Lado A Lado - O Que Houve Depois? escrita por Perniente


Capítulo 14
Boas Novas


Notas iniciais do capítulo

Me perdoem pela demora para postar o capítulo! Sei que todas estavam ansiosas por essas boas novas, mas faltou tempo para terminar antes haha
Espero que gostem!!



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A manhã seguinte foi mais quente e ensolarada que o normal. Edgar observou Laura dormindo tranquila  e resolveu fazer uma surpresa, levando-lhe o café na manhã na cama. Pediu que Matilde preparasse o café, acordou Melissa, colheu um belo ramo de alecrim e delicadamente acordou a esposa para o desjejum em família no quarto.

Laura: Edgar? Melissa?

Edgar e Melissa em uníssono: Bom dia!

Laura sorriu: Mas que delícia ser acordada assim! – beijou o marido e a menina – Mas por que essa honra toda?

Edgar se acomodou ao lado de Laura: Eu achei que você estava merecendo... Tem trabalhado demais, meu amor! E como não se sentiu bem ontem à noite, quis que você descansasse um pouco mais essa manhã. Fiquei preocupado.

Laura passou a mão no rosto do marido e antes que pudesse despreocupar o marido, Melissa, que comia um morango tão grande que mal cabia em sua boca, acomodou-se no colo da madrasta.

Melissa engoliu a fruta: Tia Laura, você tá doente?

Laura afagou os cabelos da menina: Não, minha princesa! Eu só estava cansada, mas hoje já estou melhor!

Matilde entrou no quarto com uma segunda bandeja: Com licença, mas o Dr. Edgar esqueceu o bule do café e as xícaras.

Edgar riu: Olha só! Mas que cabeça a minha... O principal! – ele se levantou da cama, pegou a bandeja das mãos da empregada – Obrigado, Matilde! Não sei o que seria do nosso café da manhã sem você.

Matilde riu sem jeito: Que é isso, Dr.! Com licença. – retirou-se do quarto, dando privacidade à família.

Edgar voltou-se para Laura e brincou: Bom, acho que agora não esqueci nada...

Todos riram. Edgar aproximou-se da cama e pôs a bandeja ao lado da que havia frutas, pães frescos, geleia e mel. Ao servir Laura com café e um pouquinho de leite, como de costume, notou que sua esposa não passava bem.

Edgar, o cheiro... – ela levou a mão ao rosto, tapando a boca e o nariz – o cheiro do café está muito forte...

A professora levantou-se rapidamente da cama, dirigindo-se ao banheiro. Edgar claramente preocupado, tentou acalmar a filha que encarava-o confusa.

Melissa: Papai, o que a tia Laura tem? Ela tá doente? Ela disse que não tava, mas tá!

Edgar consternado tentou disfarçar: Não, não, meu amor, a Laura está bem! Ela só tá cansadinha... Ás vezes você fica cansadinha também, né? É parecido! Não se preocupe – passou a mão nos cabelos da menina – Agora vá se vestir para a escola ou se atrasar pra aula.

Melissa: Mas eu quero ficar cuidando da tia Laura, papai!

Edgar sorriu ainda preocupado: Não precisa, meu bem, ela já vai melhorar. Eu vou cuidar dela, prometo, tá bem?

Melissa deixou o quarto do casal e foi se aprontar para a escola. Logo em seguida, Laura retornou pálida, mas já recuperada do enjoo.

Edgar: Laura! O que foi isso, meu amor? O que você tá sentindo?

Laura: Não sei, Edgar! Nunca tive isso, mas já estou melhor, não se preocupe! – disse sorrindo.

Edgar aproximou-se e acariciou seus cabelos: Me preocupo sim! E não pense que eu esqueci! Hoje iremos ao médico ver o motivo do seu cansaço, da vertigem de ontem e agora poderemos perguntar sobre o enjoo desta manhã.

Laura fez cara de súplica e aproximou-se do marido: Ai, Edgar! Você não esqueceu essa história de médico? Não precisa disso tudo.

Edgar: Não esqueci, nem vou esquecer. Precisa sim e a senhora não vai me fazer mudar de ideia. – beijou rapidamente a esposa – Agora vamos nos arrumar, pois precisamos deixar a Melissa no morro antes de ir ao consultório.

O casal se apressou para deixar a menina da escola e chegou ao consultório de um antigo conhecido do pai de Laura, para finalmente descobrir a causa de seus mal-estares. Edgar fez questão de acompanhar a esposa na consulta.

Médico: Então, o que os traz aqui?

Edgar: Minha esposa, doutor, ela vem se sentindo cansada, ontem ficou tonta, e hoje de manhã ficou enjoada.

Laura achou engraçada a antecipação do marido, mas repreende-o: Edgar, não acha que eu, como paciente, é quem devo relatar os sintomas que me trouxeram até aqui?

Os três riram.

Edgar: Desculpe. Estou aflito... A Laura nunca foi de passar mal...

Médico: Bom, a senhora pode prosseguir...

Laura: Na verdade é isso, doutor... Eu acho um exagero, mas meu marido insistiu para que eu viesse falar com o senhor.

Médico dirigiu-se a Edgar: Fez bem em insistir... Há quanto tempo a senhora vem sentido esses cansaços?

Laura: Acho... Acho que de umas duas semanas pra cá... Mas é porque eu tenho trabalhado demais, só isso.

O médico espantou-se: Trabalhado?

Laura pareceu irritada com a pergunta: Sim, trabalhado, por quê? 

Médico: Nada, nada... 

Laura e Edgar se entreolharam. O preconceito do doutor ficara evidente em sua expressão, mas ele continuou sendo profissional e educado, afinal a paciente em questão era filha de Assunção, seu colega e amigo nos tempos da faculdade.

Médico: Além desses sintomas, há algo mais que você possa relatar? Mudança no apetite, sono, inchaço nas pernas, ...?

Laura franziu o cenho e pensou: É... Agora que o senhor falou... Acho que tenho estado mais sonolenta sim... E acho que meu apetite aumentou um pouco também - ela olhou pra Edgar e sorriu - principalmente com os quitutes da tia Jurema.

Mas Edgar permanecia sério: Por que você não me falou isso tudo, Laura?

Laura: Já disse... Nem eu havia reparado...

O médico interrompeu a conversa paralela: Tenho uma outra pergunta mais, digamos... Íntima a fazer, sra. Vieira.

Laura: Pode fazer.

Médico: Suas regras estão atrasadas?

Laura imediatamente entendeu onde ele queria chegar e sorriu após pensar na resposta: Sim, estão...

Edgar preocupado, estranhou a pergunta: Eu não estou entendendo, Doutor... Laura... Será que alguém pode me explicar?? - desesperou-se

O médico ignorou-o: E de quantos meses é esse atraso, sra. Vieira? - esboçou um sorriso acompanhando o raciocínio da moça.

Laura: Acho que... - pensou insegura mas logo prosseguiu firme - De dois meses, doutor.

Edgar a encarava atônito. Se sentia excluido da conversa, sem entender o assunto.

Médico: Então, está claro pra mim. Esses sintomas não podem ser de outra coisa que não...

Edgar o encarou sedento por uma resposta: O que é, doutor? Por favor! O que a minha mulher tem?

Laura já sabia a resposta, mas encarava o médico sorrindo e esperando o término da frase.

Laura segurou a mão do marido e com uma voz tranquilizadora: Deixa ele terminar, meu amor.

Médico sorriu abera e francamente dessa vez: Sua esposa está grávida, Dr. Vieira. Parabéns, vocês vão ter um filho

Edgar ficou perplexo: Grávida?!

Laura olhou sorrindo para o marido acariciando o ventre. Uma lágrima escorria de seus olhos quando ela sentiu uma mão de Edgar em seu rosto e a outra em sua cintura.

Edgar beijou suavemente os lábios da amada e após limpar a furtiva lágrima de seu rosto, sussurrou: Você me tornou o homem mais feliz do Universo!


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Notas finais do capítulo

Ê!!! E aí? Correspondi às expectativas?