Hail The Rebels escrita por dothewindything


Capítulo 8
Capítulo 7 - Preparações




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Hail The Rebels

Capítulo 7 - Preparações

[INÍCIO DO ACT 2]

Meses no passado, mas nem tantos...

“Não a deixem escapar!”. “Andem, andem seus molengas! Ela está fugindo!”. Com passos lentos e ofegantes, ela finalmente se recostou em uma árvore. Já estava correndo por algum tempo e droga, aquela maldita “prisão” não podia ser mais próxima da floresta? Já era a segunda vez que fugia daquelas muralhas mal protegidas do que chamavam ironicamente de “Prisão de Segurança Máxima de Alternia”. Damara sempre achou aquilo uma palhaçada, aquele lugar era tão fácil de fugir e ainda assim, até os assassinos mais perigosos temiam deixar as muralhas uma vez que eram capturados e esperavam silenciosamente seu julgamento. Mas ela não era como os outros. Ela era diferente, ela tinha coragem e acima de tudo – um objetivo a alcançar. Uma vez que o mundo desaba sobre as costas de alguém, é difícil ver o mundo com olhos inocentes e brilhantes. E Damara Megido era exatamente assim. Alguém que tinha perdido fé e esperança no mundo que enxergava com opacos olhos castanhos. Alguém que era incapaz de controlar o balanço entre a esperança e o desespero e havia mergulhado em um oceano profundo de desespero. E sobretudo, afogada em um desejo absoluto de vingança, do qual não iria desistir enquanto houvesse inimigos a se eliminar. E ela sabia exatamente a quem iria atacar dessa vez.

Sua vingança, embora fervorosa, era simples e pequena. Em um mundo composto por um número razoável de inimigos, dos quais alguns já havia eliminado permanentemente ou causado no mínimo um mal grande, a vasta maioria já estava fora de seu caminho. Agora só iria dedicar seu precioso tempo com os dois mais importantes. Desses dois, no momento um estava inalcançável, mas essa era o tipo de situação que poderia se reverter com facilidade, porém não agora. Agora ela tinha um novo foco em mente, um foco com nome e sobrenome: Rufioh Nitram. Droga, só de pensar no nome, ela sentia um ligeiro calafrio e seu sangue borbulhando. O ódio que sentia do indivíduo em questão era sobrenatural. Em seu coração manchado de ódio, esse indivíduo tinha um espaço especial para mais ódio borbulhante. Mas ela não iria se livrar dele assim tão rapidamente. Como dizem as más línguas, a vingança é um prato que se come frio. E enquanto ela esperava esse tal prato esfriar, ela havia planejado uma vingança lenta e dolorosa. “私は待つ... (me aguarde...)”

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Alguns meses no futuro...

“Senhor, senhor! Tenho péssimas notícias a lhe dar!” um soldado entrou furiosamente no quarto, para o desprezo de Eridan. “Diga logo, não vê que estou ocupado?” Eridan disse, sem ao menos dirigir seu olhar para o tal soldado. “É u-urgente! Os rebeldes invadiram nosso estoque militar de alimentos! Eles roubaram tudo!” o soldado quase desmanchou em lágrimas. “Controle-se!” Eridan bradou e ficou de pé. Mas será possível? Alguns meses com a tal revolução e eles já haviam se fortalecido ao ponto de que eram capazes de roubar o estoque alimentício? Aquilo era algo que Eridan não era capaz de tolerar. Como ele odiava esses rebeldes. Incrível, eram como ratos, ratos que ele adoraria pisar até perderem o fôlego. Ele pegou sua capa branca e ajeitou-a em suas roupas de militar. Mas agora ele tomaria providências sérias em relação a esses rebeldes. Ah, com certeza ele não deixaria barato para esses “ratinhos”.

Junto com outros soldados, ele subiu até a Torre do Observatório do Palácio. E ali estavam os ratinhos. Utilizando um telescópio, ele conseguiu aprimorar sua visão do movimento. Ali estavam os rebeldes. Entre eles, logo reconheceu quatro: Sollux Captor, Tavros Nitram, Aradia Megido e mais um garoto cujo nome ele desconhecia. E era justamente aquele rapaz que parecia estar liderando o movimento. “Galear. Venha até aqui.” Eridan ordenou e logo um rapaz alto com cabelos compridos se aproximou do comandante. “Traga-me informações a respeito do líder dos rebeldes. O mais rápido possível. Ou você sabe”. “Sim senhor” foi tudo que o soldado disse antes de partir. Certamente, aquele rapaz chamava muita atenção. Aquele rapaz seria um elemento fundamental para seu plano concluir com sucesso. E ele estava determinado a cumprir com seu plano.

-

“Nepeta... Eu reconheço que você talvez não deseje falar comigo no momento, mas será que você pode abrir a porta por alguns momentos?” Kanaya baixou a voz enquanto esperava uma resposta. Poucos segundos depois a garota menor apareceu. Kanaya lutou para não demonstrar seu sobressalto: ela estava horrível. Não apenas fisicamente, mas ela podia claramente sentir que emocionalmente. Kanaya não era tão íntima da garota em questão o quanto desejava – assim como Karkat, ela era uma garota sozinha embora que, ao contrário do rapaz, ela tinha uma esperança de um futuro, e mesmo assim recusava o mundo exterior de uma maneira tenebrosa. Kanaya genuinamente se preocupava com a garota e muitas vezes tentava tratá-la como uma irmã, porém ela educadamente recusava qualquer tentativa de aproximação. Por um longo tempo Kanaya suspeitava que fosse por conta dos sentimentos mal correspondidos que a Leijon possuía em relação a seu “irmão”, entretanto com o passar do tempo, ela descartou tal possibilidade, mesmo que fosse plausível. Havia alguma coisa no passado dessa menina que ela escondia e Kanaya não sabia dizer o que era. A menina vivia literalmente o presente, não esboçando nenhuma relação quanto a seu passado ou seu possível futuro. Por muitas vezes dizia que enquanto estivesse com seus amigos, tudo estava perfeitamente bem. Mas essa não era a verdade.

“Bem, você precisa de alguma coisa?” ela sorriu. “Na verdade não, só vim checar como seu pulso está” Kanaya declarou e com um sinal de Nepeta entrou no quarto. Ambas sentaram-se na simples cama coberta com um lençol verde-claro. “Acho que já melhorou! Quero dizer, pelo menos já consigo movimentá-lo melhor!” Nepeta demonstrou. “Vejo que sim. Pelo menos já que estou aqui irei aplicar esta mistura de ervas que Porrim me mandou e trocarei seus curativos” Kanaya sorriu. “N-não precisa! Não é como se a valente e independente Nepeta Leijon precisasse de alguém para cuidar de seus ferimentos!” ela esboçou um sorriso desajeitado, porém o olhar da outra garota determinou que ela devesse ficar quieta e receber o tratamento.

Kanaya fixou seu olhar no grande hematoma que havia formado no pulso da garota menor. Embora ela tivesse dito que havia se envolvido em uma briga qualquer, ela estava certa de que aquela não tinha sido uma “briga qualquer”. Geralmente Nepeta apresentava pequenos arranhões e por vezes um joelho ralado, nada mais. Porém dessa vez havia sido algo sério, mais sério que ela imaginava. “...Como assim?” Nepeta balbuciou e só então que a Maryam se deu conta de que deixou seus pensamentos escaparem “E-eu lhe disse que foi só uma briga! Nada mais!” ela riu fracamente. “Eu sei que é mais do que isso. Por favor, confie em mim. Eu lhe dou minha palavra de que não direi a ninguém a respeito”. “O que quer saber então Kanaya?” Nepeta a encarou seriamente “Não sou tão idiota assim. Você não se preocupa tanto com o machucado, não é mesmo? Você quer saber o ‘porque’? Quer saber sobre mim?”. “Honestamente, sim, quero saber” Kanaya bradou, não deixando conter sua curiosidade. “Então eu vou lhe contar uma história, certo? Espero que cumpra com sua palavra”.

“Era uma vez, em um reino muito, muito distante, um casal de um príncipe e uma plebeia. Ele, mesmo que fosse infinitamente superior aquela plebeia qualquer, não conseguiu deixar de se apaixonar por ela. Ela realmente era bonita, mesmo que pobre. Quando o rei daquele reino morreu, qualquer um com um mínimo de inteligência seria capaz de deduzir que ele seria o sucessor. E assim aconteceu. Só que para subir ao trono, ele precisava se casar. E ele disse que não casaria com ninguém senão a plebeia. Houve uma grande discussão, mas no final eles se casaram. Disseram que foi o casamento mais bonito de todo o Universo. De qualquer forma, não demorou muito até que descobrissem que ela estava grávida. E assim o tempo passou, até que ela deu a luz duas lindas crianças: um principezinho e uma princesinha. Mas o que chocou a todos era como as crianças eram diferentes. O garoto era obviamente como o pai, assim como a garota era obviamente como a mãe. Os grandes nomes da realeza não gostavam dessa menina. No entanto, a mãe disse que não iria se livrar da criança. Era uma mãe muito boa, sem dúvidas. E então, aconteceu”. “Aconteceu... Aconteceu o que?” Kanaya indagou, confusa com a situação. “Se você está tão interessada, descubra o resto sozinha” Nepeta olhou friamente “Agora se você me dá licença, eu tenho animais a caçar e preciso preparar minhas armas. Muito obrigada por tudo, Kanaya!” ela sorriu e literalmente expulsou a garota mais alta para fora de sua casa. Nepeta suspirou fundo. Bem, aquela não era a hora de ficar emotiva. Animais a esperavam ansiosamente.

-

O som de batidas na porta alertou os sentidos de Terezi. Fazia alguns meses que essa “revolução” havia começado e ela decidiu que iria estar mais alerta para qualquer eventualidade. Embora tivesse uma relevância mínima em todo aquele movimento, todo cuidado era pouco. Ela deslizou os dedos em sua lâmina de confiança e se aproximou da porta. Ela suspirou aliviada quando reconheceu os cheiros familiares que estavam do lado de fora. Abriu uma fresta da porta para confirmar sua suspeita, embora não fosse necessário. Ela definitivamente confiava em seu olfato bem mais que sua visão, ao ponto de que sua visão era quase desnecessária para ela. Com um sorriso presunçoso, acabou por escancarar a porta. “Viemos em missão de paz” seu amigo de longa data a cumprimentou, em seu jeito sarcástico único. “Muito bom te ver também, Captor” ela deixou escapar um riso “O mesmo se aplica a você, Karkles”. “Eu já não te disse pra não me chamar assim?” o outro rapaz bufou. “Então me digam, o que possivelmente traz a amorosa visita de vocês a minha residência?” ela agora lançou um olhar sério, como se entendesse a situação. “Bem, é o seguinte Pyrope” Karkat deixou um novo suspiro irritado escapar de seus lábios “Precisamos de sua ajuda”. “Ah, que bonitinho da sua parte recorrer a mim! É quase como se eu fosse uma corajosa cavaleira indo salvar as princesinhas em questão. Vocês ainda não responderam a minha pergunta, sabe. Em que lhe posso ser útil?”. “Em resumo... Você precisa nos ajudar a invadir o Palácio”.


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Notas finais do capítulo

[voz de Tsumiki Mikan] Eu sinto MUUUUUUUUUUITO por fazê-los esperar tanto!
Não só pelo fato de que eu estava incapacitada de escrever como também realmente cogitei continuar escrevendo não só HTR mas como todas as minhas prévias e futuras fics. Eu sei que não tenho talento pra isso mas mesmo assim, essa vai ser a única fanfic da qual eu não quero desistir. Embora não pareça, meus projetos pra ela são gigantes e eu tenho final e tudo mais planejado. Tem uma trama planejada e eu não quero jogar a minha melhor ideia no lixo. E ACIMA DE TUDO eu tenho vocês quem leem ♥
Mas vamos aos comentários irrelevantes de autora:
EU TAQUEI CINCO BOMBAS DE SPOILER NA CARA DE VOCÊS MEU FUCKING DEUS. Acho que compensa o comprimento minúsculo do capítulo.
Aliás como o título joga na cara de vocês, daqui em diante começa o ACT 2 (baseado em uma certa fic que eu leio, sabe). É realmente desnecessário dividir a história em ACTs (que serão provavelmente 3????) mas fica muito legal e eu decidi que vai ficar assim mesmo, 5 bjs.
Enfim, acho que as coisas começam a pegar fogo a partir do próximo. E eu não vou demorar para postar os próximos, se tudo der certo. Enfim, até!

#tw: vocês choraram com o upd8 da jane matando o karkat porque eu chorei #tw: foi um choro nojento e cheio de soluços #tw: vergonha #tw: eu mimo muito esse menino socorr



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