— Vai com cuidado e boa viagem! — Madge me abraçou a frente do meu portão de embarque.

— Obrigada! — Abracei Gale que estava com ela que me recomendou cuidado com Peeta. Sorri e entrei no avião.

Iríamos de primeira classe pra que mais luxo? Hahahah. A viagem foi longa e acabei adormecendo e só acordei quando o avião pousou. Peeta evitava muito contato comigo e isso era muito compreensivo. Fomos direto para o hotel, fizemos check-in e fomos descansar. Dormi novamente e só acordei com meu celular tocando.

— Alô? — Eu disse com a voz rouca.

— Te acordei? — Peeta disse do outro lado da linha.

— Mais ou menos. — Respondi rindo.

— Quer jantar comigo? — Peeta disse. Suspirei e tomei 2 segundos para eu avaliar os prós e contras, mas no fim resolvi aceitar. — Vamos procurar uma lanchonete qualquer. Não to a fim de comer, comida... Entende? — Rimos.

— Tudo bem. Vou me arrumar rapidinho e já bato na sua porta, tá?

Desliguei o telefone e corri no banheiro para fazer uma higiene rápida. Troquei o pijama por um jeans e moletom, peguei dinheiro e documentos e bati a sua porta. Quando Peeta abriu ele estava idêntico a mim.

— Você andou me espionando pelo buraco da fechadura? — Ele perguntou zombando a aparência de nossas roupas.

— Telepatia. — Rimos e saímos para jantar.

Fomos o caminho todo conversando e apesar de Peeta ser muito profissional, ele era bem divertido. Ele tinha um sorriso lindo, nossa. Paramos num quiosque a beira da praia para comermos. Enquanto Peeta fazia os pedidos no caixa, eu resolvi ir ao banheiro.

— Oi... — Um rapaz disse ao se aproximar.

— Oi. — Respondi.                                             

— Você é muito linda sabia? — Ele disse sorrindo com segundas intenções.

— Hum... Obrigada.

— Nós formaríamos um belo casal... — Ele disse ao tentar acariciar meu rosto.

— Olha meu namorado está bem ali e se ele ver isso ele não vai gostar. — Eu disse ao tentar me afastar, mas o rapaz segurou meu pulso com força.

— Não vá embora linda... Fica aqui, comigo.

— PEETA! — Gritei desesperada.

— Você tá gritando por quê? — O rapaz disse forte ao segurar meu pulso com mais força.

— PEETA! — Gritei novamente quase chorando.

— KATNISS! — Peeta gritou meu nome quando viu a situação em que eu estava. — Solta ela. — Ele disse forte.

— E se eu não quiser?

— SOLTA. ELA. AGORA. — Peeta disse ao se aproximar mais de nós dois.

— E se eu não quiser irmão?

Peeta socou a cara do rapaz que me empurrou contra uma parede. Bati minha cabeça com força. Filho da puta! Levantei brava e em meio aos socos que eles davam um no outro pulei sob as costas do rapaz e comecei a bater em sua cabeça. Peeta deu um soco nele e o mesmo desequilibrou comigo e saiu de 4 no chão. Sai de cima dele depressa e o mesmo saiu correndo.

— Katniss! Katniss! — Peeta agachou a minha frente e segurou minha cabeça com cuidado. — Você se machucou? — Ele perguntou preocupado.

— Não... To bem. — Falei acariciando minha nuca com os olhos fechados.

— Katniss... Olha pra mim.

Abri meus olhos e os mesmos encontraram os dele. E foi tipo aquela coisa de “quando a luz dos olhos meus e a luz dos olhos teus resolvem se encontrar” sabe?

— Katniss... — Peeta disse ao se aproximar de mim.

— Que? — Eu disse com a voz falha.

— Desculpa, mas...

E novamente Peeta me beijou. Aquilo já estava ficando rotineiro. Uma vozinha na minha cabeça me disse que eu devia parar, mas... aquilo estava tão bom. Paramos de nos beijar e Peeta encostou sua testa a minha ainda de olhos fechados.

— Vem vamos comer. — Peeta me ajudou a levantar. Nos encaramos por mais meio segundo e então eu o beijei. Mas dessa vez foi mais calmo... mais íntimo. Depois, Peeta segurou a minha mão e fomos comer.

Parecíamos um casal de namorados. Trocando olhares bobos, rindo bobos. Aquilo estava tão idiota! Depois de comermos voltamos ao hotel e enfim paramos a frente de nossos quartos.

— A noite foi maravilhosa. — Respondi sorrindo.

Peeta sorriu de volta e então me beijou. E ficamos tão envoltos naquele beijo que quando cai em mim estávamos os dois nos beijando sob sua cama. A coisa foi esquentando, então parei.

— Será que a gente pode apenas dormir? — Perguntei envergonhada. Peeta riu, pegou meu queixo, depositou um pequeno selinho e me respondeu.

— Claro.

— Olha, só vou colocar um pijama e já volto.

Eu sei. Eu sei que havia dito que não ia me envolver nisso, mas eu já estava tão envolvida que estava difícil me desvincular disso. Peeta havia ficado tão perfeito comigo que eu não sabia mais o que pensar.

Peeta’s POV.

A noite estava tão intensa. Primeiro, Katniss havia dito para nós paramos de nos beijar e agora ela estava aqui. No meu quarto, na minha cama, me beijando sem parar. A gente não conseguia conversar. Era tão idiota! Só nos olhávamos e acabávamos nos beijando, isso a noite toda até adormecermos. Acordei na manhã seguinte com meu celular tocando. Era Haymitch.

— Bom dia campeão, como a viagem está? — Ele perguntou.

— Ótima. — Eu disse sussurrando e saindo devagar da cama para não acordá-la.

— Ela está aí, não está?

— Quem? — Fingi que não havia entendido.

— Cadê a Katniss? — Haymitch perguntou debochado.

Na minha cama, pensei.

— No quarto dela, oras.

— Então eu posso ligar lá e ela vai atender?

— Olha Haymitch, são... 7h30 da manhã. Já que você me acordou vou começar a me arrumar para a visita tá? Olha, tchau.

Desliguei o telefone na cara dele e voltei para a cama. Katniss estava acordando e estava mais linda do que nunca.

— Bom dia. — Selei nossos lábios.

— Bom dia... — Ela disse ainda meio sonolenta. — Que horas são?

— Horas de trabalhar. — Respondi rindo.

— Então, é hora de eu ir para o meu quarto me arrumar. — Ela disse ao se levantar devagar.

— Te espero lá embaixo então. — Eu disse.

Katniss me observou por um instante e eu quis desvendá-la, mas ela era meio indecifrável. Ela sorriu, me beijou e saiu do quarto sorrindo. E me deixou ali, sorrindo também.