POV Jade

Hoje é terça feira, acordei atrasada para a escola porque eu fiquei a noite inteira pensando em como desmascarar a Vega. Infelizmente não consegui pensar em nada.

Tive que ir de carro para a HA. Cheguei um pouco mais da metade da segunda aula, como é proibido entrar com atraso de mais de 15 minutos, eu fiquei sentada na frente do meu armário esperando o sinal.

Comecei a pensar em como seguir a Vega sem que ela perceba, mas logo em seguida o sinal anunciando o fim da primeira aula tocou. Assim que me viu André veio a meu encontro.

_E aí Jade.

_Oi André.

_Então pensou em como a gente vai investigar a Tori? – ele disse meio debochando da parte do ‘’investigar’.

_Mais ou menos.

_E então, o que você vai fazer?

_Por enquanto eu não vou fazer nada, mas você vai. Você vai ficar o mais próximo dela que conseguir, na sala de aula, no almoço, e quando você notar alguma atividade “suspeita” você me manda uma mensagem.

_Ok. – ele disse simplesmente.

_É, agora sai daqui, ela pode desconfiar se te ver conversando comigo por muito tempo.

_Tudo bem. – ele disse saindo.

_Ah, espera. – o chamei novamente, ele se virou. – Descobre pra mim se a Vega está mesmo com o Beck. Agora vamos pra aula. – eu disse ao notar que os corredores já estavam vazios.

_Vai você primeiro e depois de uns minutos eu entro, pra ninguém desconfiar. – eu gosto do André porque ele pensa em tudo.

Entrei na sala e fui rapidamente para meu lugar, o professor estava escrevendo na lousa e nem percebeu que eu entrei, minutos depois André entrou.

Na hora do almoço, me sentei em uma mesa sozinha, logo depois apareceram Beck e Tori e se sentam comigo. Revirei os olhos e bufei.

_Jade, está brava por quê? – perguntou Tori

_Não te interessa Vega.

_Você vai visitar a Cat hoje? – perguntou Beck.

_Não sei.

_Se você quiser a gente te leva né amor? – disse a Vega olhando para Beck e dando um selinho nele.

Aquilo foi demais pra mim, a minha vontade agora é de esganar essa garota, mas eu preciso me controlar. A vingança é um prato que se come frio. Sai daquela mesa e fiquei em outra, onde eu não tinha visão daqueles dois.

POV André

A Jade cismou que a Tori tem culpa no sequestro dela. Mas será. Eu resolvi ajudar a Jade a investigar a Tori pra conseguir provar que ela é inocente. A Tori que eu conheço não participaria de um sequestro.

Na hora do almoço, como a Jade pediu, fui me sentar com Tori e Beck. Os dois pareciam estar discutindo com alguma coisa, mas eu nem liguei.

_E aí novo casal da HA. – eu disse sorrindo

_Oi André. – respondeu Tori sorridente

_Não somos um casal. – disse Beck

_Ah, mas então e a... – comecei puxar assunto, mas Tori me interrompe dizendo:

_André espera só um pouquinho. – ela pegou o celular e atendeu.

_Alô?

...

_O que? – ela pareceu assustada.

...

_Mas o que eu posso fazer?

...

_Você vai vim agora?

Ela desligou o telefone já se levantando da mesa:

_O que aconteceu? – perguntou Beck.

_Hã..... minha priminha está passando mal e eu preciso ir ajudar a cuidar dela.

_Quer que eu te leve? – perguntei.

_Não, não precisa, minha tia está vindo me buscar. – ela terminou de falar e saiu as pressas.

Achei estranho a Tori nunca disse que tinha prima, e pelo que eu sei a única tia dela está em outro país..

_Nossa a Tori se preocupa bastante com as pessoas hein? – disse Beck “encantado” com ela.

_É deve ser. – eu disse sem prestar muita atenção nele.

Resolvi mandar uma mensagem pra Jade.

“A Tori acabou de receber uma ligação meio estranha e saiu as pressas daqui.”

“E ela disse o que era?”

“Ela disse que a priminha dela está passando mal e que ela tem que ajudar a cuidar dela.”

“Até parece que é verdade, mas vamos descobrir. Me encontra no estacionamento agora”.

_Beck eu esqueci que eu tenho uma música pra terminar de compor e eu vou ter ir agora, então tchau. – eu disse e já sai da mesa.

_Tchau.

Fui até o estacionamento e Jade estava me esperando furiosa.

_Por que você demorou? – ela perguntou séria

_Eu não demorei. – me defendi.

_Tanto faz, vamos atrás da Vega.

Fomos no meu carro, por sorte conseguimos alcançar o carro em que Tori entrou. Mantive uma distancia boa para que ela não desconfiasse que estava sendo seguida. O carro parou na frente de uma casinha pequena, ela ficava um pouco antes da divisa com a cidade vizinha.

_André, essa casa é bem perto da casa da Anna. – disse Jade um pouco assustada.

_Mas você não disse que ela foi presa? – ela assentiu – Então não tem por que se preocupar. E a tia da Tori pode morar perto da casa da Anna.

_Não tem tia nenhuma André, era mentira dela. – disse Jade ainda culpando Tori. – Olha, ela saiu do carro.

Parei o carro a uns 20 metros daquela casa e fomos andando até a casa. Jade ficou embaixo da janela e tentou ouvir o que estava acontecendo lá dentro. O que ouvimos foi:

_Tia, como está a Clarinha?

_Ela está muito mal, a gente tem que leva-la ao hospital agora.

Ouvimos passos vindos até a porta, e nos escondemos atrás de um muro. Tori saiu junto com uma mulher e uma criança pequena no colo dela. Elas entraram no carro e saíram.

_Viu Jade, era a casa da tia da Tori mesmo. – eu disse

_Mas eu tenho certeza que ela tem culpa sim e que ela está envolvida com esse sequestro. – ela disse um pouco desesperada.

_Jade, melhor a gente ir embora, não tem nada aqui e a Tori não tem nada a ver com o sequestro ok?

Ela assentiu e entrou no meu carro.

_Vamos então.

Entrei no carro e fui em direção a HA. No meio do caminho perguntei:

_Então está tudo resolvido?

_Não. Ainda não me convenci.