Entre A Lâmina E A Espada escrita por Shiota


Capítulo 6
Capítulo 6 - Reencontro


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOi geente :)) passando pra deixar o cap. novo. desculpem a demora e espero que gostem *o* ah e mais uma coisa, meu beta-reader não pode me ajudar dessa vez, então talvez vcs encontrem errinhos. Eu reli varias vezes, mas às vzs algumas coisinhas passam. Então se encontrarem algum errinho me avisem por favor, corrigirei imediatamente :)) thanks~~



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– Talon?! - Katarina gritava enquanto andava entre às árvores. Estava à procura de Talon. Os dois haviam se separado ha algumas horas, quando houve um súbito nevoeiro no Pântano borbulhante. - Talon, onde você está?

Katarina continuou sua procura até o anoitecer, suas pernas estavam doloridas, apesar de seu corpo ser preparado para encarar as mais adversas condições, andar por aquele terreno acidentado por horas a fio era desgastaste. Encontrou uma clareira e sentou-se encostada numa arvore para descansar. Já estava adormecendo quando ouviu um som de galho quebrando. Levantou-se de um salto e empunhou suas grandes adagas.

– Quem está ai? - Não houve resposta. – Apareça, covarde! Me encare face à face!

Quando ela acabou de falar uma esfera de energia azul saiu de dentro de um arbusto em sua direção. Katarina desviou para o lado, a esfera voltou em direção ao arbusto, descansando sobre a mão de uma mulher que havia saído dele. Sua beleza era estonteante. Longos cabelos negros que desciam soltos pelas suas costas, tão lisos que a menor brisa seria capaz de movimenta-los. Olhos cor de mel, alertas e vivos. Seu corpo era esbelto, com curvas que enlouqueceriam qualquer homem. Suas feições eram finas e delicadas, com lábios vermelhos contrastando com a pele clara. Era como uma boneca de porcelana. Mas havia algo diferente nela... Não era totalmente humana. E qualquer um perceberia isso, pois grandes nove caldas cobertas por um macio pelo branco se movimentavam atrás dela e na sua cabeça via-se duas orelhas de raposa, sensíveis ao mais discreto dos sons.

– Quem... o que é você? - Katarina nunca havia visto uma criatura como aquela. Estava atenta a qualquer movimento da possível adversária. - Porque me atacou?

– Ora, quantas perguntas. - A mulher-raposa falava rápida e claramente. Sua voz estava num tom de diversão e ela soltava um curto riso entre as frases. - Você pode me chamar de Ahri.

Katarina não baixou a guarda.

– O que quer?

Ahri começou a andar em círculo em volta de Katarina.

– Bom... Estou um pouco longe de casa e estou cansada. Não me alimento ha algum tempo e preciso de energia para continuar minha viagem.

– Você deu azar. Estou sem mantimentos. Se quiser comer, terá de caçar.
Ahri riu, divertindo-se. Ela se movia rápida e graciosamente. Suas caldas se agitavam.

– Mas é exatamente o que estou fazendo. - E lançou sua esfera.
Katarina desviou novamente. Lançando uma adaga na adversária logo em seguida. Ahri pulou para o lado e a lâmina cravou numa árvore em volta.

– Você é rápida. - Disse Ahri. - Mas vamos ver se é rápida o suficiente. - E se lançou contra sua presa, ao se aproximar girou o corpo e três pequenas chamas surgiram à sua volta, que prontamente foram em direção ao alvo. Katarina correu para se livrar, mas as chamas a perseguiram, eram rápidas demais. Ela foi acertada nas costas, caindo no chão com o impacto. Ahri rapidamente se posicionou sobre ela, prendendo-a.

– Normalmente eu prefiro machos, eles são mais fáceis de caçar. Mas você não me deu nenhum trabalho. - Ela riu.

– Nunca dê uma presa como vencida antes de matá-la. - Disse Katarina enquanto desaparecia em frente aos olhos da adversária e reaparecia atrás dela. Rapidamente girou suas adagas em volta de seu corpo. Ahri não teve tempo de se livrar do ataque, recebendo cortes nas pernas, gritou ao sentir a dor e com três rápidos movimentos se afastou de Katarina, que foi novamente atacada por chamas azuis. Mas ela não perdeu tempo, começou a lançar adagas contra Ahri, que com o ferimento na perna, mal tinha tempo de se desviar. Katarina manteve o ritmo, cansando a adversária e quando surgiu uma abertura, apareceu na sua frente e girou suas lâminas, jogando Ahri contra uma árvore. E quando ia dar o golpe final, uma voz soou na clareira.

– PARE!! - Era Garen. Ele saiu correndo de entre os arbustos, empunhando sua espada, obrigando Katarina a se afastar de Ahri. - Não vou deixar você derramar sangue inocente.

– Você de novo? - Katarina não podia acreditar naquilo. - Até quando você... Cuidado! - Ela se interrompeu, pois Ahri havia se recuperado.

Mas era tarde demais. Ahri conjurou um grande e robusto coração de energia cor-de-rosa e lançou contra Garen, que não conseguiu desviar do ataque e caiu sobre os joelhos e as mãos, deixando a espada repousar ao seu lado no chão. Ahri riu e falou:

– Ora vejam o que temos aqui. -Ela andava com passos curtos em volta de Garen. - Que sorte a minha. A hora da brincadeira acabou.

Garen começou a se levantar devagar, pegou sua espada e se pôs de pé. Seu olhar estava vazio. Katarina sabia que aquilo não era bom.

– O que você fez com ele? - Perguntou ela.

Ahri riu novamente.

– Nada demais. Só o ajudando a fazer o que ele já gostaria de ter feito: matar você!

E ao fim do comando de Ahri, Garen avançou, com sua espada em mãos, contra Katarina. Ela desviou da investida, mas os ataques não cessaram. Ele continuava brandindo sua espada e ela continuava apenas desviando dos ataques. Visivelmente aquele não era o guerreiro que ela enfrentara antes, sua guarda estava totalmente aberta, seus movimentos apenas visavam o ataque, sem nenhuma postura ou possibilidade de defesa contra um contra-ataque. Ela poderia tê-lo matado, mas não o fez, isso mancharia sua honra. Em vez disso continuou evitando habilmente as investidas de Garen, tentando, ao mesmo tempo, se aproximar de Ahri, que apenas ria, divertindo-se às custas do escravo de seu feitiço. Quando conseguiu chegar perto o suficiente, Katarina desapareceu em frente à Garen e reapareceu atrás de Ahri, encurralando-a com suas lâminas.

– Faça-o voltar ao normal, agora! - Ameaçou Katarina.

– Ora porque você se importa tanto? Você já poderia ter matado-o e a acabado com isso. - Disse Ahri. Seu tom era estranhamente calmo para a situação em que estava. - Além disso, se me matar, ele nunca estará livre do feitiço, ele é meu agora, pensa que me ama. Apenas um amor verdadeiro poderia fazê-lo lembrar de quem é.

– Então terei que força-la a liberta-lo. E eu juro: você vai se arrepender de ter cruzado meu caminho.

Ahri riu.

– A única que vai se arrepender aqui é você por ter perdido a chance de matá-lo quando pôde. - E ao dizer isso, girou o corpo produzindo chamas azuis, suas grandes e volumosas caldas criaram uma distração e quando Katarina se recuperou da surpresa as chamas já vinham em sua direção, dando-lhe tempo apenas de pular para o lado tentando evitar o ataque, e ela teria conseguido, se Garen não estivesse à sua espera. Ele girou sua espada no ar e desceu a arma contra Katarina. Ela pôs suas lâminas cruzadas em frente ao corpo numa última tentativa desesperada de se proteger. Mas Garen tinha muita força, seu corpo era forte, com músculos definidos por duros treinamentos de batalha. Katarina não pode segurar um ataque direto como aquele e ao tentar forçar o desvio do ataque, a ponta da espada de Garen encontrou a carne de sua testa, e desceu rasgando sua pele por cima do olho esquerdo, continuando o corte na bochecha. Sangue quente escorreu e manchou a terra da clareira. Katarina se afastou assumindo novamente postura de batalha. Ainda podia ver normalmente, o que a dizia que seu olho não havia sofrido danos. A dor era lacinante, mas se parasse para senti-la, morreria. Garen não perdeu tempo e voltou a desferir uma chuva de ataques. Katarina, como antes, desviava habilmente, mas seu sangramento apenas aumentava. Sua visão começava a ficar turva e ele não diminuiu o ritmo. Ela desejou que tivesse acabado com aquilo quando teve chance. Ahri ria, divertindo-se.

– Até quando você vai aguentar continuar desse jeito?

Os ataques continuavam, violentos e fatais. Os reflexos de Katarina diminuíam com o tempo, seu corpo respondia mais lentamente. Garen desferiu um golpe horizontal com sua espada e Katarina caiu no chão, suas lâminas deixaram suas mãos. Já via tudo embaçado, mas pôde identificar Ahri se aproximando por trás de Garen. Ela o abraçou por trás, falando em seu ouvido enquanto encarava Katarina.

– Satisfaça-me. - Ela riu. - Vá, acabe com isso de uma vez por todas.

Garen começou a andar em direção à Katarina. Sua espada em mãos tinha a ponta manchada de um vermelho escuro. Ele levantou sua arma e encarou a vida que ia tirar. Fios vermelhos de cabelo e sangue cobriam um belo rosto com uma expressão determinada, mesmo diante da morte. Olhos verdes intensos sustentavam seu olhar. E quando ele ia cumprir a ordem de Ahri, uma sensação de tristeza tomou conta de seu subconsciente. Seu coração apertou e seu rosto revelou uma expressão de confusão e surpresa.

– Katarina? - Ele sussurrou quase inaudível.

– Vamos! O que está esperando? Não volte para trás! - Ahri ordenou novamente, impaciente. - Mate-a!

E Garen se lembrou do que havia acontecido. Lembrou-se de quando chegou à clareia e protegeu Ahri de Katarina e de como foi enfeitiçado depois disso. Lembrou-se de seu corpo se movendo contra a sua vontade, desferindo ataques inconsequentes. E, por fim, lembrou-se de sua espada rasgando a pele da mulher que amava e do desespero de não conseguir fazer nada. Ódio começou a tomar conta dele. Sua cabeça e seu coração doíam pela tempestade de sentimentos. Ele se virou contra Ahri e respondeu com um grito:

– Não! - E avançou com sua espada em mãos contra ela.

Hábil como de costume, ela desviou do ataque lançando chamas azuis contra Garen. Ele ignorava os danos e a perseguia enraivecido. Sua espada cortava o ar, tentando atingir o alvo. Ahri não ria mais. Estava surpresa por ele ter se livrado do feitiço. Ela se afastou dele e subiu numa árvore como um animal selvagem.

– Ora que azar o meu. - Disse ela séria. - Quem diria que você a amava.

Garen ignorava o que ela dizia e gritava como bárbaro.

– Desça covarde! Enfrente-me cara-a-cara!

– Eu não sou idiota de lhe enfrentar de frente. - Ela começou a pular de árvore em árvore. Garen não a via mais. Apenas sua voz ainda indicava que ela estava lá. - Mas se é briga que você quer, é isso que você vai ter! - E chamas azuis saíram das copas das árvores em volta acertando Garen todas ao mesmo tempo. Ele caiu sobre um dos joelhos. Ahri surgiu na sua frente com uma esfera de energia na mão. Garen se levantou, mas ela lançou a esfera contra ele. A esfera o acertou no peito e uma aura azulada começou a sair de seu corpo e ser absorvida por ela. Garen sentiu sua energia sendo drenada.

– Idiota. Deveria ter terminado o trabalho e eu te deixaria partir em paz. Agora vou ficar com sua energia vital e em seguida, vou pegar a da sua namoradinha.

Garen estava fraco, seu corpo estava dormente, mas ele não podia desistir. Contraiu os músculos e com um movimento da sua espada fez a esfera se afastar. Ela voltou para a mão de Ahri. Ele partiu para cima dela, girando sua arma, ela desviava dos ataques, mas ele não parava, até que a encurralou contra uma árvore. Os olhos dos dois se encontraram. Ahri estava sem saídas.

– Não... Por favor... Não me mate!

Garen a encarou por um curto tempo, baixou sua espada e disse:

– Nunca mais ouse drenar a energia de ninguém ou, da próxima vez, você não vai ter tanta sorte.

Ahri assentiu com curto movimento de cabeça e saiu, rápida como a raposa que já foi um dia.

Garen observou ela se afastar e quando não podia mais vê-la, permitiu-se sentir os efeitos da batalha. Com esforço ele chegou à clareira onde havia deixado Katarina. Mas não a viu. E quando chegou a conclusão de que havia partido, ela surgiu de repente na sua frente, encurralando-o contra uma árvore com uma lâmina em seu pescoço. Os olhares se encontraram. O rosto dela estava manchado pelo seu próprio sangue seco. O corte brilhava em carne viva, mas não sangrava mais, ela devia ter limpado de alguma forma. Encararam-se por mais alguns segundos, até que Garen sorriu. Ele estava aliviado por Katarina estar bem e não conseguiu pensar em mais nada, pois sua consciência o abandonou. Katarina sentiu o peso do corpo dele e afastou as laminas. Ele caiu encostado na árvore, desmaiado.
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– Não! Não pode ser verdade! - Talon não podia acreditar no que acabara de ouvir.

– Porque eu mentiria meu querido? Estou apenas querendo alerta-lo. Cuidado, Katarina pode não ser mais a pessoa que você conhece quando reencontra-la.

– Patético! Ela não faria isso! Katarina nunca trairia Noxus!

– Depois não diga que não lhe avisei. - Ela começou a se afastar. - Se mudar de ideia, me procure... – Ela fez uma pausa, pensativa e continuou enfatizando: - Que eu lhe acharei.

Ele sentou numa pedra, com as mãos na cabeça. Pensou por poucos segundos e falou:

– Evelynn, espere. - Ela parou. Ele olhou para ela e disse: - Onde nos encontramos?

Ela sorriu, mostrando suas presas. Deixou cair no chão um papel amassado e desapareceu na noite. Talon pegou o papel, era um pedaço de um mapa do continente. Um "x" marcava um local, sobre ele estava escrito "Freljord".


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Notas finais do capítulo

E aii?? o que acharam?? espero que tenham curtido. não esqueçam de me contar suas opiniões nas reviews :)) vou começar a planejar o próximo capítulo amn, então aguardem ansiosos por favor *oo* é isso :) bjbj e até~~



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