Entre A Lâmina E A Espada escrita por Shiota


Capítulo 8
Capítulo 7 - Movimentação - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

GEEEEEEEENTEEEEEEEEE DESCUUUUUUULLLLLLLPPPPPPEEEEEEMMMMMMMMMMMMMM DDDDDDDD: eu sei que passei quase um mês sem postar capítulos e que isso é TERRÍVEL! tbm leio fics e sei como é quando o autor demora mas sério gente, esse mês foi um mês de cão, fiquei sem pc uns dias, tive mil provas e quatrocentos trabalhos pra fazer e ainda viajei meu deus foi uma loucura então espero que possam me perdoar por essa demora gigantesca. Vou dar o meu melhor pra que n aconteça novamente. Espero que continuem lendo a história, estamos entrando a reta final :)) Boa leitura ^^



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– ... e o resgate de Jarvan será feito pelos infiltrados do Esquadrão Olhos de Águia. – Xin Zhao terminava de explicar seu plano de invasão à Noxus aos companheiros.

Lux, Poppy, Quinn e o Rei o escutavam com atenção. A sala onde já haviam planejado tantas estratégias, tanto políticas quanto de batalha, agora parecia tristemente vazia. Isso porque realmente estava. Duas cadeiras, uma de cada lado do assento do Rei, permaneciam vazias, lembrando à todos da ausência de Jarvan e Garen.

– Me parece um plano sensato. – Comentou Poppy. – Mas um tanto complexo para por em prática em tão pouco tempo. – Ela fez uma pausa. Seu tamanho diminuto comparado ao dos humanos não desmerecia o respeito que todos ali tinham por ela. Era a embaixadora dos Yordles em Demacia, um cargo de honra. Mas sobre tudo, era uma amiga empenhada em ajudar o reino em um de seus momentos mais críticos. Isso só fortalecia e reafirmava os bons sentimentos dos demacianos em relação a ela. – Qualquer pequeno erro pode custar a vida do príncipe.

– Eu concordo. – Disse Xin. – Mas na situação em que estamos, temo que essa seja nossa melhor e talvez única alternativa.

Um silêncio tenso tomou conta do lugar. Todos se esforçavam ao máximo para encontrar uma solução menos arriscada, mas algo como aquilo nunca havia sido enfrentado por nenhum deles.

– O que acha Quinn? – O Rei quebrou o silêncio. – Você acha que seu esquadrão poderá fazer isso?

Valor se empertigou em seu suporte ao lado da cadeira de Quinn, que respondeu ao Rei prontamente.

– Acredito que sim Majestade. O Esquadrão Olhos de Águia é formado pelos melhores espiões do reino, além de ótimos guerreiros. Eu apenas terei que me infiltrar para comandá-los, mas com a ajuda de Valor será fácil. – Valor soltou um baixo pio, como se afirmasse o que sua companheira dizia.

– Lux? – O Rei olhou para ela, pedindo sua opinião.

Lux havia passado toda a reunião em silêncio, o que não condizia nada com seu comportamento de costume. Para alguém que era sempre muito participativa e comunicativa, ela estava... triste. Nem sua aparência estava radiante como de costume.

– Majestade... – Ela parecia relutante. – Visivelmente a atitude de Noxus de divulgar publicamente a execução de Jarvan é para mostrar superioridade sobre Demacia. Sem dúvidas eles estão preparando uma armadilha, o que nos deixa sem saída, pois eles sabem que iremos tentar salvá-lo e é exatamente o que eles querem. – Todos olhavam para ela, atentos. Onde ela estava querendo chegar? – Mas o fato é que não nos restam muitas alternativas, então se usarmos um ataque direto para distração combinado com a ação não esperada pelos noxianos dos agentes infiltrados, talvez... – Ela deu ênfase ao “talvez”. - ... dê certo. – E antes que alguém pudesse falar, ela continuou. – Mas... provavelmente teremos muitas perdas.

Todos se voltaram para o Rei, agora que todos já haviam falado o que achavam, cabia a ele tomar a decisão final. Ele não precisou pensar muito, afinal, apesar de muita coisa estar em jogo, ele não poderia abandonar seu filho, o príncipe, à própria sorte. Se o plano estivesse indo mal, ele assumiria as responsabilidades.

– Muito bem, então façam os preparativos. – Todos se levantaram, apesar da tensão, era impossível para um demaciano não se empolgar ao saber que enfrentaria um noxiano. O Rei advertiu. – Mas não se distraiam, nosso foco é salvar Jarvan, nada mais além disso, não lutem sem necessidade. – Todos assentiram com um curto movimento de cabeça. – Xin, venha comigo para discutirmos os detalhes, Poppy e Lux, acione os reforços. Quinn, prepare-se e parta assim que puder, faça o que for preciso para se unir aos infiltrados. – Ele se levantou e saiu da sala, seguido por Xin.

Poppy saiu logo em seguida. Quando Quinn ia sair da sala, com Valor empoleirado em seu braço, Lux a interrompeu.

– Quinn... – Quinn esperou até que Lux viesse até ela. – Queria me desculpar pela última vez... Eu estava fora de mim e acabei falando o que não devia. Espero que possa me perdoar. – Quinn continuou a encarando em silêncio, como se esperasse que ela terminasse. Lux rapidamente entendeu o que devia fazer. – Você também Valor, me desculpe, não foi minha intenção duvidar de você.

Valor deu um pio baixo. Quinn pareceu satisfeita, ela pegou no ombro de Lux com sua mão livre.

– Tudo bem, eu sei como se sente. Sei como são esses casos com irmãos. – Ela olhou rapidamente para Valor. – Mas não se preocupe, tudo vai ficar bem.

Lux sorriu sem graça. Quinn partiu, deixado-a sozinha.

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LeBlanc levantou-se de súbito, respirando rápido e suando frio. Com a movimentação, Swain também acordou. Sonolento e ainda deitado, ele perguntou:

– O que aconteceu?

LeBlanc não respondeu, pareceu nem notar a pergunta. Ela saiu da cama e cobriu o corpo com um manto de seda. Estava visivelmente nervosa. Swain fez outra tentativa.

– O que te aflige minha querida?

Ela olhou para ele, seu rosto estava distorcido em uma indisfarçável expressão de preocupação. Swain percebeu que algo realmente não estava certo e sentou-se na cama com um lençol lhe cobrindo da cintura para baixo. LeBlanc foi até ele e sentou-se ao seu lado. Ainda encarando-o, respondeu:

– Eu tive um pesadelo... com ela...

– Ela?

– Você sabe! – A voz dela estava trêmula. – Evelynn...

Swain liberou um suspiro pesado, seus ombros relaxaram.

– Ora, LeBlanc, você ainda está pensando nisso?

Ela desviou o olhar do dele, passou a olhar fixamente para um ponto qualquer no chão. Suas pernas se mexiam de nervosismo. Apertava os joelhos com tanta força que os nós dos dedos estavam brancos. Swain tentou acalmá-la:

– Calma minha querida, foi só um pesadelo. Já passou. – Ele a abraçava por trás.

Ainda nervosa e olhando para o chão ela respondeu:

– Não... foi muito mais real que isso. Era como se... realmente estivesse acontecendo. – Ela voltou a encará-lo. – Eu senti.

Um incômodo momento de silêncio se seguiu, apenas para quebrá-lo Swain perguntou:

– E como foi esse pesadelo?

LeBlanc se levantou. Começou a andar pelo grande quarto que na verdade era uma mistura de vários cômodos. Ela falava rápido.

– Eu não lembro tudo. Mas ela sabia que nós estávamos juntos e montou um plano para me pegar. Eu não sei como, mas... – Ela parou de repente e falou como se aquilo fosse uma surpresa para si mesma. – Ela nos matou...

Swain sabia que aquele era uma assunto que mexia com LeBlanc. Ele prendeu o lençol na cintura com um nó e se levantou. Abraçou-a por trás e disse.

– Calma minha querida. Sua presença em Noxus... Aliás, sua existência de forma geral é um segredo para todos. – Ele a virou de frente. – Porque você se preocupa tanto?

LeBlanc soltou o ar pesadamente. Ela se soltou dos braços de Swain e começou a andar de um lado para o outro enquanto falava:

– Acho que já é hora mesmo de você saber. – Ela parou e olhou pra ele. – É melhor você sentar.

Swain a encarou por poucos segundos antes de, sem pressa, vestir suas calças que estavam jogadas no chão ao lado da cama e sentar-se na poltrona como de hábito. LeBlanc recomeçou a andar de um lado para o outro, passou um tempo sem falar nada, até que começou:

– Como você sabe, Noxus foi comandada durante muitos e muitos anos pelo Ex-Grande General Boram Darkwill. Você deve ter ouvido falar que ele estava no comando desde antes mesmo do Rei Jarvan I de Demacia e que, estranhamente, não envelhecia. Pois bem, a responsável por isso era eu. – Swain empertigou-se na poltrona. Ouvia atentamente cada palavra. – Naquela época eu era a líder um clã de grandes magos chamado Rosa Negra. Nós éramos os pilares das relações políticas noxianas e foi com a minha ajuda que Boram Darkwill militarizou Noxus. Com a nossa aliança, ele acendeu no governo e se tornou poderoso. Eternamente jovem graças à minha magia, exerceu sua autoridade por mais de um século e em gratidão, os membros da Rosa Negra receberam títulos de nobreza e ocupavam cargos importantes no poder. – Ela fez uma pequena pausa. Parecia estar escolhendo as palavras certas para falar. – Por ter vivido muito mais do que qualquer pessoa normal, Boram teve muitos casos amorosos e de um desses casos nasceu uma criança: Keiran Darkwill. – Ela fez uma breve pausa e logo continuou. – Com o passar dos anos, o nascimento de Keiran se tornou um problema. Boram se tornava cada vez mais próximo da mãe da criança e aquilo não me agradava. Até chegou a me perguntar se era possível cancelar o feitiço de juventude. Eu temi pelo que poderia acontecer a mim e à Rosa Negra e tomei providências: forjei um ataque e matei a mulher. Tudo teria saído bem, mas Keiran, que era uma criança, muito precoce para a idade, descobriu meu plano com a ajuda de alguns membros do exército leais à Boram. Ele então contou ao pai e para a surpresa de todos, Boram não mostrou se interessar. Pouco tempo depois meus laços com Boram já estavam reconsolidados. Ver seu pai compactuando com a assassina de sua mãe não agradou em nada Keiran e assim ele cresceu, cultivando o ódio por mim e pelo pai.

Swain parecia realmente interessado na história. Suas mãos estavam cruzadas em baixo do queixo, com os cotovelos apoiados nos braços da poltrona. Só seus olhos se mexiam ao acompanhar o caminhar de LeBlanc, que continuou falando:

– Poucos anos atrás, como você sabe, Boram foi misteriosamente assassinado. O caso foi dado como encerrado porque nenhuma pista foi encontrada. – Ela fez uma pausa, parou e olhou nos olhos de Swain. – O que você não sabe, é que eu não desisti de descobrir o que aconteceu e depois de um ano de busca eu descobri o que aconteceu. Keiran contratou uma dupla de assassinos para realizar o serviço. Obviamente, para terem conseguido derrotar Boram e os soldados que estavam com ele eram muito poderosos. Na verdade, nem sequer humanos eles eram. Eram duas criaturas desconhecidas, que nem nos mais obscuros rituais de necromancia eu havia visto. Descobri seu covil na Ilha das Sombras, e atacando de surpresa consegui matar um deles. Mas o que ficou vivo me derrotou e só graças ao meu clone sai com vida de lá. Quando a criatura percebeu que não tinha me pegado, jurou vingança, porque aparentemente o que eu matei era seu amante. Quando voltei da minha busca, cerca de um ano depois, Noxus estava completamente diferente. Pela primeira vez o cargo de Grande General estava desocupado. Keiran, o sucessor oficial do cargo não havia sido nomeado porque, também pela primeira vez, outro candidato apareceu: você. Uma grande disputa pelo poder estava acontecendo e por causa da minha ausência de um ano, não havia lugar para mim nela. Além disso, com Keiran contra mim eu estava em sérios problemas. Para me proteger então, suspendi as atividades da Rosa Negra. Fiz com que o clã desaparecesse sem chamar atenção e pedi a meus seguidos para aguardarem até que eu conquistasse a oportunidade de nos reerguermos e sumi junto com eles. – Ela o encarou, em silêncio.

Devagar ele se levantou, andou lentamente até ficar de frente para ela, seus rostos quase encostados.

– Por isso você se uniu a mim. – Swain afirmou, encarando-a sério.

LeBlanc soltou o ar com força. Desviou o olhar do dele e começou a falar:

– A princípio, é verdade. Ajudar você era uma ótima chance, ou talvez até a única que eu tinha de reerguer a Rosa Negra. – Voltou a encará-lo firmemente. – Mas agora não é mais assim. Eu ainda quero reerguer a Rosa Negra, mas com o tempo eu acabei me apaixonando por você de verdade. – Um sentimento de pesar tomava conta dela. Aquela sensação era estranha. Ela sempre se importara só com os próprios interesses, mas agora, realmente estava amando alguém além de si própria.

Swain se virou de costas para ela. Um breve minuto de silêncio tomou conta do lugar até que ele falou:

– Tudo bem, eu acredito. – Ele disse com a voz firme. – Você me ajudou muito e eu só cheguei onde estou agora graças à sua ajuda, não vou abandoná-la. Quando eu for oficialmente o Grande General de Noxus vou ajudar a reerguer a Rosa Negra e juntos dominaremos toda a Valoran – Ele se virou novamente para ela, pegou suas mãos e continuou. – Mas antes preciso saber de duas coisas.

LeBlanc estava sorrindo, Swain acreditava nela, seus sentimentos eram correspondidos. Ele também a amava. Em êxtase ela falou:

– Tudo o que quiser meu amor.

Ele sorriu.

– Primeiro, você pode conjurar o feitiço da juventude eterna em mim?

– Sim! Claro! Assim que a Rosa Negra estiver reunida e meus poderes reais forem restaurados você será jovem para sempre, assim como eu sou, assim como Boram foi. Governaremos juntos para sempre!

LeBlanc estava muito empolgada. Ter falado a verdade para Swain e ele ter aceitado a deixou muito feliz. Ele falou então:

– E por último... A criatura que lhe jurou vingança... – O sorriso sumiu do rosto dela enquanto ele falava. – Era Evelynn não era?

Ela olhou para baixo e respondeu com desânimo.

– Era.

Swain foi até a poltrona e sentou-se novamente. Cruzou os dedos abaixo do queixo, pensativo e disse:

– Por isso você a teme tanto. E por isso ela está me ajudando. De alguma forma ela descobriu que eu tenho alguma relação com você e está me usando para te encontrar.

LeBlanc foi até ele e se ajoelhou a sua frente, segurando suas mãos ela disse:

– Não é só isso. Pelo o que sei, depois de eu ter assassinado seu amado, ela se tornou uma criatura mais cruel e mais vingativa do que já era. Ela anda por ai matando e se alimentando de homens comprometidos, deixando mais e mais mulheres viúvas a cada dia que passa. – Ela respirava ofegante. – O que temo não é só ela me encontrar. – Ela se pôs de pé. – Provavelmente ela quer me fazer sentir o que ela sentiu, eu acredito que ela saiba que temos um caso e que queira te matar primeiro e só depois me tirar a vida, para me fazer sofrer em dobro.

Swain se levantou da poltrona, a segurou pelos braços e disse olhando para ela:

– Não se preocupe, não vou deixar ela encostar em um fio de cabelo seu.

LeBlanc não entendia o porque, mas ouvir aquilo a fez se sentir a pessoa mais segura do mundo. Estava tudo bem, ela estava com seu amado, seu companheiro, seu aliado. Nada poderia detê-los. Ela pôs as mãos no rosto dele e o beijou.

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– Agradeça à sua futura rainha por mim. – Disse Garen ao soldado que estava à porta da cabana.

– Ashe pede desculpas por não poder lhe oferecer um lugar melhor no momento, Garen de Demacia, mas pede que fique à vontade. Se precisar de alguma coisa, me avise. – O soldado se virou e partiu, Garen fechou a porta.

– Nada mal, demaciano. Conseguir um barco para a Ilha das Sombras em um dia e mais uma cabana para passar a noite... Nada mal mesmo. – Disse Katarina enquanto saída de trás de uma pilha de caixotes. Ela se sentou em um banco de madeira baixo e começou a comer uma maçã que pegara de uma das caixas.

Garen sentou-se no chão, encostado em outra pilha de caixotes.

– Demacia apoia Ashe e os Avarosianos na guerra pelo trono de Freljord, por isso ela nos ajudou como pôde.

Katarina olhou em volta, avaliando a cabana em que estavam.

– Humf... Vocês perdem tempo demais com assuntos que não são seus. E olhe o que eles lhe oferecem como alojamento, um depósito de mantimentos. – Ela tentava passar hostilidade na voz, mas Garen não dava atenção a isso.

– Incrível como você conseguiu entrar aqui sem ser notada, o soldado estava bem na minha frente.

Katarina tirou um último pedaço da maçã e jogou o resto no chão do depósito. Garen divertia-se com suas tentativas de se distanciar dele.

É uma técnica passada entre os assassinos da minha família. Demorou a minha infância inteira para aperfeiçoa-la. – Disse ela indiferente.

– Sua infância... – Garen deixou escapar o comentário. Já havia ouvido falar que em Noxus muitas crianças aprendiam a lutar e a matar ainda muito novas, a fim de acender socialmente, mas não sabia que era verdade.

Katarina sorriu e levantou-se, foi até o caixote de maçãs e pegou outra.

– Ela se chama Shunpo. Atualmente só mais duas... – Ela se interrompeu, parecia pensativa. Seu rosto assumiu uma expressão séria. Garen a observava atento. – ... só mais duas pessoas sabem como usá-la. – Ela devolveu a maçã à caixa bruscamente.

Duas pessoas... Garen sabia que um era o irmão adotivo de Katarina, Talon, mas a outra... quem seria?

– No que está pensando demaciano?

Garen olhou para ela surpreso ao ser trazido de seus pensamentos de volta à realidade.

– Nada. – Disse ele. – É melhor descansarmos, amanhã nós vamos partir cedo.

– Eu vou partir cedo você quis dizer! – Ela o encarava nos olhos. – Nem sei porque deixei você me seguir até aqui, mas... – Antes que ela pudesse terminar de falar, um barulho muito alto veio do lado de fora. Em seguida ouviu-se gritos de medo e vozes de soldados ordenando evacuação rápida.

Garen se levantou de um salto e saiu da cabana seguido por Katarina. Muitas pessoas corriam em direção à saída da aldeia. Alguns soldados ajudavam os civis na evacuação enquanto outros corriam em direção ao centro da aldeia. Garen parou um deles e perguntou:

– O que está acontecendo?

O soldado pareceu reconhecer Garen.

– Uma criatura desconhecida está atacando a Grande Cabana. Achamos que está atrás da líder. Você precisa nos ajudar Garen de Demacia, ele é um monstro, está passando por todos os nossos homens!

Katarina pulou sobre o soldado segurando-o pela gola. Com uma adaga em seu pescoço e os olhos arregalados. Ela perguntou com voz exaltada:

– Como é essa criatura? Ela carrega alguma arma?

O soldado, surpreso, respondeu gaguejando com a fria lâmina encostada em sua pele.

– Seu... Seu rosto parece uma caveira. Sua cabeça está envolta em chamas verdes e sua roupa é negra como a noite. Ca... carrega uma grande lanterna com luz esverdeada e... – Ele não pôde terminar a descrição, pois Katarina o largou, empurrando-o. O soldado caiu sentado no chão enquanto ela disse para se mesma:

– É ele! – E partiu em direção à grande cabana.

Garen então percebeu. “Uma de suas filhas relatou que ouviu um barulho metálico no quarto: “Primeiro ouvi um barulho de correntes no corredor, em seguida ouve um breve silêncio e ouvi o som das lâminas de meu pai se chocando contra alguma coisa, também metálica. Sai do meu quarto em direção ao dele para ver o que estava acontecendo, mas quando cheguei à porta, uma luz esverdeada escapou pelas frestas. Quando entrei no quarto não havia mais nada lá.”” Por isso Katarina hesitou ao falar que só mais 2 pessoas podiam usar o Shunpo... Era por isso que ela estava indo para a lha das Sombras. Não era para contatar reforços para Noxus. Não era uma questão política. Aquilo era pessoal... Como ele não havia percebido antes? Katarina estava ali para salvar seu pai! E a criatura que o sequestrou agora estava ali. Uma criatura que havia capturado um dos mais poderosos generais noxianos. Um monstro que estava derrubando dezenas de homens treinados do exército avarosiano. Um ser com habilidades sobrenaturais e desconhecidas. Katarina não poderia enfrentar aquilo sozinha, era muito perigoso. Ele saiu em grande velocidade em direção ao centro da aldeia, sua espada em mãos, pronta para cortar quem ficasse em seu caminho. Nada de mal aconteceria à ela, não naquele lugar... Não com ele ali.

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– Porque está me ajudando Evelynn? Já chega! O que está ganhando com isso? – Talon estava falando alto.

– Ora meu querido, isso não vem ao caso. Por hora, basta você saber que temos um inimigo em comum e que, se você fizer a sua parte e tudo dê certo, logo, logo, ele não será mais um problema.

Talon semicerrou os olhos. Novamente iria sair sem respostas.

– Katarina não vai aceitar voltar para Noxus. Não sem recuperar DuCouteau. – Disse ele.

– Ah, isso não será um problema. – Ela entregou um papel dobrado e levemente amassado a ele. – Mostre isso a ela e tenho certeza de que de uma forma ou outra, vocês estarão de volta à Noxus em poucos dias.

Talon pegou o papel e o leu: “Noxus orgulhosamente anuncia a todos que interessar a promoção ao título de Grande General de Jericho Swain, atual General, em razão da vitória contra Demacia na batalha de Kalamanda. A cerimônia de posse ocorrerá no centro da cidade de Noxus no dia 17 do Mês do Sol, às 20 horas. Na ocasião ainda ocorrerá a execução do Príncipe de Demacia, Jarvan IV, vencido e capturado em batalha. Expedido em: Dia 11 do mês do Sol. Assinado: Alto Comando Noxiano.”

– Mas o que... – Ele ia exigir explicações, mas estava sozinho. Evelynn havia desaparecido.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? :)) espero que tenham gostado e que algumas perguntas já estejam sendo respondidas pra vocês. E claro, espero que outras estejam se formando haha Não esqueçam de deixar as reviews. Desculpem novamente por esse crime que comenti com vcs de ter passado tanto tempo sem postar x)) até o próximo cap. byee~~



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