Ups And Downs: Todos Os Caminho Levam Ao Mesmo Fim escrita por AsCumadre


Capítulo 11
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POV'S LILY

                Meu pai me ensinou uma frase, que eu carrego pra vida: "A vida é bela, é nóis que fode ela", portanto, decidi que minha vida seria bela e nada foderia ela!

                Por que estou pensando nisso? Bom, é que... Por um momento eu senti falta de Nick. Eu sei, eu sei... Não estou cumprindo com o meu combinado de fingir que ele está queimando no inferno, porém, foi só por alguns minutos, só perdi uma lágrima.

                Por que eu acreditei que ele me amava? Se há uma coisa que o meu pai também me diz desde sempre é que "homem NENHUM presta", e eu sempre acreditei nisso, até o momento em que eu me apaixonei. Sim, foi pelo Nick. E, mais uma vez, eu sei: Eu não deveria ter esquecido a tese do meu velho e confiado naquela raça maldita. Uma raça chamada: Homem.

                Esta semana era aniversário da minha querida irmã mais nova. Ela tem, agora, quinze anos e não pensa em Justin Bieber ou qualquer ídolo teen do tipo, ela só tem olhos para uma pessoa: Adam Beaumont, a minha biscate! 

                Não é normal sairmos da Califórnia durante as aulas, porém, Adam seria o meu presente para Lucy esse ano.

- Você não acha que vai ser gay eu dirigir esse carro?

- Já que você não quer que eu vá dirigindo, o Willy é a única opção...

- Não, temos a minha máquina ainda!

- Eu não tenho coragem de viajar numa moto, Adam!

- Vamos, Super Lily! Seria uma super aventura!

- Ah não, Super Adam! Dessa vez eu passo...

- Poxa, você vai mesmo me obrigar a tirar a minha potranca da garagem?

- Por que você fica chamando os seus automóveis desse jeito? Coitados! – Eu ria. – Não, loiro... Aquele é de estimação...

- Mas é uma ocasião especial, nós vamos à sua casa... – Eu já ia soltar um "Own" e abraçar ele, mas ele prosseguiu – Tenho que mostrar pro seu irmão que tô com um carro melhor do que o dele.

- Nossa, obrigada. Você também é muito importante pra mim, seu cretino.

- E CLARO, que por você eu tiro o carro da garagem.

- Agora não adianta mais, já estou magoada.

- Oh, não tem perdão?

                A cena já estava montada: Meus braços já estavam cruzados, já tinha um bico no meu rosto e tanto Adam quanto eu, estávamos falando de um jeito infantilizado. Eu sei... Um dia a gente para com isso.

- Vem cá, vem? Eu vou te dar carinho...

- Promete que não vai bagunçar o meu cabelo?

- Vem pra cá! – Ele me puxou pra um abraço. E como ele é muito mais alto do que eu, sua cabeça estava acima da minha, e eu pude sentir que mais uma vez, ele me cheirava. Qual é o problema dele, afinal? Deu que ele resolveu que eu era um apoio, e ele decidiu ficar lá.

- Adam...

- Hm... – Ele falava como se estivesse sendo acordado agora.

- Posso sair?

- Não...

- Mas... Eu me esqueci de avisar a Sra. Rachel.

- Eu já avisei...

- Mas Adam, meu amor, sua cabeça é pesada e eu não quero ficar com câimbra no pescoço. – Ele me soltou.

                Entramos no carro e eu já me sentia mais gostosa só por estar no banco da carona. Imaginem o Adam, então! Não é todo dia que você desfila com um carro daquele pelo Campus.

- Aff! Você não sabe nem ser romântica!

- Aquilo era pra ser romântico? – Eu ria – Acho que você devia pedir uma aulas pro... – Me calei assim que percebi que ia falar um palavrão.

- Pra quem, Lils?

- Pro... Mário!

- Pára de mentir, você ia falar Nick!

- Tá, eu ia mesmo. Ele é romântico, vai?

- Ele é romântico, é legal, é bonito, é inteligente, tem todas as garotas... O que é que ele não tem, hein?

- Nossa, Adam! Preciso te avisar que você está sendo ridículo?

- Não, eu sei disso. São só momentos. Eu tento fazer isso de vez em quando pra mostrar pro mundo que eu sou modesto. Não deve ser fácil pra quem vê de fora, suportar a idéia de que alguém pode ser tão lindo e bacana como eu!

- Claro, você é sempre muito modesto...

- Mas agora, a gente ta chegando à sua casa e lá todas as mulheres me amam... Não tem como nem tentar ser menos bom.

- Ser "menos bom" deve ser muito legal, né? Depois fala de mim! – Ele riu – Você e suas loirices!

- Mas eu não tô exagerando, né?

- Claro que está!  Acho que com todas as mulheres você fez referência as minhas cachorras, só se for!

- Ah ta! Primeiro que EU sou o presente da sua irmã, já começa aí. E outra, sua mãe me ama muito! Você não tem nem idéia!

- Que ow! Sai dessa!

- É sério, Lils! Da última vez que a gente veio aqui, ela disse que queria que eu fosse o seu namorado e não o Nick!

- Ai, que vergonha! Ela não disse isso!

- Disse! Com todas as palavras! – Adam se divertia – E eu sei que você também...

- Eu também o que?

- Também paga um pau pra mim que eu sei! Quem sabe o desejo da sua amada mãe, não se realize?

- Credo, nem brinca com isso! Seria incesto!

- Que incesto o que! Eu já vi você sem roupa!

- Adam!

- O que? Eu to sendo sincero!

- Quando você viu?

- Você não vai querer os detalhes...

- Ah, eu vou sim!

- Uma vez, eu ia falar com você... Só que você tava se trocando de costas pra porta... Aí eu fiquei lá pra ver...

- Nossa, mas que cretino! – Não deu outra, ele já estava apanhando. – Tarado! Safado! Cachorro, sem vergonha!

- Calma aí, meu! – Ele ria muito – Eu to dirigindo!

- Que se foda! Seu tarado!

- Pára, Lily! – Ele ainda ria. – Pode se confessar agora...

- Eu nunca te espiei trocando de roupa... Você fica tirando a roupa sem cerimônias mesmo...

- Você gosta né? Se não fosse por isso, você ia lá olhar no buraco da fechadura, não ia?

- Claro, todo dia antes de dormir!

- A há!

- Preciso avisar que eu estou brincando?

- Mas eu sei que é a verdade! Vai Lils, te contei uma coisa que eu jurei nunca contar pra ninguém, agora é sua vez!

- Ah, desculpa se eu não sou tarada!

- Ah, ta bom! Pra cima de mim, Lily? Acho que não...

- Ta, eu admito...

- Hm, to curioso!

- Mas não é pra me zuar!

- Vai logo, meu! Eu sou seu amigo!

- Por isso mesmo... Eu não devo dizer isso em voz alta... – Ele disse um "vai logo" e daí eu desembuchei – A sua boca... Er... Eu sempre tive vontade de morder... Pronto, falei!

                Ele começou a gargalhar.

- Adam, você disse que não me zoaria!

- Não. Na verdade, eu disse que era seu amigo. Mas relaxa, Lils! Essa boquinha aqui é irresistível mesmo. – Ele disse fazendo biquinho.

- Boquinha? É, agora você foi modesto!

- Ah, fia da puta! – Ele disse me dando um pedala.

- Ai! Não me bate!

                 E foi nesse clima de descontração que passamos às duas horas dentro do possante.

(...)

                Estávamos sentados à mesa do jantar. Lucy quase não havia encostado em sua comida, estava ocupada demais admirando Adam.

- Ei, Lu! Será que você poderia parar de secar o meu amigo, por favor? – Eu disse de boca cheia, já quase rindo.

- Pára de ser chata, Lils. – Adam ria constrangido. E sim, por mais incrível que pareça, ele fica tímido quando admirado por suas “fãs”. E sim, também: Ele tem muitas delas.

- Lily, não fale de boca cheia! – Minha querida mãe me advertiu.

- Ai, não tem um pingo de educação essa menina, viu!

- Concordo total, mano! Ainda bem que ela foi pra Califórnia porque ela ta longe de ser um bom exemplo pra nossa irmãzinha...

                O meu irmão e o Adam adoram se juntar pra praticar bullying com a minha pessoa. Thanks God, Nick e Emy não estão aqui também para ajudá-los.

- Falou o bom exemplo da casa, né? A única coisa que você sabe fazer é ir pra academia.

- Eu trabalho lá, com licença?

- Passa!

- Eu não sou cachorro pra passar!

- Ah não, vocês dois não vão começar! – Dessa vez, meu pai se pronunciou. – Vocês têm as mesmas discussões desde os 5 anos de idade!

- É, tem gente que não amadurece...

- Ah, agora falou o frangão, né?

- É! O sujo falando do mal lavado! – Resolvi ajudar o meu brother.

- Frango? Eu? Olha pra esses músculos, cara!

- Que músculos? Calma aí, que eu vou pegar a minha lupa, pra tentar ver alguma coisa! – Ele disse, e logo em seguida se esticou para fazer o nosso toque comigo!

- Você não é tão maior do que eu assim...

- Vamos falar de outra coisa, crianças? Você ainda não me disse por que o Nick e a Emy não vieram...

                Minha mãe costuma sempre estar a par de tudo o que acontece na minha vida, porém, não contei nada a ela sobre o Nick e a Emy.

 Não sei que fim essa história vai levar, mas eu ainda amo os dois, espero que um dia tudo volte ao normal, acho difícil isso acontecer, mas ainda tenho esperanças. E caso eu contasse isso aos meus pais, eles não olhariam para nenhum dos dois com os mesmos olhos e isso não seria legal.

- Ah, mãe... É que eles tinham prova hoje e amanhã. Não podiam perder o dia... – Eu disse e Adam sorriu pra mim, mostrando que a minha resposta foi convincente o bastante.

- Mas mandaram um abraço pra vocês. – Ele completou.

- E como eles estão? Ele ta cuidando de você direitinho, filha?

- Muito bem, pai. – Que mentira mais horrível! – E eles estão bem sim! Como sempre...

- Já pegou a Emy, ou ainda não, seu loiro lerdo?!

- Não se refira dessa forma a uma mulher, seu ordinário! – Adam imitava um homossexual na sua maneira de falar, fazendo com que todos à mesa rissem.

- E a resposta é não.

- Eu não quero ficar com ela... Você sabe, Lucas, se eu quisesse...

- Boa piada! Mas você ta demorando demais, cara. Vou voltar atrás na minha decisão, hein!

- Há, muito engraçado!

- Eu acho que a Emy não te merece, Adam... – Até que enfim, minha irmã se pronunciou.

- Eu também acho, gatinha. Você sabe que eu to esperando você crescer, né? – Ele disse com um sorriso tão encantador no rosto que fez até o meu pai suspirar, cara!

                Ficamos para a sobremesa, conversamos mais um pouco. Meu irmão foi levar a namorada, que atrasada como sempre, chegou só na hora da sobremesa, em casa; uma amiga da minha irmã veio dormir aqui em casa, mas na verdade eu sei que a minha irmã a convidou para tarar o Adam junto com ela; e quando era umas 10h da noite, caímos na estrada novamente.

                Eu dormi no caminho. Acordei no susto, com Adam tentando me pegar no colo.

- Ah! O que é isso!? – Ele riu.

- Calma, é que você não queria acordar...

- Ah, desculpa. E... Pode deixar, eu vou andando mesmo. – Rimos juntos. – Credo, sono dá um frio né? – Eu alisava os meus braços na tentativa de me aquecer. Adam me abraçou.

- Para que servem os amigos, se não para aquecer os outros?

- Pelo menos pra isso você serve né? Você é um amigo meio inútil, não acha? – Eu fiz piada. Ele ameaçou me “desabraçar”. – A-hã! Nem pense nisso!

- Como se você muito útil... – O olhei de canto. – Ta. Você é útil... Ah, mas eu também sou!

- É, doutor. Eu tava só brincando. – Eu ria de sua ingenuidade. – De que decisão o Lucas tava falando?

- A decisão de pegar a Emy...

- O que?!

- Uma vez ela bebeu e pediu pra ficar com ele, só que eu tava com ele na hora, daí eu falei pra ele não pegar ela... E tive que contar pra ele que eu...

- Eu já sei que você gosta dela, não precisa ficar com medo de falar isso! – Eu ria.

- Mas é que eu não gosto de falar isso em voz alta.

                Ele abriu a porta da república pra mim e me deu passagem para passar. What a gentleman!

- Obrigada, doutor.

- Pise em mim, super Lily! – Ele disse me fazendo rir muito.

- Como assim, cara? O “de nada” ainda não saiu de moda. – Agora, ele ria também.

- Você não sabe que quando um cara abre a porta para uma garota, ele está submisso a ela? E com esse poder, o que as mulheres fazem? Pisam na gente. Só estou pedindo o que você já faz.

- Que absurdo loiro, eu não abuso de você! – Me dei conta de que havia esquecido a minha bolsa dentro do carro. – Adam, meu amor, lindo, maravilhoso... – Me aproximei dele e passei a olhá-lo com cara de cãozinho sem dono.

- O que você quer, Lily?...

- É que eu... Esqueci minha bolsa dentro do seu carro.

- Ah não, Lils! Ta um puta frio lá fora e eu preciso dormir, amanhã você pega! – Ele já estava há uns dez metros de mim, quase subindo as escadas. Fui atrás dele, tentando falar do jeito mais meigo possível.

- Ah, loiro! Por favor, por favor! É que eu não consigo dormir sem saber que o meu celular ta ali do lado... – Ela havia parado com as mãos na cintura, mas ainda não tinha se virado para mim. – Com uma foto nossa de descanso de tela... – Agora, ainda sem dizer nada, ele se virou para mim já sorrindo malicioso. Com certeza, ele tava me xingando dentro da cabeça dele! – Por favor...?

- Ai, Lily! O que você não pede sorrindo, que eu não faço chorando? Depois fala que não abusa de mim... – E partiu.

                Não demorou nada, ele já estava de volta.

- Nossa, mas que loiro mais lindo que acabou de passar por essa porta! – Ele ria.

- Nem vem, sua chantagista!

- Valeu, Adam! – Me levantei para agradecê-lo com um beijo na bochecha. – Ai! Lindo e gelado!

- Ta frio lá fora sabia, gatinha? E eu fui pra lá sem blusa, por que a madame não pode dormir sem o celular!

- Credo... Ficou bravo?

- Claro que não, eu to brincando! Vem aqui me dar um abraço de pazes. – What? Suspeito...

- Abraço de pazes? A gente nunca fez isso antes...

- Nossa, vai negar um abraço pro seu melhor amigo?

- Não, claro que não, vem cá!

                Assim que nos abraçamos, ele começou a se vingar de mim: Meteu suas enormes mãos gélidas por debaixo da minha blusa, e começou a esfriar minhas quentes costas.

- Ai, ai! Pára Adam! Pára, por favor! – Eu me contorcia, mas ele é muito mais forte do que eu.

                A luz da sala se acendeu, e paralisamos.

- O que ta acontecendo aqui? – O Nick estava ofegante, como se corresse para lá. Por que ele sempre aparece nessas horas?

                Adam finalmente tirou suas mãos de mim, mas a sensação ainda estava fria, enquanto ele pensou alto “Ah, agora minha mão ta quentinha.”, mas não alto o suficiente para Nick ouvir, ainda bem.

- Er... Eu estava indo pro banheiro quando eu ouvi você pedindo para o Adam parar com alguma coisa... Pensei que você precisasse de ajuda...

* - Own, que lindo! Vem cá agora e me beija, seu gostoso! – Ah ta! Eu queria ter coragem de dizer isso em voz alta, mas o máximo que saiu foi um sorriso e:

- Obrigada por se preocupar, Nick.

- O que você pensou, cara? Que eu tava abusando dela? – Adam parecia ofendido.

- Sei lá, Adam! Já vi que ta tudo bem...

- É claro que ta, ela ta comigo! – Eu dei uma discreta cotovelada nele, mas ele nem se queixou. Eu odeio como ele esnoba a minha força. – Sempre que a Lily estiver comigo, por mais que ela esteja gritando, não precisa se preocupar que com certeza ela estará bem!

                Nick quase arregalou os olhos quando ouviu isso, engoliu seco e perguntou:

- E ela tem... Er... Gritado muito estando com você?

- Você sabe que eu levo as mulheres à loucura... – Ele disse sorrindo e cruzando os braços em seguida. Aí, ele apanhou de verdade. E dessa vez ele não pode ignorar a minha força, porque eu a usei pra valer!

- Claro que não! Fica quieto seu loiro! Nick, isso não é verdade! Ele ta brincando, sabe como ele é né?

- Sei... Sei bem como ele é... Mas tudo bem, isso não me importa. – Até parece! Pensa que me engana!

                Eu esperava que ele fosse embora, mas ele ficou lá como quem queria conversar. Eu o ajudei.

- Meus pais e os meus irmãos te mandaram um abraço e disseram que estão com saudades. – Ele sorriu com sinceridade assim que terminei de falar e aquilo quase fez meu coração transbordar de felicidade.

- Ah, sério? Poxa, que legal! Também estou com saudades! Como está aquele trouxão do seu pai?  - Ele perguntou descontraído.

- Ainda perguntando se você está cuidando de mim “direitinho” – Ele riu fraco.

- Sempre a mesma pergunta! Mas... Eles não sabem que...

- Não!

- Ah...

- É...

- E foi pra lá que vocês foram hoje?

- Não é da sua conta! – Adam disse só para que eu ouvisse e eu ri. Nick percebeu que Adam falara algo que me fez rir, mas ignorou.

- Foi, foi sim...

- Eu mandei uma mensagem pra Lucy... Desejando feliz aniversário...

- É, ela me mostrou...

- Foi uma festa de família? – Ele perguntou engolindo seco novamente. – Tipo só a família e os namorados, como sempre? – Ele parecia desconfortável perguntando aquilo. E eu sabia muito bem onde ele queria chegar

- Foi Nick! E foi muito divertido, você perdeu! – Adam se pronunciou colocando um fim na nossa conversa amistosa depois de um mês de separação.

- É, eu perdi... – Não sei se era o sono, mas ele estava cabisbaixo ao voltar a subir as escadas. No meio, ele voltou-se à mim novamente.

- Já passou da meia-noite?

- Já. 00h02m agora...

- Ah... Hoje é dia 21 de setembro. – E sumiu na escuridão do corredor do andar de cima.

                Credo, assim que ele terminou de dizer, só faltou eu chorar! Eu esperei tanto pelo dia de hoje...

- O que foi, Lily? O que é que tem que hoje é dia 21? Não precisa brincar de muda agora.

- É que hoje a gente faria aniversário, Adam. Um ano de namoro... Mas não tem mais namoro. Eu já não posso mais pensar em um presente de aniversário, ou em palavras bonitas pra escrever uma carta e o pior: não tenho mais o Nick. – As lágrimas corriam de meus olhos. Lágrimas que segurei por tanto tempo. (n/a: Aff, to chorando escrevendo isso! Tô tomando as dores pela personagem! LOL! Você ta perdendo, Mila! To numa TPM emocional e não nervosa como as que você presenciou! HAHA//03h:25m PORQUE DIABOS EU CHOREI COM ISSO HOJE A TARDE? QUAL É O MEU PROBLEMA?)

- Não fica assim, Lily! Acontece...

- E por que você ficou agindo daquele jeito na frente dele?

- Ah, é que ele me tirou do sério recentemente, só quis dar o troco.

- Eu poderia ter feito as pazes com ele! Eu poderia ter gritado “Vem aqui e me beija” quando essa frase passou pela minha cabeça! Eu nunca mais vou ter outra oportunidade! Vou ficar sozinha pra sempre, porque agora ele deve achar que a gente ta junto! – Eu meio que... Gritava e chorava ao mesmo tempo.  Eu sei, ridículo. Mas é o que o amor me faz.

- Ele já acha que a gente ta junto mesmo... E você vai brigar comigo agora? – Ele estava calmo, pelo menos, parecia estar.

- Não!

- Então pára de falar assim comigo!

- Ta bom!

- Você ainda ta gritando...

- Ah, boa noite! – Peguei minha bolsa e fui para o meu quarto.

                Assim que encostei a cabeça no travesseiro, ele não me pareceu confortável como é de praxe. Algo estava muito, muito, errado. E eu sabia muito, muito bem o que era.

(...)

                Abri a porta do quarto à frente de fininho, torcendo para que ninguém me visse. Desejei muito dar um beijo em Nick, até me aproximei de sua cama para admirá-lo dormir, mas o Adam fez “psiu” e eu quase cai de susto e ele quase se matou de rir.

                Joguei-me em cima dele tapando sua boca.

- Silêncio, loiro! Podem me descobrir.

- O que você ta fazendo aqui? – Sussurrávamos.

                Saí de cima dele, e me deitei de lado à sua frente, que também estava de lado, de frente para mim.

- Eu só queria te pedir desculpas. Eu acho que te magoei. Eu sei como você fica mal quando eu brigo com você por causa do Nick.

- É, eu fiquei mal mesmo. Não tava conseguindo dormir...

- Nem eu. Só queria que você me desculpasse mesmo. Você é muito legal comigo, muito bom pra mim. Não quero te decepcionar.

- Me desculpe também, por ter estragado a sua chance de reconciliação *com aquele Zé ruela!* - Ele se referiu a Nick em voz alta e pude ouvi-lo revirar na cama. Eu tampava a boca de Adam enquanto nos dois ríamos.

- Coitado! Mas enfim, acho que não nos reconciliaríamos de qualquer forma... Ta tudo bem entre a gente então?

- Sempre!

- Então eu vou indo...

- Não! Fica mais um pouco...

- Mas aqui não dá nem pra gente conversar...

- Eu não quero conversar...

- O que? – Eu não havia conseguido ouvir o seu último sussurro.

- Estamos conversando muito bem até agora...

- Ta bom, então. Depois não reclame. Mas, enfim, eu fiquei pensando né... E você realmente não merece ficar agüentando uma garota carente e desesperada. Eu não sei por que eu sou assim, o ruim de me apegar às pessoas é que pra desapegar é um problema! Com todos os meus namorados foi a mesma coisa, eu nem gostava deles como eu gosto de Nick, mas dizer adeus foi muito difícil, sem contar que eu estou sempre por uma gota d’água com todo mundo... E com você, coitado, nem por uma gota d’água... Nunca tenho paciência contigo né, loiro?

- Nossa, você gosta de falar né, amiguinha?

- Você quem pediu!

- Eu queria conversar, não ouvir um monólogo!

- Ai, seu estúpido! Eu vou embora... – Eu tentei me virar para sair da cama, mas ele me segurou e, sem querer, ficamos mais próximos.

- Não! Me desculpe, só estava te provando que eu mereço a sua falta de paciência comigo.

Eu sorri ao ouvir isso, ele provavelmente não viu. Aquele quarto estava um breu danado. Eu só tinha noção da nossa proximidade, devido ao fato de eu estar sentindo sua quente respiração e seu hálito fresco.

- Mas ainda assim, eu me acho má com você de vez em quando! Eu vou ser mais legal, tudo bem? – Involuntariamente, levei minha mão a sua cabeça e passei a mexer no seu cabelo. – Vou tentar pelo menos. – Ele riu pelo nariz.

- Eu gosto disso...

- Do que?

- Cafuné...

- Ah, eu também gosto de fazer... E seu cabelo é tão bom de passar a mão! – Ele riu com sutileza.

- É, você já me disse isso antes... Lily, se você se arrepender de gritar comigo mais vezes, você vai vir aqui no meio da noite pra se desculpar?

- Não sei, loiro! Que pergunta estranha! – Eu ri – Por que você ta perguntando isso?

- Nada... Eu só gostei do seu pedido de desculpas...

                Senti que ele apoiou sua mão em minha cintura e eu paralisei no mesmo instante.

- Que foi, Lils? Continua mexendo no meu cabelo, vai! – Ele disse enquanto apertava minha cintura, e colocava suas mãos, desta vez, quentes, em baixo da minha blusa, acariciando a minha lombar.

- Adam... É você? – Ele riu.

- O que?

- Com as mãos em mim...?

- É... – Ele falava como se isso fosse muito normal. Não sei como ele podia estar tão calmo, meu coração já estava à milhão!

- E... Você... Acha... Isso certo? – As palavras saiam com dificuldade da minha boca.

- Você não acha? – Percebi que nossos rostos estavam ainda mais perto, nossos lábios, quase se selando. – Não tenha medo... – Ele roçava seus lábios no meu. Eu estava assustada, e ao mesmo tempo em que eu queria fugir, eu estava gostando da adrenalina.

- Eu não tenho medo. – Pronunciei com os olhos já fechados, Adam sabia muito bem o que fazer depois.

                Começou com um beijo calmo, mas logo nossos lábios e línguas trabalhavam tão rápido que quase, nós mesmos, não tínhamos controle sobre eles. Ele me apertava contra o seu corpo e eu podia facilmente sentir que ele estava ereto, o que também é muito excitante. Adam beija como ninguém, e usa suas mãos como ninguém também, um pacote completo que, cá entre nós, eu queria aproveitar até o fim.

                Porém, nossas respirações se tornaram ofegantes muito rápido, e estava difícil controlar os "sons" de ambas as partes. Havia duas testemunhas presentes, tínhamos que parar.

- Adam... O Kevin e o Nick estão aqui ainda... – Enquanto eu falava, ele beijava meu pescoço ou mordiscava meu queixo.

- Eles têm o sono pesado...

- O Nick levanta toda hora pra ir ao banheiro...

- Diabético de merda!

- Adam, não fala assim!

- Ah não Lily, não me brocha não, vai! Não vai ficar defendendo ele agora, se não eu...

- Se não você o que?

- Eu acabo com você!

- Acaba comigo? Como? Você acha que eu tenho medo de você?

- Você quer pagar pra ver né?

                Adam subiu em cima de mim, e segurando os meus braços acima da minha cabeça, passou a beijar meu colo e depois voltava para minha boca enquanto massageava meus seios.

Sua boca estava descendo cada vez mais. E só ai, então, eu fui muito forte e tive que agir racionalmente.

- Adam, pára. – Ele voltou a subir, e eu pensei que ele havia entendido. Mas aí ele chegou aos meus seios de novo e... – Adam!

- O que? Você não ta curtindo?

- Não, muito pelo contrário... Mas aqui não dá! A gente já ta abusando da sorte...

- Então vamos pra outro lugar...

- Não...

- Pro meu carro?

- Não, doutor! – Ele se rendeu e deitou ao meu lado novamente.

- Poxa, olha como você me deixou... – Ele apertou o meu quadril contra o dele. – Isso é maldade...

- Adam, pára de ser tarado!

- Isso não é ser tarado, é ser homem!

- Não to falando disso... To falando da sua mão no meu bumbum! – Ele riu.

- Ah, já coloquei a mão em lugares piores hoje! – Eu o bati! – Eu não to mentindo e você sabe disso...

- Eu sei, mas... Você não acha isso nem um pouco errado? – Eu perguntei e ele riu. – Do que você ta rindo? Isso é muito sério...

- Eu sei, Lils... É que eu perguntei exatamente a mesma coisa pra Emy...

- Ta vendo só? O mundo dá voltas...

- Pois é! E não, eu não acho errado. Você está solteira, eu também...

- É... Mas, nossa! A gente quase fez sexo! E foi a primeira vez que a gente ficou!

- Por que você ta falando no passado? Como você deve estar sentindo, eu ainda estou muito afim, se você quiser...

- Adam! É sério, cara...

- Eu to falando sério também, Lily. Eu gosto de você... Eu não queria fazer sexo, eu queria fazer amor... – Eu ri. – O que foi? Tentei ser romântico como você falou...

- É, ta precisando de um pouco mais de treino. É tão estranho ouvir essas coisas vindo de você... E tipo, porra! Você ainda ta com a mão na minha bunda, você Adam! O meu melhor amigo!

- Eu não to tão espantado... Você é mulher, eu sou homem... Somos seres humanos, com extintos e desejos, nunca vamos poder nos arrepender do que não fizemos...

- É, você tem um pouco de razão...

- Eu quero me arrepender de você... – Ele disse e me beijou.

- É, ta precisando de muito treino! – Ele riu.

- Você ainda não realizou o seu desejo...

- Que desejo, Adam? Já disse que agora e aqui não vai rolar nada!

- Hm, então quer dizer que não sou só eu que está com essa idéia maravilhosa na cabeça?

- Hã? Do que você ta falando? – Sim, eu dei bobeira.

- Eu tava falando de você morder essa linda boca que vos fala. Mas, se você quiser realizar o outro desejo, estamos aí!

- Ridículo! – Eu ria. – Cadê a sua boca?

- Hm... – Ele me beijou – Aqui...

                Demos um beijo rápido, e no final, eu mordi aqueles lábios macios, carnudos e saborosos! Assim que o fiz, Adam sorriu e seus lábios foram fugindo de mim.

- Adam, pára de sorrir, eu quero mais! – Ele riu, e desta vez eu fui pra cima dele, eu o beijei, um beijo menos chocho do que ele me dera e então, o mordi. Que boca mais gostosa!

- Gostou né?

- Aham... Mas por que você fica sorrindo? Isso atrapalha!

- É que eu também gosto... – Ele veio para me beijar novamente, mas eu me esquivei. – O que foi?

- Hora de dar tchau, eu to com muito medo deles acordarem! A gente já nem ta falando tão baixo assim...

- Eu falo baixinho! Você fica? – Ele voltou a sussurrar de verdade.

- Não dá, eles vão acordar...

- Mas eu quero tanto ficar aqui com você... Ta tão gostoso... – Ele agarrou mais forte.

- Eu também queria, muito. Mas... Sabe como é né? Boa noite.

- Não! Dorme, aqui. Eu vou pra lá... Ta muito frio pra você ir pra lá com esse seu micro pijama. Me lembre de comprar um pijama decente pra você!

- Besta! Mas eles vão ver que...

- Que você dormiu aqui, mas que se foda! Se você ficar gripada, não vou poder te beijar...

Ai meu Deus, isso não é um sonho ou um pesadelo, não sei? Eu vou acordar amanhã e não saber o que fazer com o Adam e nem como lidar com os outros? E eu vou mesmo começar a ficar com o Adam no dia em que eu faria um ano de namoro com o cara que eu sou apaixonada?

- Tudo bem, me convenceu...

- Boa noite, super Lily!

- Boa noite, super Adam! Vá direto pra minha cama!

- O que? Acha que eu sou como você e vou ficar olhando a Emy dormir, por favor né! Sou muito macho!

- Ah, desculpa aê!

- E outra. Não sou tão insensível assim. Depois de agora, eu vou dormir pensando em você...

- Own, que lindo!

- Mas é só nessa noite, na próxima eu penso nela de novo ta bom? – Ele disse já rindo!

- Que cretino! Nem com gripe nem sem, você não me beija mais! – Ele ria mais, e eu já estava mandando ele se calar.

- Não vai ser difícil fazer você mudar de idéia... Eu sou O Adam, esqueceu?

- Como Super Lily, eu sou imune aos seus poderes, esqueceu?

- Oh shit!

- Vai lá, vai loiro!  A gente não pára de conversar nunca!

- É verdade, Lily. Somos foda.

- Na cama a gente esculacha... – Rimos juntos.

- Agora é verídica essa história aê! Ai, ai... Nada de ficar olhando pro Nick também, hein!

- Ai, não pede o que eu não posso evitar.

- É sério, Lils! Eu sou ciumento...

- Tchau, Adam.

- Não se importa com os meus sentimentos?

- Não... Adeus, Adam.

- Olha lá, hein!

- Não me faça chamar o Nick!

- Ah, vai se fuder ow! – Ele saiu do quarto enquanto ria.

                A real é que realmente Kevin e Nick têm o sono pesado. E ainda bem porque se não eu não iria dormir tão feliz quanto agora.


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