Más Vale Tarde Que Nunca ! escrita por Joycce Andrade


Capítulo 31
Entre Traições E Corações Quebrados !


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do cap.
Boa leitura.



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Sinto todos os meus músculos relaxarem. A adrenalina aos poucos vai passando.

Tudo tinha acabado.

Olho para Nereu, deitado no chão de meu palácio, completamente desacordado. A tentativa do mesmo de resgata a filha – Anfitrite – tinha sido completamente falha. Primeiramente porque ela não estava em meu palácio e sim em uma prisão, altamente poderoso, onde eu ei de colocar Hefestos, Hera querendo ou não. Não vou ariscar que a visão de Apolo se concretize.

Não quero Atena correndo perigo, não mesmo. E segundo, ele não veio com um exercito tão grande assim, e mesmo queViesse. Eu só o Deus supremo dos mares, nunca que ele ei poder me derrotar em meu território. 

Ouso um fungado baixinho.

Dóris estava debruçada sobre o marido – Nereu – chorando descontroladamente. Ela era uma mulher forte, sempre me foi gentil. Suportei Anfitrite esse tempo todo mas por causa dela, que sonhava em ver a filha casada, eternamente. Acho que esse e o sonho de toda mãe.

- N-nós só q-queremos no-nossa filha, Poseidon – Fala entre soluços.

Ela não me parecia tão desesperada assim para ver a filha. Me parecia mais preocupada com algo. 

Tenho que dizer que, senti realmente pena daquela mulher. Por mais que Anfitrite fosse ruim, ela tinha uma família que a amava. Uma mãe, e um pai, eles precisavam dela.

Suspiro, despenteando meus cabelos com as mãos.

Ela me olha por entre os cílios encharcados, por conta das lagrimas já derramadas.

Não posso ficar aqui muito tempo. Atena vai gosta de ficar trancafiada na fazenda, penso.

- Anfitrite tentou sequestrar, Atena. Ou eu a deixo presa, ou Zeus a manda para o Tártaro. Escolha uma opção. Garanto que minha prisão e um hotel de luxo, comparado com o Tártaro – Falo.

Zeus não brincou quando em uma conversa me disse que se por um acaso eu liberasse Anfitrite, ele a mandava para a vala mas profunda do Tártaro e depois decapitava minha cabeça. 

Ela soluça.

- Minha filha só estava à tentar salva o casamento dela com você, isso e pecado por acaso ?

- Nosso casamento não tem salvação, Anfitrite sabe disso. Eu não sinto nada por sua filha... Nunca senti – Revelo.

Ela me olha por um tempo, parando de chorar. Sua expressão muda de sofrida para raivosa. 

- Então POR QUE... Quis se casar com ela ? – Sua irá era transpassada em cada palavra.

Suspiro.

É hora da verdade.

- Eu e sua filha nunca tivemos um casamento comum.

- Por que, não ?

- Eu nunca amei Anfitrite, nem ela mim. Só me casei com ela para esquecer outra. E ela para desfrutar das riquezas que a ela eu ofereci – Digo, sem rodeios ou meias palavras.

Ela me olha atordoada.

- Co-como assim... Outra ?

- Eu propus a Anfitrite um casamento baseado em sexo e riquezas. Sem nenhum sentimento a mais. Ela relutou, mas acabou aceitando.

Gananciosa do jeito que é, mas e claro que ia aceitar.

- Mas... Ela te recusou por um tempo – Lembra-me.

Sorriu de lado. 

- Toda aquela encenação de que ela não me queria e tudo mais, era parte do plano dela, de se fingir de mulher independente e livre de malicias. Ela não queria parecer fácil, apesar de ser – Digo a ultima parte baixinho. 

- Mi-minha filha nunca que concordaria com tal coisa – Diz, convicta de suas palavras.  

Tento não ri.

Você, realmente, não conhece a filha que tem.

- Sua filha e pior...

- Não insulte minha filha.

Nada digo.

Ela parecia atordoada, não sabia se acreditava em mim ou não. Ela ainda detinha de uma preocupação desconhecida por mim.

Medo de mim ? Preocupação com Anfitrite ? Não, algo mais esta acontecendo. 

- Ela me disse que estava tentando lutar pelo casamento dela, que não machucaria Atena, apenas queria dá um prevê sumiço nela...

- Você sabia o que sua filha ia aprontar ? – Minha voz sai repleta de indignação.

Ela me olha penosa.

- Ela e minha filha, Poseidon. Eu como mãe tenho que proteger-lhe... Anfitrite disse que você só tinha se separado dela, porque Atena estava tentando te seduzir.

Riu de sua ingenuidade.

- Durante a longa e cansativa jornada que eu permaneci com sua filha, ela me traiu diversas vezes. Admito que não fui nenhum santo, pois eu também a trai. Mas... Eu nunca a amei, mesmo. Não sou como ela que fingia me amar.  

Finge muito bem, por sinal. 

Dou de ombros.

- Nosso casamento não passou de um erro. Anfitrite após um tempo mostrou seu verdadeiro eu. Fria. Egoísta. Medíocre. Uma verdadeira vaca.

Ela contrai os lábios, enrijece o corpo, em sinal claro de raiva contida.

- Anfitrite te ama – Afirma.

Suspiro mais uma vez.

- Nunca pedi o amor dela. Não quero o amor dela. E só um estúpido acredita nesse amor que ela diz sentir por mim.  

- Ah, claro ! Você só se importa com a intelectual, Atena, não ver o amor de minha filha por você – Ela cuspiu o nome de Atena para fora como se ele fosse uma praga. 

- Na verdade, sim. Ela sendo minha noiva, merece minha preocupação e tudo mais. Na verdade, sua filha não chega a um décimo do que Atena é. 

Seus olhos se ampliam. Sua boca forma um perfeito “O”. A cena era cômica demais. 

- Então era verdade... Atena estava a te seduzir. Pelo que estou vendo ela conseguiu.

- Na verdade, Dóris, fui eu quem à seduziu. Foi difícil, pois a mesma se dá o devido valor. Não é como sua filha, que abra as pernas para qualquer um – Afirmo, dando-lhe meu melhor sorriso cafajeste.

Ela me fulmina.

Ouso um gemido baixinho, Nereu estava acordando.

Ela o ajuda a ficar de pé. Ele estava um desastre. Tinha cortes em quase todas as partes do corpo, feitos por meu tridente.

Seu olhar era gélido.

- Me devolva minha filha – Sua voz soa fraca.

- Me obrigue – Mando.

Vejo o mesmo materializar sua espada e se por em formação de batalha.

Olho entediado para os mesmo. Ele era patético. 

Poseidon !

O voz de Apolo soa em minha mente.

Sim.

Não desvio minha atenção do casal nem por um segundo.

Me desculpe ! Algo horrível aconteceu.

Franzo a testa. 

Desculpa ? Pelo que ? O que aconteceu ?

O casal a minha frente me olhava atordoados. Sinto meu coração começar a dá saltos mortais, em meu peito. 

Atena... Sumiu !

Meu mundo para de girar. Sinto que meu coração vai sair pela boca. Não consigo pensar em nada coerente.

Minha expressão deveria ser devastadora, pois Nereu e Dóris dão um passo para trás, afastando-se, lentamente de mim.  

Como ?

Não Formulo nada mais que essa pequena pergunta.

Não sei... Em um minuto ela estava lá... No outro... Não sei como ela foi embora.

Ele parecia tão perdido quanto eu.

A visão que o mesmo teve invade minha mente.

Estremeço. 

Estou chegando !

Corto a ligação mental que fizemos sem ao menos espera uma resposta do Deus-Médico. 

- Atena... Sumiu – Digo, para o casal estático a minha frente.

Espero uma reação tanto positiva, quanto negativa, mas ela não vem.

Eles não apareciam surpresos, muito menos preocupados com ela.  

- Não pode ter sido Anfitrite, ela esta presa, tenho certeza. Hefestos talvez. Mas ele precisaria de ajuda... – Minha voz e baixa e contida. Meu cérebro trabalha, agora, a mil por hora - Esse ataque não foi por causa de Anfitrite, não é ?

Dóris morde os lábios, nervosa.

- Mas e claro que esse ataque e por causa de Anfitrite – Brande Nereu.

Tentando desvia minha atenção de Dóris para ele.

Ele esta calmo, mas mesmo assim ele se alto entregava. Suas pupilas estavam dilatadas demais. 

Isso explica o porque de ele não ter me atacado com todo seu exército, isso foi apenas uma distração, pois se eu estivesse lá, Atena não tinha desaparecido.

- Rezem para eu á encontrar, e ela não volta com nenhum aranhão, pois se ela volta, eu mato vocês.

Eles engolem em seco.

Aparato para a fazendo, com meu coração a galopes.

[...]

O Deus das forjas me encarava, sorrindo.

Sinto uma anciã de vomito me atingir, só ao ver seu sorriso nojento.  

- Dos sentimentos, o amor é o mais grandioso, porque reúne uma mistura de sensações convergentes, tais como a paixão, a amizade e o respeito. Eu sei que te amo, e sei que tu me amas. Poseidon estar te manipulando, meu amor ! – Fala, assim que nós encontramos sozinhos.

Olho para o mesmo incrédula.

- Na teoria você entende o amor, agora na pratica, você e nojento – Falo sem medo.

- Por que dizes isso ?

- O amor se consiste em amizade e respeito. Você não me respeita, ou se quer tem minha amizade. Antes tinha, agora não tem mais – Falo, com convicção.

Babaca !

- Posso conquista-las mais uma vez. Tempo e o que mais nós temos – Diz, com bravura.

Sinto nojo de sua bravura.

- Não, não pode.

Ele me olha determinado.

- Assim que eu achar uma forma de quebrar esse suposto amor, forte, que você sente por Poseidon, você não dirá mais isso.

- A única forma de você tirar esse amor de mim, e arrancando meu coração.

Ficamos em silêncio por vários minutos. Ele a minha frente, sentado no sofá, perdido em seus pensamentos insanos, e eu, presa a correntes mágicas, toda doida, sentada sobre as próprias pernas. Lastimável era minha condição atual.

Preciso sair daqui... Onde estamos, mesmo ?

- Onde estamos ? – Pergunto, secamente.

Eu não ia me deixar intimidar. Sem contar que se eu me desesperação, ai sim, eu nunca escaparia das garras do mesmo.

Ele sorri para mim.

- Não se preocupe, Poseidon não vai nós encontrar. Estamos fará de alcance de todos os deuses – Diz, enigmaticamente.

Me irrito com o modo enigmático com o qual o mesmo fala.

- Onde ?

- Como eu seu que você não vai poder contar a ninguém... – Ele para ao ver me olhar assassino – Estamos em uma pequena cabana ao sul do meu, mais novo lugar preferido.

Seu sorriso era enjoativo.

- Estamos no Elísio – Revela de uma vez.

Meu choque deve ter sido no mínimo cômico, pois o mesmo solta uma gargalhada espalhafatosa.

- C-como ?

- Hum... Deixe me explicar, de uma maneira plausível. A algum tempo eu fiz um pequeno reforçamento de alguns portões daqui, para que nenhuma alma fugisse. Conheço bem esses arredores. Essa cabana fica isolada e bem longe do campo de visão das almas que aqui habitam. Hades e Perséfone, nunca veem aqui. Resumindo a história, aqui e lugar perfeito para um esconderijo.

Olho incrédula para o mesmo.

Fecho meus olhos, para tentar conter minha raiva.

Fugir daqui vai ser mais difícil do que eu pensava. Não conheço nada desse novo lugar, nunca vim ao Elísio.

Suspiro tentando acalmar meus sentidos.

- Como você entrou no Elísio sem a permissão de Hades ?

Ele solta uma risada insana.

- O reforçamento que eu fiz, durou mais que um dia, tive que volta aqui várias vezes, então... Para eu não incomodar o todo poderoso Hades, ele me deu passe livro por aqui. Legal, não ? O melhor disso tudo e que eles nunca vão desconfiar que estamos aqui.

Tento desfazer o nó que se forma em minha garganta. Minha saliva desse queimando.

Ele se levanta.

- Terei que sai para resolver alguns imprevistos. Deixarei a lareira acessa, para que não sinta frio. Há...

Ele bem em minha direção, se agacha, segura minha mão... Logo tenho meu anel sobreposto a minha frente.

- Você não precisa mais disso – Fala, me mostrando meu anel de noivado.

- Me devolva – Mando.

Tento me libara das correntes, mas não consigo.

Me sinto nua sem aquele objeto, tão precioso.

Ele sorri para mim e sai. Rumo ao desconhecido por mim, carregando meu anel, assim destroçando ainda mais meu coração.


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Notas finais do capítulo

Gostaram ? Comentem.
Desculpem se houve algum erro ortográfico.
BjsS.