Meu Querido Assistente escrita por Laura Penha


Capítulo 2
Use e abuse


Notas iniciais do capítulo

Gente, sei que não ficou muito claro, mas é uma fic de comédia.
É só um aviso para não provocar decepções futuras e-e
Espero que gostem do capítulo, tentei fazê-lo maior que o anterior.
Beijinhos e ja ne
;*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/348893/chapter/2


– Então a grande líder da Haruno’s, a maior empresa automobilística do Japão, não sabe ligar um carro? – Insolente!


– Acho que você perdeu a noção do perigo. – Bufei irritada. – Pode deixar, eu me viro.


Depois de finalmente conseguir ligar o carro fiquei em dúvida sobre qual dos pedais eu devia pressionar e acabei pisando no acelerador com força total, o carro bateu com tudo na parede.


– Sasuke. – Falei quando ele atendeu ao telefone. – Venha me buscar, agora. – Ordenei.


– Não conseguiu se virar? – Arg! Aquele imbecil faz meu sangue ferver. Como tinha tanta audácia logo no segundo (ou seria primeiro?) dia de trabalho.– Olha, senhora, mesmo que eu quisesse, não tenho carro. Por que não tenta um taxi?


– Então chame um para mim.


Cheguei atrasada no trabalho. Tudo por causa do maldito Uchiha. Custava alguma coisa comprar um carro ou alugar um para me buscar? Sinceramente, essa incompetência com o trabalho estava me dando nos nervos. Bastava um deslize para que eu o demitisse por justa causa. Eu queria mesmo demiti-lo?


Poderia escolher entre demissão ou um joguinho de poder. Eu adorava usar e abusar do meu poder sobre as pessoas, com ele isso deve ser bem mais divertido.


Sasuke anunciou a entrada de um dos patrocinadores da mais nova linha de automóveis desse ano. Pedi pelo interfone que trouxesse o café e o imbecil teve a cara de pau de dizer que não era dever dele. Tive que ameaça-lo de demissão para que ele viesse. Minha vontade era rir, mas tinha que ir de acordo com o decoro.


O tempo todo em que servia o senhor Danzou, estava sério e emburrado. Obviamente, se fosse uma mulher, não seria tão degradante. Saiu da sala rapidamente. Eu tinha acabado de violar o acordo de paz que nunca fora feito.


– O que acha da nova linha, Danzou? Está de acordo com seu gosto?


– Sim. Está ótimo. – O velho tarado desceu os olhos até a altura dos meus seios. - Espero saber bem onde estou investindo.


– Não se preocupe, seu dinheiro terá um ótimo retorno. – Respondi ignorando sua ousadia. – Acredito que devamos investir mais em propagandas. Os modelos da última linha deixam muito a desejar. – E depois repeti: - Seu investimento será compensado.


– Mas eu não falava do dinheiro.


Odiava quando falavam assim comigo. Só por que sou uma mulher no poder não significa que usei esse tipo de artifício sujo para chegar até aqui. Era no mínimo desrespeitoso da parte deles.


– Pois estou falando de dinheiro e, se não é isso que você quer – apontei para a porta de modo incrivelmente confiante – pode ir embora.


– Não se precipite, Sakura. – Ele se levantou e tentou se aproximar de mim rodeando a mesa. Me levantei também e comecei a tatear a mesa atrás do maldito telefone. – Há muito tempo temos negócios em comum, por que não firmar isso?


– Já firmamos isso no contrato. Agora saia de perto de mim, velho babão. – Falei quando ele segurou meu punho e me puxou para si. Com o outro braço consegui apertar o botão. – Sasuke, vem agora! – Gritei quase desesperada.


Como um raio ele entrou na sala e puxou Danzou para longe. É, ele podia fazer serviços extras como guarda-costas.


– Vou mandar um cheque equivalente a colaboração que você já havia dado. – Já mais calma, ameacei – Nunca mais ouse colocar os pés neste prédio outra vez, entendeu? – O velho estava tão assustado que só meneou a cabeça dizendo que sim. – Pode leva-lo para fora, Sasuke.


E assim ele fez. Quando me encontrei sozinha outra vez, baixei a cabeça e respirei fundo. Não era a primeira vez que tentavam isso, era realmente muita sorte ter escapado desse mesmo destino tantas vezes. Por que eles achavam que, por eu ser uma mulher, tinha que comprar o dinheiro deles como se fosse uma prostituta?


Procurei não pensar muito nisso.


Peguei uma garrafa de vinho que guardava para ocasiões especiais e bebi no gargalo, sem dó nem piedade. Sabia que ia ficar bêbada, mas era uma coisa a se pensar mais tarde. Meu assistente daria um jeito nisso. Sasuke chegou quando eu estava na metade da garrafa.


– Você está bem? – Perguntou mantendo sua pose desleixada.


– Uhum – Respondi girando alegremente na cadeira, certamente ele estava pensando que eu tinha problemas mentais. Quando parei minha cabeça continuava girando e eu comecei a rir.


– Se é só isso... – Ele ia sair.


– Essspera. – Falei – Sssua gravata. – Caminhei até ele cambaleante. Era uma droga ser fraca com bebidas. Consegui alcança-lo, então, num ato desesperado eu tentava ajeitar a gravata, sem saber ao certo em qual das três cópias a minha frente eu deveria pegar. Devo ter feito um monte de nós, mas considerei certo. – Prrronto.


Quando ia voltar a minha cadeira caí no chão com tudo. Só senti Sasuke me pegando no colo e me colocando no confortável sofá da sala. Minhas últimas palavras foram: - Vvvai trrrabalhar.


Quando acordei continuava no sofá. Minha cabeça ameaçava explodir. Eu não estava totalmente sóbria, mas era um estado bem próximo a isso. Já estava anoitecendo.


Olhei ao redor procurando Sasuke e o achei próximo a minha mesinha, preparando algum tipo de lanche. – O que você fez com as reuniões? – Perguntei ouvindo minha própria voz fazendo eco dentro da minha cabeça.


– Remarquei.


– Você fez o que? – Perguntei alarmada. – Você não podia ter feito isso!


– E você não podia ter bebido tanto – ele apontou para a garrafa de vinho já vazia – mas bebeu. – Bufei enraivecida. – Trouxe um lanche pra você.


– Lanche? – Me aproximei e vi o hambúrguer enorme com uma latinha de refrigerante do lado. – Só se for de quinta categoria.


– Se você não quiser eu como. – Ele ofereceu generosamente com um sorriso sarcástico no rosto. Sentei-me na cadeira e comecei cutucar o pão com o dedo – Vou te dar uma dica: use as mãos.


Peguei o hambúrguer e dei uma mordida. – É, não está tão ruim. – Depois de instantes acabei de comer. Passei para o refrigerante e tomei até a última gota.


– Lanchinho de quinta, é? – O ouvi murmurar.


Bufei e considerei aquela falta de petulância. Ingrato. É isso que dá contratar essa gente da ralé. – Agora me leve pra casa. – Falei.


– Não, obrigado. – Ele respondeu recolhendo a bandeja – Não é o meu trabalho.


– Eu te dou um aumento. – joguei sem nem pensar direito e depois me arrependi. O filho da mãe vai achar que eu sou dependente pra tudo, e não é assim. Sei fazer muita coisa sozinha. Coisas das quais não me lembro no momento.


Ele sorriu e meencarou com aqueles olhos escuros super sensuais. Me senti derreter por dentro, mas logo recuperei a compostura – De quanto estamos falando?


– Seis por cento do que já ganha.


– É pouco, mas é melhor do que nada, não é, patroa?


– Humph! – Bufei. Depois estiquei os braços em sua direção e pus em ação meu incrível plano de vingança: - Me leve até o carro. – Eu sabia que estava abusando da minha autoridade, mas as regras eu quase sempre mando pro espaço, até por que eu tinha como fazer isso. Além do mais ele merecia cada ordem constrangedora que eu lhe dava. A contra gosto, me pegou no colo, pegou minha bolsa e sobretudo. Quando saímos da sala ele planejava me levar ao elevador. – Pelas escadas, Sasuke.


Aposto que a vontade dele era me jogar escada abaixo e ir de elevador, mas mesmo murmurando ofensas de baixo calão, me obedeceu. De uma coisa eu tinha certeza, ele devia precisar mesmo desse emprego para ficar aguentando essa tortura. Além disso aceitou os seis por cento de aumento no salário. Quem sabe eu não consigo tirar ainda mais proveitos disso.


Quando chegamos ao térreo, lembrei que meu carro, além de estar quebrado, estava na minha garagem. Fiz Sasuke dirigir um dos carros de teste para mim. Rapidamente cheguei em casa e fiquei um bom tempo sentada no passageiro.


– Quer que eu te carregue também?


Fiquei surpresa com sua oferta, mas aceitei de bom grado (se bem que não sabia se era uma pergunta sarcástica). O fiz me levar até meu quarto. Fiquei tentada a pedir por favores sexuais, eu estava precisando, mas achei que por hoje era o bastante.


– Mais alguma coisa?


– Não, pode ir embora. – Respondi enquanto andava até meu guarda-roupa e escolhia minha camisola de hoje. – Espera. O que você acha? – Mostrei duas para ele. – A vermelha ou a preta?


Ele revirou os olhos impacientemente como se não importasse. – A vermelha, senhora. – Ele se virou para ir embora.


– Não me chame de senhora. – Me vi falando. – Temos a mesma idade e, só por que tenho dinheiro e poder – ele bufou nessa parte - não significa que tenho que ser tratada como uma velha inválida. – Sorri de orelha a orelha. Eu finalmente estava sendo legal com alguém, e esperava uma compensação.


– E como quer que eu te chame?


– Sakura. – Respondi, feliz por me livrar do “senhora”. Ele logo foi embora e eu fiquei aqui mesmo, observando a camisola vermelha que ele havia escolhido. Escolhi usá-la numa ocasião especial. Esperava que essa ocasião chegasse logo.


Sasuke foi me buscar no dia seguinte. Dei a ordem para colocarem sua mesa dentro da minha sala, aquilo faria os velhos tomarem cuidado antes de tentarem alguma coisa. Meu assistente pareceu não gostar muito da ideia, mas não pôde dizer não para mim. Queria perguntar o que o faria trabalhar para uma pessoa como eu, mas não era dever meu.


Pedi uma investigação sobre Sasuke Uchiha, para descobrir seus motivos.


Até lá eu continuaria aproveitando deliciosamente os serviços oferecidos por meu, e só meu, assistente.




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Mereço reviews? Recomendações? Um urso de pelúcia?
;*