Entre A Lâmina E A Espada escrita por Shiota


Capítulo 7
Capítulo 7 - Movimentação - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Yooooo pessoal!! Cheguei com a continuação!!!!! Bom nesse capítulo MUITA coisa acontece, então pra não ficar muito grande e cansativo dividi ele em duas partes. Um aviso: nesse cap aparecerá um nome novo que não é um champ. Sei que muitos não vão saber quem ele é, mas tudo ficará claro futuramente, então aguardem ansiosos *oo* espero que curtam!! Boa leitura :)



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– Mas Majestade, isso é absurdo! – Lux se esforçava para segurar as lágrimas, mas estava muito abalada emocionalmente. Sua voz falhava por causa do nervosismo. – Garen nunca faria isso!

O Rei respirava fundo e segurava as mãos de Lux. Ela era como uma filha que ele nunca teve e entendia como ninguém a dor que ela estava sentindo, pois seu irmão também era como um filho para ele. Mas não podia negar os fatos.

– Lux, eu entendo sua dor. Não estamos dizendo que Garen traiu Demacia, mas temos que encarar o fato de que ele deixou a batalha. – Ele fez uma pausa. Seus sentimentos estavam causando uma violenta tempestade em seu peito. – E por causa disso, Jarvan desapareceu e nem sequer sabemos o que aconteceu.

Lux o encarou, agora já não continha mais as lágrimas.

– Exato! Não sabemos o que aconteceu! – Ela se virou para todos. – Vocês o conhecem, sabem que ele deve ter tido motivos! – Por mais que todos os companheiros estivessem com o coração partido, eles viam o caso da mesma forma do Rei. Lux se desesperou. – Como vocês podem? Como podem pensar isso de Garen só por causa da testemunha de um... um pássaro! – Ela apontou para Valor, a águia companheira de Quinn que repousava, atenta, em um suporte entre as cadeiras em volta da mesa, como se participasse da reunião.

Em resposta à acusação de Lux, Valor soltou um pio agudo e Quinn levantou-se empurrando a cadeira para trás. Seus olhos estavam semicerrados e fuzilavam a acusadora de seu companheiro voador. Xin levantou-se logo em seguida, tentando acalmá-la.

– Calma Quinn, ela está nervosa, não está medindo as palavras.

Lux chorava nos braços do rei. Poppy levantou-se e a pegou pela mão, levando-a para fora da sala. De dentro, ouviam-se suas palavras chorosas.

– Não... meu irmão não nos trairia... Garen não é uma traidor... - Soluços cortavam suas frases.

O Rei sentou-se soltando o ar com força. Pensamentos e sentimentos tentavam enlouquecê-lo. Aquele era um dos momentos difíceis da vida de um Rei. O príncipe, seu filho, havia desaparecido, seu soldado mais popular, o orgulho do exército, alguém tão querido como se fosse da família abandonou o reino em um momento crítico por motivos desconhecidos e seus comandantes estavam brigando entre si. Demacia estava à beira de uma crise. Era a hora que ele deveria provar seu valor. Mas nunca encarara uma situação tão delicada. O desespero ia tomando de conta e quando ele achava que se afogaria no mar da angústia, uma batida na porta o trouxe de volta à razão. Um soldado entrou com um grande folheto na mão.

– Majestade... - Ele se interrompeu. Sua expressão era ilegível.

O Rei fez um curto movimento de cabeça para que ele prosseguisse. Ele colocou o papel sobre a mesa e disse:

– Estão sendo espalhados por toda Valoran.

Xin pegou o papel e leu em voz alta:

– "Noxus orgulhosamente anuncia a todos que interessar a promoção ao título de Grande General de Jericho Swain, atual General, em razão da vitória contra Demacia na batalha de Kalamanda. A cerimônia de posse ocorrerá no centro da cidade de Noxus no dia 17 do Mês do Sol, às 20 horas. Na ocasião ainda ocorrerá a... – Xin parou de ler subitamente. Não podia acreditar o que via. Ele engoliu em seco, olhou para o Rei e continuou. – ... a execução do Príncipe de Demacia, Jarvan IV , vencido e capturado em batalha. – Ele fez outra breve pausa. – Expedido em: Dia 11 do mês do Sol. Assinado: Alto Comando Noxiano.

O coração do Rei apertou. Seu filho estava vivo... pelo menos por enquanto.

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– Nem acredito que deu certo. – LeBlanc falava sorridente enquanto arrumava petiscos em uma bandeja. – Você é um gênio.

– Tudo graças a você, minha querida. – Swain estava sentado em uma poltrona com as pernas cruzadas e com uma taça cheia até a metade de vinho tinto na mão. Seu corvo descansava no encosto do assento.


– Quem diria que o exército demaciano seria derrotado tão facilmente só por causa daquele garoto ingênuo. Foi tão fácil enganá-lo.


– Não foi só a ausência de Garen que nos deu a vitória. Tirar ele de batalha era apenas para compensar a falta que Katarina e Talon fariam. – Ele bebericou o vinho e continuou, sorrindo. – Mas quem diria que aquele príncipe mimado iria se entregar tão facilmente. – Ele gargalhou. – Tudo saiu melhor que o planejado.

LeBlanc deixou a bandeja de petiscos sobre um criado-mudo perto de Swain e foi para trás da poltrona. Falava enquanto massageava seus ombros:


– Ora não seja modesto. O mérito foi seu. Além de um estrategista nato é um monstro em batalha.


Swain colocou a taça de vinho sobre o criado-mudo e puxou LeBlanc pelo braço, fazendo-a sentar em seu colo.

– Agora meu objetivo está mais próximo do que nunca. – Ela o ouvia falar enquanto acariciava seu peito por debaixo da blusa. – Em cinco dias me tornarei Grande General e finalmente vou transformar Noxus na maior máquina de guerra que já existiu, conquistaremos tudo.

– E quanto à Keiran? – Perguntou ela.

– Ele não é mais um problema. Depois dos meus feitos em batalha, ele não poderá fazer nada contra mim, não importa se ele é o filho do ex-Grande General. – Ele parou, refletiu por um momento e continuou. – E se ele tentar algo... basta matá-lo. Com DuCouteau e Katarina fora da cidade, ele não tem apoio para vir contra mim.

LeBlanc sorriu ao ouvir a resposta de Swain. Mas algo ela ainda não entendia:

– Mas por que manter o príncipe demaciano vivo? Não seria melhor matá-lo de uma vez?

– Seria fácil matá-lo. Mas preferi esperar. – Ele acariciava o corpo dela. – O Rei com certeza vai tentar salvar o filho. Ele atacará com todo o seu poder para salvar o Príncipe. E quando isso acontecer, nós estaremos prontos: armadilhas já estão sendo preparadas em volta da cidade. Eles sofrerão perdas gigantescas. Quando estiverem fragilizados, iremos destruí-los completamente e invadir seu reino. – Ele fez uma breve pausa para apreciar o próprio discurso. – Demacia cairá de uma vez por todas.

LeBlanc gargalhou, deliciando-se com o plano do amante.

– Você é mau. – Ela sussurrou aproximando o rosto do dele.

Com um brusco movimento das mãos ele rasgou a parte de cima da roupa que cobria seu corpo, deixando-a nua da cintura para cima.

– E você gosta disso.

– Muito. – Concordou ela sorrindo, beijando-o em seguida.

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Garen acordou, mas não abriu os olhos. Suas pálpebras pesavam e seu corpo estava dolorido. Seu raciocínio estava lento, como se o cérebro estivesse dormente. Devagar, as lembranças foram tomando conta de seus pensamentos. Uma clareira, uma mulher-raposa, um feitiço que o controlava e sua espada afiada abrindo um corte no rosto de... – Ele levantou o tronco de uma vez, sentando-se com os olhos arregalados enquanto deixava sua voz soar pela clareira onde estava.


– Katarina!


Não havia ninguém lá. Novamente ela havia desaparecido. Ele respirou fundo e olhou em volta com calma. Ainda estava na clareia onde tudo havia acontecido. Demorou até que suas pernas respondessem. Tentou ficar de pé, devagar, todos os seus músculos protestaram, mas ele mesmo assim o fez. Olhou em volta mais uma vez e começou a andar. Em despeito de tudo o que tinha acontecido, tinha uma missão a cumprir. Não podia deixar Katarina chegar à Ilha das Sombras. Quando já estava saindo da clareira sentiu uma presença atrás de si. Uma lâmina estava cruzada à frente de seu pescoço e outra atrás dele.

– Muito bem. – A voz de Katarina quebrou o silêncio. – Agora vamos nos resolver demaciano. – Garen procurava não engolir saliva, sentia a lâmina gelada encostada na pele. – Como me encontrou e por que veio atrás de mim? – Antes que ele pudesse responder, ela advertiu. – Sem gracinhas! Já perdi chances demais de te matar e eu juro pela minha honra que não deixarei essa passar se for preciso.

Garen respirava devagar, tentou parecer calmo.


– Descobrimos seus planos. Não importa o que aconteça não deixarei você acionar os reforços.


– Reforços? – Katarina estava confusa. – Do que você está falando?

Garen estranhou a sinceridade no tom dela. Mas se manteve firme.

– Não adianta negar. – Ele falava firme como se estivesse no controle da situação. – Sabemos que Noxus está compactuando com as criaturas da Ilha das Sombras para usar seus poderes contra nós. Não importa que tipo de truque sujo vocês usem, Demacia não vai cair.

Katarina sorriu debochando.

– Pff. Ora, mas que abusado. – Com o pé ela o empurrou para frente, derrubando-o. – Vocês se acham muito inteligentes, mas não sabem de nada. – Ela se virou e começou a se afastar. – Tenho pena de você. Volte pro seu reino, antes que eu mude de ideia e transforme você em porco espinho com minhas adagas.

– Pare! – Garen se levantou com a espada na mão. – Você não vai me enganar! Por que mais estaria viajando para Ilha das Sombras? Nada de bom vem de Noxus!

– Eu não te devo explicações. – Ela continuava se afastando.

– Não vou deixar você partir sem me enfrentar.

Katarina parou. Virou-se devagar e em menos de um segundo estava com sua adaga novamente no pescoço de Garen. Seu rosto estava distorcido numa expressão de raiva. A ignorância de Garen estava lhe estressando.

– Mas quem você pensa que é? Olhe o seu estado! Você não me venceria nem em sua melhor forma ainda mais agora, feito um saco de pancadas após o treinamento. Só não lhe matei ainda porque não quero manchar minha honra. – Ele olhou para ela, e tão de perto não pode deixar de notar a cicatriz. A cicatriz que ele causara. Ela percebeu. – Ah, isso? Será que eu deveria fazer uma em você também? – Garen quase torceu para que ela fizesse mesmo, assim talvez aquele sentimento de culpa parasse de lhe torturar. Ele virou a cabeça, fechando os olhos para não encara-la. Com surpresa, Katarina percebeu a reação dele e sem saber o que pensar, o soltou, empurrando-o para trás. – Me deixe em paz e vá embora. – Ela voltou a se afastar.

Garen nada mais falou. Apenas abainhou sua espada e começou a segui-la, devagar como seu corpo permitia. Não entendia por que, nem como, mas sabia que ela estava falando a verdade. E mais confuso ainda era o motivo pelo qual ele não queria ir embora.

– O que você pensa que está fazendo? – Perguntou ela.

– Vou com você. Não posso correr o risco de você está mentindo. – Era mentira, ele apenas queria ir com ela.

Katarina ficou encarando-o por um longo tempo. Ela sustentava seu olhar com corajosos olhos verdes. Alguma coisa nele mexia com ela. O que ela pensava ser um ódio mortal contra um dos demacianos mais idiotas e cabeças dura que já tivera o desprazer de encontrar, na verdade, já não tinha mais certeza do que era. Seu coração estava apertado e uma incômoda sensação de estar fazendo algo errado tomava conta dela. Um nó se formou na sua garganta. Ela virou e continuou andando. Sabia que ele a estava seguindo, mas, sem saber o porquê, permitiu. Mas não podia pensar nisso agora, tinha que se concentrar em chegar em Freljord para tentar conseguir um barco para a Ilha das Sombras. Seu pai a esperava.

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– Ora, vejam só quem decidiu visitar os vizinhos. – As palavras eram ditas por uma voz seca e grave que soava estrondosa, piorando ainda mais a atmosfera já nada agradável.


– Quieto Thresh. Poupe-me de suas ironias. Vim falar de algo que talvez lhe interesse. – Evelynn andava cautelosa no terreno acidentado e lamacento da Ilha das Sombras. Odiava aquele lugar. Mas era o único em que podia andar livremente durante o dia. Aquelas terras nunca viram a luz do sol.


– Estou ouvindo. – Thresh estava sentado em uma pedra redonda. Ao seu lado estava uma lanterna que emanava uma curiosa e ao mesmo tempo assombrosa luz esverdeada. Era como se desse para ouvir gritos de sofrimento vindos de bem longe em seu interior. Ele afiava uma grande foice presa a uma corrente exageradamente comprida. Seu rosto fantasmagórico que lembrava uma caveira com chifres e queimava em chamas também esverdeadas parecia, de alguma forma estranha, concentrado.

– Fiquei sabendo de outra presa que pode lhe servir. Para falar a verdade tenho quase certeza.

Thresh parou o que estava fazendo, mas não olhou para Evelynn. Ela prosseguiu.


– Ela está em uma área chamada Freljord. – Evelynn olhava as próprias garras, surpreendentemente bem cuidadas. – Pelo o que sei o povo de lá está dividido em tribos que não se dão muito bem. A possibilidade de uma guerra civil paira sobre a terra todos os dias durante anos.


– E como isso poderia me ajudar em meu propósito?

Evelynn o encarou. Conseguira o que queria. Thresh estava interessado. Seu plano estava funcionando.

– Bom... como deve imaginar, tribos têm líderes...

– Vá direto ao ponto. – Thresh estava impaciente.

Evelynn sorriu.

– Dizem que a líder de uma das tribos é uma garota extraordinária. Tem um coração forte e poderoso e uma essência mágica incrível. Parece que ela consegue criar flechas de gelo apenas com o ar à sua volta. Não é admirável? – Evelynn brincava com as palavras. Ela sabia como influenciar Thresh. Afinal, já havia feito isso antes. – Quando ouvi isso lembrei imediatamente de você.

Thresh levantou-se. A foice presa a correntes em uma mão e a lanterna na outra.

– Você sabe onde encontrá-la?

– Claro. Eu sou uma ótima informante, você me ofende pensando que não saberia algo tão simples. – Thresh apenas olhava para ela. – Bom... A tribo é conhecida como Avarosianos. Não será difícil de achá-los. Quando encontrá-los será fácil saber quem você procura, mas só por garantia: o nome é Ashe.

Algo que fazia alusão a um sorriso surgiu na face monstruosa de Thresh e ele saiu andando, arrastando suas correntes que faziam um barulho metálico que acabaria com o sono de qualquer um. Já havia se distanciado um pouco quando algo lhe ocorreu.

– Por que está me ajudando Evelynn? Primeiro aquele noxiano, DuCouteau, agora essa tal de Ashe... O que está ganhando com isso?

Ela sorriu, mostrando as presas afiadas como lâminas.

– Não se preocupe querido. É isso que bons vizinhos fazem.

Thresh a encarou por um curto tempo e voltou ao seu caminho. Estava indo para Freljord.


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Notas finais do capítulo

OOOOO: e então?? curtiram? aii eu espero que sim >__< fiquem atentos que agora a história vai acelerar o ritmo, espero que vcs estejam tão ansiosos quanto eu pra saber o que vai acontecer *oo* tantos mistérios pra serem resolvidos né?? bom, a parte 2 desse capítulo já está sendo escrita, então não deve demorar muito até eu trazer para vocês. Ah, e n esqueçam de deixar a review de vcs me dizendo o que acharam, como sabem ela é muito importante pra mim :)) thanks guys!! bjjj~



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