse um rapaz alto de corpo definido, cabelos castanhos claros e olhos verdes.

-Pronto- Reyna disse- Júlio Hawkes César, da terceira coorte e filho de Vênus ficará responsável por Anatole Montini.

Andei até seu lado e ele apontou sua espada romana para Lacedêmon.

-Não se preocupe, ele não morde, quando eu quero.

-É melhor não querer.

Andamos calados até a terceira coorte e ele disse:

-Se vamos ser da mesma coorte e vou ser responsável pelo seus atos, fale-me sobre você.

-Não gosto muito de falar sobre mim.

-Tudo bem , temos algo em comum.

Ficamos um tempo calado e finalmente eu disse.

-As vezes eu fazia algo quando queria saber mais sobre a pessoa, conversamos com as espadas, então depois conhecendo a pessoa melhor ,conversamos normal. 

-O que esta esperando? Vamos lutar no pátio mesmo.

Ele vestiu uma armadura completa e eu uma armadura de porte leve.

-Tem certeza? Que vai assim?

-Sim, permite mais expressão de meus movimentos.

Ele apertou um Dracma que se transformou em um escudo com um desenho de um touro na frente. Começamos a lutar por um bom tempo, seus ataques eram de velocidade normal mas fatal, enquanto me esquivava e pulava dando contra-ataques rápidos.

Lutando por uma hora estávamos exaustos e suados.

-Bem.- ele disse pausadamente para respirar- Acho que. Você. É bom. Mas é melhor. Nós. Descansarmos, sou filho de Vênus sabe? Não costumo lutar muito. 

Parei de lutar, fui  respirar e ele bateu com o escudo em meu rosto fazendo eu cair no chão.

-Duas coisas, primeiro: Nunca confie em um inimigo sem fazê-lo jurar pelo rio Estige, segundo: O que tem a ver eu ser filho de Vênus? 

Assoviei e Lacedêmon veio correndo e tirou ele de perto de mim, ficando em cima dele.

-Você não disse que não valia chamar aliados.- Eu disse

Levantei ele, e nos sentamos.

-As pessoas sempre pensam que todos os filhos de Vênus são frágeis e mimados. Talvez os gregos, mas não os romanos.

-Sim, você me enganou. Uma pergunta Julio, seu escudo é de bronze gaélico, como conseguiu?

Ele falou que é muito bom em convencer pessoas e percebi isso pela luta, as pessoas que são filhos de semideuses que nasceram aqui tem esse material, ele era filho de um semideus e de Vênus, portanto não nasceu aqui e seu pai era um grego, mas mesmo assim era um semideus. Conseguiu convencer o vendedor a vender o metal para ele e junto de alguns filhos de Vulcano, ele conseguiu construir o escudo.  

-Não costumo falar muito ,mas poderei falar um pouco da minha vida.

Não falei de meu nascimento, que acho que só Reyna sabe e talvez Sky. Mas falei de onde nasci, sobre meu pai, meu “emprego” e de como fui parar aqui. Ficamos conversando até uma trombeta soar, conversamos tanto que esquecemos de tomar banho ou dormir um pouco.

-Em homenagem ao esforço de vocês nos últimos dias, por causa de uma certa filha de Baco e o cansaço de algumas pessoas. A festa vai ser lá em frente ao Fórum, do lado do lago.

Fomos todos para lá, fiquei sentado em um canto comendo, Julio evaporou, acho que vou procurar Alfio, fiquei andando e vi ele dançando e bebendo com a garota dos cabelos rosas, ele fica bêbado fácil, o que ninguém nota já que ele é sempre assim.

Os dois estavam gritando e dançando até ele der um beijo nela, pegar ela no colo e se jogar com ela no lago. Alguns cochicharam se eles estavam namorando, não estavam, ele é doido mesmo, amanhã vai estar normal de novo.  

Fiquei andando me sentindo deslocado na festa, me sentei e fiquei parado, não sei nem o caminho de voltar a terceira coorte, achei uma menina ruiva e acho que é Sky, estava meio deslocada também.

-Olá – eu disse

-Oi

-O que esta fazendo?

-Bem- ela começou a falar- Eu estava com meus amigos conversando com eles, até eles ficarem mais bêbados, eu não sou muito de ficar bebendo e muito menos de festeja com bêbados.

Ela pegou m pedaço de batata e colocou na boca.  

- Na verdade nunca fui em muitas festas, antigamente nós éramos lendas, mas também éramos aberrações por isso nunca fomos convidados para uma festa, Alfio foi em algumas com perucas ou coisas do tipo. – Por algum motivo senti que poderia falar mais com ela.

- Certo. Isso é meio triste, mas por que você fala no plural, você não nasceu grudado no seu irmão?

Fiquei corado, o que nunca acontecera antes comigo.                                                   

-É que sempre fomos, quer dizer, sempre fui tratado como se fossemos um só, acabei me acostumando e deixando de lado.

-Entendi.- A música ficou mais lenta 

-Quer dançar comigo? – Bem, porque eu disse isso? Nunca dancei antes na vida. Ela ficou um pouco envergonhada mas aceitou.

Ficamos dançando, meio que um ensinando o outro.

Annelise

Encharcada do lado de garoto de cabelos brancos que mais parece um lobo que um garoto, no sentindo de festejar, de aparência e de beijar é claro.

Ficamos na água por algum tempo até eu falar:

-É melhor sairmos ou iremos ficar resfriados.

Quando saímos a primeira coisa que ele fez foi correr encharcado até seu irmão que estava lindo com a Sky e gritar:

-Olha meu irmão namorando! 

Falou abraçando os dois, eles ficaram envergonhados e Sky disse:

-Acho que estou indo, to com sono e acho que amanhã terá treinamento.

-Viu, nos vemos por ai.- Anatole respondeu.

Ele se virou para o irmão e pulou nele, ficou dando um mata leão nele, que nesse caso mataria até um búfalo. O irmão ficou mandando ele parar enquanto ria. 

Fiquei na festa até o final e ela acabar.

Acordei com os sons de trombeta, olhei para o sol e ainda são umas oito horas! Um gato pousou na minha janela miando e entendi (sim, eu entendo o que os gatos dizem, não sei de onde tenho isso, mas tem humanos que entendem esquilos não é?) Estava dizendo “Caça aos monstros, caça aos monstros”. Todos fomos para o campo de marte com uma armadura leve, Reyna deu as ordens e disse que quem conseguisse pegar o monstro ganharia um prêmio.

Lá ficamos esperando e começou, tinha algumas casas abandonadas ou labirintos, como por instinto entrei no labirinto, fiquei andando e o lugar dava arrepios, era um tanto deprimente e assombroso.  Tirei o arco de ouro celestial e o aljava produzia flechas infinitas, fiquei andando aos poucos até me deparar com algo e disparei a flecha acertando no braço da criatura.

-Ai!- Ouvi um grito feminino.

Corri e era Sky.

-Desculpe!  Fiquei com medo e pensei que fosse o monstro.

-Tudo bem! Mas agora trabalharemos em grupo já que estou ferida.

-Certo comandante.- Ela era do tipo “Líder não quer ser questionada”, era legal mas isso era um incomodo, mas na maioria das vezes seus planos eram bons.

Ficamos de guarda, ela usava uma combinação estranha de um machado em uma mão e uma faca na outra, o que não é anormal para ela, já que se lida com muitas armas. Ficamos andando pela escuridão até acharmos uma saída.

-Perdemos tempo nesse labirinto não tinha na...

-Silêncio! Tem alguma coisa aqui.

Nós viramos e várias flechas vinha em nossa direção, me esquivei de algumas mas eram muitas, mesmo agora usando minha adaga de ouro eu não conseguia (Não é uma boa arma de se defender de flechas né). Várias me acertaram me ferindo muito e uma águia passou nos levando em bora, olhei pelo canto do olho com esforço por causa da dor, eram só maquinas atirando, tínhamos que vencer máquinas.

Quando voltamos vimos que os que sobreviveram mais foi Anatole e Júlio, fácil para eles, um tem uma longa espada e desvia até de um alfinete em sua direção, o outro tem um escudo enorme, mesmo assim mereciam os parabéns, mas por que diabos lutamos contra máquinas?


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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem e por comentar!