Más Vale Tarde Que Nunca ! escrita por Joycce Andrade


Capítulo 30
En La Obscuridad ! ( Na Escuridão ! )


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.
Eu tenho duas noticias para dá, para vcs *-*
Primeira... Gente, o próximo cap só sai se eu receber comentários, não gostei da quantidade que eu recebi no cap passado >.> Segunda... A fic tá chegando ao fim ( Lagrimas ) Pois é ! Eu tó adorando escrever essa fic, mas ela precisa de um final, é ele tá chegando T-T Não sei a base de quantos capas ainda vão ter >.> Mas, tudo bem *-*
Desculpem os erros, ortográficos.
Boa leitura.



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Escultem essa música, ela e ÓTIMA.

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Acordo assustada, ofegante e atordoada. A primeira coisa que sinto é...

Frio.


Na Escuridão


Me dê mais um pouco

Do que você me dá

Me dê mais um pouco

Na escuridão.

Eu só sentia isso. Um frio absurdo, incontrolável. Eu nunca havia experimentado um frio tão intenso, quanto aquele. Tudo estava escuro e quieto. E para piorar, eu não tenho noção de tempo. Não consigo distinguir se era noite ou dia. Não sei se a escuridão que me abatia era causada só pela venda em meus olhos, ou se o cômodo onde me encontrava contribuía para esse feito.

Só quero te ver uma vez mais

Não sei se o sol sairá amanhã

Quero te acariciar

Vem me desnudar

Me presenteie com outra pele.

Tento me soltar das correntes em que eu estava presa.

Nada ! Mas que merda !

Puxo minhas mãos com mais força, mas nada acontece. Pela extremidade grossa demais, e pelo fluxo de magia que transpassava por elas, as mesmas eram enfeitiçadas. Um feitiço forte e eficaz.

E sei que se não for hoje

A vida passará

E verá

Só existe uma oportunidade

Que não voltará

Meu amor você se arrependerá.

Minhas condições físicas atuais – Fraca, pela falta de comida e dolorida pela queda de Lana – não estava ajudando muito, em minhas tentativas de fuga.

Eu me encontrava em um lugar sólido, friento e nada confortável. Provavelmente o chão de meu cativeiro, já que eu estava sentada sobre minhas penas. Que por sinal doíam, mas do que o desejado por mim.

O silêncio reinava naquele cômodo, estranho. Meu extinto de defesa me dizia que eu me encontrava sozinha. Era algo bom e ruim ao mesmo tempo. Bom, pois eu não seria incomodada, poderia tramar um plano de fuga. Ruim, pois eu estava com sede e fome. Não me alimentei ainda hoje, ou ontem. Não sei ! Perdi completamente minha linha de tempo.

Na escuridão

Me dê um pouco mais

Do que você me dá

Me dê um pouco mais

Na escuridão.

Para piorar, eu não sabia se Nora tinha conseguido escapar a salvo. Eu estava no escuro, sem informações, sem nada. Completamente as cegas.

Tentei por diversas vezes estabelecer uma conexão com algum Deus, mas todas foram nulas.

Para piorar, não era a fome, nem a sede, muito menos o frio que me incomodava.

Era o arrependimento.

Às vezes me pergunto se haverá

Amor em outra vida

Se não você estiver

Não posso te soltar

Quero me amarrar a você

Me recuso a te esquecer.

Tudo o que eu queria era voltar no tempo. Não tratar Ártemis tão friamente. Não brigar com Poseidon. Ser mais gentil com todos. Agradecer por Apolo cuidar tão bem de mim. E, principalmente, me desculpar, pela minha falta de bom senso, de alto controle. Por deixar meu orgulho falar tão alto. Poseidon, era o que mais deveria ouvi essas minhas desculpas, pois o mesmo estava a me aguentar com uma paciência que eu não teria.

Eu só queria vê-los uma vez mais.

Seus rostos vão passando por minha mente, enquanto me lembro de suas particularidades. O sorriso brincalhão de Hermes, o olhar sedutor de Apolo, a ingenuidade de Ártemis, a carranca de Ares, o sorriso confiante de Afrodite, a baboseira que Dionísio fala quando esta bêbado, o abraço protetor de Zeus, os conselhos de Hera, a quietude de Hades, a leveza de Perséfone, a calma excessiva de Héstia , e por fim, ele... Seu sorriso encanador, sua voracidade, sua voz rouca e excitante, tudo nele me era-me apaixonante. Meu Poseidon. Meu amor ! 

E sei que se não for hoje

Não há futuro para esperar

Porque sem você

Não existe felicidade

Morro de ansiedade

Maldita leveza

Mil Valiums que tomar.

Penso em meus filhos. Annabeth sem sombra de duvidas era á que mais se metia em encrencas, graças a Percy e sua gangue.

Aquele menino tem um dão terrível para arrumar confusão. Ele e quase um alto suicidada, penso.

Riu de desses pensamentos.

Tal pai, tal filho.

Riu mais ainda.

Suspiro.

O frio estava de matar qualquer mortal, de hipotermia.

Seus olhos verdes me perseguem.

Costurar meus lábios na sua boca

Por uma eternidade

Pois se não você estiver, ficarei louca

E na escuridão

Na escuridão.

Eu não deveria dar-lhe tantas preocupações.

Eu não devia ter saído da fazenda. Fui burra demais.

Em meu intimo percebo que não era sair para espairecer que eu queria, era provoca-lo, provar para o mesmo que eu sabia me cuidar. Confronta-lo e me mostrar forte.

Sabe bem

Que o que me dá

Eu gosto mais

Na escuridão

Na escuridão

Na escuridão.

Olha onde minha estupidez me trouxe ! Desde quando eu me tornei tão irracional ? Desde quando, esse amor avassalador vem me deixando incoerente ? Burra e nem um pouco cautelosa ?

Suspiro, mas uma vez.

Aquele silêncio estava sendo aterrador. Um sentimento de solidão me invade. Sinto meus pulsos começarem a ficarem dormentes, por conta da má circulação de meu sangue, – Ícon – preso pelas correntes.

Eu precisava dele, senti seus lábios, me aconchegar em seu colo, sentir sua pele contra a minha. Seu cheiro de maresia, ainda era bem vivido em minha memória. Tudo dele era bem vivido em mim.

Sinto uma lágrima solitária descer por entre minha bochecha. Não tenho como capturá-la.

A porta de meu cativeiro e aberta bruscamente. Um arzinho quente invade o cômodo.

– Droga ! Por que aqui esta tão frio. Eu mandei você acender a lareira, sua imprestável. Ela deve esta congelando. Não se preocupe querida, eu te perdoou, eu sei que Poseidon deve ter te enfeitiçado, para que você gostasse dele – Uma voz familiar soa.

Meu corpo se enrijeci.

Ele deveria esta preso. Como assim enfeitiçado ? Ele esta louco, penso, enrijecida.

Sinto algo macio se sobreposto em cima de meus ombros.

Uma quentura gostosa me reconforta.

Me assusto a primeira instância.

– Não vou te machucar, minha princesa guerreira – Hefestos soa, docemente.

Me encolho, ao imaginar o mesmo perto de mim.

Ele esta louco, só pode.

– Não a mime, ela não e uma bonequinha indefesa. Ela, com certeza sabe aguentar um friozinho – Soa, o demônio que me capturou na mata, perto da fazenda de Poseidon.

– Ela esta pálida, e gelada – Fala, assombrado.

Ele está... Preocupado ?

Sinto o mesmo fazer uma caricia em minha bochecha, tento me afastar, mas não consigo, por conta da parede atrás de mim.

– Pra mim ela parece saudável – Fala, desinteressada.

– Não quero saber o que pensas. Acenda o fogo, ela não pode ficar doente – Ordena.

Ele estava perto, perto demais até.

Sinto o mesmo desamarra minha venda, calmamente.

Demoro um pouco a me acostumar com a pouca claridade do local. Posso perceber que eu me encontrava em um cômodo, não muito grande. Parecia uma sala de visitas. Tinha um sofá velho, mas intacto, vermelho desbotado, a minha frente. Uma lareira, não acessa. Um tapete felpudo creme enfrente ao sofá, a minha frente também. Uma mesa onde nada se encontrava sobre ela, e duas cadeiras em volta da mesa quadrada. As paredes eram de um azul desbotado. Velha e fria, em resumo era a casa.

Hefestos estava a minha frente, sorrindo, calorosamente.

Me assusto, o mesmo tinha um brilho louco em seus olhos.

– Ei, não consigo acender isso aqui, não – Ouso uma voz feminina reclamar.

Ele murmura revirando os olhos um “burra, inútil” e vai acender a lareira, enquanto a morena vinha em minha direção.

Ela se joga no sofá, a minha frente.

Seu sorriso era diabólico.

– Por que você esta sendo conivente com isso ? – Pergunto a mesma.

Minha voz soa falha e debilidade. Era por causa dá sede e da fome, que eu sentia no momento.

Ela solta uma gargalhada, estridente.

– Eu só estou fazendo o que minha natureza manda... Plantando a discórdia, entre meus semelhantes – Fala rindo histericamente.

– Não somos semelhantes a você – Replico, enojada.

Ela ri.

– Se você, a toda poderosa esta dizendo...

Sua gargalhada ecoa por entre meus ouvidos.

– Você e patética...

Ela me olha, assassinamente.

– Concordo com você, Atena, querida – Hefestos brande, ao lado da mesma, já com o fogo da lareira acesso.

Ele me olhava, apaixonadamente, já ela estava furiosa pelo mesmo ter concordado comigo.

Sinto náuseas só de olhar para o mesmo, naquela calça jeans escura, e naquela camisa de seda, preta.

– O que faremos, com essa bonequinha de luxo ? – Pergunta, ressentida.

Olho mortalmente para a mesma. 

– Vocês são os seres mais miserável que eu já vi – Falo, arrogantemente.

Hefestos pende a cabeça para o lado, parecendo não acreditar no que eu disse. Ela me queria morta, eu podia sentir isso em meus ossos...

– Cuidado, ou você perde a língua – Ameaça, disfarçadamente.

– Não tenho medo de uma simples deusa inferior. Ainda mais sendo ela, você... Éris, uma simples deusa da discórdia.

Ela me olhar, fulminantemente.

Eu nunca que ia me rebaixar a eles. Principalmente a Éris, deusa da discórdia. Uma das “peguetes” de Ares.


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Notas finais do capítulo

Gostaram ? Espero que sim.
O nome do sangue da Atena tá certo ? Tó com medo que não teja Ç.Ç
Gostaram da música ? Espero que sim, pois esse cap foi inspirado nela *-*
Por favor, não se esqueçam de comentar.
BjsS.