Meu Querido Assistente escrita por Laura Penha


Capítulo 4
Drogado sensual


Notas iniciais do capítulo

Olá, gente.
Capítulo quentinho pra vocês.
Obrigada pelas reviews e me desculpem por não respondê-las as vezes. Mas gostaria que soubessem que elas, mais do que tudo, me inspiram.
Espero que gostem do capítulo.
;*

PS: confiram o estilo da Sakura dessa fic em:
http://insanefics.blogspot.com.br/2013/04/estilo-de-sakura-em-meu-querido.html



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– Espere, não diga nada agora. – Falei. – Aonde podemos nos encontrar? – Anotei o endereço rapidamente e então desliguei.






– Algo importante? – Sasuke perguntou e eu gelei. O que eu falaria? “Oi, você é muito estranho por não ter se demitido e por isso estou investigando sua vida para ver se o dinheiro que te dou não vai para as suas veias em forma de droga. Vai tomar sorvete, vai.” – Sakura? – Repetiu – É alguma coisa importante?






– Érh... Não. Isso... – Tossi do modo mais convincente que eu pude, colocando quase meu pâncreas para fora enquanto pensava em que desculpa esfarrapada eu daria – Assunto de família.





Bem, tecnicamente eu não tinha família. Minha avó ficou doente e morreu aos meus 18 anos. Depois de trabalhos e mais trabalhos informais, consegui uma condição financeira razoável, por isso não foi trabalhoso ficar sozinha no mundo.





Mas Sasuke nunca saberia disso.





– Alguém está doente?





– Sim. – Respondi aproveitando a deixa. - Minha avó.





– A asmática da cama do pecado?





– Engraçadinho. – Falei séria enquanto pegava minha bolsa e me dirigia a porta.





– Não quer que eu vá junto?





Gelei outra vez. – Melhor não. Você tem que trabalhar e fazer o maldito relatório, lembra? – Ele ficou indignado, ou pelo menos aparentou. Talvez ele só quisesse me dar seu apoio moral, batendo no meu ombro e dizendo “vai dar tudo certo”. Mas mesmo que minha avó estivesse viva e doente pra caramba eu não visitaria, muito menos sentiria falta. – Estou de olho. – Comentei enquanto saia pela porta.





Ainda pude escutar o seu ‘Hm’.





Saí do prédio e chamei Sai, que chegou com meu novo carro compacto, cor turquesa. Seguindo minhas ordens de costurar, ultrapassar e ignorar totalmente a fiscalização eletrônica, além de ter molhado a mão de um policial, chegamos rapidamente a rua do endereço misterioso do outro lado da cidade de Konoha.





A região em si era pobre, feia e mal cuidada. Pedintes nas calçadas, bancas de revistas e barraquinhas de cachorros-quente. Toda a ralé estava ali.





Saí do carro e fiquei do lado de fora. Sasori com seus lindos cabelos ruivos esvoaçantes veio em minha direção.





– O que você sabe? – Perguntei já tirando um maço de dinheiro da bolsa e lhe dando.





– É melhor vir comigo. – Ele me puxou pelo braço em direção a um prédio um pouco maior. – É uma clínica de reabilitação. Uma casa para drogados.





Pensei aquilo lá atrás brincando, por isso me assustei.





– Espera aí – Tentei processar – Sasuke é um-





– Não. – Me interrompeu antes que eu dissesse “drogado sensual”. – Mas Itachi, o irmão mais velho, é. Essa é uma das clínicas de reabilitação mais caras de Konoha.





Então era por isso! Sasuke precisava tão desesperadamente do dinheiro que aceitava qualquer coisa, qualquer humilhação. Não me sentia culpada por nada, era trabalho dele me obedecer, e isso por si só, envolvia todas aquelas exigências.





Aceitou o emprego que lhe ofereci (por que eu ofereci o emprego?) tão prontamente. Era bem provável que as mensalidades estivessem atrasadas.





Mas se queria tanto o trabalho, por que não se portava como tal? Obedecendo calado e não questionando minha autoridade? Eu estava sendo boa demais? Devia ser mais cruel? Droga, agora nem pensar direito eu consigo mais.





– Podemos entrar? – Perguntei cortando minha própria linha de pensamento.





– Não. Só pacientes e parentes.





Bufei indignada. Eu sou Sakura Haruno, eu posso entrar aonde eu quiser quando quiser. Não falei nada para ele, até por que não precisava. Eu entraria lá dentro nem que fosse a última coisa que eu fosse fazer.





– Onde Sasuke mora? – Perguntei. Com tanto dinheiro pra clínica, provavelmente morava num apartamento de quinta e morreria de fome em breve.





– Se mudou para perto daqui para acompanhar o avanço do irmão. Não tem pais, nem parentes próximos, exceto Itachi.





– Me mostre. – Ele entrou comigo no carro e Sai nos guiou de acordo com as instruções de Sasori. Como eu presumi, era um apartamento. Sasori disse que era o número 27, no terceiro andar do prédio já aos pedaços.





Nunca ajudei ninguém, mas achei que era hora de fazer alguma coisa pelo meu empregado-escravo. Depois eu pensaria nisso com mais calma. O mais sensato seria invadir o apartamento e ver em que condições ele vivia para decidir ajudar ou não.





Voltei ao trabalho meio dia. Sasuke já havia saído para almoçar, assim como todo o resto das pessoas. Estava tudo vazio.





Fiquei em minha sala enorme, sem muito o que fazer. Talvez o fato de ela ser enorme faça ela ser vazia também. Talvez eu seja vazia também. Quero dizer, nossa, dinheiro eu tenho aos montes. Minha mansão confortável. Minhas roupas de grife. E fim.





Pra que tanto?





Me deitei espatifadamente no sofá vermelho, aquele do dia em que fiquei bêbada. Tive vontade de me embebedar outra vez, me controlei.





Pelo menos eu tinha o que a maioria não tinha. Poder. Aquilo seria o bastante.





E com essa ideia em mim, adormeci.





– Sakura? – Me balançaram – Sakura, para de babar, droga!





– Oi? – Murmurei cansada sugando a baba para dentro da boca outra vez. Eca. – Ah, Sasuke... É bom ter um bom motivo pra me acordar se não...





– Reunião. Agora.





Dei um pulo e tentei me arrumar em pé mesmo, olhando o resultado no espelho da parede. Batom vermelho, o restante da maquiagem leve e etc. – Estou apresentável? – Perguntei com um sorriso forçado. Eu estava caindo de sono.





Ele se aproximou de mim me olhando tão fixamente que meu sorriso se desfez e eu senti meu coração querer cortar o que estivesse no caminho só pra sair correndo para longe dele. Dei um passo para trás desconfiada. – Calma. – Ele falou com aquela voz rouca e continuou a se aproximar.





Estava a um passo de mim. Prendi a respiração absurdamente nervosa.





Com suas mãos fortes me puxou pelos ombros para perto de si. Senti as pernas bambas e desequilibradas. Era provável que eu desmaiasse.





Nossos olhos se cruzaram e eu pude sentir a respiração dele sobre a minha. Fechei os olhos esperando nossos lábios se encontrarem. Uma de suas mãos veio até meu queixo, e seu polegar passou repetidas vezes pelo canto da minha boca.





– Pronto, limpei.





Depois voltou-se para sua cadeira e continuou a digitar. Caí em minha cadeira. O que diabos tinha acabado de acontecer? Olhei para ele e depois toquei de leve minha boca.





O que eu esperava que acontecesse? Nada. Exatamente nada. Ele é o empregado e eu a patroa. É assim que as coisas são. Nada de beijos, nem de respirações misturadas, ou mesmo de pensamentos indecentes sobre a ele passeando por meu corpo e eu pelo dele, a gente numa cama espaçosa e-





Nota mental [1]: Não ter sonhos indecentes com meu empregado.





Nota mental [2]: Mesmo que seja muito tentador.







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Notas finais do capítulo

Espero realmente que tenham gostado.
No cap. que vem é provável que o Ita-kun apareça.
Beijinhos e ja ne ;*